I Hate Loving You escrita por JessiSinger


Capítulo 36
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oiie amores!
Eu sei, eu demorei meses, anos, decadas, seculos... por ai vai, de acordo com seu exagero!
Mas eu tive motivos! Muito motivos! Que eu prometo que já já vou explica-los no grupo do face, então entrem! E eu vou tentar posta mais um cap essa semana para recompensa-los, alem desse estar gigante!
Antes de deixar vcs lerem eu quero deixar aqui meu obrigada ultra especial a Gabriele Neves e Yasmin Mellark Wesley pelas recomendações! Vcs são demais! Eu amei! Serio mesmo! Já perdi a conta de quantas vezes reli! Serio! São leitoras como vcs que me deram motivação para não desistir da fic! Sim, isso passo pela minha cabeça. Então esse cap é todo de vcs!
Espero que gostem! Esse cap da introdução a, realmente, reta final da fic!
Enjoy!



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Dessa vez não me surpreendo quando vejo Peeta se sentando no banquinho com o violão, já era programado e também vejo a banda assumindo seus lugares. É nesse momento que todas as luzes se apagam e as cortinas se abrem.

Logo Peeta começa a tocar os primeiros acordes, no exato momento em que um holofote se põem sobre ele, fazendo toda a atenção do publico se voltar para ele.

Pouco tempo depois outro holofote se abre sobre mim, dando o sinal de que eu deveria começar a cantar, é exatamente o que eu faço.

It's like
He doesn't hear a word I say
His mind is somewhere far away
And I don't know how to get there

Começo cantando de olhos fechados, mas os abro quando eu e Peeta começamos a cantar juntos.

It's like
(She's way too serious)
All he wants is to chill out
(She's always in a rush)
He makes me wanna pull all my hair out
(and interrupted)
Like he doesn't even care
(Like she doesn't even care)

You,
(Me)
We're face to face
But we don't see eye to eye

(n/a: Gente o Peeta é o que tá entre parênteses ok?)

Nessa parte ele levanta deixando o violão apoiado no banquinho, deixando a musica por conta da banda, e pega o microfone que estava em um pedestal e se vira para mim, eu faço o mesmo, mas continuamos no mesmo lugar.

Like fire and rain
(Like fire and rain)
You can drive me insane
(You can drive me insane)
But I can't stay mad at you for anything
We're Venus and Mars
(Venus and Mars)
We're like different stars
(Like different stars)
You're the harmony to every song I sing
And I wouldn't change a thing

A próxima parte é somente dele, e nesse momento, como o planejado começamos a nos aproximar.

She's always trying to save the day
Just wanna let my music play
She's all or nothing
But my feelings never change

Quando começamos a cantar juntos de novo já estamos frente a frente no centro do palco, em nenhum momento desviamos o nosso olhar do outro.

Why, does he try to read my mind
(I try to read her mind)
It's not good to psychoanalyze
(She tries to pick a fight to get attetion)
That's what all of my friends say
You,
(Me)
We're face to face
But we don't see eye to eye
Like fire and rain
(Fire and rain)
You can drive me insane
(You can drive me insane)
But I can't stay mad at you for anything
We're Venus and Mars
(Venus and Mars)
We're like different stars
(Like different stars)
You're the harmony to every song I sing
And I wouldn't change a thing
Assim que o refrão termina eu me viro e ele faz o mesmo, deixando nossas costas coladas e eu fecho meus olhos, quando ele começa a cantar, já me preparando para minha parte que logo vem.

(When I'm YES she's NO)
When I hold on he just let's go
We're perfectly imperfect

But I wouldn't change a thing

Antes de cantarmos o refrão uma ultima vez sinto Peeta segura minha cintura me virando, o que faz nossas peitos baterem e nossos rostos ficam pouco centímetros um do outro, o que faz meu coração bater como uma escola de samba.

Nessa posição cantamos mais uma vez o refrão, encerrando a musica, e logo ouvimos os aplausos, mas nem mesmo tenho tempo para me virar e agradecer, pois assim que a ultima nota sai da minha boca Peeta cola sua boca na minha, e eu me esqueço de tudo, enquanto ouço os aplausos e gritos da plateia ficarem mais fortes e altos, como que aprovando o que viam, mas eu pouco me importava, estava mais preocupada em bagunçar os macios fios loiros do meu namorado, que continuava com suas mãos em minha cintura.

