O Terno de Piltover Contra: Jinx escrita por Marie


Capítulo 18
O Envelope Pardo


Notas iniciais do capítulo

Gente, a primeira coisa que eu peço é que se alguém não estiver entendendo a fic que me contate que eu ajudo... ou reescrevo pra ficar mais compreendível.

Acho que eu não tenho nada pra falar... então leiam!!

ps.: se você adora ler merdas me segue no twitter, @MarieApproves.



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Andando por Piltover, Jinx percebe que Ekko a segue, mas continua andando, Ekko por sua vez se esconde atrás de latas de lixos, postes, becos, Jinx para em frente a uma loja de brinquedos, coloca suas mãos no bolso da jaqueta preta e fica observando o macaquinho que toca pratos. A noite estava fria e nos cantos do vidros estava embaçado por causa da mudança de temperatura do lado de dentro e de fora causando o tal embaçado que as crianças adoravam fazer carinhas quando passavam com seus pais.

— Sabe, Ekko, não é que eu queira explodir a cidade inteira, essa loja por exemplo, por mim ficaria intacta – enquanto Jinx falava fumaça saia de sua boca – não seria mais divertido se o mundo fosse um grande parque de diversões? Só que com bombas e mísseis e armas... – Jinx olha para a caixa do correio a sua esquerda esperando que Ekko saísse de lá.

— Você não é muito jovem pra ser fissurada em armas, bombas e mísseis? – perguntou Ekko saindo de trás da caixa de correio.

— E você não é muito novo pra me dar sermões? – retrucou Jinx.

Ambos riram um do outro e ficaram alguns minutos olhando a vitrine, não tinha mais ninguém na loja, mas a vitrine ficava acesa e o carrossel de brinquedo que estava no centro da decoração sempre girando, a loja estava deserta assim como aquela rua.

— Ekko, se você vai ficar aqui e me ajudar é bom que tenha alguma coisa para se defender e atacar se precisar.

— Eu trouxe o revo-z comigo, e minha espada – disse Ekko coçando a nuca e esboçando um sorriso amigável – só que eu escondi.

— E você não vai pegar de volta? – perguntou Jinx um pouco impaciente.

— Eu vou já, te encontro depois – Ekko ajeita sua roupa e sai correndo.

Jinx acompanha Ekko com seus olhos até que ele suma no horizonte escuro, volta a observar o carrossel girar, afrouxa o colarinho do suéter e coloca as mãos nos bolsos das calças, desvia o olhar da vitrine e começa a caminhar para o lado oposto que Ekko foi. Muitas coisas passavam em sua cabeça, nunca tinha se sentindo daquele jeito, de certa forma aqueles sedativos que tomara no hospício serviram para alguma coisa, pensar era divertido, e agora que Ekko estava do seu lado várias portas se abririam de uma vez só.

— Eu não entendo – diz Caitlyn segurando dois mapas em suas mão – eles são idênticos pra mim.

— Como pode? – perguntou Vi.

— E apesar de ser uma ótima ideia ter uma cópia dos mapas, eu não fiz isso – retrucou Ezreal – e esses mapas não me parecem ser replica, são os originais, sem tirar nem por.

— Ezreal, desculpe ter tirado o seu tempo livre para nos mostrar os mapas, mas parece que nossa busca por aqui já acabou – disse Caitlyn seguido de uma respirada mais longa que o normal, desapontada – vamos voltar pra delegacia ver se temos alguma outra pista; não hesite em nos ligar se algo sair do lugar.

— Tudo bem xerife, e as desculpas sou eu que tenho que dar, eu gostaria de ter ajudado mais...

Depois de uma breve despedida, Ezreal fechou o museu e foi para casa, os policiais voltaram para a delegacia e sentaram em roda como estavam antes de ir encontrar Ezreal, Jayce segurava o envelope pardo em suas mãos e o olhava esperando que a pista pulasse de dentro e se revelasse.

O sininho da porta soa, os três olham para a silhueta que entrava na delegacia, a porta se abre rapidamente e um cidadão com um semblante assustado e cansado, provavelmente de ter corrido bastante até chegar ali, grita:

— Por favor! Venha ver isso!

O cidadão corre e os policiais se arrumam o mais rápido que podem e saem, Jayce deixa o envelope cair no chãos e alguns papeis escorregam para fora do envelope, mas agora não era hora e arruma o chão. O trio alcança o cidadão e em três quarteirões para baixo da delegacia, aproximadamente, o cidadão para e aponta para dentro de um beco, suas pernas tremiam assim como a mão estendida, ele respirava pesado, mas não por estar cansado da corrida, seu rosto mostrava pavor e um cheiro fétido entrava nas narinas dos policiais.

— Céus! O que é isso? – Caitlyn fala com o braço tapando o nariz e adentrando no beco.

A luz do beco era precária, não iluminada a área inteira, mas o pouco que o foco da luz conseguia iluminar já era o necessário, Caitlyn conseguia ver um corpo morto no chão e a parede atrás do corpo ensanguentada, o corpo tinha um buraco no meio da testa, vestia roupas casuais e estava amordaçado. A luz do beco algumas vezes piscava por estar fraca, quase queimando.

