Entre o bem e o mal escrita por Annie Lightwood di Angelo


Capítulo 2
Continuação do Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Fallen Angel e Zezinha,adoro vocês duas!!Com apenas um capítulo uma já favoritou e outra comentou minha história(e elogiando),respectivamente.Bem,espero não decepcionar suas expectativas.Sei que estou escrevendo meio apressada(os dois primeiros capítulos no mesmo dia)mas preciso aproveitar enquanto a época de provas não começa e aqui está.Bem,como prometido,aqui está a continuação...boa leitura.



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POV Jocelyn

Mal pude acreditar no que meu olhar havia registrado,de forma que li de novo,e de novo,e de novo.Acabei percebendo que não importava quantas vezes eu relesse aquela página.O conteúdo era o mesmo.

De todas as coisas que Valentim fizera,ou mesmo planejara fazer,aquela era,sem sombra de dúvidas,a pior.Uma coisa era utilizar seres desconhecidos do Submundo como cobaias para experiências torturantes.Outra bem diferente era utilizar o próprio filho,"um Nephilim puro"como diria o próprio Valentim,para experimentos envolvendo sangue de demônio.

Aquilo ia contra as idéias dele próprio,que pregava o ódio á qualquer espécie de miscigenação entre demônios ou humanos,ou mesmo entre humanos e seres do Submundo.Mas segundo suas anotações no livro,aquele era um "mal necessário para o fim daqueles seres desprezíveis".

Depois de já ter lido e relido aquele plano várias vezes e ter me convencido de que era realmente aquilo que estava escrito,fui até a casa de Ragnor contar-lhe tudo.

Até mesmo ele,que acreditava que Valentim era capaz de tudo e que fora quem me mostrara a outra face de meu marido,se mostrou surpreso:

–Eu desconfiava que Valentim tivesse um plano.Mas jamais imaginara algo tão pérfido e cruel.-Confessou ele.

Passado o choque,ele me disse que deveríamos invocar Lilith o mais rápido possível.Se o fizéssemos antes de Valentim,talvez meu filho tivesse alguma chance.

Passei a tarde ajudando Ragnor a tentar encontrar um livro que nos dissesse como invocar Lilith.Ele me garantia que o tinha,apenas não lembrava aonde estava.

Foi uma tarefa bem difícil,afinal,Ragnor era um feiticeiro,o que não faltava em sua casa eram livros de magia.E muitos eram de invocação.Após se passarem o que deve ter sido cerca de duas horas,mas me pareceram dois séculos,ouvi um berro:

–Encontrei!

De fato,Ragnor balançava um livro na mão me chamando para mais perto.Após lermos todas as instruções(eram muitas,acredite,você nem imagina o quanto é complicado invocar a mãe dos demônios),nos dirigimos ao centro de Alicante onde compramos tudo de que precisávamos(velas;incensos;tintas e afins).

Quando chegamos á sua casa,fizemos o ritual onde ele pronunciava frases em línguas que eu jamais entenderia,muito menos me lembraria.

Estava ansiosa,afinal,a vida de meu filho estava em jogo.Não aguentava mais esperar e ouvir todas aquelas palavras estranhas.Já começara desistir.Pensei que Lilith não fosse mais aparecer e disse,com um suspiro:

–Talvez devêssemos parar de tentar.

–Parar de tentar o que?Posso saber?-Uma voz feminina que eu tinha certeza,não pertencia a Ragnor,feriu meus ouvidos.

Como se tivesse aparecido naquele momento apenas para me contrariar,lá estava ela,uma mulher de cabelos e olhos negros,alta,vestida com peles de animais que eu não acreditava que fossem sintéticos.

–Oh,grande Lilith!-Após certo esforço,Ragnor reencontrara a voz.-Gostaríamos de lhe pedir um favor.

–Sim,diga meu filho,o que queres de mim?-O feiticeiro cerrou o punho após ouvir tal fala,contendo impulso de lhe dizer que ela não era mãe de ninguém.

–Desejamos que jure,que jamais,independente de quem lhe faça tal pedido,dê seu sangue ao filho de Valentim e Jocelyn.

–Ao filho de Valentim e Jocelyn?Creio então,que se refira ao garoto,e não á garota.Estou certa?

–Garota?-Ragnor repetiu,frazindo o cenho e se virando para me encarar.

–Não há garota.Apenas um menino:Jonathan Cristopher Mongstern.-Respondi,tão confusa quanto Ragnor.

–Ah,mas haverá uma garota.Você verá.-Disse ela,com um sorriso maldoso formado na boca.-Porém,posso jurar por apenas uma criança.Escolham:o garoto ou a garota?

–O garoto.Jonathan Cristopher.É por ele que você deve prometer.-Repeti,sem nada entender.Depois de tudo o que descobrira,não pretendia aumentar minha prole com Valentim.

–Está bem.Farei o juramento e o cumprirei.Mas obviamente exijo um pagamento.

–Não esperávamos outra coisa de você.-Percebi o veneno na voz de Ragnor,mas Lilith ignorou tal fato.

–Você!-Ela apontou para mim e precisei me segurar para não tremer de medo.-Deverá esquecer que Jonathan Cristopher existe e abandoná-lo aos cuidados de Valentim.Fugirá para Nova York,levando consigo apenas o Cálice e a garota que espera.E você!-Agora ela mirava Ragnor.-Meu filho,fará o mesmo que Jocelyn.Esquecerá da existência do garoto,sem poder influenciar em sua criação.

–Também eu fugirei para Nova York...mãe?-A voz do feiticeiro estava trêmula pela raiva.

–Não,não.Apenas ignorará a existência do menino e sua criação.E lembrem-se:quebrem o juramento de vocês e eu quebrarei o meu!Jonathan Cristopher Mongstern terá o sangue de Lilith correndo em suas veias!

Não queria abandonar meu filho.Ainda mais para ser criado por Valentim.Mas o que eu poderia fazer? Deixar o pai transformá-lo em um monstro?

Ragnor se voltou para mim com um olhar interrogativo,pude ver que ele já possuía uma opinião formada,mas não decidiria nada sem meu consentimento.Anui com a cabeça,e nós dois nos viramos para Lilith,fuzilando-a com o olhar e respondendo e uníssono:

–Nós aceitamos!


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem minha fanfic,espero que tenham gostado desse capítulo,e,por favor,comentem!Lembrando que também vale criticar.Sejam honestos.Bem,no próximo capítulo eu vou dar "um salto no tempo"e mostrar o Jonathan(Sebastian) com a idade que o conhecemos.



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