Meu coração? Quase não cabia dentro do peito de tão forte e rápido que pulsava, um sorriso inevitável brotava em meus lábios de minuto em minuto, minhas mãos suavam frio, borboletas no estômago eram a minha companhia e não via a hora de sair daquele trem.

Mal podia esperar a hora de vê-la para sentir o cheio que tanto ansiava meu olfato. Arrumei meus cabelos mais uma vez e segurei firme na barra do metrô, minhas mãos nunca suaram tanto, ouvi a voz falhada nos auto falantes do trem subterrâneo dizendo que minha parada havia chego. Trêmulas, minhas próprias pernas lutavam comigo para conseguir andar direito. São Paulo apresentava um clima ótimo naquela tarde de sábado, ah o quanto pedi aos céus para que fizesse um tempo perfeito para que a nossa tarde fosse inesquecível!

Caminhei rapidamente para a entrada do Parque Ibirapuera, onde ela me esperaria, e quando a avistei de longe, de cabelos coloridos e 1,53 de altura, sorri quase que imediatamente, meus pés travaram e então parei no meio da calçada, assim que ela me avistou sua reação foi a mesma, ficamos as duas paradas, até que senti um pouco a mais de firmeza nas pernas e comecei a atravessar a rua indo em sua direção, quanto mais perto dela eu ficava, mais forte meu coração pulsava, e quando finalmente cheguei até ela tive a melhor sensação que já havia sentido em toda a minha vida.

A olhei nos olhos e sorri abrindo os braços, para logo depois a envolver em um abraço longo e apertado e finalmente senti seu cheiro, o alívio foi instantâneo e conseguir senti-la em meus braços me fez fechar os olhos e aproveitar o doce som do seu coração batendo bem pertinho do meu!

Quando nos separamos para olhar uma nos olhos da outra, pude ver o quanto ela é bonita, a pele lisinha, branquinha, aquele piercing em sua boca convidativa, o narizinho delicado e os olhos negros e grandes, parecem entrar em você e te hipnotizar numa imensidão castanha.

Adentramos o parque de mãos dadas e assim fomos, caminhando o parque todo, falando besteiras, rindo uma da outra, trocando beijos, carinhos e ignorando os olhares ignorantes das outras pessoas, afinal estávamos felizes e nada estragaria a nossa felicidade.Achamos uma árvore grande e bonita e sentamos debaixo dela para conversar e relaxar um pouco.

Eu sentei e encostei-me à árvore e ela deitou no meu colo, fechando os olhos para sentir a brisa que tocava o seu rosto e balançava levemente seus cabelos, eu sorri baixinho e ela sorriu também, abrindo os olhos e dizendo:

–O que foi?

–Nada, estou só olhando você!- eu respondi acariciando o contorno do rosto dela e recebendo um selinho em troca.

–Linda.- Ela me disse sorrindo, eu passei a mão nos meus cabelos para tirá-los do meu rosto e suspirei, encostando a cabeça a árvore e acariciando os cabelos dela, e ficamos assim a tarde toda,trocando beijos e carinhos no Ibirapuera, e quando o Sol começou a se pôr e aquela linda pintura se formou no céu, ela se sentou ao meu lado, encostou a cabeça no meu ombro e disse:

–Obrigada por me fazer feliz como ninguém conseguiu.

–Eu ia dizer a mesma coisa, você foi a melhor coisa que me aconteceu!

Terminamos de ver o Pôr do Sol e fomos para a casa dela, afinal precisávamos de um banho e estávamos com fome também.

–Nossa, que casa grande a sua, a minha é grande também, mas a sua... né!

–Ai amor imagina, nem é tão grande assim vai!-ela disse pegando a minha mão e subindo as escadas. Chegamos ao andar de cima e entramos em seu quarto, ah aquele quarto no qual eu tanto via na tela do computador, estar realmente ali era meio bizarro, um sentimento de alívio e felicidade invadiu meu peito repentinamente , sentei em sua cama e ela jogou uma toalha em mim.

–O banheiro fica logo depois da escada, quem toma banho primeiro?-ela perguntou sentando ao meu lado

–Pode ir você, preciso ligar para a minha mãe, avisar que está tudo bem e contar a tarde maravilhosa que eu tive!-eu respondi sorrindo e beijando sua boca.

–Tudo bem, então eu já volto!-ela disse colocando a mão no meu rosto e me roubando um beijão dos lábios, quando me dei conta ela já estava em cima de mim, mas então sentei de volta e disse:

–Vai logo pra esse banho menininha, está fedida e eu não quero uma namorada fedida assim! E aproveita e toma esse banho bem gelado para guardar o calor pra mais tarde!

Ela bufou e saiu do quarto, me fazendo rir.

~~um tempo depois~~

Estávamos no seu quarto, eu na cadeira e ela na cama, sendo iluminadas apenas com a pouca luz da luminária em forma de árvore na cabeceira de sua cama, estávamos conversando calmamente, sobre assuntos aleatórios, mas eu comecei a prestar atenção nela, e não no que ela estava falando, naquela boca, naquele piercing e naquela voz, aqueles olhos negros e grandes, doces e selvagens...

–Não é mesmo amor? Linda?

–oi linda, desculpa... – eu respondi sem jeito.

–Você estava pensando em quê?

–Em você!-Eu respondi sorrindo, ela me sorriu de volta e chegou perto de mim me dando um selinho e logo depois um puxão no lábio inferior ,era só eu chegar perto e ganhava um puxão, mas fui mais esperta e, quando cheguei perto e ganhei o puxão, segurei em sua cintura e a puxei para cima de mim, fazendo-a ficar sentada no meu colo, de frente para mim com uma perna de cada lado do meu corpo, ela riu da situação e beijou a ponta do meu nariz, passei meu braço em volta de sua cintura e funguei seu pescoço, fazendo-a suspirar e arrancando um riso meu, senti uma leve puxada no meu cabelo e nos beijamos, foi tudo tão exitante, sentir nitidamente o piercing encostando na minha boca, a língua entrelaçada com a minha, os puxões de cabelo, o peso do corpo dela em cima do meu, aos poucos, fui passando a mão pelas suas costas, e levando junto sua regata branca, revelando-me um lindo e provocativo sutiã preto e vermelho ,depois, quase rasgando minha regata, ela finalmente conseguiu tirá-la, dando-me um digno chupão no pescoço, fui com uma mão até o botão do seu short e abri, com a outra mão coloquei-a dentro do short e, sem pudor algum, apertei seu bumbum com vontade e voracidade, arrancando dela um gemido e mais um beijo veloz e excitante em meus lábios, nossas línguas dançavam juntas em um ritmo frenético e excitante, rapidamente se foi ao chão do quarto escuro seu sutiã, me revelando o que mais desejava ver, sentir e tocar, com os meus toques, sua respiração foi ficando pesada, e te faltou o fôlego, desesperadamente ela puxava as alças do meu top para baixo e quando finalmente conseguiu se livrar dele, atacou meus ombros e meu pescoço, fazendo-me apertar seu bumbum cada vez mais que começou a se movimentar para frente e para trás em cima de mim, com os lábios em mim, pude sentir o arrepio extremo em que seu corpo estava, os pelinhos para cima, o cabelo bagunçado, o rosto vermelho e a respiração pesada, o resto da nossa noite não foi nada tranquila...