Voltei para o castelo. Será que Jake teria realmente prestado atenção? Ele dever ter partido pro lado da ignorância, ou da imaginação. Jake é meu amigo, mas às vezes ele faz belas trapalhadas, e apesar de confiar nele, não tenho tanta certeza dessa vez.

Mas, de qualquer maneira, amanhã tentarei reencontrar Finn, conversar com ele sobre isso. Mas o que dizer? Terei de partir pro lado da ciência, da lógica, ou do amor, sentimento que nunca foi muito bondoso comigo? Vou abandonar os rascunhos e partir pro improviso.

Deito na cama, desejando ter 13 novamente. Nessa idade não havia tantos problema, tantas responsabilidades. Adormeço em completo revolto.

Acordo e vou direto procurar Finn. Encontro-o na floresta, não muito longe da Casa na Árvore, observando o nascer do Sol, com um caderno em mãos.

–Finn! – e ele se assusta, como tem sido ultimamente. – Tá fazendo o que? – digo, docemente.

–O-oi Princesa... Eu to escrevendo um lance pro Jake.

–Ah, e, falando no Jake, ele explicou tudinho pra você? – eu estava falando tão sutilmente, mais doce do que qualquer habitante do reino.

–Explicou...

–E você entendeu?

–É, eu entendi. –ele virou a cara com desgosto.

–Finn, às vezes, você quer alguém. – eu comecei, tocando seu joelho - Você quer beijar esse alguém, e ficar com ele. Mas não pode, porque responsabilidades exigem muito sacrifício.

E era verdade. Eu estava ali, sentada ao lado de mais uma coisa que perdi para a responsabilidade. Um amor que sacrifiquei pelo bem do Reino Doce. Suas bochechas se avermelharam, e uma extrema fúria cresceu em Finn.

–Você ta insinuando o que? – Fiquei pasma, sem graça.

–Eu só quero que entenda que você é meu herói Finn. Você é meu herói. – e era mesmo. Era meu herói, meu herói – Então, fico feliz que entenda porque não pode ficar com a Princesa de Fogo.

–Jujuba! – ele se levantou com raiva – Eu não to aguentando mais!

–O que!

–Agora gosta de mim?!

–Finn, mas que história é essa? – mas era verdade. Mas sei esconder sentimentos... ou sabia.

–Mas que história é essa?! Jujuba, eu era... apaixonado por você! – oh... – Falou? Mas você não me amava... Agora que eu vou partir pra outra, você vem me botar pilha de novo? Pô, eu cansei... – eu sou uma idiota – Eu cansei...

E assim, ele foi andando. Havia muitos papéis amassados ao meu redor. Peguei um deles e li o que estava escrito. Era uma poesia... para a Princesa de Fogo. Oh, não. Era tarde. Eles iriam se machucar. Flame poderia acabar por destruir a Terra ali mesmo.