Juntos, para sempre. escrita por Lisbon


Capítulo 6
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Amores, demorei para escrever o capitulo, provavelmente vou demorar para escrever o outro, de qualquer maneira, até a próxima xuxus, espero que gostem da historia, fui



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Jane se aproximou do corpo da pequena mulher, o desespero o consumia. Pegou Lisbon no colo, a aflição e o medo afloraram em seu peito, não aguentaria ser responsável de novo pela morte de alguém que amava, sabia que tinha provocado Rose, sabia também que ela explodiria em algum momento, só não saberia que essa explosão teria como vítima Teresa.

Pegou seu telefone e discou o número de Cho, lágrimas escorriam dos seus olhos. Quando o telefone foi atendido, Jane gritou angustiado:

Jane: Cho, eu preciso de uma ambulância para Allaby Hour, número 564 ... – o loiro chorava e continuou gritando – Teresa foi atingida! Rápido Cho, por favor... por favor me ajude!

Cho: Jane se acalme, eles já estarão a caminho.

Embora Cho tivesse falado, Jane não o escutou, apenas se fixou na mulher a sua frente, Lisbon estava zonza, não estava conseguindo falar direito, a dor se espalhara pelo seu corpo, não sabia se teria muito tempo de vida. Apenas uma coisa era certa, ambos, naquele momento, torciam para aquela não ser a última vez em que olhavam um nos olhos do outro.

Jane: Por favor! – Soluçou – Por favor pequena, fique comigo!

Lisbon reuniu todas as suas forças, e disse com a voz falhando:

Lisbon: E-Eu... Eu te amo... Jane.

Então, os olhos da morena se fecharam.

Jane: Teresa, olhe para mim, olhe para mim agora... por favor, não feche esses olhos!

Teresa não conseguiu, pensamentos de sua amada dentro de um caixão surgiram dentro da cabeça do consultor.

A ambulância chegou em poucos minutos depois, carregaram Lisbon e a levaram para o hospital.

Jane, estava na sala de espera, seus corpo estava curvado para frente. Entraram na sala Abbott, Wylie e Kim. Todos olharam para o loiro. Seu rosto estava vermelho, seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Kim se aproximou, sentou-se do seu lado, pôs a mão em seu ombro e perguntou gentilmente:

Fischer: Jane... como ela está?

O consultor ergueu sua cabeça, olhou para Kim e respondeu, ele tinha um semblante vazio em sua face

Jane: Eu... Eu não sei... – Suspirou- O médico disse que ela perdeu muito sangue... Ela está fazendo uma cirurgia agora, e ... Bom, ela está correndo risco.

Abbott se aproximou

Abbott: Jane não fique tão exaltado, tudo vai ficar bem...

Jane se levantou, suas mãos deslizaram pelos seus cabelos, ele estava exasperado, então olhou para seu chefe com um olhar cínico

Jane: Por Favor Abbott, não diga isso como se eu não soubesse o que está acontecendo com ela, como se eu não soubesse o estado dela... É minha culpa Abbott... É minha culpa ela estar lá dentro...

Jane se virou, ficando de costas para os três. Kim se aproximou de novo do consultor.

Fischer: Jane...

Patrick a interrompeu.

Jane: Olhe... desculpe gente... me desculpe Abbott, mas eu não posso, não consigo ficar aqui... Eu ... Eu preciso caminhar.

Jane não prestou atenção em mais nada, apenas saiu andando, todos a sua volta diziam: “Acalme-se, ela vai ficar bem.”, mas ele não escutou, se fechou para tudo, apenas pensou na ideia de nunca vê-la novamente, isso o destruiu por dentro.

O loiro passou a noite no hospital, Cho aparecera para acompanhá-lo, lhe perguntou sobre Lisbon e tentou acalmá-lo, porém não obteve resultados. De manhã Jane recebera a notícia de que a morena estava se recuperando, a cirurgia de retirada da bala tivera complicações, porém fora realizada com sucesso, umas semanas de repouso e ela estaria de volta ao trabalho. Patrick se sentiu mais feliz do que nunca ao ver que teria sua pequena mulher de volta.

