Wings Of Hope escrita por Shunnie Youko


Capítulo 12
Parte XII – Missa Interrompida




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Wings of Hope

 

Parte XII – Missa Interrompida

 

Gracia estava parada na frente da porta da igreja. Hesitava, mas esmurrou a porta do local com força. Seu olhar assustado e as lagrimas que escorriam por seu rosto completavam o disfarce. Precisava parecer ter sido atacada. Prendeu o ar temporariamente quando ouviu o barulho da porta sendo destrancada, mas logo deixou a respiração fluir normalmente mais uma vez. Sorriu para a mulher que a recebera, contando-lhe que havia sido atacada por Lisa Hawkeye. Disse-lhe que havia tido seu marido seqüestrado por ela.

 

A moça que a recebera soltou uma risada abafada e murmurou algo que Gracia entendeu como ‘sabia que ela não devia ter vivido’ ou ‘a volta dessa bruxa realmente foi algo ruim’, mas a amestrina não podia dar certeza. A Hughes sentiu a mulher olhá-la de cima a baixo e convidou-a para entrar na igreja. Apresentou-se como Isabel.

 

-- Então, você é a Isabel. –Gracchi sussurou, de modo que a outra não pudesse ouvi-la.

 

As duas adentraram o local e a espiã sentou-se no canto. Discretamente, retirou uma pena de tom escuro e soltou-a no chão, embaixo do banco em que estava sentada. Sorriu, Tudo estava prestes a mudar.

 

Olhou para a pequena Tsubasa presa e o olhar assustado denunciou sua preocupação pela menina. Como Lisa podia deixá-la dessa maneira? Sentiu sua alma gelar – isso se ainda tivesse uma. Estava na hora de mudar tudo, mas não estava certa de que queria Tsubasa envolvida na historia. Olhou a porta e viu os rapazes entrando, junto das meninas – exceto Lisa, claro – e chamou-os para junto de si. Quando estavam todos juntos – os recém-chegados ajoelhados atrás do banco, impedindo de serem vistos – Graci contou o que sabia de Shadows Hill para os outros. Contou-lhes as poucas coisas que Lisa havia contado sobre sua infância nessa cidade. Seus olhos voltaram-se preocupadamente para a porta. Onde Lisa estaria? Sabia que a loura não tinha fugido, mas estava nervosa.

 

Sentiu um arrepio subir-lhe pela espinha. Algo estava para acontecer. Olhou um ponto indefinido no chão, e viu a pena que soltara brilhar. Então, finalmente estaria na hora. Lembrou-se vagamente do real significado da pena.

 

-- Mas afinal, o que é essa pena?

 

A loura sorriu. – Chama-se “Pena das Trevas”. Apenas solte-a em algum local discreto, dentro da Igreja. Ela levará as trevas para dentro desse lugar sacro, que não pode ser atingido pela escuridão.

 

-- Por causa disso que não pode entrar na Igreja, Riz?

 

-- Exato. Solte-a e eu vou poder entrar.

 

A mulher sorriu discretamente com as lembranças. Maes a encarava. Continuava sem reconhecer a esposa. Ela não era mais sua doce Gracia, era uma desconhecida para si. Olhou-a com doçura, e sentiu os lábios dela sobre os seus. Juntaram-se num beijo doce e quente, mas ao mesmo tempo cruel e gélido, como se a moça estivesse já morta.

 

Não teve tempo de questioná-la. Ouviu um estrondo, e viu a porta se abrir com força. Olhou a tempo de ver Riza Hawkeye pisar decididamente na entrada da Igreja. E depois, entendeu apenas o olhar assustado – mas cruel – de Isabel, já que não se sentiu capaz de compreender a conversa entre elas.

 

-- HAWKEYE! – Ouviu a “anfitriã” gritar para a recém-chegada.

 

-- Olá Isabel. – A loura retrucou, o sorriso cínico e o ar diabólico não deixavam de rodeá-la. À medida que as palavras deixavam sua boca, ela dava passos a frente – Quanto tempo, não? Acho que não te vejo desde o Grande Incêndio, não é mesmo?

 

-- Faz tanto tempo assim? É que você não mudou nada, bruxa estúpida.

 

Lisa riu maldosamente. – Digo o mesmo de você.

 

-- Como entrou aqui?

 

A loura sorriu novamente, e nesse momento, Gracia juntou-se a ela, numa risada estrondosa. E nesse momento, Isabel entendeu tudo. – Você mentiu! É comparsa dessa bruxa!

 

A castanha disparou em direção do altar. Aquilo só podia significar uma coisa. Era a pena das trevas. E todas aquelas mulheres, juntas.

 

Parou por um momento, e olhou Tsubasa. Foi aí que ela entendeu tudo. As moças eram as chaves. Em outras palavras, a profecia não era mentira.

 

Tentava raciocinar. Se tentasse fugir, seria pega e morta cruelmente. Talvez se ficasse só parada... As chances eram mínimas, considerando que quem a ameaçava era ninguém mais, ninguém menos do que Elisabeth Hawkeye, a causadora do Grande Incêndio.

 

-- Não se preocupe, só vim buscar alguém... – a loura fez uma pausa para sorrir cruelmente – A não ser que você vá me impedir...

 

Isabel recuou um pouco, de modo que se encostava à grande mesa, disposta para a missa. Olhou para os lados, procurando por Adam.

 

Adam, Adam, Adam. Sempre Adam.

 

Ela sabia que dependia muito do amigo para sobreviver. Sabia que se ele resolvesse que ela estava errada, estaria com problemas. Adam sabia de tudo que a moça já havia feito.

 

E então, encontrou-o. Parado atrás da loura, com uma faca. Sorriu para ele, encorajando-o. Adam retribuiu, ao mesmo tempo em que a adaga em suas mãos perfurava o peito de Elisabeth Hawkeye, que ajoelhou no chão, tossindo sangue.

 

Após isso, apenas um grito rouco de Tsubasa foi ouvido. – MAMÃE!

 

N/A: NÃO ME MATEM! Por favor, eu quero continuar viva! Gomen por ter parado o capitulo ai, e gomen pela demora. Sério, não foi intencional! Esse cap tá pronto faz tanto tempo, mas tava com medo de alguém tentar cometer assassinato por causa dele. Enfim, agora a fic tá chegando numa parte decisiva, e por isso talvez os caps venham mais rápido. Não prometo nada.


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