–Nunca pensei que diria isso. Mas a safadeza de vocês deu um toque final na apresentação. – disse Cinna, mas dessa nós não nos importamos e continuamos a nos beijar, acho que já estamos acostumando com Cinna interrompendo. – Já chega né?

–Não enche. – digo me separando de Peeta, porque o ar se faz necessário. Maldito ar!

–Vocês vão poder se beijar a vontade, mas depois que terminarmos a apresentação, então vão se trocar porque só falta vocês. – diz me empurrando pela milionésima vez no dia, o que me faz bufar, mas dessa vez Peeta está do meu lado, também bufando, enquanto cedemos indo em direção ao camarim, cada um no seu.

Dessa vez demoro um pouco mais, afinal precisaria mexer no cabelo também, além de que não enconrava o short que colocaria por baixo da sai, mas consegui encontra-lo e ainda chegar a tempo. Bom, antes de Cinna vir me puxar pela orelha.

Quando volto mais uma vez para o palco todos já estavam em seus lugares, faltando somente eu, que logo me posiciono sentindo o olhar mortal de Cinna em mim, estava sentindo seu olhar me queimar por completa, me fazendo abaixar a cabeça enquanto seguia silenciosamente para meu lugar, sendo acompanhada não somente pelos olhos de Cinna, mas de todos.

Pouco antes das cortinas se abrirem olhei em volta vendo cada pessoa expressar um sentimento, da mais nervosa a mais calma. Eu não sabia onde me encaixava, não estou tão nervosa quanto estava no meu solo, mas não estava tão calma quanto Peeta, ele parecia estar habituado a isso, chegava a dar inveja.

Antes que eu chegasse a uma conclusão sobre meu estado de espirito, as cortinas se abriram e começamos o gran finale, como Cinna chamava, tudo tinha que da certo.

Logo Peeta entrou no palco e começou a falar com a banda, como combinado, logo depois uns seis garotos entraram e eles começaram a cantar e a exibir coreografia que eles mesmos tinham criado, enquanto nós, meninas, e alguns meninos que não tinham entrado ainda assistiam. Pouco depois os demais meninos entraram e eles começaram a coreografia com todos cantando juntos.

Nós logo entramos e ficamos de frente para eles, eu estava com a mão na cintura, observando com um ar de superioridade, como em uma competição, para logo depois nossa vez chegar com a nossa coreografia, e continuamos nesse duelo por todo o tempo da apresentação, cheguei até a surpreender Peeta quando o empurrei, já que ele estava na frente, assim como eu. Tudo se encaixou perfeitamente, para nossa surpresa, já que não sabiamaos a coreografia dos meninos, assim como eles não sabiam a nossa, somente Cinna tinha conhecimento das duas danças, exeto as parte que fazíamos todos juntos, então todos conhecíamos.

Apesar de todo o medo e nervosismo, tudo correu incrivelmente bem, sem nenhuma falha, o que nos deixou realmente orgulhosos e felizes com nosso trabalho, era emocionante ouvir o som das palmas e assovios, cada vez mais alto, sendo acompanhados por um coro de “Bis” que me fez abrir um sorriso de orelha a orelha enquanto saia de minha posição final, no caso com Peeta nos meu braços e os outros em volta.

–Pessoal! Venham aqui! – Cinna nos chamou para o centro do palco após as cortinas se fecharem, fazendo uma rodinha se formar em torno dele – Eu só quero parabeniza-los pela apresentação, vocês se saíram melhor do que eu esperava, muito melhor. – ele diz com os olhos brilhando de orgulho, fazendo um sorriso se abrir no rosto de cada um de nós.

“Apesar de todas as dificuldades, o trabalho e tudo mais, tudo pelo que vocês se esforçaram, se doaram, valeu a pena! Vocês brilharam! Não poderia ter escolhido pessoas melhores para tornarem esse projeto real! Mesmo tendo levados meses de dedicação, meses onde vocês tiveram que desistir de algumas coisas para se dedicarem de corpo e alma para esse trabalho, o que eu agradeço, vocês foram perfeitos! Esse som que vocês estão ouvindo é o mínimo que merecem! Esse sentimento dentro de vocês é muito bom, não? – Cinna diz e todos assentem – Se estão sentindo isso é graças a vocês mesmos! Ao trabalho de vocês! Esse orgulho é de vocês mesmos! Vocês tornaram isso possível! – ele diz apontando a nossa volta, principalmente para o outro lado das cortinas – Eu só posso parabenizá-los e agradecê-los por isso.”

