Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

e o capitulo vai esquentando Reflexos



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Eu olhei pro chão com medo de que meu medo pulsante ficasse maior. Tentei de varias maneiras não ficar desesperada e quando levantei os olhos a encarei com motivação. Meus olhos fuzilaram os dela mas ela não se intimidou e passou a faca no peito de Matt. Talvez ela realmente tenha achado que isso me daria medo mas me deu motivação. Com um movimento de perna trouxe a água da grama e a joguei contra a parede. Depois joguei sobre Matt para cura-lo. Quando vi ela havia se metamorfoseado e la estava a fera. Ela rosnou e seus dentes mostravam fome. Em um impulso que viria ser para o meu lado ela mordeu Matt na perna e depois veio para cima de mim e eu a fiz escorregar nas pedras. Algo me puxou para trás e eu tombei com um baque. Outra fera, ninguém merece! Me levantei dando lhe um joelhada e uma soco bem na cara. Imaginei que deve te-lo deixado zonzo pois quase quebrei todos os meu ossos da mão. Num movimento de raiva. Rasguei o vestido.

—Vocês terão que acertar as contas com a minha empregada – murmurei.

Peguei uma faixa do vestido e fui em direção ao homem ruivo de mascara no chão. Lancei-me sobre ele mas algo fincou os dentes em minha cintura me levando em encontro ao muro de tijolos. Passei a mão pelo ferimento e um pouco rápido demais enfiei a os dedos na carne e gritei quando retirei um dente. Então pensei que Klaus e Lucas não estavam tão bem já que havia duas feras próxima a mim. E eu não fazia ideia de como mata-las. Senti algo e lembrei da faca. Coloquei-a na mão e fiz o que faço de melhor. Remoer. Remoí todos os momentos felizes e todos que precisava ser forte quando senti adrenalina pulsante nas veias me levantei e pulei em cima do homem e ele caiu no chão e eu passei um golpe passando meu braço ao redor de seu pescoço o sufocando e então fui tendo determinação e nada de medo e ele já estava fraco. Quando algo tentou encostar em mim com a mente fiz com que a neve caísse pesada sobre a fera negra. Foi a cobrindo e ela uivava e então com um golpe enfiei a faca no olho do homem que virou fumaça após me olhar incrédulo e voltei-me a fera. Congelei ela repetidas vezes e a descongelei e depois com a faca na mão e com a dor intensa em todo o meu corpo.

—Da água me tornarei – disse e quando vi não estava eu la em carne e osso eu era como um espelho. Aguá cristalina. E achei insano pois havia tentado aquilo a dias e entendi a motivação de que precisava para alcançar o poder que eu tinha.

Me lancei sobre a fera e num impulso fui parada e quando vi ela pegava fogo. Lucas.

Meus olhos foram parar nele que queimava. Ele estava em sua forma de tigre e pegava fogo literalmente. Mas havia uma diferença entre ele e a fera. Ele era o fogo, ele o controlava como eu fazia com a água. Enquanto a fera pegava fogo. Klaus retirou a barreira a minha frente e dei um salto no ar enfiando a faca no olho da fera após olha-la e ver o mesmo olhar incrédulo. Então quando ela virou cinzas e depois um pó que sumiu no ar. Me recolhi do chão e encarei Lucas em sua forma perfeita de guardião.

Eu dava conta mas ainda sim obrigado. Enviei mentalmente.

Corri até Matt que estava um pouco longe de onde eu já estava. Keila estava ao seu lado examinando-o. Quando ele me viu seus olhos pegaram outra cor. Reparei que sua pele estava mais branca e seus olhos avermelhados. E também estava coberto de sangue. Sua mão pendia meio sem vida. Agachei-me num impulso ao seu lado e passei a mão por seus cabelos loiros.

—Porque ele esta assim?

—Com humanos a reação é outra Dany – disse Keila passando algo em sua boca com um pincel – eles não se curam como nós, o jato de água que você mandou o ajudou mas não o curou.

—Então me diga o que o cura! – gritei.

—Dany não é tão simples assim, é preciso fazer umas poções e ele estará bem.

—Mas...

—Mas as flores pela quais precisamos são raras quase inexistentes.

Me levantei e comecei a chorar passando a mão pelo cabelo.

—Por favor não me diga que ele vai morrer! – com um impulso de raiva dei um salto e movimentei as pernas e toda a água do rio a poucos metro estava toda ao meu dispor.

—Dany não faça isso! – gritou Keila.

Caminhei pelo salão com o vestido rasgado e coberta de sangue deixando Matt para trás. Eu iria conseguir as flores e ia ser agora. Com o movimento a água se infiltrou pela porta fechada e joguei os guardas na água. Eu não estava nem ai pro disfarce. Ele havia passado do limite muitas vezes mas aquela foi de mais.