Por mais que tudo estivesse “bem” Jane ainda não poderia visitá-la, o loiro passou outro dia no hospital esperando para poder vê-la novamente, para poder acalmar um pouco de toda aquela frustração que ele estava sentindo.

Depois de séculos de espera, o médico finalmente liberou a entrada de visitas no quarto de Lisbon, o consultor não esperou mais, entrou correndo no quarto da morena e se deparou com ela deitada em sua cama, recebia soro e estava com um olhar sonolento. Ao se deparar com Patrick, Teresa lhe deu um sorriso, Jane por sua vez sorriu também, e percebeu o quanto a mulher estava debilitada.

A agente olhou para a face do homem a sua frente e percebeu como o rosto dele estava cansado, “deve ter passado a noite em claro” pensou ela, então disse com a voz fraca:

Lisbon: Patrick, você está com uma aparência horrível sabia? Você está bem?

O consultor soltou uma gargalhada, porém lágrimas surgiam no canto de seus olhos, ele pegou uma cadeira e se sentou, segurando a mão da mulher a sua frente.

Jane: Teresa Lisbon, primeiro, eu que deveria te perguntar se você está bem e, segundo, você quer realmente que eu coloque um espelho na sua frente para você ver o SEU estado?

Lisbon riu do consultor e disse:

Lisbon: Jane... vá para a casa, eu posso ver que você está cansado... vá, por favor...

Jane a olhou profundamente e disse:

Jane: Sinto muito, mas não posso, vou ficar aqui, até você se recuperar.

Lisbon suspirou, e o olhou ternamente.

Lisbon: Me esqueci do quanto você pode ser teimoso.

O loiro riu, as lágrimas vieram de novo e escorreram pelo seu rosto.

Jane: Nunca vou... – sua voz falhou por causa do choro – Perder a oportunidade de ser teimoso com você... Eu... Eu senti tanto medo, pequena...

Lisbon ergueu o rosto do consultor e disse:

Lisbon: Patty, vai ficar tudo bem...

Jane sabia que, embora tudo ficaria bem com relação a Teresa, a relação deles não ficaria bem. Ele pôs a vida da mulher que amava em risco apenas por gostar de provocações. Ele a feria, ele a feriu, muitas vezes, e não sabia se era certo continuar esse relacionamento. Tentando afastar esse pensamento, o loiro se levantou da sua cadeira e depositou seus lábios gentilmente contra os dela, o toque fez o coração dos dois flutuarem, quando o beijo parou, ele disse baixinho:

Jane: Nunca mais me assuste... nunca mais me assuste desse jeito.

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Após uma semana no hospital, Lisbon fora liberada. O ferimento da bala havia sido profundo, Teresa havia passado por duas cirurgias, e depois disso tudo, ela foi para casa. A morena porém, precisaria de um repouso de três semanas para voltar ao trabalho, Jane teria uma folga de três semanas no FBI para poder cuidar dela.

Quando a morena voltou para casa, Patrick fez todas as acomodações, vontades e gostos para a pequena, fazia todas as refeições de Teresa, ajudava a mulher trocar de roupa, havia até colocado uma televisão no quarto da agente.

Lisbon: Acho que você definitivamente achou uma desculpa para colocar uma televisão neste quarto, hein?

Jane entrou no quarto após sair do banheiro e sorriu ao ouvir isso. Foi até a cama e deu um beijo na mulher.

Jane: Eu vou fazer seu café da manhã Ok? Já volto.

Lisbon: Eu quero café.

Jane olhou para ela, continuava sorrindo.

Jane: Sem café até você se recuperar.

Lisbon o olhou perplexa.

Lisbon: O médico não disse isso!

Jane estava se divertindo com a situação.

Jane: Tem razão, ele não disse, mas eu disse, você precisa de descanso Teresa, não uma injeção de cafeína.

Lisbon revirou os olhos e bufou, disse então:

Lisbon: Ok, me traga um copo de água, Dr. Patrick Jane...

O consultor sorriu, se divertindo com a situação e saiu do quarto dando risada.

