Nada É O Que Parece escrita por ErinRavenwood


Capítulo 2
Capitulo 2 - O Dia dos Namorados no Inferno


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem saiu meio as pressas...



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O dia dos namorados havia chegado. Como eu odiava esse dia. Juro, não havia dia pra mim pior do que esse. Era aquele tipico dia em que você quer ficar em casa e só dormir.
Chegando a escola lembrei que a principal atração do dia dos namorados já havia começado: Os bilhetes de coração nos armários. Eu, obviamente, nunca recebia nenhum. Afinal, quem daria corações a uma menina gordinha que passa o dia todo lendo e ainda por cima tem cabelo cutinho. Abrindo meu armário com a maior má vontade do mundo vejo cair dois corações no chão. Ué, é a primeira vez que ganho e já são dois? Abri o primeiro dizia: ¨Cuidado com livros no rosto, ele é muito bonito para ser machucado¨, eu meio que suspeitava quem era, Vitor, não achava que ele gostava de mim, ele apenas foi legal. Um bom amigo. O segundo ¨ Mesmo que você ache que não, eu estou aqui¨, esse foi um enigma pra mim, porque pelo o que eu sabia ninguém gostava de mim daquele jeito.
Entrei na sala e ouvi a Agatha falar sobre cinema. Cinema, bom para desanuviar a cabeça dessa besteira de dia dos namorados. Chegando mais perto ouvi a conversa toda:
– Então pessoas, o plano é o seguinte, hoje vamos ao cinema, porém vamos economizar muuuiiiitoo - Pausa com todo mundo com a mesma cara de ¨Como?¨ - Indo de casaizinhos de mentira! - Que ideia de giríco era essa??
Mais tarde entendi a ideia de girico. Andando no shopping de mãos dadas com o Nicholas, me fez entender. Agatha e Leon ( O único casal real daquela trupe), Misa e Bruno, um amigo nosso terceiro ano, e eu com o Nicholas, a sobra, como dizia Agatha.
Se fosse pra convencer alguém que nosso grupo realmente tinha casais, o trabalho foi feito e com maestria, teve de tudo, desde mãos dadas até beijinho na bochecha. Passamos pela compra de ingressos ilesos, entramos na sala e Misa e Bruno soltaram as mãos, mas Nicholas continuava segurando a minha. Estranho, mas não soltei.
Eu estava um misto de feliz e com ódio ao mesmo tempo, então não sabia se o agarrava ali mesmo ou se metia um tapa na cara dele. Sentamos, sua atenção braçal moveu-se para meus ombros, puxando-me para si e me aconchegando em seu ombro. Estranhei mas ainda sim fiquei muda. O filme havia começado, Guerra Mundial Z, seriam três horas. Lá pro meio do filme, eu já estava pra lá de desinteressada e parecia que o Nicholas também, pois sua atenção se voltou para mim e pra blusa especialmente decotada que eu estava usando, isso não foi proposital, que mostrava a curvatura de meus seios. Ele me despia com os olhos, levando sua mão a base da minha coluna descendo para minha bunda. MINHA BUNDA!!! Porque aquilo estava acontecendo e meus amigos não estavam nem tentado impedir porque estavam entretidos demais com o filme, fãs de zumbis como são, nem ligaram para o que estava acontecendo ao redor deles. Nicholas foi um pouco mais atrevido, pegando meu rosto com a outra mão e me beijando em desespero. Minhas mãos envolveram seu pescoço e retribuindo-lhe o beijo, eu ficava quente, vermelha, exitada. Suas mãos se movimentavam pelo meu corpo, entre meus cabelos, meu pescoço...
O filme acabou e eu fui pra casa. Aquele sim fora um filme interessante.
No dia seguinte chegando a escola já estava pensando em cumprimentar o Nicholas com um beijo, quando cheguei até ele e o beijei na bochecha, não queria parecer atirada, ele virou com com um olhar de horror pra mim e disse:
– Que isso Beatriz?? - Eu fiquei sem entender seu estranhamento.
– Eu pensei que... Eu...Você...Cinema...Ontem? - Perguntei meio já gaguejando antecedendo as lagrimas.
– Você achou que aquilo fosse real? Haha... Deixa eu te falar a primeira regra do teatro: Mantenha seu papel vivo até o final da apresentação.
Aquilo bastou pra mim, sai correndo da sala já com lagrimas escorrendo dos olhos. Fui para o meu único lugar seguro: A Biblioteca. Entrei lá quase que escancarando a porta, minha sorte era que a bibliotecária não estava lá. Fui em direção a ultima prateleira, meu cantinho secreto. Sentei no chão, olhei para as prateleiras, era incrivel como aqueles livros velhos empoeirados faziam eu me sentir em casa, encolhi meus joelhos e com a cabeça junto a eles deixei correr o rio de lagrimas segurado na sala de aula. Não via nada a minha volta. Não queria ver. Mas de repente senti algo. Uma mão em minha cabeça. Olhei pra frente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. De quem vcs acham que é a mão? Deixem nos comentários

Beijos
Erin



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