NÃÃÃÃÃÃÃO! Adeus, 50 galeões!

Pois é. Perdi a aposta. E Ron também. Gina acabou não indo para a Sonserina. E muito menos para a Grifinória. Ela foi para a casa mais improvável de todas, que não combina nem um pouco com ela: Lufa-Lufa.

─ Há, há, há. Essa foi à piada do século! ─ murmurei emburrada, enquanto Draco e Harry riam. Mione olhava para Gina como se nunca a tivesse visto antes.

Quer dizer, Lufa-Lufa? Não que eu tivesse preconceito ou algo assim, até porque o Cedric é bem gatinho, mas fala sério! O que ela ia fazer na Lufa-Lufa? Gina atacava os irmãos dela com o feitiço bizarro dos morcegos se eles a irritassem. O que ela faria com um lufa-lufa que irritasse ela?

─ Vê pelo lado bom. ─ sussurrou Draco do meu lado ─ Pelo menos ela pode transformar eles no exército dela.

Ele tinha razão. Se ela comandasse a Lufa-Lufa, ela poderia atraí-los para o nosso em-breve-a-ser-criado exército.

Após o discurso de boas vindas habitual de Dumbledore, a irritante apresentação de Lockhart e o jantar, saímos do salão principal e esperamos Gina na porta. Assim que ela nos viu veio até nós junto com Luna, que acabou na Corvinal mesmo.

─ L-U-F-A-L-U-F-A, Gina? Sério? ─ eu questionei.

─ Sim, eles podem ser nosso exército ─ ela sorriu e Luna concordou.

─ Meu plano era dar uma de boba para a Corvinal, mas vejo que terei que tomar sérias decisões. Eles não mexerão comigo assim que eu mostrar quem manda lá! ─ afirma Luna, pensativa.

─ Maravilhoso. A Sonserina já tem medo da Lya, se vocês duas conseguirem fazer com que a Corvinal e a Lufa-Lufa respeitem vocês, estamos feitos. Falta só a Grifinória. ─ Mione comentou.

─ Bem, vai ser um pouco difícil com a Grifinória. ─ Matt franziu a testa. ─ Mas de qualquer forma, mostraremos a eles que a Sonserina não é tão mal assim como eles pensam e então, poderemos trazê-los para nosso lado.

─ Perfeito ─ sorri. ─ Agora acho melhor vocês acompanharem os monitores de suas casas, meninas, para não se perderem. Amanhã teremos metade do dia livre, graças a Merlin, então, às seis da manhã vocês me encontram ali atrás daquela armadura. Sem falta, é muito importante. ─ Recomendei.

─ Seis da manhã? É muito cedo. ─ Reclamou Ron, horrorizado.

─ Precisamos de tempo, Ron. Estabeleceremos uma rotina amanhã, para nos acostumarmos. Se quisermos vencer, devemos ser os melhores. ─ Ajudou Mione e ele assentiu, a contra gosto.

Despedimos-nos e fomos, cada um para sua sala comunal. Fui dormir rapidamente, amanhã seria um pouco corrido. Bem, depende de como ocorrer à reunião.

Quando acordei, me arrumei rápido e fui direto para o nosso ponto de encontro. Acabamos nos encontramos todos no mesmo tempo, o que foi bom.

─ Bem, acho que devemos ir para um local melhor. Venham comigo! ─ chamei. Fomos até a sala precisa e passei três vezes pelo local, pedindo “uma sala para treinamento, aonde ninguém seria capaz de nos encontrar, não importa a intenção”. A sala precisa, só iria deixar entrar por enquanto, nós oito.

A sala era enorme e redonda. Bem no centro tinha uma enorme mesa redonda, com oito cadeiras. Nas extremidades da sala haviam alvos variados, um grande quadro lotado de armas de varias espécies e tinha até uma pista com obstáculos. Seria útil, mas quaisquer alterações na sala nós faríamos depois.

Sentamo-nos a mesa redonda. Eu sentei em uma das cadeiras no meio, Harry do meu lado direito, Gina, Ron, Mione, Draco, Luna e finalmente Matt, do meu lado esquerdo.