Nesse momento meus olhos já lacrimejavam, assim como o de muitas garotas aqui presentes. Cinna falava como um pai orgulhoso e isso mexia comigo.

–Todos foram excelentes, mas eu tenho que dar um parabéns especial a Peeta e Katniss. Venham aqui. – ele nos chama ao centro da roda que estava em seu entorno, e assim fazemos, com os braços de Peeta em minha cintura, o que era normal –Vocês conseguiram ensaiar sozinhos e ainda fazer uma apresentação arrepiante, emocionante, simplesmente perfeita! Mesmo que vocês tenham se agarrado às vezes ao invés de ensaiar, que eu sei! – ele diz e todos riem, até mesmo eu, o que pode ser considerado um milagre, já que costumo ficar muito constrangida – Foi completamente perfeito! Obrigado e meu parabéns! – ele diz segurando minhas mãos e olhando nos meus olhos, estamos frente-a-frente.

–Nós é que devemos agradecer. Se não fosse pro você nada disso seria possível! Você que teve a ideia e nos motivou a torná-la real, você é que merece nosso obrigado! Merece muito mais que isso! – eu digo já deixando algumas lagrimas escorrerem.

–Viva ao Cinna! – Peeta grita e logo um coro gritando o nome do nosso professor começa e vejo os olhos dele lacrimejarem, mas ele não deixa nenhuma escorrer, imagino o quanto isso seja importante para ele e o quanto deve estar feliz por ver seu projeto se tornando realidade, ainda mais com as pessoas gostando, é isso que as palmas nos provam, que o trabalho de Cinna deu certo.

Logo após nos juntamos em um abraço coletivo, antes das cortinas se abrirem e nos curvarmos em agradecimento, recebendo mais uma salva de palmas, assim, finalmente, descemos do palco, logo após mais uma sessão de abraços e parabenizações, até mesmo batemos palmas para nós mesmos, graças ao trabalho tão bem feito. Só depois de toda essa cerimonia achamos que chegou a hora se sairmos do palco.

Assim que chego onde antes estava a plateia, com Peeta em meu encalço, sou tomada por braços, que quase me sufocam, enquanto ouço milhares de parabéns e o quanto estavam orgulhosos. Sinto quando Peeta se afasta para me dar mais espaço, afinal já estava sendo esmagada por muitos braços.

Depois de alguns minutos pude, finalmente, voltar a respirar, cheguei a acreditar que morreria asfixiada, já que meus amigos pareceram não pensar nisso quando me esmagavam com seus abraços “orgulhosos”, mas ao menos me soltaram para que eu pudesse me recordar qual a sensação de respirar, devo dizer que meus pulmões agradeceram.

–Você estava perfeita filha! – diz minha mãe me abraçando, com bem menos força quando comparada aos meus amigos, mas ainda firmemente, eu logo correspondo.

–Obrigada! – digo apertando meus braços em seu entorno.

–Kat! Você estava linda! – diz Prim tomando o lugar de mamãe e me abraçando da melhor maneira que pode, já que eu sou mais alta que ela e ainda estou de salto.

–Obrigada, patinha! Mais não estava mais linda que você! – digo me abaixando para ficar da sua altura.

–Mais bonita que você é impossível! – ela diz escondendo o rosto na curva de meu pescoço, com certeza estava corada, a sua fala mais a constatação desse fato fez o sorriso em meu rosto, aumentar, se possível.

Quando me separo dela e levanto quase bato em algo que estava estendido em minha direção, o que era um buque de rosas vermelhas com pequenas flores brancas entre elas.

–Maninha, você arrasou! – Diz Cato me abraçando assim que pego as flores de sua mão, já emocionada com olhos lacrimejando.

Nem mesmo tenho tempo de agradecê-lo antes de três loucas o afastarem se jogando em cima de mim, quase literalmente.

–Amiga! Você arrasou! – diz uma Annie dando pulinhos graças a toda sua animação, o que me fez rir.

