Wings Of Hope escrita por Shunnie Youko


Capítulo 13
Parte XIII – Retorno


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, muito obrigada àqueles que continuaram firmes e fortes, me esperando atualizar. Sei que não foi justo com quem gosta do que escrevo. Então peço MILHÕES de desculpas pela demora em atualizar. Vestibular e cursinho me impediram muito de escrever, e agora que, finalmente, estou de férias, volto a postar!
Meus mais sinceros agradecimentos, por todos que ainda querem ler, e saber o final dessa história.



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Wings of Hope

Parte XIII – Retorno

O grito de horror da pequena Tsubasa ecoou por toda a velha igreja. Gracia segurava Roy com firmeza, impedindo-o de correr na direção da filha, que abraçava a mãe, cujo sangue escorria do corte em seu peito. O líquido escarlate manchava o belo vestido que a menina usava. A essa altura, ela chorava alto, soluçando. Agarrava com força o corpo já gelado de Riza, sem se importar com a faca no peito da loura.

-- Isso, pirralha – Isabel sorria diante da cena –, é o poder de Deus!

-- Ora! – Tsubasa começou, mas calou-se, olhando para a mãe.

Sentiu o corpo dela se mexer, e soltou-a. Riza se ergueu, retirando a faca de seu peito, enquanto segurava Adam pelo colarinho. Sacudiu-o com extrema força, para depois esfaqueá-lo, como ele fizera. Um corte no peito, todavia seguido de outros, espalhados pelo corpo do homem.

-- Você não pode me matar, Isabel. – a loura falou, sua voz estava tenebrosa. – Não pode fazer nada comigo. Você tem medo de mim!

-- Você é quem não pode me machucar, Hawkeye!

-- Realmente. Eu não. – Virou-se para Tsubasa, sussurrou algo em seu ouvido, e fez um sinal para Gracia.

A Hughes ainda estava com todos, atrás do ultimo banco da Igreja. Tsubasa juntou-se a todos, dando um caloroso abraço e um beijo estalado na bochecha do pai, depois se virou e sorriu para a mãe. A loura sorriu de volta e se dirigiu para o altar, empurrando Isabel em um dos bancos para tirá-la do caminho.

O altar era um pouco mais alto que o restante da igreja, e possuía uma fogueira ao seu lado, que já havia apagado desde que Tsubasa fora salva. Riza estalou os dedos, e a chama se acendeu novamente. Postou-se atrás do fogo e esperou as outras garotas. Elas foram todas até onde a loura estava, arrumando-se em um circulo ao redor da fogueira e dando as mãos.

Isabel ignorou-as e correu, subindo as escadas e indo até o mezanino. Enquanto subia os degraus, lembrava-se da loura, antes de Alessandra ser punida. Riza e a madrasta sempre vinham à igreja, e era possível vê-las na exata posição em que se encontrava agora.

--- Flashback ---

Isabel estava no mezanino da igreja, quando viu a pequena loura entrando pelas grandes portas. Sorriu e desceu para falar com a amiga e sua pequena filha – adotiva, claro.

-- Isabel! – disse a moça – Que bom! Precisava falar com você, é importante.

-- Estou toda a ouvidos. – então olhou Riza, que parecia que parecia querer explodi-las com os olhos, e sorriu. – Pode ser aqui mesmo?

-- Pode, Riza não vai entender mesmo. – a pequena dobrou a atenção sobre a conversa, com a menção de seu nome. – Eu quero saber quando ela vai estar pronta para o ritual. Não aguento mais isso!

-- Imagino que esteja cansada. Mas aguente mais um pouco. A hora da outra já está chegando. Logo será a vez dela.

-- Certo. – dito isso, olharam para a loura, que, com seu olhar de criança pura e inocente, aparentava nada ter percebido.

Como as duas haviam sido TOLAS de pensar isso.

--- Fim do Flashback ---

Isabel permanecia parada no mesmo lugar, olhando as moças ao redor da fogueira. Fechou os olhos por alguns instantes, tentando lembrar onde já viraa aquela formação. Uma lembrança a atingiu como um raio e saiu correndo em direção às escadas. Mas, quando pisou no primeiro degrau, um tremor abalou a igreja, e então ela percebeu que era tarde demais.

-- Agora você vai provar do seu veneno, Isabel – Riza berrou, saindo de seu lugar.

