“Nesse instante todo o baralho voou no ar, começando depois a cair sobre Alice; ela deu um gritinho, meio com medo, meio com raiva, tentando rebatê-las. A menina achou-se então deitada no barranco com a cabeça no colo da irmã...”

— Charlotte?— Alice chacoalhou sua irmã cujo tinha a cabeça pendida na árvore, desacordada.— Char...— Notou que a palidez de Charlotte, e um sangue seco respingado em sua testa. Ao redor, o quê antes deveria ser uma bela floresta com um lago, agora era um matagal queimado, com alguns destroços e árvores caídas.— O quê aconteceu?— Choramingou e engasgou-se em meio a fumaça, levantou-se e caminhando com dificuldade em meio a neblina e a fuligem que cobria o local.— M-mamãe!— Gritou ao vácuo em meio aos seus soluços, ouvindo apenas o eco de sua voz. Despencou no chão, enterrando sua cabeça em meio a suas pernas em uma posição fetal.— Onde estão todos... onde?

— Alice?— Uma voz veio de trás de alguns arbustos espinhentos; o coelho branco.— É tarde demais.— Apanhou seu relógio de bolso e observou-o.— Nos atrasamos... é-é tarde demais...