Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

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Quando Katy e Marta me levaram para o saguão onde estava ocorrendo à festa. Começo a refletir sobre o beijo e o que ele significou para mim, mas começo a ficar confusa e deixo de lado. Ouço conversas e o barulho de taças, logo estou na porta lateral do saguão. O saguão possui enfeites em cor bege e há figuras engraçadas coladas em um cordão que esta cruzado por todo lugar. As luzes estão apagadas e algumas do palco acesas. As pessoas conversam e dançam. Posso dizer que já esta cheia e que pelo menos chegou mais da metade dos convidados. Procuro a rainha, mas não a vejo e nem Taylor. Caminho entre as pessoas e vou até a mesa pegar um ponche quando esbarro em alguém. Aqueles olhos verdes quase me matam, eram praticamente iguais ao de Matt. Quando o rapaz saiu reparei que tinha parado de respirar. Inspirei devagar e dei um gole no ponche cor de rosa. Estava doce, caminhei com a taça na mão até o jardim. Entrei pelos corredores e eu estava no lugar que deveria estar. Sentei em meu banco, pelo menos pela rainha por enquanto era meu. Olhei pro liquido rosa se mexendo na taça e comecei a lembrar do rosto da minha mãe, do meu pai, de Matt e de todos que eu sentia falta. Uma lágrima escorreu perigosamente pela minha bochecha e caiu no vestido. Limpei o rosto rapidamente e olhei pro céu. As estrelas estavam aparentes. Ouvi um barulho e quando vi era uma garota vestida de gata, ela saiu da porta e me olhou por alguns segundos e saiu. Dei mais um gole e depois de um tempo voltei ao saguão. Agora eu podia ver o príncipe Taylor ali, ele estava vestido de mosqueteiro junto a mais dois homens que estavam ao seu lado. Os três conversavam e sorriam. Eu não quis interromper então fui colocar mais ponche. Uma mulher parou de cantar ali no pequeno palco e uma trilha sonora calma começou a tocar.

—Agora esta na hora da dança dos pares, por favor cavalheiros procurem suas damas.

E começou. Homens procurando damas e as damas procurando cavalheiros. Sorri em meio aquilo. Assustei-me quando alguém encostou-se a meu ombro. Virei e pensei que fosse Taylor, mas eram apenas um dos outros mosqueteiros. Ele sorriu. Era bonitinho, sorri de volta com simpatia.

—Dança comigo princesa? – sua voz era suave.

—Sim – sorri e ele mostrou a mão e eu a peguei.

Ele me conduziu para o meio do saguão e a moça começou a cantar algo e uma nova trilha começou a tocar. Era uma valsa. Pares já dançavam. Olhei os olhos escuros do rapaz.

—Esta linda a propósito – disse ele sorrindo – a mais bonita imagino.

—Obrigada... senhor?

—Lorde Dylon, senhorita?

—Princesa Daniele – sorrio.

—Então você é a princesa Daniele que tanto falam, a beleza que tanto conversam não se compara ao que vejo – ele sorri e eu sorrio meio sem graça. –E então anda gostando daqui?

—Sim, aqui é...não sei dizer – penso um pouco – diferente do que sou acostumada, mas é uma coisa boa.

Ele me roda e me puxa pra mais perto delicadamente. Reparo na garota vestida de gata sentada perto da mesa das bebidas encarando Dylam descaradamente.

—Acho que tem uma moça que quer dançar com você lorde – eu olho pra trás dele e ele também e depois sorri – acho que ela esta com ciúmes – brinquei.

Dançamos em silêncio a partir dai. Dancei com mais 3 homens e nada de Taylor. Ele havia sumido do saguão. Pedi licença a um príncipe italiano e sai para frente do castelo. O céu estava mais escuro e as nuvens cobriam as estrelas. Ouvi alguns murmúrios e me aproximei. De repente apenas vi um cara sendo jogado sobre uma carroça. Ele caiu despencando do alto. Não sei como, mas aquele homem não poderia viver a isso ou...pêra ai poderia?! O homem se levantou e pegou a espada caída no chão. O outro que usava roupas de soldado vermelho sacou uma pistola de trás da calça e apontou para o outro. Não sabia o que fazer. Não sabia quem defender. Olhei a volta e não havia ninguém.

—Não pode fazer isso, sabe que não pode me matar – disse o homem que segurava a espada.

—Mas manterá você ocupado até que eu a mate – disse o outro – o que você acha Lucas? Que ninguém saberia que ela esta aqui?

