Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila
Notas iniciais do capítulo
continuação.
Tanto Klaus como Keila fizeram olhares furiosos e Lucas mal se mexeu. Impaciente dei um grito e ambos começaram a jogar coisas em cima um do outro.
Qual é o problema deles? Perguntei
Lucas me ignorou totalmente. Com raiva e com poucos movimentos fiz ambos irem para a parede. Os dois caíram com um baque e me olharam furiosos.
—Ou vocês me dizem logo o que preciso, ou.. – apontei para ambos – se vocês continuarem fazendo sei la o que estavam fazendo eu mesmo os mato.
Matt me deu um aperto de mão e a apertei de volta leve.
Keila se levantou e saiu pisando forte e depois parou abrupta próxima a porta.
—Peça para esse infeliz te explicar! – disse ela e saiu pisando firme – ela merece saber a verdade! – gritou já um pouco distante.
Soltei a mão de Matt e me aproximei de Klaus que se levantara do chão e agora se aprumava.
—Ela ta te tpm isso que é a verdade – disse ele.
—Como vocês conseguem ser tão infantis?! – gritei.
Klaus me olhou e depois olhou para o chão.
—Preciso resolver isso, Lucas conte a ela – disse ele correndo em direção a porta.
Quando me virei para Lucas ele levantou ambas as mãos e saiu andando.
Impaciente levantei as mãos pro alto. Já havia anoitecido e a cor escura acobertava toda a estrutura do castelo. Olhei para Matt que ria em silencio encostado na porta. O olhei feio.
—Isso é serio e eles...bem eles aa! – disse frustrada.
—Calma Dany – ele começou – isso é apenas uma briga entre o casal de todos os tempos – ele veio se aproximando e me abraçou me balançando de leve de um lado pro outro e depois se afastou e mexeu com os cachos do meu cabelo – acho que nunca conheci um casal tão teimoso quanto eles – seu sorriso de canto surgiu – quer que eu a ajude?
—Não, você ainda esta se recuperando.
—Se quiser..
—Não – disse de uma vez e ele assentiu.
Coloquei uma calça de moletom e uma blusa de frio. Já que não conseguia dormir me levantei e fui caminhar. Peguei uma lanterna e sai perambulando pelos corredores. Vi guardas a postos. Não estava chovendo e a neve já estava derretendo. Quando um dos soldados me viram apenas viraram o rosto de volta. Parei próxima a porta e dei lhe uma inspecionada e depois sai para dar uma caminhada. Estava escuro e havia apenas as luzes do castelo. A lua estava acima cheia. Observei ela por um tempo sabendo que em 4 dias viria a lua de sangue e meu poder seria aumentado como todo ser puro. Como meu pai. Fui em direção ao jardim. Sabia que próximo havia um balanço e flores. Precisava de um tempo para pensar. Então ao chegar me sentei e coloquei a lanterna nas flores reparando suas cores e me lembrei da primeira vez que as vi de outra forma. Uma angustia se passou por mim sabendo que não contei isso a Matt e uma parte de mim dizia que não importava pois era passado e outra já me importunava quanto a esses segredos que eu ainda guardava dele. Quando as horas foram se passando meu olho foi pesando e quando vi adormeci ali mesmo com a cabeça apoiada na corda que segurava o balanço.
Acordei devagar sentindo que estava em movimento. Meus olhos arderam quando reparei que o sol já estava no céu brilhando altamente forte. Logo vi que alguém me segurava. Braços fortes e um pouco morenos. Encarei os olhos de Lucas e suspirei.
—Pode me colocar no chão agora, porque eu acordei – disse.
Com cuidado ele me pôs no chão mas não falou nada.
—Como você sabia que eu estava aqui? – perguntei ajeitando minha roupa e meu cabelo.
—Acordei mais cedo para fazer uma caminhada e te encontrei dormindo e babando.
—Mentira eu não babo – disse prendendo a bucha loira na minha cabeça em um coque.
Ele riu. Foi ai que reparei como seu sorriso era bonito. Lucas era altamente atraente e qualquer pessoa em seu estado normal o desejaria. Seus músculos eram aparentes e mesmo que não possuísse cabelos ou olhos claros ele era super lindo, e fofo é claro. Lucas era gentil e uma pessoa que eu sabia que mesmo o decepcionando ainda podia confiar. Nossa relação era mais que apenas sentimentos, era compromisso. Aquele de ser absolutamente sincero um com outro sem medo de dizer. E por isso nossa relação talvez venha ter se tornado algo tão valioso.
Quando ele tirou algo do meu cabelo e jogou no chão arrumou sua blusa amassada.
