Por Ela Nosso Amor Renasceu escrita por Casi un Angel
Notas iniciais do capítulo
Oi meninas!!!
Gente, me decidi. Vou largar essa vida de estudante. Ensino médio é osso. Não tenho tempo nem de respirar(exagerei hahaha). Mas gente me desculpem pela irregularidade em postar, mas e que os estudos tomam muito o meu tempo. Estou realmente fazendo o possível.
Espero que vocês gostem do Cap.
Boa leitura!!!
–Pra você, meu amor- Karina anda na direção do noivo.
–É um...
–Au Au papai- Sofi grita no colo da madrinha.
–Eu não acredito amor- Pedro estava abismado.
–Você se lembra que me pediu um cachorrinho?- ele concorda com a cabeça- Então, esse é o Theo.
Karina chega mais perto do noivo com a caixa na mão. O pequeno filhote de pitbull era um tanto tímido, o que deixou todos ainda mais encantados.
–Quando foi isso? Quando você pegou ele?- ele pergunta com os olhos marejados.
–Ele já estava encaminhado a muito tempo- diz Karina- Descobri que a família de um dos meus alunos tinha um casal de cachorros e ai foi só esperar ele desmamar.
–Agora eu estou duplamente feliz- disse abraçando a mulher. Minha família está completa...
5 anos depois...
Mas uma manhã normal na casa da família Duarte Ramos. Karina estava na cozinha terminando de arrumar as coisas do café. Todos já haviam saído e ela podia se ver sozinhas, quer dizer, mais ou menos.
–De novo?- ela disse incrédula- Outro chinelo, rapaz?
Ela estava na varanda olhando bem fundo para aqueles olhinhos que pareciam arrependidos. Theo havia atacado de novo. Já era o terceiro chinelo que ela tinha comido naquele mês. Agora a vítima foi a jovem Elsa. O chinelo preferido de Sofi estava totalmente dilacerado nas mandíbulas do animal.
–Só me falta colocar eles em cima da geladeira- ela repreende o animal- Hoje você vai dormir no quintal. E o seu pai não vai gostar nada de saber disso.
Ela ergueu um dedo como forma de comando e o cão saiu com as orelhas baixas e foi para o quintal. Karina sorriu. O cachorro era mais um de seus filhos. Ate mais obediente que as duas meninas, agora com cinco e dez anos.
Ela se abaixou e pegou o pequeno chinelo babado e coçou a nuca, "vou ter que ir no mercado comprar outro", pensou ela. Colocou em um saco para que a pequena não visse quando chegasse do colégio, prendeu os, agora, longos cabelos e saiu.
No meio do caminho encontrou alguns vizinhos sentados no portão que disseram ter visto a irmã mais nova andar pelas ruas chorando. Karina estranhou pelo horário, já que a menina deveria estar na escola. Ela agradeceu e continuou a andar.
Chegando no mercadinho o vendedor disse a mesma coisa que seus vizinhos e ela começou a se preocupar. Karina foi até a porta da escola da menina e encontrou Alice e Miguel sentados no meio fio da calçada.
–Matando aula gnomos?- ela chegou e assustou os dois com a pergunta- Que foi? O gato comeu a língua de vocês?
–Se eu estivesse matando aula estaria em casa dormindo- respondeu Alice. Conforme ia crescendo, a menina não perdia o rosto meigo e doce, mas só o rosto mesmo.
–A mister rabugenta só esta assim porque nós três nos atrasamos e culpamos ela- Miguel respondeu.
–Não foi minha culpa- a menina afirma alterada.
–Não fui eu que fiquei mais de 20 minutos me maquiando.
–Não foi por isso que a gente se atrasou.
–Foi porque então?
E a briga começa. Os dois adolescentes gritavam um com o outro para saber de quem era a culpa pelo atraso.
–Será que tem como as duas moças pararem de dar chilique- Bruna chega calando do dois.
–Você fez um favor a humanidade gnomo- Karina disse pra menina- Vocês viram minha irmã?
–Ela pulou o muro e...- diz Miguel. Os três se olham calados, mas sabendo que aquilo não podia ser revelado.
–Eita bocão em, Miguel- diz Bruna, inconformada.
–Foi mal. Saiu sem querer- disse o menino envergonhado.
–Agora que você começou, termine- pressionou a lutadora.
–Ela tava conversando com aquele palhaço do namoradinho dela e do nada pulou o muro e foi embora- explica ele.
–É olha que o muro é alto em. Já tentei pular no dia da aula de matemática- diz Bruna, arrancando uma gargalhada de Karina.
–Agora é serio gnomos, vocês não sabem pra onde ela foi?- Karina pergunta e recebe uma resposta negativa.
Sem respostas ela se despede dos três e faz o caminho de volta, passa no mercado, compra o chinelo de Sofi e volta para casa.
Quando chegou no portão de casa, Karina viu uma cena que lhe cortou o coração.