─ Bem, Nigra Lux. Essa será nossa primeira reunião. Mione faça um tópico do que precisamos falar? ─ pedi e um pergaminho e uma caneta trouxa de tinta preta apareceu na frente dela.

─ Só um momento ─ ela pediu. Assim que ela terminou de escrever, ela começou a falar. ─ A principio, devemos decidir o que iremos treinar. Conversamos no trem e foi decidido que treinaremos todo o tipo de magia, defesa corporal e manuseio de armas. Bom, antes de começarmos treinar lutas e manuseio de armas, devemos nos concentrar em aumentar nossa aptidão física. Sugiro que façamos uma corrida matinal rigorosa em torno do lago, para aumentarmos nossa velocidade. Para ninguém desconfiar, precisaremos fazer com que a sala precisa simule o terreno de Hogwarts para nós.

─ Começaremos hoje essa rotina? ─ questionou Draco.

─ Se der tempo, sim. ─ Ela deu de ombros. ─ Enquanto isso, pesquisaremos feitiços uteis que devemos aprender, leremos livros sobre armas, defesa corporal e outros mais. Acho que vai ser importante aprendermos o máximo possível.

─ Sim, a preguiça não será aceita. ─ Comentei olhando para Ron que sorriu.

─ Acho que seriamos legal aprender algum outro idioma também ─ sugeriu Harry, pensativo.

─ Boa ideia, eu vi em uma loja no beco que eles vendem brincos, piercing e tatuagens que auxiliam o aprendizado de todos os idiomas conhecidos. É uma espécie de runa que através de nosso corpo, manda as informações ao cérebro, aumentando a velocidade em que raciocinamos ou algo assim ─ disse Draco.

─ Esses brincos ajudam a aprender, é isso? ─ perguntou Ron, confuso.

─ Não é bem assim ─ eu disse ─ Eu acho que os brincos e os piercing é apenas um artefato que prenderá a runa ali, em nosso corpo, e quando terminarmos de aprender os idiomas não vai ser mais útil. É chato na verdade... ─ expliquei.

Eu tinha visto de relance essa loja no Beco, enquanto ia procurar o falso Draco na Travessa.

─ Seria mais fácil fazer uma tatuagem mágica, então. ─ disse Mione pensativa. ─ Não vai sair, não vai doer e vai curar rapidinho. Eu suponho que essas tatuagens poderão ser usadas para outras coisas, além de auxiliar no aprendizado de idiomas.

─ Poderíamos tentar esculpir runas em nós mesmo, se isso ajuda, e então ninguém saberia. Há diversos tipos de runas, para diversos usos. Como, por exemplo, aumentar a capacidade mágica, a força física e a destreza. ─ Gina comentou.

─ É melhor do que usarmos os brincos e piercing's. ─ concordou Draco.

─ Mas tipo, se é assim tão fácil aumentar a capacidade mágica, a força e tudo mais apenas com runas... Porque ninguém faz? ─ perguntei confusa.

─ Porque é considerado magia de sangue e o Ministério catalogou isso como magia negra ─ respondeu Draco com desdém. ─ Na verdade, não é magia negra. Não exatamente. Esses exemplos que Gina citou, é algo que todos deveriam fazer. Era um costume puro-sangue antigo realizar esses rituais assim que a criança completasse onze anos, pois ajudava no crescimento do núcleo mágico e na força da criança. Mas todos aparentemente esqueceram-se dessas tradições.

E então um flash de memória veio até mim, da época dos fundadores, quando Rowena disse ter descoberto uma nova forma de magia. Rituais baseados na antiga linguagem rúnica, que serviria para diversos usos.

─ Mas isso não quer dizer que não exista magia de sangue que seja ruim. Na verdade, tem um ramo da necromancia que é totalmente baseado em magia de sangue. ─ palestrou Mione, completando o que Draco dizia, tirando-me de meus pensamentos.

─ Certo. Então acho que devemos realmente dar uma olhada nessas runas. Vocês sabem algum livro que trata disso? ─ questionei. ─ Quem sabe não possamos usar isso a nosso favor. ─ sugeri e todos concordaram.

─ Eu tenho um livro aqui ─ disse Mione animada, tirando de sua bolsa um livro de capa cinza escuro.

Bem... Isso vai ser legal.