The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 26
“Aproveite o agora, Lya!”


Notas iniciais do capítulo

Amores, peço desculpas pela demora em postar o capítulo hoje, mas tinha combinado em assistir filme com minhas amigas e só fiquei livre o suficiente para vir aqui postar agora de noite. Amanhã vai ser difícil postar, porque nem tenho o próximo capítulo escrito ainda e para atrapalhar mais ainda, a rotina de escola o dia todo começa amanhã. Vou tentar postar sexta, mas caso não der só no próximo domingo. Então talvez eu continue conseguindo postar só aos domingos, mas até o fim de novembro eu já estarei mais livre, porque meus cursos irão acabar e então só vai ficar o ensino médio de manhã. E então, com minhas tardes livres, poderei postar mais. Até sexta ou domingo, então. Torçam para que eu consiga postar antes, hihi (yn) !! Boa leitura, e obrigada pelos cinquenta (OMG! cinquenta! *-*) comentários. Amo vocês! Até lá em baixo...



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Acordei de repente e percebi que estava deitada em minha cama no chalé 13. Levantei-me lentamente e ergui minha blusa para ver o corte que deveria ter me matado. Para minha surpresa, ou não, nem havia sinal. Ainda bem, porque eu realmente não quero explicar tudo para minha mãe.

─ Os deuses pareciam furiosos ─ disse a voz de Percy, fora do chalé.

Arrumei-me, penteando meu cabelo com as mãos para não parecer uma mendiga e saí do chalé. Avistei Percy, Nico, Annabeth, Lizy e Matt conversando sentados no chão à sombra de uma árvore em frente ao chalé e fui até eles.

─ Eu vi, quer dizer, todo mundo viu! Quando os corpos delas sumiram, parecia que o mundo estava acabando. Foi assustador ─ comentou Lizy estremecendo e Nico a abraçou.

Eles não pareceram perceber que eu estava ali. Matt parecia horrível, com olheiras em baixo dos olhos e o cabelo dele estava todo bagunçado. Doeu meu coração ao ver que ele se importava tanto assim. Eu o amava tanto.

─ Será que ela está bem? Está viva? ─ sussurrou Matt.

─ Eu não sei Matt ─ disse Annabeth pesarosa ─ Ninguém sabe aonde os deuses a mandou. E com Calissa por aí... Qual era o motivo da rixa delas? Estava na cara que havia muito mais do que simplesmente um ‘capture a bandeira’ perdido.

─ É uma briga antiga... ─ contou Matt, suspirando e esfregando os olhos.

─ Ela... É bem poderosa para uma simples filha de Hades, não? ─ questionou Percy, hesitando.

─ Não é por nada não, mas eu realmente não gosto que falem de mim como se eu não estivesse presente ─ comentei e eles me olharam assustados, como se estivesse vendo um fantasma.

─ Você está viva! ─ exclamou Matt, levantando-se apressado e correndo até mim, me abraçando fortemente ─ Nunca mais faça isso, por favor. Olhe, eu sei que está chateada comigo, mas eu realmente fiz aquilo para te proteger, apesar de que foi completamente estúpido. Perdoe-me, Lya, eu te amo. Eu não aguentaria te perder... Eu não estou aguentando agora... ─ disse ele, implorando com os olhos que eu não o deixasse.

─ Matt, eu sinto muito por te fazer sofrer ─ falei triste ─ eu realmente sinto muito, mas foi estúpido de sua parte me deixar só por achar que não posso me defender. Eu te amo tanto que eu morreria por você, eu não sou uma garota indefesa, entenda. Mas eu te perdoo. Como poderia não perdoá-lo? Eu nem sei como estou conseguindo dizer toda essa melação e sei que estou estragando todo o momento romântico, mas se você não me beijar agora, eu vou quebrar a sua cara!

Apesar de toda a minha falta de romantismo, foi realmente perfeito o momento. Porque ele me beijou como se o mundo tivesse acabando, como se aquele fosse ─ tomara que não, por favor! ─ o nosso ultimo momento junto. Beijamos-nos com todo o amor e saudade que tínhamos... Porque minha vida tem que ser tão dramática?

─ Awn! Que adorável! ─ falou Lizy, interrompendo nosso beijo ultrarromântico.

─ Pô, não interrompe! ─ reclamei ofendida, me separando de Matt, porém sorrindo para todos que sorria para nós.

─ É bom ver que você parou com o gelo que estava dando nele... ─ comentou Nico sorrindo.

─ E é bom ver que estão juntos de novo ─ concordou uma voz calma atrás de nós.

