Amor Por Acaso escrita por Ane Dobrev


Capítulo 11
Feliz Aniversario Sam Part. #3 — O que acabei de fazer?


Notas iniciais do capítulo

Esse episodio vai ser um pouco "quente". Mais claro, terá mais um misterio de nosso querido casal problema.



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POV Sam

Sentia-me meio fora de mim, mais aquela musica, as luzes, o corpo de Joseph atrás de mim... Sentia sua mão na minha cintura, segurando firme por trás, deixei meu pescoço livre dos meus fios dourados e ele aproximou seus lábios deles, sentiu o cheiro. Fazíamos movimentos iguais e animados enquanto ouvíamos a musica tocando, a dança estava perfeita, via os olhares curiosos dos pais de Joseph nos cercando e eu não conseguia parar, aquilo me parecia errado, eu nunca havia dançado daquela maneira com Joseph, eu estava bêbada e quando me virei de frente para ele pude sentir seu peitoral, nunca havia parado para perceber o quão musculoso Joseph era.

— Eu acho que não estou sóbria... — Abracei-o e sussurrei perto de seu ouvido.

— Você acha? — Ele riu, retribuindo o abraço segurando minha cintura enquanto ainda dançávamos a mesma musica.

— Eu estou bêbada e estou gostando. — Eu ri tentando disfarçar o momento embaraço. — Será que depois da minha linda atuação eles acreditaram que nos amamos mesmo?

— Não. Eles são os McRae, acha mesmo que acreditaram nisso?

— Fala como se não fosse um McRae. Vocês são complicados. — O bar todo estava girando, mais era só na minha cabeça — Vou fazer eles acreditarem... Não fique com raiva e apenas use as aulas de teatro que te obriguei a ir a seu favor. — Tentei dizer a palavras o mais claro possível, estava tão bêbada.

— Ta bom. Mais...— Não o deixei terminar a frase, segurei sua nuca e o beijei.

Ele parecia surpreso, mais mesmo assim usou as aulas ao seu favor, segurou minha cintura enquanto a musica estava tocando, quase chegando ao fim. O beijo era totalmente técnico, mais eu estava me divertindo com aquilo, senti algo no meu estomago. Ele apertou-me contra ele e eu o abracei tentando não soltar um suspiro de felicidade, e quando a falta de ar nos veio, nos soltamos e sorrimos como duas crianças travessas, a essa altura eles já haviam acreditado totalmente na nossa historia de casal apaixonado.

A musica acabou, começou a tocar uma que eu não conhecia e então paramos de dançar, nos sentamos e havia mais e mais doses de bebidas.

— Samantha. — Nina falou, estava tão bêbada quando eu. Ela pegou um copo com tequila e levantou em sinal de brinde. Peguei o meu e sorri — Esse brinde vai a minha felicidade por ver um beijo tão apaixonado assim! — Ela encostou-se ao meu copo, quase não conseguindo falar, e bati meu copinho no dela e então viramos de uma vez. Senti descer queimando pela minha garganta, isso anunciava que era hora de parar de beber e comer algo.

— Temos uma surpresa. — Liam falou, ele estava menos bêbado do que eu e a Nina.

— Esperamos que goste! — Andrew sorriu e levantou a taça de vinho nos convidando para um brinde.

Peguei uma taça que estava fazia na mesa e a enchi de vinho. Eu ao menos sabia de onde havia saído aquele vinho. Brindamos a nosso casamento e ao meu aniversario, e eu quase não conseguia segurar a taça, bebi quase de uma vez só o vinho.

— Vai devagar mocinha. — Joseph falou segurando o meu queixo fazendo olhar para ele.

— Estou bem. — Sorri

Ao longe vi um grande bolo vindo em nossa direção, às velas marcavam 23 e eu sabia exatamente para quem eram.

Cantamos os parabéns, eu odiava essa parte, sempre me sentia envergonhada e nunca podia sair correndo gritando. Quando era na escola ainda era pior ainda, pois tinha aquela mania de cantar o famoso “com quem será?” Isso era embaraço eu me sentia uma coelhinha encolhida no meio de tanta gente. Por sorte Joseph me abraçou, ele sabia muito bem o meu desconforto quando o fato era esse. As pessoas me olhavam, mesmo quem não me conhecia.

Depois de cantarmos e eu forçar um sorriso comemos o bolo e tomamos mais rodadas e mais rodadas de bebidas que eu nem sabia que existiam. Por fim já eram 3:46 da manhã e eu estava quase desmaiando no colo de Joseph, o céu carregado de nuvens alaranjadas denunciava uma tempestade que chegaria em pouco tempo. Decidimos pegar carona com os pais de Joseph para irmos para casa já que estávamos bêbados de mais para dirigir.

Eu estava quase adormecendo no ombro alto de Joseph quando ouvi um barulho alto, me assustei.

— É só o trovão... Acalme-se. — Joseph sussurrou no meu ouvido. Ainda demoraríamos vinte minutos para chegarmos em casa, e quando vi algumas gotinhas de chuva pingarem no pára-brisa do carro.

