O sono de Barb foi atrapalhado por uma pancada em sua cabeça, já sem a venda, viu o rosto tão amedrontador que rondava seus pesadelos em noites de angústia; Aquele homem demoníaco, com uma alma tão negra vestia roupas caras, da melhor qualidade; e isso fez a morena pensar: No mundo do crime há sempre pessoas bem vestidas (Vide Neal Caffrey), porém ela não tinha do que reclamar... Estava viva, apesar da dor de cabeça.

— Como vai meu amor?

A moça não quis responder, estava irritada e cansada demais pra articular palavras que não fossem desrespeitosas, então apostou nas desrespeitosas mesmo...

— Vá pro inferno.

...O que lhe custou caro.

Ele lhe deferiu um tapa na cara, com toda força que possuía, deixando um caminho de sangue de seu nariz a boca.

— Estou bem melhor. – Disse irônica, se divertindo com a falta de paciência de seu inimigo – Venha sentar-se nesse caixote, levar uma pancada na cabeça e um tapa na cara. Meu dia está esplendoroso, Bobby.

— Se eu não precisasse de você, Babs, já estaria morta e enterrada. – Ele diz pegando o telefone marrom, velho e sujo de uma mesa e entregando a moça – Ligue para seu amorzinho, diga que está numa situação deplorável e que precisa dele. Dê o endereço, mas se ele vier com o FBI, ninguém fica vivo.

Ela disca o número de Caffrey com dificuldade, está tremendo e quase chorando, o medo a toma por completo.

— N-Neal...

— Barbara! Onde está? – Ela lhe dá o endereço, com tremor na voz e uma tristeza que ele nunca havia notado nela – O que há com você?

— Apenas venha, Neal.

E desliga o telefone, as mais duras lágrimas percorriam seu rosto. Olha para o tão temido Sanguessuga com repulsa quando este lhe parabeniza pela atuação.

— Poderia ganhar um Oscar, Parish.

Ela nada responde. Estava exausta e ferida e ele debochava dela.

— Será que Caffrey vem hoje?