The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 45
O Ato Final


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco para postar, eu sei. Estou profundamente envergonhada. Ou nem tanto... Enfim, aqui está.
Boa leitura. O.O (não parecem olhinhos de panda? *-* ) s2



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Escuridão. Era tudo o que me cercava. Procurei em minha memória alguma explicação para eu estar perdida em meio às minhas próprias sombras, mas nada foi esclarecido. Eu não conseguia me lembrar de nada. Por que eu estava ali? Como eu havia chegado naquele local? Tinha alguma saída?

─ Lya... Lya... Lya... ─ Um amontoado de vozes clamava por mim, mas era em vão. Eu não conseguia me mexer. Quem eram eles? Porque me chamavam, afinal?

─ Lindsay! Acorde! ─ Uma voz se sobressaiu a todas as outras. Subitamente tudo se clareou e as lembranças foram voltando.

─ Mas que diabos! ─ Murmurei e então eu caí. Parecia até um flashback de minhas aventuras anteriores, que tudo era baseado em cair.

Quando abri os olhos, enxerguei as tão amadas paredes de pedra. Hogwarts!

─ Estamos vivos. ─ Ouvi a voz de Ron. ─ Caramba!

Olhei em sua direção e vi Ron e Draco caído em cima uns dos outros em ângulos estranhos.

─ Vocês estão bem? ─ Luna deu risada e eu a encarei mortalmente.

─ LOVEGOOD! O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA? ─ Berrei e ela me olhou assustada.

─ Calma, Lya. Aquilo tinha que acontecer! ─ Tentou se defender.

─ Tinha que acontecer o cacete. Você poderia simplesmente dizer quem era o culpado e então salvaríamos todos.

─ Não daria certo! Seria preciso cinco sacrifícios para Perón nos libertar. ─ Ela explicou.

─ Perón? ─ Questionei. ─ O que meu gato tem a ver com isso? ─ Boiei totalmente no que ela dizia.

─ Ele é o Guardião de Hogwarts, Lya. Sua falta de memórias me irrita. ─ Ela suspirou frustrada e eu apenas dei de ombros.

─ Não importa. Meu gato é de mais, disso eu já sabia. ─ Sorri.

─ Mas o que está acontecendo? ─ Uma voz estranha soou e nós viramos para olhar. Era uma garotinha, ou melhor, a garotinha da Lufa-Lufa que havia sido a primeira vitima.

─ Hey, quem é você? ─ Sorri, ajudando ela se levantar do chão.

─ Sou Mandy Grason. ─ Se apresentou ainda confusa.

─ Qual é a última coisa que você se lembra? ─ Draco se aproximou, com Ron em seu encalço.

─ Bem, de um pássaro gigante que me atacou. ─ Ela franziu a testa.

─ Ah, bem, não se preocupe. Tudo foi resolvido, ou melhor, está sendo. ─ Luna sorriu. ─ Vamos sair daqui. ─ Me olhou e eu assenti.

Pedi para todos darem as mãos e transportei todos pelas sombras, até onde estava Raven, o corvo guardião. Eu sentia que nem tudo estava resolvido.

Dei de cara com o Salão das Alas e vi Matt, Sean, Gina, Mione, Medusa e Harry junto de um leão bonito e um gato com asas mais bonito ainda. Eu soube imediatamente quem ele era. Perón. Os oito estavam conversando com Raven, Daphne e Astoria Greengrass.

─ Quem diria, hein? ─ Murmurei baixinho para somente nós cinco escutarmos.

─ Pois é. Aquela garota é maluca! ─ Draco murmurou se referindo a Astoria. Pensei em dizer que ele se casava com ela no último livro, mas era melhor não. Ele iria fazer muito drama!

Naquela hora, Astoria comemorou sua “vitória”. Decidi que já estava na hora da festinha acabar.

─ Na verdade, não deu certo não. ─ Me pronunciei e todos me olharam.

Após os gritos de meus amigos e as explicações de Perón, eu finalmente entendi o motivo dos olhares estranhos que Daphne me dava. Sua memória começava a voltar. Ela era a reencarnação de Rowena Ravenclaw!

─ Olá Lindsay. ─ Cumprimentou-me.

─ Olá Rowena. ─ Sorri para ela.

─ MAS O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI? ─ Astoria berrou como uma criançinha mimada.

─ CALADA! ─ Berrei de volta e estalei os dedos, fazendo-a cair desmaiada.

─ Lya, não seja tão bruta! ─ Mione repreendeu-me, batendo em minha cabeça.

─ Ai, Mione. Eu mal volto e você já me bate? ─ Indignei-me e ela sorriu.

─ Sim. Demonstração de saudades, oras!

─ Depois eu é que sou bruta... ─ Bufei.

─ Será que alguém explica o que está acontecendo? ─ Harry franziu a testa. ─ Como assim “Rowena”? E como vocês voltaram?

─ Sei lá. ─ Dei de ombros. ─ Só sei que ela é a reencarnação de Rowena Ravenclaw e que nós despertamos em um dos corredores de Hogwarts. Acho que fizemos drama demais com essa situação toda. Nem era tão sério assim!

─ Nunca mais te salvo. ─ Sean fechou a cara. ─ Drama demais? Agora se desesperar porque a irmã pode estar morta é drama demais?

─ Calma, não foi isso que eu quis dizer. Eu simplesmente disse que poderíamos ter resolvido isso rapidinho...

─ Mais rápido do que isso?