–Parabéns, Kat, você arrasou, tinha que ver a cara da vadia da Glimmer quando você começou a cantar, pena que não gravei! – Clove diz com uma cara de falsa tristeza que me faz rir – Antes que eu me esqueça! Já que esse brutamonte que você chama de irmão não falou, eu falo, o buquê é em nome de todos tá! A intenção era cada um compra um, mas íamos acabar com as flores da floricultura, então compramos um por todos!

Ouço um protesto de Cato pelo “brutamonte” enquanto rio, mas ele logo se cala sob o olhar mortal da baixinha em minha frente! Que Clove não consiga ler pensamentos, se não morro hoje!

–Obrigada, cunhadinha! – digo enquanto a abraço – Obrigada a todos vocês! Abraço em grupo! – grito a ultima parte e logo sou rodeada por vários pares de braços.

–Nunca estive tão orgulhosa de algo que eu fiz! – diz Mad com um sorriso maior do que não sei o que.

–Mad abaixa a bola ai! O credito é todo da Katniss! E mesmo assim você não fez tudo sozinha! – diz Gale enquanto me abraça, tirando do chão, o que me faz soltar um gritinho.

–Tanto faz, mas a ideia foi minha, então é graças a mim! – diz Mad jogando o cabelo por cima do ombro o que nos faz rir, enquanto Cato e Gale reviram os olhos, mas com um sorriso nos lábios.

O que deixou tudo mais engraçado foi que Mad ficou realmente parecendo uma daquelas patricinhas esnobes, devo dizer que seus cabelos loiros e olhos azuis contribuíram. Essa constatação me fez rir mais ainda.

–Certo senhorita eu-sou-foda! – diz Finn com os braços em torno de meus ombros – Mas que tal nós sairmos para comemorar? – ele pergunta e logo todos estão empolgados e então eu me dou conta de que Peeta sumiu, mas ao virar o vejo.

Ele está com um daqueles seus sorrisos segurando um buquê com rosas, peônias e algumas orquídeas, seu sorriso de alguma forma é um pouco tímido também, aquele tipo de sorriso que só ele dá, me fazendo perder o folego, ainda mais vendo uma pequena covinha em sua bochecha esquerda, tenho vontade de mordê-la.

–Você arrasou! – ele diz me entregando as flores, as quais eu pego com o braço livre, já que o outro está ocupado com o buque de meus amigos, e lhe dou o beijo mais apaixonado que posso, ate ouvirmos resmungos dos nossos amigos nos pedindo para ser mais discretos que tem criança no loca e ouço o protesto de Prim, o que me faz rir entre o beijo.

–Já estão se pegando? – ouço a voz de Marvel e só então me separo.

–Valeu cara! – diz Peeta fazendo um daqueles cumprimentos estranhos de homens com ele.

–Que isso! – ele diz e eu fico olhando pra eles com uma cara de “Que diabos vocês estão falando?”

–Ele conseguiu comprar o buquê para mim, já que eu não teria tempo. – Peeta diz me explicando.

–A proposito você estava linda, Kat. – diz Marvel me lançando um sorriso, o que faz Peeta dar um tapa em sua cabeça.

–Mas então gente? Vamos comemorar ou não? – pergunta Finn, ignorando os resmungos de Marvel sobre ser contra a violência.

–Claro! – digo – Só vou pegar minhas coisas e a gente já vai. – digo já me dirigindo ao “camarim”.

–Quer que eu vá com você? – Peeta pergunta.

–Não precisa, vou rapidinho, podem ir indo para o estacionamento já. – digo sem ao menos me virar seguindo meu caminho.

Ouvindo o som dos passos deles sigo meu caminho para pegar minhas coisas, não pretendo demorar, estou louca para sair daqui, principalmente tirar esse saltos!

Chego ao camarim e começo a colocar minhas coisas na bolça que eu trouxe, deixando as flores em cima de um pequeno sofá que havia no canto de uma das paredes. Estava tão distraída arrumando minhas coisas que não percebo quando uma pessoa entra no local.

–Katniss? – a tal pessoa anuncia sua presença me assustando.

–Sim? – pergunto me virando e me assusto mais ainda quando o vejo, esperava qualquer pessoa menos ele, que ele me procurasse e é exatamente o que está acontecendo.