Dany pare não faça isso! Daaany! Lucas se infiltrou na minha cabeça.

Sai Lucas! Isso é problema meu.

Não, não é! Se você entrar nesse salão acaba tudo. Para todos nós. Eu lhe imploro Daty que não faça isso.

Daty! Ele havia me chamado de Daty! O apelido que inventou na época em que nos gostamos. Chorei e parei diante a próxima porta que dava pro salão. Era tanta dor que eu não estava aguentando. Não queria que ela me dominasse. Pois sabia que ela me destruiria. E não acho que algo me faça voltar. Pois quando a dor é dessa forma nada a impede de te destruir. Cai de joelhos no chão e passei a mão no rosto chorando. Cada parte de mim parecia destruída. Por todas as vezes que segurei o choro ou fui forte e então foi aquela dor que trouxe tudo de novo, todas as lembranças. E então com cuidado senti deixar a água cair e encharcar o chão e o inundar por completo. Ouvi passos e vi Keila e Klaus cuidando para que não alagasse tudo colocando a água em seu lugar novamente. Eu queria levantar e ser forte pela pessoa que eu mais amei a minha vida toda, queria ser mais por ele mas não conseguia. Eu não consegui ser forte nem mais por mim mesma. As lagrimas foram descendo e inundando o meu rosto. Gritei de dor e como não consegui fazer mais nada deixei que a dor me inundasse. Talvez eu não devesse tê-lo enfiado em tudo aquilo. Mas não! Eu não iria me culpar! Eu o amava e não deixaria que nada o me tirasse dele. Nada. Nem mesmo o meu pai.

***

Dois dias depois

Klaus

Acho que nunca tinha visto isso antes. Cada vez que via Dany ela parecia mais destruída e logo chegaria a noite de lua de sangue. Ela dormiu varias vezes na enfermaria com Matt expondo seu relacionamento a todos ares do castelo. Havia se passado 2 dias e em 5 dias teríamos que estar prontos para a guerra. Keila e Lucas foram atrás da flor e eu cuidava de Dany e de Matt o máximo que eu podia. Ele dormia a maior parte do dia e estava desidratado. Sua pele estava quase branca parecendo que havia morrido e Dany não estava muito diferente. Antes possuía cabelos sedosos e olhos brilhantes e agora parecia que havia sido atropelada varias vezes e não tinha conseguido socorro. Seus olhos estavam fundos e haviam olheiras. Parecia ter até emagrecido pois mal havia visto a comendo. Quando seu pai foi vê-la ela quase o enforcou e tive que separa-los. Os empregados ficavam fazendo murmúrios aqui e ali mas eu os calava com uma olhada. Mantinha meu celular perto para as ligações.

Sai da enfermaria e fui procurar uma planta chamada Syris que eu havia visto na floresta. Seu chá era bom para a dor mas fazia efeito por poucas horas. Era inútil porque se Lucas e Keila não chegasse até de madrugada Matt estaria morto pois poderia ser que ele não aguentasse mais. Nem mais 12 horas. Corri floresta a dentro e retirei algumas ervas e após tela pego fiquei olhando a água do rio. Sabia que se ele morresse Dany jamais me perdoaria talvez assim como Keila. Havia uma consequência ao vir pra ca. E não tinha duvidas que essa fosse a morte de Matt. Por mais que eu tivesse amado minha outra mulher eu amara aquela garotinha que eu havia conhecido a anos atrás. Havia me apaixonado por ela e não conseguiria perde-la, não para sempre. Eu havia tentado me afastar dela a algum tempo mas agora eu não podia e nem queria ficar longe dela.

Voltei as pressas para o castelo. Passei pela cozinha e amacei algumas ervas fazendo o chá e depois fui leva-la a Matt que agora estava sozinho. Ele estava acordado. Seus olhos me encararam vazios. Coloquei devagar a vasilha próximo a sua boca e ergui um pouco sua cabeça ajudando a descer o liquido. Matt era um cara legal por mais que eu não gostasse muito dele. Mas ele não merecia morrer e eu sabia disso. Após ele beber tudo voltei sua cabeça para o travesseiro e ficamos nos encarando.

—Eles não vão vir né? – perguntou Matt aos sussurros.

Balancei a cabeça em negativo.

—Na verdade Matt eles vão vir.

Em silencio ele fechou os olhos e deixou uma lagrima cair. Entendeu o recado que quis dizer pois talvez o que não fosse vir fosse o chá que ele precisava. Pensei em abrir a boca mas a fechei. E sem querer deixei cair uma lagrima também pois eu estava destruindo duas pessoas. Na verdade três pois de um jeito diferente a dor daquele casal também estava me atingindo e pedi em silencio que Lucas e Keila chegasse ou...não queria nem pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

sera que estamos próximos ao final dessa historia?
:'(



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