Após duas semanas de repouso, Lisbon estava se sentido bem melhor, bem disposta fisicamente e já não sentia mais dores. Sentia porém, muita falta de Patrick. O loiro tinha tomado extremo cuidado com ela, só que isso fez com que os dois se afastassem. Jane não dormia na cama mais com ela por medo de machucá-la, quase não se beijavam mais também. Ele ainda continuava fazendo tudo por ela, mas ele havia se distanciado, e muito. Teresa se preocupava com isso, não sabia o motivo da tal mudança.

Na manhã seguinte, quando acordou, a pequena pediu ajuda do consultor para tirar a roupa, pois queria tomar um banho, isso havia se tornado um costume após ela ter sido baleada, e era um fato normal para os dois, porém naquela manhã, tal fato se tornou mais intenso do que o normal.

Lisbon estava no banheiro e havia chamado Patrick, ela não estava com dor, mas resolveu chamá-lo mesmo assim. O loiro entrou então no banheiro e se deparou com ela vestida com uma camisola preta de seda, que por sinal ele amava e que caía muito bem em seu corpo.

Jane: Hey, levante os braços lentamente... – Disse assim que começou a puxar o tecido para cima.

Lisbon o obedeceu, Patrick retirara a camiseta. Porém ao tirá-la, Lisbon percebeu que ele ficara hipnotizado com o seu corpo, ele sentia falta dela também, era possível enxergar isso nos seus olhos, mas estava tendo um grande autocontrole para não agarrá-la naquele momento e fazer amor com ela naquela banheira, Teresa, porém, não sabia o motivo disso. A morena resolveu então se aproximar um pouco mais dele, quase colando os corpos. Disse então, olhando intensamente nos olhos de Jane:

Lisbon: Eu sinto sua falta...

Isso bastou para Jane a pegar no colo e a pressionar contra a parede, beijou a mulher intensamente, descendo para distribuir beijos pelo pescoço. Teresa estava certa, ele havia se controlado muito, naquele momento, ele apenas queria perder a sanidade com ela, mas aí ele se lembrou. Se lembrou de Rose, se lembrou do tiro, se lembrou que ele havia causado o tiro, se lembrou de Lisbon em uma cama de hospital e isso fez com que ele se afastasse.

Jane: Desculpe... Desculpe Teresa... Não posso fazer isso.

Jane deixou o banheiro, estava frustrado, estava com raiva de si mesmo, e sabia que não demoraria muito para a agente perceber que ele havia se afastado dela, aliás, ele sabia que ela já havia percebido.

Lisbon saiu do banho e de repente a verdade a atingiu como um trem nos trilhos, soube então o porque da frieza de Jane, ele se sentia culpado pelo que tinha acontecido com ela.

A morena desceu as escadas e encontrou o consultor encostado no balcão da cozinha, estava com as mãos na cintura, então olhou para ele e disse.

Lisbon: Jane, me escute. Como você percebeu, já estou melhor, não sinto mais dores...

Jane disse:

Jane: Teresa...

A mulher o interrompeu.

Lisbon: Patrick, eu fingi estar com dor para que você pudesse me despir, para ter na verdade a confirmação de uma coisa... Você se distanciou de mim desde o dia em que eu voltei do hospital... – A mulher fez uma pausa e então continuou – Eu sei que você se culpa pelo o que aconteceu, e eu sei que por mais que eu fale que você não teve culpa nenhuma, você não vai mudar de opinião... Então, por favor, vamos esquecer isso e começar de novo Ok? Você me prometeu honestidade, então diga, porque continua me evitando?

A morena o encarava. Jane veio de encontro a ela, a olhou nos olhos e colocou sua mão na face de Teresa, acariciando a pele macia, a puxou então para um beijo, colocando seus braços ao redor dela, o beijo se rompeu e ele se afastou, eis que então o consultor abriu a porta da sala, olhou para a pequena uma última vez e foi embora, deixando a mulher sem resposta.


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Notas finais do capítulo

Coitada da Lisbon, acho que to acabando com a vida da coitada, e o Patrick então? que homem mais FDM, AUSHUASHUASHUAHSUAH
Se acalmem, a fanfic está só começando gente, e como eu sou malvada, não vou dar spoilers EUHEUEHUEHU U.U
Bom, enfim, me desculpem pelos erros, espero que vocês gostem do capítulo



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