Usava calça um pouco colada preta e blusa de manga longa preta gola v com um amarro na gola. E com toda certeza aquilo realçou o que ele já possuía.
—Se alguém pegar você me olhando assim vai pensar que – ele abaixou o tom – que me devorar – e sorriu.
Pensei que tivesse ficado vermelha mas lembrei que não fico então apenas suspirei.
—Idiota – disse.
—O que você acha desse corpo? – ele indicou seu próprio corpo.
—Quente – disse sem pensar e depois cobri a boca o que o fez rir ainda mais.
Ele me olhou com seu olhar sedutor e eu dei lhe um murro no ombro de leve.
—Ai! – disse ele aos prantos de rir.
—Continua sendo idiota – falei virando o rosto para o lado.
Ele riu mostrando sua covinha.
—Se fosse pra me descrever em uma palavra – ele passou a mão pelo queixo – qual descrevia? Seja sincera – sorriu.
Fingi pensar um pouco e disse lentamente:
—Posso ser super itra sincera? – sorri.
Ele assentiu e me deu uma empurrada de leve pro lado.
—Uma deeelicia – disse rindo as gargalhadas – ok ok, de um jeito irritante você é perfeito – falei meio sem graça.
Ele cogitou um pouco o que disse e depois começou com aquele sorriso de orelha a orelha como se tivesse ganhado o dia.
—Não acho que não, seria tipo o...
—Ouu... – ele me deu um soco de leve no ombro – não vale mudar – e sorriu novamente.
—Você ta se achando agora né?
—Talvez um pouco – sua covinha apareceu novamente.
—Idiota – disse olhando pro céu cujo meus olhos agora estavam se acostumando.
—E eu? – disse rindo.
Ele fez uma cara de pensativo.
—Posso ser absolutamente sincero? – assenti – esta bem – ele mexeu os dedos impaciente – Amiga , creio que seria isso – ele me olhou e me senti sem graça com seu olhar então apenas dei um sorriso de lado pequeno.
Após tomar café da manha reforçado e ter tomado um longo banho me preparei para treinar com Keila e Klaus La embaixo. Vesti uma calça leg preta e uma regata azul. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Peguei a garrafinha com água sobre a penteadeira que havia pedido a Jessie. Quando passei pela porta Larissa estava la me encarando de cima a baixo. Fiz cara de desanimo. Pelo que soube ela havia feito uma viagem mas durou pouco para minha infelicidade.
—O que você quer o cobrinha?
—Vim te ver priminha – disse ela jogando o cabelo pra trás – e claro ver aquele tal de Lucas, o cara é o maior gostoso! – ela sorriu e eu fiquei seria pronta pra socar a cara dela agorinha mesmo.
—Pra que? O que você quer?
Seu vestido longo de tecido mole balançava conforme ela se achava. Seus olhos castanhos me encaram com uma ganância feroz.
—Esta bem – disse ela – vim te avisar que em 5 dias eu serei a nova rainha de Crystal! – ela deu um pulinho exagerado – porque você sabe... – ela se aproximou – quando se escolhe alguém fora da realeza você sai da linha do trono. Já conversei com seu pai e tudo esta arrumado. Por isso fiz a viagem. A minha coroação será daqui 5 dias e você esta convidada priminha – ela colocou uma carta na minha mão que não havia reparado que carregava com si, o convite era branco com um laço rosa colado – se quiser levar seu guardinha com você pode levar, te espero – e saiu.
Se pudesse sendo absolutamente sincera eu havia jogado ela pela janela e iria vê-la gritar enquanto atravessa o vidro mas claro que eu não podia fazer o que eu queria a um bom tempo. A lua de sangue eram daqui 4 dias e no dia seguinte para me deixar mais ansiosa seria a coroação da cobra. Batuquei na cabeça algumas coisas e fui descendo as escadas. Meu pai estava jogando sujo e eu também jogaria. Encontrei Jesse passando por um corredor e a chamei silenciosamente.
—Sim majestade – disse ela olhando minhas vestimentas não estranhando nada.
—Quero que prepare uma festa para amanha disse sorrindo. Será em pró de minha prima Larissa, farei uma festa de boas vindas a ela a esse reino. E por favor chame o conde Licio de Viera para mim – sorri – deixo em suas mãos capazes toda a organização, você já sabe quem convido e conhece um pouco dos amigos dela, chame todos! Faremos uma enorme festa! – sorri.
—Sim majestade – disse ela.
—Obrigado Jesse – sorri.
Ela saiu e fui rumo a ala de treinamento dos soldados. Sorri com minha ideia. Larissa ia sentir na pele o próprio veneno. Sorri diante do fato que nosso sangue fosse nos tornar às vezes tão parecidas.
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continua