–Podemos conversar? – ele pergunta sem me olhar nos olhos, com as mãos nos bolsos.

–Nat-than? – gaguejo ainda descrente, jamais esperaria que ele me procurasse, sei que uma hora teríamos que conversar, mas ainda não consigo acreditar.

É estranho ver Nathan na minha frente, me procurando. Não é como se não estivéssemos nos vendo frequentemente, pois, acredite, estamos. Snow faz questão de praticamente todos os dias no tirar de nossas aulas e falar sobre os benefícios de aceitarmos o intercambio, sobre como o prazo para a resposta é curto (tenho certeza que essa parte é direcionada a mim), mesmo eu já tendo dito a ele milhões de vezes que não vou aceitar ele ainda tenta me convencer, então não vejo a hora do maldito prazo acabar e eu poder dizer a ele que realmente não iria, ainda mais que Peeta já vem desconfiando, graças ao grande número de vezes que fui chamada na sala de Snow no ultimo mês, não só ele como nossos amigos.

Tudo piora quando vejo no olhar de Mad e Gale uma cobrança para eu dizer a verdade, eu os convenci a não comentar com ninguém, na base de muita chantagem, mas convenci, não poderia deixar os 0utros saberem, ele praticamente me obrigariam a ir, Cato principalmente, falando sobre o quão idiota eu estava sendo, inclusive Peeta, mas eu quero que essa escolha seja minha e de mais ninguém, sem que façam a minha cabeça, não sei por que é tão difícil entender isso!

Bom, sobre Nathan a gente se encontra em todas essas “reuniões”, mas nunca nos falamos, ao menos nos olhamos, e isso me machuca, mas eu o entendo, reagiria pior se fosse eu no lugar dele. O que me deixa mais pra baixo é ver que ele tem retomado a amizade com Madge e Gale, mas eu evito que Peeta perceba isso, a ultima coisa que preciso é uma briga com ele.

O que me deixa mais confusa é por que Nathan nunca deu sinais nesse um mês de que queria conversar comigo, para nos acertarmos ou acabarmos com tudo e agora ele está aqui na minha frente, e eu simplesmente não sei como agir, estou sem reação.

–Oi... Então? Podemos? – ele diz finalmente me olhando nos olhos, mas eu desvio o olhar.

–Claro! – digo e ele entra e fecha a porta, e se aproxima ficando em minha frente.

–Sobre o que queria falar? – pergunta achando meus saltos, subitamente, muito interessantes.

–Muitas coisas. – ele diz suspirando, e só assim eu levanto meus olhos para olha-lo, que também está de cabeça baixa. Tem como essa situação ficar mais constrangedora?

–Certo, acho melhor nos sentarmos, sim? – digo tentando quebra um pouco da tensão e ele só assente com a cabeça nós nos movemos em direção sofá, ele se senta em uma ponta e eu na outra, não sei por que dessa distância, mas foi meio que automático.

Ficamos um tempo em silencio sem nos olharmos, toda vez que ele me flagrava o olhando, eu desviava o olhar, ele fazia o mesmo. Não sei quanto tempo ficamos assim.

–Então? – digo tentando acelerar essa conversa antes que meus amigos venham me procurar.

–Eu nem sei por onde começar. – ele diz suspirando frustrado.

–Talvez pelo começo? – digo e ele da uma risadinha, mas logo para.

–Certo... – ele diz e toma fôlego, enquanto eu o olho atentamente, mas ele olha para qualquer lugar menos para mim – Queria te pedir desculpas...

–Desculpas? – digo o interrompendo – Não sou eu que deveria pedir desculpas? – pergunto e ele me olha.

–Acho que nos dois estávamos errados. – ele diz e suspira – Mas me deixe falar tudo, depois você fala tudo que quiser tudo bem? – ele diz e eu abaixo a cabeça assentindo, dá pra sentir a tensão no ar, ele suspira mais uma vez antes de finalmente começar.