Katherinne saiu correndo na direção dos rapazes. – Venham comigo, vocês não vão querer ver isso. – E puxou-os para uma sala, embaixo da escada do mezanino e trancou-os lá.

Todas as garotas abriram espaço. Mellie foi ao encontro de Kate para ajuda-la a fechar as pesadas portas da igreja. Alessa e Gracia estavam ajoelhadas perante a fogueira e Riza estava em pé entre ambas.

O chão tremeu mais uma vez. Onde a fogueira estava um buraco se abriu e as chamas caíram nele. Não se ouviu barulho de madeira batendo no chão, então se presumiu que não havia fundo.

Por um tempo, todos os fiéis dentro do local ficaram em silêncio. Um silêncio cortante, que corroía a alma, desde sua mais íntima parte. Até que uma gargalhada o quebrou, e Riza começou a murmurar palavras inteligíveis para a maioria, mas que até mesmo para Isabel faziam sentido. Sentido até demais, para seu gosto.

-- Vinde a mim. Retorne a seu local de origem. Realize tua vingança contra aquele que te destruiu. Deixe teu desejo te consumir. Vinde a mim!

Novamente, mais um tremor. Todavia, nada parecia ocorrer no altar. Riza e todas as meninas estavam paradas, como se nada estivesse a acontecer.

Mas, do mesmo modo súbito que começou, o tremor cessou. E então todas se afastaram de onde ficava a antiga fogueira, que agora fazia parte das chamas do inferno. Rajadas de arame farpado jorravam do buraco, assustando aqueles que estavam dentro da igreja. Por vezes, as farpas acertavam um ou outro, mas não era o suficiente para matar. Apenas causava ferimentos, dos mais variados graus, mas nenhum era mortal.

Houve uma calmaria por tal motivo. Entretanto, não durou muito. Logo, uma figura, tão conhecida de muitos ali, emergiu. Ela estava em meio aos fios de arame, sem se machucar, o que mostrava que eles a obedeciam.

Isabel sorriu fracamente, murmurando – Eu sempre soube que você era uma bruxa.

Como resposta, recebeu um arame em sua direção, ferindo-lhe fracamente a face. – Não se engane pelo machucado leve. – a criatura responde-lhe – Não sou eu quem vai lhe matar.

A pastora deu-lhe um sorriso cínico. – Não se eu a mandar novamente para o inferno, Alessandra Applefield.

A menina gargalhou. Uma gargalhada de criança que se diverte com o que um amigo lhe falou. Uma gargalhada feliz, que, quando viva, nunca foi capaz de dar. E então, direcionou seu olhar para os fiéis, que tentavam se esconder por entre os bancos da igreja. Tolos, já que Alessandra podia vê-los claramente de sua posição, sendo segurada no alto por ninhos de arame.

Foi neste momento que aconteceu o que era inesperado por Isabel. Inesperado por qualquer um dentro da construção. A menina-morta lançou seus “brinquedos”. E arames envolveram os corpos de todos os fiéis. Alguns, ela apertava os arames ao redor dos corpos, até os membros se separarem e caírem ao chão, com sangue pingando dos corpos dilacerados, que morriam após muito sofrer de dor.

Outros, com que fora mais piedosa, tiveram seu coração perfurado com um dos fios farpados. E morreram com menos dor. A chacina se seguiu, até que sobrou apenas Isabel.

Ela tentou correr, mas deu de cara com as grandes portas trancadas. E, pela primeira vez em toda sua existência, se viu encurralada. Deixou suas costas escorregarem pela madeira, e sentou-se ao chão, esperando a morte dolorosa vir.

Mas ela não veio.

Pelo menos, não pelas mãos de Alessandra Applefield.


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Notas finais do capítulo

N/A: Eu sei que o capítulo não foi tão comprido quando o que muitos esperavam, mas entendam. Eu precisava de um suspense, afinal esse é o penúltimo capítulo.
O último não deve demorar a sair, agora que tenho tempo de escrever.
Muito obrigada a todos, principalmente a Shadow Laet que ficou me aturando no msn enquanto eu escrevia, e me dando sua preciosa opnião! Sem esquecer que ela e a Bulma Buttowski postando suas maravilhosas histórias me deixaram muito ansiosa pra continuar essa.
Não esqueçam da review tá?



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