─ Ah, vá defecar, Sean! Que está fazendo drama, agora, hein?

Rowena/Daphne começou a rir.

─ Vocês não mudam nunca. Não importa em que vida!

─ Bem, acho que temos mais uma em nosso grupo. ─ Mione sorriu. ─ O que faremos com a garota da Lufa-Lufa e com a Astoria?

─ Ahn, eu? ─ A garotinha, Mandy, se assustou.

─ Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Já tenho tudo planejado. ─ Sean começa. ─ Apagamos a memória da Astoria e a Lya a leva para o dormitório da Sonserina sem que ninguém veja. Depois, do resto a Lya cuida. Tenho certeza que ela consegue criar um teatro macabro pras vítimas voltarem à vida e tudo mais.

Dou um sorriso malicioso com o que ele diz e aceno confirmando.

─ Deixa comigo. ─ Sorrio.

Rowena, digo, Daphne se aproxima da Astoria e coloca a mão na testa dela.

─ Você vai se esquecer de tudo sobre os guardiões dos fundadores e sobre o guardião de Hogwarts. Vai esquecer que é herdeira da Corvinal e caso algum dia redescobrir essa informação, irá ignorar e seguir sua vida normalmente sem tentar planos macabros contra a mim e meus amigos. Obliviate!

Após isso, puxei Astoria e a levei para o dormitório dela. Ela ficaria bem! Então voltei para o Salão das Alas. Sean levou todos os outros para seus dormitórios, ficando apenas eu, Draco, Ron, Luna e Mandy.

─ O que faremos? ─ Ron perguntou.

─ Vou chamar os diabretes do Voldy. Lembram-se deles? Vão criar o maior caos. ─ Sorri maliciosa.

Escondidos nas sombras, nós cinco observávamos os alunos que estavam agrupados no Grande Salão. Estavam todos cabisbaixos e assustados, sem saberem o que mais aconteceriam. Estalei o dedo baixinho e uma sombra começou a envolver o salão. Os professores pegaram as varinhas, apreensivos, e os alunos começaram a gritar.

─ O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

─ É VOCÊ-SABE-QUEM!

─ UM MONSTRO VEIO NOS PEGAR!

Os diabretes começaram a surgir em meio às sombras e começaram a gargalhar em uníssono.

─ Sim, eu voltei. ─ Gritaram. ─ Tremam sob meu poder.

─ Pare com isso. Quem quer que seja! Você-sabe-quem está morto! ─ A professora McGonagall começou, irritada. ─ Lockhart, isso é tudo culpa sua. Depois que você chegou tudo começou dar errado.

─ Eu não fiz nada! ─ Ele gritou trêmulo. Estava mais assustado do que todos os alunos juntos.

─ Mas ao menos faça algo agora? Não é o professor de DCAT? ─ Ela brigou.

Encolhido, Lockhart apontou a varinha para os diabretes.

Peskipiksi Pesternomi. ─ Gritou, mas nada aconteceu.

─ Como se isso ao menos fosse um feitiço. ─ Snape bufou, empurrando Lockhart. ─ Immobilus!

Os diabretes paralisaram. Estava na hora do Ato Final.

─ Vocês venceram. Mas não é o fim! ─ Eles disseram sombriamente, apesar das vozinhas finas. ─ Eu voltarei!

E com uma última risada maligna, eles desapareceram no ar. Digam oi para a África, diabretes!

Com isso, nós cinco caímos no meio do salão principal.

─ O que está acontecendo? ─ Ron murmurou.

─ Estava tudo escuro... ─ Mandy continuou.

─ Um monstro... ─ Draco se encolheu. ─ Meu pai vai ouvir sobre isso! ─ Depois dessa tive que me conter para não gargalhar loucamente.

─ Onde estamos? ─ Luna choramingou.

─ Estamos salvos? ─ Perguntei assustada.

Sim, éramos ótimos atores, não? Com essa novelinha dramática, fomos levados para a Ala Hospitalar, aonde Madame Pomfrey nos examinou. Não tinha nada errado com a gente, e isso era o que ela não entendia.

Antes que alguém tomasse medidas drásticas, como por exemplo, ler nossas mentes pra saber o que aconteceu, fiz das minhas sombras um filtro na mente de todos os envolvidos. Tudo o que veriam eram sombras e diabretes rindo.

Por fim, Dumbledore veio e nos interrogou sob os protestos de Madame Pomfrey que não queria que nos estressássemos. Mas, quando ele viu que não sabíamos nada sobre a situação, foi embora.

Tive vontade de rir da cara dele, mas eu tinha coisas mais importantes para fazer. Tipo, planejar minhas férias. Alemanha, talvez?

Não importa. O que importa é que eu aprendi uma grande lição: nunca compre um gato e nunca contrate uma vidente maluca.

Não entendi essa sua lição. ─ Sean me incomodou mentalmente.

Claro que não, foi eu que aprendi, não você. Tem algo para me dizer? ─ Perguntei.

Bem, só quatro coisas: um, nove, sete, quatro. Grave isso! ─ Disse ele.

Mas... O que? O que diabos são esses números?

─ Lya... ─ Mione me cutucou. ─ Porque estou com uma impressão estranha?

─ Não sei. ─ Franzi a testa. ─ Mas seja o que for... Culpe o Sean!


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Notas finais do capítulo

É isso. O fim do segundo ano. O terceiro vem com tudo e logo TH2 acaba, TH3 começa. O.O
Até logo amores, beijokas. s2



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