“Acho que a gente começou errado, desde a amizade. Acho que sempre tive um interesse a mais em você, desde o começo, mas agora nem sei se houve esse interesse, acho que foi mais um desejo, já que você não me tratava como as demais garotas, se jogando em cima, você me tratava como um amigo, acho que isso me atraiu, como dizem, sempre queremos o mais difícil. Com o tempo essa minha admiração por você só cresceu, quando te vi chorando pelo Peeta naquela praça eu vi uma oportunidade de te conquistar, de te mostra que podia ser o que você precisava, mas eu fiz isso errado, eu aproveitei um momento de fragilidade sua, acredito que se não fosse por isso você não teria dito sim.”

Ele diz e eu afirmo com a cabeça, fazendo ele dar um sorriso triste antes de tomar folego para continuar.

“Com o tempo essa necessidade te ter pra mim foi aumentando, mas eu vi tudo isso ser abalado quando o Peeta se aproximou, eu sabia que não tinha chance quando você tivesse que escolher um de nós, mas mesmo assim insisti, foi até quando você pediu um tempo. Naquele momento eu tive certeza, eu havia te perdido, mas continuei insistindo. Quando te flagrei beijando ele, não foi uma surpresa, por mais que eu não quisesse assumir, algo dentro de mim já sabia que isso ia acontecer. Foi mais o choque de saber que você não tinha terminado comigo antes, mas sei que você não fez por mal, simplesmente se rendeu ao sentimento. Devo dizer que eu achei que quando demos um ponto final eu esperei que você fosse correr para os braços de Peeta, mas quando você ficou sem se envolver com ninguém, negando o próprio sentimento, me fez perceber que eu estava certo em um ponto, você tem caráter, uma coisa muito rara atualmente.”

Nesse momento eu já tinha lagrimas escorrendo por meu rosto, era difícil lembrar tudo isso, ainda mais quando não pusemos uma ponto final de verdade. Nathan nunca me olhava nos olhos, acho que ele não conseguiria continuar se o fizesse.

“Foi depois de um tempo que explodiu a noticia: você e Peeta estavam namorando. Novamente não me surpreendi, mesmo que não assumisse, eu já esperava, o que tivemos só atrasou isso, vocês realmente se amam. Eu já vinha me preparando para isso, sem mesmo perceber, mas o que me surpreendeu foi que eu não fiquei triste ou com raiva, eu fiquei... feliz. Eu não entendia como eu podia ficar feliz sendo que minha ex estava com outro, esse outro ainda era a pessoa com quem ela me traiu. Qual a logica nisso? Eu não conseguia parar de pensar nisso, foi quando você brigou com a Glimmer e nós nos encontramos na diretoria, eu pensei que ainda sentiria raiva de você quando te visse, mas só senti magoa, magoa e culpa, magoa por não termos posto um ponto final, e culpa por ver que você ainda se culpava, eu não entendi porque me sentia culpado, sendo que você estava errada.”

Nesse momento nós dois já chorávamos e ele tinha que fazer algumas pausas, para que conseguisse terminar de falar.

“Foi então que eu resolvi entender meus próprios sentimentos. Eu sentia culpa por você se sentir culpada quando eu mesmo já havia te desculpado, mesmo sem perceber, afinal acho que você não fez nada de errado! Você simplesmente deixou seu coração falar mais alto. Isso me fez perceber que eu não te amava mais, se um dia eu tiver realmente te amado mais do que um irmão, era por isso que me doía ficar longe de você, porque eu queria te proteger assim como Cato e Gale, por isso que eu sentia tanto ciúmes do Peeta, eu tinha medo dele te machucar. Foi muito difícil pra eu aceitar e entender tudo isso, mas cada vez que eu te via eu ficava pior por ver que eu fazia você se sentir culpada, quando você não deveria. O mais errado fui eu! Com isso eu cheguei à conclusão de que eu deveria conversar com você para resolvermos isso logo, para que você entendesse que eu já havia te perdoado, mas eu não achava oportunidade! Toda vez que eu te via você estava com Peeta e eu sabia que acabaríamos brigando, e eu sei que você não iria gostar.”

Ele finalmente me olhou nos olhos e eu pude ver a dor e a culpa ali, mas eu não queria vê-lo assim, com olhos inchados e se culpando, acho que nós dois fomos vitimas do destino.

“Eu fiquei adiando, e adiando, até hoje. Quando eu vi vocês cantarem, vi que independente do que eu fizesse vocês ficariam juntos, vocês parecem feitos um pro outro, você não faz ideia do quão é possível de ver e sentir isso quem observa. Foi então que eu vi você vindo sozinha pra cá, eu vi minha oportunidade e aqui estou eu.”