— Você sabe que tenho medo da chuva. — Falei baixo tentando não parecer uma criança de 23 anos.

— Eu sei. Mais não vai acontecer nada Sam. Confia em mim. — Ele beijou o topo da minha cabeça. Eu sempre me acalmava quando ele dizia essas palavras, ainda mais quando uma grande tempestade estava chegando e eu estava dentro de um carro a vinte minutos de casa.

— Confio. — Falei e sorri. E quase instantaneamente a chuva caiu de uma vez em cima do carro, me assustei mais do que uma criança na chuva.

Os pais de Joseph olhavam pelo retrovisor, e ainda sim prestava atenção na estrada. A chuva caia cada vez mais forte e os trovoes e raios me assustavam. Quando finalmente chegamos o carro só pode ir até a garagem da casa dos pais de Joseph.

— Teremos que correr até o celeiro. Preparada?

— Estou bêbada. — Eu ri. E o olhei — Mais eu consigo correr.

— Então corremos no três. — Ele olhou para os pais que já estavam saindo do carro e deu um breve tchau com o olhar. — Um... Dois... Três!

Seguramos as mãos e corremos, o barro estava invadindo os meus pés pequenos, o salto em uma mão e a outra segurando a mão de Joseph, corríamos e eu estava totalmente molhada, ele também estava, eu dava gritinhos e comecei a rir. Não tinha mais forças para correr, e estávamos tão perto. Eu me apoiei no joelho e respirei fundo.

— Porque parou? — Ele gritava tentando falar mais alto que a chuva.

— Não consigo mais correr, está rodando! — Ri mais alto.

Senti as mãos de Joseph na minha cintura e levantei meu olhar tentando enxergá-lo.

— Vem, eu te levo! Meus pais estão olhando, devem estar preocupados. — Ele falou

Assenti com a cabeça e passei meus braços em volta do pescoço de Joseph, ele me segurou no colo e eu passei minhas pernas por sua cintura, ele segurou minha cintura tentando ser delicada. Porém toda aquela delicadeza foi combinada com uma pitada de desajeitado.

Ele correu até chegarmos perto da porta, eu estava com a cabeça apoiada em seu ombro, mais não sei por qual motivo levantei a minha cabeça e o encarei enquanto sentia seus passos diminuindo.

Ele me encarou assim como eu estava o encarando, e de repente me sentia como em uma montanha russa e meu estomago estava gelando. Apertei mais as minhas pernas na cintura dele, e suas mãos percorreram a minha cintura passando pela bunda. Apenas conseguia olhar para seus lábios lindo e então os vi aproximar-se dos meus. Seus lábios quentes e úmidos pela chuva tocaram os meus, o beijo calmo que demos no karaokê estava acontecendo de novo, mais dessa vez as nossas línguas brigavam por domino, sentia que era errado e ao mesmo tempo o desejava tanto. Entramos ainda nos beijando e ele me pressionou contra a parede da sala, eu ainda estava com as pernas entrelaçadas em sua cintura e minhas mãos passavam pelo seu abdômen bem definido e todo molhado pela chuva.

Seus beijos se tornaram mais intensos, mesmo bêbada eu estava bem consciente diante aquilo, eu o desejava tanto que nem podia me agüentar. Senti suas mãos deslizarem até minha cintura, em seguida ele levantou minha blusa devagar, ainda aos beijos. Suspirei e fiquei de pé diante dele.

— Não... — Senti o sussurro de Joseph no meu ouvido

— Porque não? — Sussurrei no mesmo tom

— Não posso fazer isso com você... Não com você bêbada. — Ele sorriu e encostou a testa na minha.

Eu acabei de retomar a consciência dos meus atos, eu estava completamente bêbada desejando meu melhor amigo. Isso não era a melhor coisa a se fazer no dia do meu aniversario. Eu me arrependeria de fazer isso. Joseph me conhecia bem.

— Ah meu Deus... O que estou fazendo? — Murmurei com lagrimas nos olhos. Soltei-me dele meio tonta e comecei a subir as escadas. Olhei para trás. — Esquece que eu fiz isso, desculpe. Você é meu melhor amigo e... — Tropecei nos degraus tentando subir — Desculpa.

— Sam? — Ele falou tentando não parecer o muito desagradável de sua parte.

Não fiquei mais um segundo se quer perto dele. Subi o mais rápido que pude para o quarto, tomei um banho. No chuveiro eu não conseguia pensar em outra coisa. Havia lagrimas caindo, pude perceber, pois elas são mais quentes que a água que caia em meus ombros. A chuva ainda estava forte, deitei-me na cama e adormeci tão rápido que nem pude perceber.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Na minha opinião Joseph seria um pouco cafajeste com a melhor amiga se fizesse isso com ela naquelas condições. Mais terá muitas surpresas para vocês ainda. Aguardem. Cinco comentarios e mais um capítulo. Beijocas amores



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