The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 2
Beco Diagonal e Operação Harry Potter


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tudo bem com vocês? *-*



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No momento estou me sentindo uma Harrya Potta porque sei que irei ao Beco Diagonal. Nos filmes, o Beco era perfeito. Na vida real, provavelmente vai ser muitissimamente mais incrível.

─ Porque as garotas demoram tanto para se arrumar? ─ pergunta Sean. Eu ainda não consigo assimilar que ele é ─ ou foi ─ o temido Salazar Slytherin. E, bem, o Sal que me enchia o saco mentalmente.

Olhei-me na porta da estante da sala que era de vidro espelhado e percebi que talvez eu estivesse produzida demais para ir ao Beco, então corri para o quarto para procurar um look mais bruxo. Enquanto isso, Sean se jogava no sofá reclamando e minha mãe, na cozinha, apenas ria.

Depois de me arrumar e voltar para a sala, Sean me pegou pelo braço e gritou “tchau” para minha mãe e depois aparatou. Essa foi a experiência mais bizarra da minha vida. E foi exatamente como descrito no livro, um puxão no umbigo.

─ Prefiro viajar nas sombras ─ resmunguei e Sean riu. Então percebi que estava na frente do muro que mexendo nos tijolos certos, abria a passagem para o maravilhoso Beco Diagonal.

Antes que eu pudesse me emocionar demais, ouve passos atrás de nós.

─ Vão continuar bloqueando a passagem? ─ perguntou uma voz fria e esnobe. Olhei para trás com minha melhor cara de malvada e o cara se assustou. Quem não se assustaria ao ver uma garota de 11 anos com um olhar digno de meu pai Hades? Até Lucius Malfoy se assustaria. E, bem, era Lucius Malfoy. E ele estava assustado. Comigo. Nem me achei agora né? Ai, ai...

Mas o que o assustou mais ainda foi o meu irmão com um olhar igual ao meu.

─ Se-Sean Skyfor-ford...? ─ gaguejou Malfoy (desde quando Malfoys gaguejam?) e meu irmão deu um sorriso irônico. Meu irmão (tenho que me acostumar a chama-lo assim) devia ser de alguma família puro-sangue, provavelmente.

─ Lucius Malfoy, a que devo a honra? ─ perguntou meu irmão, debochado. Malfoy engoliu em seco e deu um sorriso pálido. O garoto que estava ao lado dele ─ que só reparei agora ─ estava surpreso. Aposto que nunca viu o pai de uma forma tão... Rebaixada.

E então percebi que estava na frente de Lucius e Draco Malfoy. E então veio uma mulher loira com um ar elegante e eu soube imediatamente que ela era Narcisa Malfoy. Ao notar-nos ela pareceu congelar. Okay! Tem algo errado. Sean vai ter que me explicar isso logo que voltarmos para casa. Ou antes...

Enfim, Sean deve ter se cansado da família Malfoy Cagões e se despediu, sem deixar o olhar mortal, dizendo que tinha coisas melhores para fazer. Os Malfoys apenas engoliram em seco e disseram até logo. Claro que não deixei passar e sorri maldosamente, abanando a mão delicadamente.

Eu era tão malvada, quer dizer, tão sonserina. Que orgulho de mim mesma!

Ele abriu a passagem para o Beco com uma bela varinha negra e então começamos a andar pelo Beco. Era maravilhoso, tão mágico e incrível que quase fiquei parada no meio do caminho, só que não fiquei, pois Sean me puxava.

─ Me explica essa paradinha deles terem medo de você depois, hein! ─ falei para Sean que deu uma risadinha.

─ Digamos que a família Skyford vem de uma linha de Necromances, lordes das trevas e os seguidores mais macabros de Grindewald. ─ ele sussurrou. Eu assenti, entendendo. ─ E agora, para ir para Hogwarts, seu nome vai ser Lyara Skyford, uma aluna puro-sangue e minha irmã.

─ Legal ─ falei prestando atenção em uma vassoura na vitrine da loja Artigos de Qualidade para Quadribol. Suspeitei que a vassoura fosse a mencionada Nimbus 2000. Perfeita... Mas eu ainda prefiro a Firebolt. Desviei minha atenção das vassouras e olhei ao meu redor, notando bruxos e bruxas quem andavam apressados pelo Beco, falando em vozes altas animadamente com seus filhos que iriam para Hogwarts.

─ Aonde você quer ir primeiro? ─ perguntou Sean.

─ Eu quero um tour pelo Beco Diagonal ─ respondi animadamente ─ porque ainda é cedo para compras.

─ Beleza, vamos começar. ─ ele respondeu sorrindo.

Eu vi muitas e muitas lojas, como Vassouras de Segunda Mão, Penas de Escritório, Vassourax, Empório de Corujas, Floreios e Borrões (que seria uma das minhas paixões, justamente por estar lotada de livros), Gambol & Japes (que eu deveria conhecer em breve para comprar alguma coisa legal), Madame Malkin, Animais Mágicos, Olivaras, Farmácia, Talhejusto & Janota (fiquei babando nas roupas, com Sean me puxando) e até mesmo a Sede do Profeta Diário. Vi o Gringotes, que era belíssimo. E depois, vi a melhor de todas as lojas, o amor da minha vida: a Sorveteria Florean Fortescue. Foi amor à primeira vista.

