Shireen pediu por livros para os guardas, algo para passar o tempo. Myrcella a avisou que seria inútil, mas a outra menina disse que não custava tentar. E alguns dias depois debaixo do prato de comida delas havia um volume velho de contos dos sete reinos. Sua prima se sentiu bem orgulhosa daquela pequena vitória.

A maioria do conteúdo do livro eram eventos históricos recontados como se fossem contos de fadas. Havia o de Argella e Orys que ambas já sabiam praticamente de cor já que este resultara na criação da casa Baratheon. Antes de dormirem naquela noite Shireen leu a história em voz alta e depois comentou :

“Argella soa tão corajosa e destemida, e o Orys também, Edric costumava falar sobre as vitórias dele em batalha mas pra mim ele realmente demonstrou o seu valor quando ela foi oferecida para ele nua e em correntes e ele não tirou vantagem dela, da um orgulho enorme saber que nós somos descendentes deles dois” Shireen disse.

“Sim dá” Myrcella disse e por um segundo ela esqueceu que isso não era verdade.

Myrcella nunca falava a respeito mas ela sabia que ela não tinha sangue Baratheon correndo em suas veias, não apenas por rumores mas pela própria boca de sua mãe que lhe contou no seu último encontro, a raiva que ela sentiu só se dissipou quando ela viu a Rainha Dragão ordenando que sua mãe fosse queimada viva, e nesse momento o sentimento prévio foi substituído por pesar e tristeza. Mas ainda assim ela se sentia tão grata por Shireen não mencionar aquele fato sobre a sua linhagem que ambas sabiam ser verdade.