─ Senhor Hades ─ disseram todos se curvando ao verem meu pai, menos eu e Nico que reviramos os olhos e sorrimos para ele.

─ Pai ─ cumprimentou Nico.

─ Papai! ─ exclamei correndo para abraçá-lo. Eu estava sendo muito emocional para uma filha de Hades, mas, cara, eu estava morrendo de saudades então não me julguem.

─ Filha ─ disse meu pai, abraçando-me de volta. Um tempo depois nos soltamos e ele sorriu para mim. ─ Venham você e Matt, preciso falar com vocês ─ ele disse, e eu e Matt o seguimos, curiosos. Entramos no meu chalé e então sentei na cama, com Matt ao meu lado.

─ Pai ─ eu comecei, curiosa ─ você se lembra de mim, digo, se lembra de tudo?

─ É claro que eu lembro Lya. Eu sou um deus, o feitiço não me afetou, já que fui eu que realizei. Porem nenhum outro se lembra. ─ respondeu ele e eu sorri feliz.

─ Mas e Calissa, ela se lembra? ─ questionou Matt apreensivo.

─ Eu tenho quase certeza que sim. Ela não lembrava até a hora em que vocês duas morreram novamente. Mas ela viveu, então ouve um choque de memória. Foi por isso que ela desapareceu. Seja lá o que for que ela está tramando, envolve vocês dois! E considerando o que ela fez no passado, não é de duvidar que isso vá gerar uma guerra... ─ comentou papai frustrado.

─ Uma guerra... ─ sussurrei e então a realização me bateu. ─ A guerra contra Voldemort... E se ela se juntar a ele? ─ os fitei, horrorizada. Essa perspectiva era realmente trágica, pois se Calissa já era poderosa, com a ajuda dos malditos comensais e do próprio bastardo sádico cara de cobra, ela ficaria terrivelmente perigosa.

─ Isso será terrível! ─ exclamou Matt chocado.

─ Não importa! Se isso acontecer... Se ela quer uma guerra ela terá, mas acho melhor que ela saiba desde o inicio que eu farei qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, para ganhar. Essa batalha é minha, entre mim e ela, e ela vai morrer de uma vez por todas para nunca mais voltar. Juro pelo Rio Estígio! ─ jurei, convicta e um trovão soou ao longe.

─ Lya, eu entendo sua raiva, filha. Mas isso não está certo. Você está deixando de aproveitar sua vida, seus amigos e está guardando um rancor muito profundo ─ começou papai, lentamente ─ Pode achar estranho vindo do deus do submundo, mas eu sei o que estou dizendo. Guardei rancor de meus irmãos por muito tempo e isso não me levou a nada ─ continuou amargamente e suspirou.

─ Eu não sei se posso agir de outra forma ─ murmurei cansada.

─ Eu acho que você consegue sim. Ignore tudo isso, aproveite o momento. Você faz muitos planos, e isso é bom, mas às vezes temos de agir sem pensar, aproveitar a vida enquanto der, e esquecer-se dos problemas... Ninguém consegue viver só se preocupando com tudo, esquecendo-se da diversão. Brinque, sorria, chore... Viva, Lya, viva! Esqueça-se de tudo e aproveite o agora. ─ aconselhou papai e me abraçou, secando as lagrimas que corriam pelo meu rosto.

─ Eu vou tentar ─ sussurrei.

─ Isso é tudo o que peço ─ ele disse me olhando nos olhos ─ Agora vá, divirta-se com seus amigos! ─ despediu-se beijando minha testa e desaparecendo nas sombras, deixando eu sozinha com Matt, que me abraçou.

─ Vamos lá, vamos lá pra fora ─ disse ele e eu assenti, o seguindo, saindo do chalé.

Eu não podia dizer que esqueceria todos os problemas e que curtiria a vida assim irresponsavelmente porque eu não conseguiria, mas acho que eu poderia relaxar um pouco, por algum tempo. Mas quando os problemas surgissem, eu estaria preparada para enfrentá-los. Mas, por enquanto, eu apreciaria o meu tempo com meus amigos. Eles eram tudo o que eu tinha, afinal. Minha família, meus amigos e Matt eram tudo o que eu tinha e mais prezava no mundo. E eu tinha que dar valor a isso. E isso era o que eu ia fazer. Fazê-los felizes, ao meu lado.

─ Oi cunhadinha ─ cumprimentaram dois filhos de Ares passando por mim na hora do almoço, enquanto eu estava na fila para a oferenda.

─ Oi ─ respondi de volta. Tentei imaginar-me no lugar deles... Eu era namorada de um dos irmãos deles e quase ─ infelizmente! ─ matei a irmã deles. Eu não fazia a mínima ideia do porque de eles estarem falando comigo numa boa.