Allegra estava sentada em sua porta com o rosto entre os joelhos e chorando muito. A jovem se aproximou e sentou a seu lado.
–O que aconteceu meu amor?- Karina perguntou colocando carinhosamente uma mexa de cabelo atrás da orelha da menina.
–Acabou Ka, ele não quer mais nada comigo- Allegra respondeu desolada.
–O que acabou?
–Meu namoro Ka. Acabou!
Karina sorri. Mesmo com o sofrimento da menina ela ficou feliz em saber que Allegra confiava dela para contar esse tipo de coisa.
–Vamos entrar. Assim a gente conversa melhor- ela estendeu a mão para a adolescente, que devagar tirou o rosto de entre os joelhos e olhou para a irmã.
As duas entraram e Karina fez algo para irmã comer antes que ela explicasse como tudo havia acontecido.
–Agora que você já comeu, me conta o que aconteceu- Karina disse sentada na mesa da cozinha.
–Ele terminou comigo Ka. E eu nem sei o porque disso.
–Sinto muito- Karina tentou olhar nos olho da irmã.
–Tá doendo muito- ela volta a soluçar- Mas eu nem sei o por que disso.
–Você gosta dele. Por isso que tá doendo- a jovem responde.
–Mas eu nunca senti isso antes. É como se estivessem enfiando uma faça no meu peito, sabe?!
–Isso pode ser um infarto- Karina tenta fazer o piada pra descontrair o ambiente, mas não da certo.
–É sério Karina, para de brincar- a menina repreende a irmã mais velha.
–Desculpa, eu não pude evitar.
Allegra não parava de chorar e Karina não sabia ao certo o que fazer. Não sabia se deixava a menina chorar ou tentava acalma-la. Depois de muito pensar ela viu que não iria adiantar um esforço para que a irmã não sentisse essa dor. Mais cedo ou mais tarde a dor de amor precisa ser sentida. Mas o fato dela ser tão jovem fez com que um aperto fosse sentido no coração da lutadora.
–Você quer alguma coisa? Precisa de alguma coisa?- ela pergunta, já sem opção.
–Eu quero dormir e não acordar nunca mais- ela responde e abaixa a cabeça.
–Se você me garantir que vai acordar depois, eu deixo você dormir na minha cama- ela diz e Allegra esboça um pequeno e triste sorriso.
Karina se levanta e deposita um carinhoso beijo na testa da jovem menina.
Allegra se levanta e sobe às escadas devagar. Ao ver aquilo, Karina se lembra de quando brigava com Pedro. Lembranças vieram a tona, de repente, fazendo com que ela sorrisse.
Ela olhou sem pretensão o relógio e percebeu que estava atrasada. Teria que preparar o almoço para a filha e os dois sobrinhos que viriam passar a tarde com ela.
As horas foram passando e a perua que buscava e trazia as crianças da escola buzinou no portão. Karina foi até a porta receber a filha e os dois sobrinhos.
–Oi mamãe- disse Sofi agarrando as pernas da mãe.
Oi meu amores- Karina se abaixou e beijou a testa das três crianças- Como foi na escola?
–Péssimo como sempre- Mel responde com cara de poucos amigo.
–O que foi dessa vez?- Karina pergunta.
–O Martin, como sempre- a menina responde se jogando no sofá.
–Yo não fiz nada- o menino diz alterado. Quando estava nervoso, Martin acabava trocando o idioma das palavras.
–Você quis dizer: eu não fiz nada. Não é mesmo?- Karina corrigi o menino que sorri envergonhado.
–Isso tia- ele responde.
–Bem, chega de falar. Que tal comermos logo as batatas fritas, se não elas vai esfriar.
As três crianças correm até o banheiro para lavar as mãos e voltam apressadas. Já sentadas a mesa e comendo, de repente, o celular de Karina toca. Era Pedro.
–Amor da minha vida- ela diz feliz- Preciso da sua ajuda.
–Oi amor. Diga- Karina responde. Conforme o tempo passava a jovem ia se acostumando cada vez mais com o jeitinho meloso do noivo.
–Fui falar com a moça do buffet para a festa do casamento e quando sai passei em frente a uma loja. Vi um vestido lindo pra Sofi.
Karina sorriu ao escutar o que ele disse. Sempre sonhou em ter um filho homem para dar esse orgulho ao seu pai, mas quando descobriu que iria ter uma menina e a reação de Pedro a fez mudar de ideia. Agora ela vivia em um mundo de princesas, bonecas e roupinhas azuis, porque a filha não gostava nem um pouco de cor-de-rosa.
–Se não for rosa, pode comprar- ela respondeu a ele.
–Ok! Ela veste 6 anos né?
–Sim- ela responde.
–Tá bom amor. Tchau- ele desliga o telefone e ela sorri.
Não podia ter escolhido homem melhor para ser seu marido e pai de seus filhos.
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