Ele respira fundo e segura minhas mãos, gesto o qual eu deixo que ele faça, vejo ele se surpreender por isso, esperava que eu retirasse minhas mãos, mas não tem motivo.

–Eu quero te pedir desculpa, por tudo que eu fiz, se eu não tivesse sido tão idiota talvez ainda fossemos amigos. Não vou cobrar que você ainda seja minha amiga, talvez não queiria mais me ver, eu entendo, mas ficaria imensamente feliz se dissesse que nossa amizade ainda não foi destruída. Sei que fui um idiota, mas preciso que me perdoe, precioso para me sentir bem comigo mesmo. Você me perdoa?

Assim que ele termina de dizer eu o abraço com toda a minha força, como sinto vontade de fazer a tempos, precisava ouvir que ele me perdoou, e precisava dos seus braços em torno de mim, para me sentir bem comigo mesma, mas acima de tudo gostaria de sua amizade.

–Nathan, não tem o que te perdoa, mas se é tão importante para você, sim, eu te perdoo. – digo ainda o abraçando enquanto minhas lagrimas molham sua camisa e sinto as suas fazerem o mesmo em minha blusa – Você não faz ideia o quanto esperei e desejei que nos acertássemos, não aguentava mais essa distância, o sentimento de culpa que me possuía toda vez que olhava para você, tinha medo de você nunca me perdoar, apesar de tudo você foi e é alguém importante para mim. Mesmo que eu não te ame como homem, eu te amo como irmão. – digo com a voz melancólica e falhando, graças ao choro compulsivo.

–Oh, morena! Se eu soubesse que era assim tão importante para você tinha enfrentado Peeta ou quem quer que fosse só para te falar isso! – ele diz enquanto acaricia meus cabelos.

–Não, você fez o certo. – digo me afastando um pouco, para enxugar as lagrimas, ele faz o mesmo enquanto me lança um pequeno sorriso.

–Isso quer dizer que ainda somos amigos? – ele pergunta com esperança na voz.

–Não sei... – digo escondendo um sorriso quando vejo sua expressão murchar – É claro que sim, bobo! – digo e ele me abraça de novo – Mas só se você voltar a me chamar de Kat! – digo o olhando nos olhos, com nossas mãos unidas.

–Você vai voltar a me chamar de Nat? – ele pergunta com um sorriso sapeca e eu assinto – Então, feito! – ele diz com um sorriso gigante que eu sei está refletido em meu rosto.

–Qual será a reação do pessoal? – pergunto depois de um tempo.

–Acho que será boa... O problema vai ser Peeta, acho que ele não vai aceitar muito bem. – diz fazendo uma careta, o que me faz rir.

–Se eu conversar com ele, fica tudo bem. – digo sorrindo e ele me abraça de novo.

–É tão bom voltar a ser seu amigo, ainda mais sem nenhuma confusão, ou sentimentos confusos, só essa coisa de irmãos, é como se finalmente estivesse bem comigo mesmo. – ele diz com o rosto na curva do meu pescoço.

–Espero que um dia você encontre alguém que te mereça. – digo sentindo seu cheiro, não é melhor do que o de Peeta, mas ainda é ótimo.

–Eu te amo, morena. – ele diz e eu simplesmente não fico paralisada, nem nada do tipo, agora sei que nosso amor é do mesmo tipo, um amor puro, de irmãos.

–Eu também te amo, loiro. – lhe respondo sorrindo, mas esse sorriso logo se desfaz.

–Você o que Katniss?

Pelo visto disse cedo de mais que a sorte estava ao meu favor.


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Notas finais do capítulo

Antes de qualquer coisa, a roupa que o Peeta usa na apresentação final, imaginem como a do ross no video ok?
Ta, e agora????? O que vai acontecer ein??
Até que enfim Kat e Nat se entenderam!!!!
Esse cap comçou mt diabetico ne? Praticamente ele todo foi assim! Precisava da um basta nisso! Ent o final foi maio amargo hahah
Prometo tentar voltar o mais rapido possivel!
Mas entrem no grupo pra lerem a nota que eu vo postar! https://www.facebook.com/groups/975612852465678/
Kisses2



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