A Fantástica Fábrica de Chocolate escrita por Léo Miranda


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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— Não está aqui. — Diz Chloe após abrir a primeira dúzia de barras de chocolate da caixa.

— Não se preocupe querida. — Helena tentava incentivar a filha, enquanto cortava o repolho á ser posto na sopa. — Ainda tem mais vinte e oito barras para serem abertas.

— Eu acho melhor esperar. — Chloe fechou a caixa e colocou-a no chão. — Não vou conseguir comer quarenta chocolates de uma vez só. Amanhã eu abro outras barras.

Enquanto Chloe tinha que esperar o dia seguinte para abrir outra barra, o resto do mundo comia tudo de uma vez só. E as crianças com mais condições financeiras... nem comia o chocolate.

Califórnia, EUA.

— É bom você colocar essas operárias inúteis para trabalhar e achar o meu convite dourado antes que outras crianças achem!

— Está bem, minha querida. Papai promete que vai lhe dar o convite dourado logo, logo.

Madson Audrey, uma garota rica, cheia de mimos, dava uma grande bronca em seu pai por ainda não ter achado o convite dourado.

— É bom mesmo. — Madson diz enquanto vira para o lado oposto de seu pai, jogando seu grande cabelo liso e escuro contra o rosto de seu pai.

— Se você não me der o convite dourado, eu nunca mais pisarei na minha escola. —Madson sai marchando da sala, com a cara emburrada. O barulho de seu passo era forte, e o vidro branco com grandes triângulos pretos tremia em meio a cena.

— As crianças de hoje em dia estão cada vez mais deploráveis. — A esposa de Charlie, e mãe de Madson, chega em meio a sala, enquanto dependura seus dois braços, lotados de joias no pescoço de Charlie.

O grande portão dourado da mansão abriu-se rapidamente, para que sete caminhões Wonka chegue com milhares de barras de chocolate á serem abertas pelas operárias da família Audrey.

O mordomo da família Madson espalhou suas rugas em seu rosto ao soltar um leve sorriso, e logo em seguida, encaminhou seu dedo até a garagem, apontando para onde os caminhões deveriam ir.

— Acaba de chegar a notícia que o primeiro convite dourado foi encontrado por Tyler Rensselmear, diretamente da Itália! — O jornalista dizia e todas as crianças enchem de raiva.

— Só restam mais quatro convites agora. — Chloe deu um sorriso meio triste para seus avôs.

— Você tem uma imensa chance de encontrar o convite dentro da caixa, Choe. — Diz Albert, colocando sua mão sobre a mesma da neta.

Sicília, Itália.

— Tyler, olhe para cá.

— Tyler!

Todos os fotógrafos queriam um pouco de Tyler, o primeiro garoto a encontrar o convite dourado.

— Diga-me! Como você encontrou o convite dourado?

— Quando soube desses convites dourados, comecei a comprar todas as WonkaBar’s que vi pela frente. — Dizia o garoto com o cabelo de grandes cachos loiros, com o sotaque inconfundível. — Eu tenho muita determinação. E por falar nisso, aqui diz que uma criança vai ganhar um prêmio especial no fim. Eu nem ligo para quem sejam as outras quatro crianças, por que eu sei que o ganhador será eu.

— Isso mesmo, meu querido. — Diz a mãe de Tyler, com suas bochechas tão rosadas que parece batom facial e um sorriso tão falso.

— E você gosta de WonkaBar? — Perguntou o repórter, quase enfiando o microfone pela garganta abaixo de Tyler.

— Eu não comi. Detesto chocolate.

— Que menino asqueroso. — Diz Valentina.

— Espero que goste de ir para uma fábrica de chocolate, seu moleque safado, pilantra, sem vergonha — antes que Olivia pudesse dar mais adjetivos insultadores ao garoto, Roger tampou os dois ouvidos de Chloe, que logo deu um sorriso leve, olhando para o pai, que retribuiu o sorriso.

Chloe levantou-se e apertou o botão de desligar a TV.

— Vovô, me conte mais sobre o Willy Wonka. — Chloe cruzou a perna em cima da cama de deus avôs, e encolheu seus braços no cobertor.

— Vejamos... — Albert estava pensando em que história deveria contar. — Ah, sim. Eu vou lhe contar a história do palácio indiano do príncipe Haslamar Klosvkstem.

— Há muito tempo atrás, na Índia, o príncipe escreveu uma carta para Willy Wonka e pediu á ele que construísse um palácio completamente feito de chocolate. Com o recado atendido, Wonka fez uma viagem até a Índia, e mandou seus operários construírem o lugar. Os tijolos, era chocolate. O cimento que seguravam as paredes, era chocolate. Assim como a mobília, os quadros e todos os outros passatempos. O palácio era inteirinho feito de chocolate preto, ou branco. Mas, Willy Wonka sabia que não duraria por muito tempo e avisou ao príncipe Haslamar imediatamente. Ele sugeriu que ele comesse o palácio o mais rápido possível. Mas, com a teimosia, o príncipe não se preocupou nem um pouco.
Certa vez, um dia muito quente atingiu a índia inteira. E, o palácio começou o principio do derretimento. As horas passaram e o palácio já estava caindo aos pedaços. Milhares e milhares de quilos de chocolate... desperdiçados. Mesmo com o acontecimento, o príncipe Haslamar escreveu outra carta para Willy Wonka, e pediu um novo palácio. Mas, Willy Wonka tinha seus próprios problemas. Então, deixou a história do castelo indiano do príncipe Haslamar guardado.

— E como o senhor sabe disso? — Chloe se surpreendeu com a historia de seu avô.

— Eu era um dos pedreiros que construiu o palácio.

— Uau! — Chloe soltou um imenso sorriso.

— Chloe, poderia colocar a sopa no prato e dar para seus avôs? — Pergunta Helena enquanto apaga o fogo da lareira, e pega um pano de prato para retirar a panela de cima do fogo.

— Claro, mãe. — Chloe levantou, retirou seu grande casaco vermelho de lã, e foi para ajudar sua mãe.

Chloe pegou uma luva de cozinha e uma concha. Colocou a concha na sopa e voltou para o prato duas vezes, e encaminhou para sua avó Olivia. O procedimento foi o mesmo até que chegasse em seu avô Albert.

— Obrigado, minha querida. — Albert sorriu e pediu para que Chloe abaixasse, e deu um beijo em sua testa. Chloe sabia que toda a simplicidade de sua família, a deixava feliz. Pois o amor fraternal com eles, era simplesmente verdadeiro.


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