Fui por trás do homem que segurava a pistola e apliquei um golpe atrás de sua cabeça e depois dei lhe uma rasteira, cai sobre ele torci seu braço e o enforquei. Ele tentou me arranhar inutilmente, mas o vestido sobre seu corpo atrapalhou-o até que ele desmaiou. Peguei a arma no chão e olhei para o que eu pensava ser alguém que já tinha visto antes.

—E então guardião... Lucas certo? – brinquei com a arma travada na mão me diga por que tive que enforcar esse homem e porque o senhor ainda não veio falar comigo?

Lucas sorriu e tirou a mascara vermelha. Seus olhos eram castanhos e tinha pele branca. Cabelo preto curto. Ele colocou a espada na cintura e se aproximou apontou para a arma, eu a entreguei.

—Cara princesa - ele sorriu.

—Pode começar a falar meu caro – digo logo de uma vez.

—A propósito esta linda – ele se aproxima – me acompanha para uma ultima dança? – levanto a sobrancelha – prometo que contarei tudo que deve saber – ele passa o braço pelo meu e me leva até o saguão, antes que eu pudesse perguntar algo – não se preocupe com o tolo caído no chão ele se levantara e fugira, mas na próxima o pegaremos e ele não voltara – ele sorriu.

Ele conduz a dança.

—A propósito sou Lucas de La House – ele me gira – Princesa – ele se aproxima e roça seus lábios em minha orelha de um jeito um pouquinho intimo demais, aperto minha mão sobre a sua e ele se afasta– cara Daniele não faça isso a um guardião – ele sorri – somos quase imortais lembra?

—Lembro do quase – sorri sarcasticamente.

—Pensei que fosse menos – ele olha para mim de cima a baixo – fortinha eu acho.

Faço cara de descrença.

—E você pensei que fosse menos – fingo parecer pensativa – babaca, é eu acho que isso seria o termo certo.

Ele sorri e sua risada gostosa chama a atenção de um casal ao meu lado.

—Vê se ri mais baixo esta chamando atenção.

—Anh é então – ele me joga para cair e depois me pega nos braços como nas danças de tango. Seu rosto próximo ao meu – não me subestime princesa.

—Eu poderia dizer o mesmo – ele me levanta – acho que agora devo deixá-la com o príncipe – ele se afastou e quando me viro la esta Taylor. Seus olhos azuis me encararam por alguns segundos ele cumprimenta Lucas e indica que depois conversaremos. Assinto e dou minha mão a Taylor.

—Já te disseram que esta linda? –aquele sorriso!!

—Sim muitas vezes – sorrio – acho que exageraram.

—Acho que não – a musica muda e agora a dança é abraçada. Coloco minha cabeça no peito de Taylor. Ele era mais alto que eu um pouco e por esse pouco era perfeito. Podia ouvir as batidas de seu coração – te procurei, mas não a achava.

—Dei alguns passeios – digo por final.

—O que Lucas queria?

—Na verdade acho que me irritar – ele riu.

—Então funciono – disse ele ainda rindo.

—Pensei que guardiões fossem mais espertos.

—Eu também.

Dançamos até que tudo fosse encerrado. Algumas pessoas já estavam indo embora. Taylor me guia até um quarto no segundo andar do castelo e la encontro Lucas sentado no sofá como se fosse dele. Seu olhar de ironia é irritante e eu me seguro para não esmurrá-lo e acho que Taylor o mesmo. Fechamos a porta atrás de nós e nos viramos para ele com toda a atenção possível.

—Então o que você veio nos dizer - falo logo.

—As pessoas sabem sobre você, descobriram – ele disse- e é alguém de confiança sua que a entregou – ele apontou para Taylor – então o Hyer me mandou voltar e ficar de olho em vocês – ele me olha com cara de safadeza – e então onde irei ficar?

—Há uma casa de cachorro atrás do jardim é pequena, mas para você parecera um castelo de um Deus.

—Você brinca demais princesa, talvez devesse ensiná-la a brincar menos não acha? – sinto a tensão entre nós três e Taylor logo se opõem.

—Pode ficar, mas não abusa – diz ele por fim.

Olho de cara feio para Lucas que me olha com zombaria. Retribuo o olhar. Era só o que me faltava pessoas traindo a nós aqui também e um tigre se achando merdinha. Reviro os olhos e volto a ouvir sobre minha segurança, o que por acaso nem falei nada pois parecia que eu nem estava ali.

Vê-la irrita é fantástico, vê-la frustrada é bonitinho.

Cuida da sua mente que eu cuido da minha, mamute – envio mentalmente a Lucas.

Ele sorri e Taylor se vira e me encara, mas nada indico.


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Notas finais do capítulo

continua