─ Vamos tomar um sorvete antes de começarmos? ─ implorei fazendo uma carinha fofa e Sean deu risada.

─ Vamos lá, gulosa.

─ Gulosa não! Só aproveito bem a vida.

Entramos e me apaixonei mais ainda. Tem sorvetes de todo quanto é tipo. Mas eu escolhi um dos melhores.

─ Eu quero um sundae que troca de sabores de beijo de ninfa com céu azul, cereja com morango, creme com leite condensado, napolitano e chocolate com gela-crânio.

Sean me olhou espantado. A taça era enorme. Sean deu de ombros e pediu o mesmo que o meu. E teve que pagar 4 galeões e 20 nuques pelos dois sorvetes. Pra ele deve ter sido barato, porque ele estendeu um cartão dourado escrito Gringotes nele.

Sentamos em volta de uma das confortáveis mesinhas e então comecei a pensar.

Ok, eu iria para Hogwarts. Mas qual seria o plano? Aí você pergunta: plano pra que, criatura? E eu respondo: Oras! Você não acha que eu vou para Hogwarts e só vou lá ficar curtindo a vida numa boa, sem fazer nada divertido, sem nenhuma aventura, certo? Eu necessito de um plano. E já sei até qual vai ser! Vai se chamar Plano I ─ Operação Harry Potter.

─ Sean? Harry Potter vai estudar comigo? ─ perguntei, mas era provável que a resposta fosse sim, já que Draco Malfoy tinha a minha idade.

─ Vai sim, mas como sabe sobre ele? ─ indagou Sean.

─ Ué, se esqueceu do que eu disse hoje cedo? Sobre a parada de voltar à vida?

─ Então você o conheceu antes. ─ disse Sean pensativo. ─ Vai fazer alguma coisa quanto a isso?

─ Com certeza vou. ─ falei terminando minha taça. Coloquei-a no centro da mesa, e a taça vazia desapareceu. Sean fez o mesmo terminando a dele e então saímos da sorveteria, prometendo ao Sr. Fortescue que voltaríamos. Com certeza, voltaríamos. ─ Vamos lá. Convença Hagrid a deixar nós cuidando de Harry e fazendo as compras com ele. Com certeza Hagrid deve ter mais coisas a fazer do que cuidar de uma criança, não? ─ sorri angelicalmente. Sean me olhou com orgulho e deu um sorriso malicioso.

─ Como chama seu plano?

Operação Harry Potter. ─ respondi e ele abafou uma risada.

─ Muito original ─ ele riu.

─ Cale a boca. ─ bufei.

Por sorte vimos imediatamente Hagrid e Harry entrando no Beco. Caminhamos em direção a ele e Hagrid, ao ver Sean, veio até nós, animado.

─ Sean, como vai mocinho? ─ perguntou Hagrid dando um abraço de urso no meu irmão, que apenas sorriu educadamente.

─ Hagrid, estou bem e você?

─ Muito bem, muito bem. ─ respondeu Hagrid com o sotaque legal dele. ─ E quem é a mocinha?

Eu sorri.

─ Minha irmã, Lyara Skyford. ─ disse Sean e Hagrid apertou a minha mão. Caramba! Será que ele não sabe que ossos de crianças são sensíveis? ─ E o jovem com você? ─ perguntou Sean indicando Harry. Harry nos olhava tímido, parecendo fora do lugar, então sorri timidamente para ele. Oi? Eu tímida? Logicamente, não, né? Ele sorriu de volta, parecendo relaxar.

─ Este é o jovem Harry Potter, o Professor Dumbledore pediu para que eu o ajudasse nas compras. ─ respondeu Hagrid.

─ Olá ─ disse Harry baixinho.

Sean sorriu e respondeu olá de volta.

─ Hagrid, com certeza você deve ter mais coisas a fazer. Não quer que levemos Harry para fazer compras? Assim ele faria companhia a minha irmã. Ela é tão sozinha. ─ disse Sean parecendo preocupado.

Hagrid sorriu e deu um tapinha no ombro do meu irmão.

─ Bem, se você insiste, o jovem Harry pode ficar. Tenho certeza que cuidarão bem dele. Não se preocupe Harry, vai dar tudo certo. ─ disse Hagrid concordando. Oh, sim, com certeza vai dar tudo certo. Meu plano também, hehehe.

─ Tudo bem. ─ concordou Harry timidamente e eu aproximei-me dele, sorrindo.

─ Harry, meu nome, como você ouviu, é Lyara, mas me chame de Lya, por favor. Eu tenho 11 anos e você? Hey, você quer ser meu amigo? Seria meu melhor amigo. Oh, seria tão legal ter um melhor amigo! ─ tagarelei animadamente e ele me olhou assustado. Aí eu parei de falar. ─ Oh, desculpe! ─ desculpei-me e olhei para baixo. Acho que fui apressada demais.

─ Tu-tudo bem... Eu... Eu gostaria de ser seu amigo. ─ disse ele sorrindo levemente.

─ Eba! ─ comemorei e puxei ele pela mão. Percebi que Sean já se despedira de Hagrid, que deu um tapinha (deve ter doído!) no ombro de Harry e se afastou.

─ Vamos lá, então? ─ perguntou Sean sorrindo amigavelmente para Harry. ─ Vamos primeiro ao Gringotes.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Será que ganho pelo menos 5 comentários?
Até a próxima, mas me digam o que acharam, porque ainda não sou vidente... kkk



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