— Você o conhecia? – perguntou Caitlyn olhando para trás encarando o cidadão, que por sua vez só fez um sinal de negativo com a cabeça.

— Espera! Eu já vi esse rosto em algum lugar... – respondeu Jayce.

— Você não conta, Jayce, você conhece todo mundo... – retrucou Vi.

— Mas dessa vez é diferente - Jayce tenta se lembrar de onde, mas são tantos nomes e faces em sua cabeça - eu nunca conversei com ele, eu já vi uma foto... – Jayce sai correndo de volta para a delegacia enquanto Vi e Caitlyn ficam e reconfortam o cidadão ali imóvel e ligam para os especialistas para limparem o beco.

Ao chegar na delegacia Jayce abaixa onde os documentos do envelope haviam se espalhado, ele bagunça os papeis eufórico, estava procurando uma pista, um nome, uma foto.

— Achei! – disse Jayce segurando uma foto de um homem vestido de terno e gravata aparentemente sorrindo.

O cidadão fora atendido e levado ao hospital e estava sob observação de psicólogos enquanto que o corpo morto tinha sido levado até o necrotério para ser avaliado, o beco estava limpo novamente e sem nenhum sangue ou cheiro de sangue. Era errado limpar a cena do crime antes de investigar, mas Caitlyn decidira assim para não alarmar mais moradores. Ela e Vi então voltaram juntas andando para a delegacia, no decorrer do caminho não disseram nada e não trocaram olhares, só andaram de volta para a delegacia.

Ambas entraram na delegacia e viram Jayce andando de um lado para o outro, as feições de preocupação e fadiga se transformaram em duvida e uma ponta de curiosidade.

— Jayce? – disse Caitlyn fazendo seu colega sair do transe, com certeza nem o sininho da porta ele tinha escutado.

— Olhem! – Jayce mostra foto para Vi e Caitlyn – eu disse que tinha visto aquele homem em algum lugar!

— Onde você achou isso? – peguntou Caitlyn tirando a foto da mão de Jayce como se tatear a foto fizesse enxergar o conteúdo melhor.

— No envelope pardo.

A foto se tratava do dono do hotel que Jinx foi encontrada por Vi, atrás da foto tinha escrito todos os dados do tal: se era casado, se tinha filho, dono de onde, altura, peso, tudo! Mas agora nada disso importava, pois ele estava morto.

— Vocês acham que foi a Jinx que matou ele? – perguntou Vi.

— E tem outra explicação? – respondeu Caitlyn.

— Mas porque ela faria isso?

A pergunta pairava no ar, falar que o motivo era de que Jinx era louca já estava obsoleto, não sabia o real motivo e aquela morte parecia um recado, como se Jinx tivesse escrito na parede daquele beco “vamos ver quem ganha primeiro?”.

— Ah, Jinx você está aqui – disse Ekko fechando a porta do galpão – eu te procurei pela cidade e não encontrei, aí eu voltei.

— Nossa, que interessante. – Jinx respondeu secamente queimando os mesmos papeis que estava lendo horas atrás.

— Você sabe que é perigoso queimar coisas perto de mísseis e dinamites... espera! Você nem se quer estava se importando comigo não é mesmo? – Ekko disse um pouco desapontado, logo depois do comentário de Ekko, Jinx esboçou um pequeno sorriso sapeca em seu rosto.

— É claro que eu me importo com você – disse Jinx levantando-se e deixando os papéis queimarem no chão chamuscando o lixo, ela se aproxima de Ekko e acaricia o rosto do garoto com uma das mão ainda com o tal sorriso no rosto – quem disse isso pra você?

— É que eu, você, quer dizer... o galpão, não... pera... – balbuciou Ekko.

— Shh – Jinx calou o menino colocando as pontas dos dedos nos lábios dele – e agora você deve está se perguntando “por que ela ta fazendo isso? Quero dizer, ela não daria bola pr’um garoto igual eu, ela só tem olho pr’aquele Fishbones idiota, eu sei disso já, porque eu já tentei chegar na garota que eu gosto e não deu certo”.

— Eu não estava pensando nisso – é claro que Ekko estava mentindo – e você está me deixando assustado – porque tudo que Jinx tinha dito era verdade.

— Hm, ótimo então – Jinx solta Ekko e estava voltando para sua mesa para queimar o resto dos papeis que restava quando Ekko a segura pela mão e faz ela voltar para seus braços, os olhares se encontrava e desencontravam, coração batia aceleradamente e os lábios de Ekko se encontram com os lábios de Jinx, não tinha sido um beijo de cinema, ou algo assim, fora desajeitado e com saliva de mais, Jinx e Ekko eram jovens, e quando se pensa demais em armas e bombas ou voltar no tempo para arrumar os erros nunca da tempo para treinar ações que adolescentes comuns fazem.


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Notas finais do capítulo

Se quiserem deixar algum comentário, fiquem avontz, eu leio e respondo, prometo. Se eu não comentar é porque eu tive medo de soltar spoiler (porque eu sou dessas) (:



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