─ Eles estão felizes em saber que Calissa não está mais no acampamento. Ela fazia de todo mundo seus escravos dentro do chalé! ─ explicou Matt, vindo a meu lado.

─ Ela vai se dar bem com Voldemort, então ─ ironizei.

─ Nem sabemos se ela vai se unir a ele, quando ele voltar ─ disse Matt, suspirando.

─ Mas é a única explicação ─ repliquei.

─ Tem certeza? ─ desafiou.

─ É a única ideia plausível, confesse! ─ respondi revirando os olhos e ele riu.

─ A propósito, bem legal vocês terem roubado a pedra ─ disse ele e eu arregalei os olhos.

─ Que pedra? ─ engasguei. Ele não estava falando da pedra filosofal... Estava?

─ A pedra filosofal ─ ele respondeu. Sim, ele estava. Mas como ele sabia?

─ Como sabe?

─ Dumbledore me disse ─ respondeu ele como se fosse obvio ─ Quando ele descobriu que a pedra foi roubada, ele ficou desesperado. Claro que eu imediatamente soube que isso só poderia ser plano seu, mas não disse pra ele. Foi muito engraçado ver ele quase arrancando a barba de tanta frustração... ─ comentou.

─ E desde quando você conversa com Dumbledore? ─ eu estava incrédula, sério. Mas saber que Dumbledore quase arrancou as barbas por causa de minha armação foi muito gratificante.

─ Desde quando ele passou a achar que eu era a reencarnação de Godric Gryffindor. A partir desse dia ele nunca mais me deixou em paz. Ele pensa que eu sou uma espécie de conselheiro que vou resolver todos os problemas dele, inclusive ajudá-lo a manipular Harry Potter em um herói da luz que vai continuar com o joguinho de xadrez manipulador dele ─ discursou Matt entediado.

─ Ele pede conselho para uma criança de onze anos? ─ questionei franzindo a testa.

─ Eu nem sempre tive onze anos! ─ Matt se defendeu ofendido.

─ Mas ele não sabe disso ─ revirei os olhos.

─ Bom ponto... ─ admitiu.

E então percebi o que ele jogou na minha cara!

─ Seu cafajeste, você estava em Hogwarts o tempo todo! ─ exclamei perplexa ─ Quando eu descobrir como, eu vou picar você em pedaçinhos seu babaca! ─ ameacei, indo até a fogueira e jogando um pouco de comida para meu pai, para Héstia que ficava o tempo todo na lareira e para Afrodite, esperando que Matt se tornasse um pouco mais inteligente quando se trata de namoro.

─ Lya, qual é... Eu ia te contar!

Ignorei qualquer coisa que ele dizia e fui até a mesa onde Nico estava sentado. Matt devia gostar de me irritar, sério. E eu adorava o deixar pensando que tinha feito algo muito sério. Quer dizer, eu estava irritada por ele estar em Hogwarts e nem ter vindo falar comigo, mas eu tinha uma leve impressão de que sabia que ele estava lá o tempo todo, mas nem dei atenção a esse sentimento. Mas eu ia descobrir o disfarce dele, com certeza eu ia.

─ O que ele fez agora? ─ perguntou Nico, dando risada.

─ O de sempre. Ele não percebe que eu estou fingindo estar brava com ele, quer dizer, estou um pouco brava realmente, mas não tanto assim. Ele deveria perceber que eu estou fazendo drama demais para uma filha de Hades. Ele é tão lerdo! ─ revirei os olhos e Nico riu mais ainda.

E assim foram os quase um mês e meio no acampamento. Em meio a lutas, quase mortes, dramas e o Matt sendo um tonto que eu amava...

Eu realmente não queria ir embora, mas eu poderia voltar. Isso era a única coisa que me consolava... Saber que o acampamento estaria lá para eu ir e voltar quando quisesse.


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Notas finais do capítulo

AEEEÊ! A Lya ta viva... E teve finalmente a tão esperada interação entre pai e filha e o "super romantismo" da Lya com o Matt. *-*
No próximo capítulo, a Lya sai do camp e vai pra casa dos Weasleys, se preparar para o segundo ano em Hog.! Mas ela ainda vai voltar pro camp, não tão cedo (depende de quanto tempo eu demorar escrevendo o ano 2), mas ela vai voltar. Até logo (espero), beijos! E comentem, porque mais do que nunca, preciso da opinião de vocês. Com muito amor e um coraçãozinho, muitos beijinhos e um até logo esperançoso. Ok, parei com o drama kkk



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