MESA DE SALOON escrita por D S MIRANDA


Capítulo 2
Billy?


Notas iniciais do capítulo

Amores ai vai mais um capitulo dessa louca aventura.
Espero que gostem.
Boa leitura:3



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Bella

Assim que Mike gritou comigo, eu meio que ouvi um sussurro do meu passado:

Quando o primo está na cidade, nenhuma mulher está segura, seja criança ou adulta

Naquele momento, eu senti que era hora de por um ponto final na minha história com o Primo, era hora de ele saber que eu cresci e que eu, Isabella Marie Swan, filha de Renné e de Charlie ia o mandar de uma vez por todas para o quinto dos infernos.

Fazia pouco mais de uma semana que eu soube que meus pais tinham morrido a dor era muito grande, ao ponto de eu decididamente desejar morrer, o vento frio batia com violência na árvore onde eu estava encostada, eu sabia que estava fazendo frio por causa das pessoas que passavam por mim enroladas em casacos, blusas de frio e tudo que se usa para se aquecer no inverno,mas eu não sentia nada, eu não sentia fome, sono ou nenhuma necessidade básica tudo o que eu sentia era a vontade imensa de que o vento me fizesse o favor de fazer aquela árvore cair em cima de mim e me mandar para os braços quentes e aconchegantes dos meus pais, mas não; muito pelo contrario o vento parou e eu tive total ciência de que eu não ia morrer, não daquela maneira rápida pelo menos.

Continuei a olhar para os meus pés e me deixei ser absorvida pela auto piedade, foi então que eu vi uma sombra se aproximar de mim, eu sei que eu devia correr, ou sei lá mais o que, mas me mantive ali, parada, era como se o mal que aquela sombra pudesse me causar me atraísse,assim não me permiti mover um músculo sequer.

–Oi eu sou o Primo- falou docemente.

–Prazer, eu sou Isabella Swan.

Ele pensou um pouco antes de se sentar ao meu lado.

Um bonito nome- falou outra vez docemente.

– Obrigada- falei sentindo o meu rosto esquentar apesar de todo aquele frio. Eu odiava elogios.

– Por que uma menininha tão linda e educada está sozinha num parque, tão tarde da noite e o pior ainda num frio desses?

– Por que meus pais morreram- falei num só fôlego e segurei a respiração, era a única maneira de fazer com que minhas lágrimas não rolassem.

– Vem comigo, eu tenho um lugar especial pra meninas tão bonitas, mas tão triste quanto você – falou se levantando de uma só vez e me estirando a mão, eu a recebi de bom grado, naquele momento eu não sabia o quão idiota eu tinha sido, mas eu era apenas uma garotinha despreparada e ele um sagaz jogador.

{...}

Dias, meses e anos se passaram enquanto eu era tratada como uma princesa foram exatamente três anos que eu vivi em paz, três anos nos quais eu consegui cicatrizar a ferida que a perda dos meus pais tinha deixado, foram três anos voltando a ser criança, mas numa noite tudo isso ruiu e eu entendi que finais felizes não existem, pelo menos não para mim.

Eu estava sentada numa das poltronas que haviam no quarto com um livro nas mãos, quando uma mulher que devia ter a mesma idade da minha mãe entrou no quarto, trazendo algumas caixas que pareciam muito pesadas, assim que ela pôs as caixas na cama e pousou os olhos em mim uma expressão de nojo e indignação se espalhou por seu rosto.

– Quantos anos você tem?- ela me perguntou se ajoelhando na minha frente sua voz era doce, porém firme.

– 12 – respondi sem entender o que ela queria saber com isso.

Ela andou de um lado pra o outro quase literalmente arrancando os cabelos.

– Menina, eu não sei como te dizer isso, mas o Primo está querendo te vender pra um cara. Ele está querendo te prostituir.– quase berrou tamanha era a sua indignação.

Eu não era tão inocente assim, eu sabia que aquilo era um bordel desde o inicio, eu já tinha estado em lugares como aquele com o meu pai, mas na época eu via apenas como um bar onde as mulheres podiam andar nuas e nada mais, mas naquele dia eu já sabia mais ou menos o que a palavra prostituir significava e isso espalhou uma onda de medo por todo o meu corpo.

– Eu não quero fazer isso- choraminguei

Ela respirou fundo e murmurou para mim

–Garota, você vai ter que fugir daqui, por que cedo ou tarde o primo vai conseguir o que quer, por que quando o primo está na cidade, nenhuma mulher está segura, seja criança ou adulta. Hey qual o seu nome?

–I- Isabella Marie Swan- eu tentava me manter calma, mas saber que eu podia ter que ir pra cama com um homem contra a minha vontade me deixava em completo pânico.

–Qual o nome dos seus pais?- ela parecia estar querendo saber de mais sobre mim.

–Meu pai é Charles Swan e minha mãe Renné Marie Swan

Eu sabia que já tinha sua cara em algum lugar– murmurou perdida em seus próprios pensamentos - Espera aqui Isabella que eu vou preparar um jeito de você poder sair daqui em segurança.

–Obrigada- pela primeira vez nesses três anos, meu estomago se revirou e o velho instinto de proteção entrou em ação, a partir de agora eu ia ter que ser forte, assim como minha mãe me pediu.

{...}

Pouco tempo depois eu não era mais eu, ela havia me transformado num menino, meus longos cachos castanhos que iam até minha cintura agora não existiam mais, eles foram substituídos por um cabelo quase raspado, o meu vestido de cetim vermelho tinha sido substituído por uma calça jeans, e uma camiseta, os meus seios que estavam em desenvolvimento foram escondidos embaixo de uma de atadura muito apertada, quando eu me olhei no espelho, eu mesma não me reconheci.

–Isabella abre a porta- falou o Primo tão docemente que chegou ao ponto me enjoar.

Sem falar nada a mulher me arrastou até o guarda roupas e me escondeu embaixo de uma camada de lençóis, fez o sinal da cruz frente ao meu rosto.

–Que a santíssima trindade nos proteja e nos guie nessa batalha - sussurrou então fechou a porta, dali eu podia ver tudo o que acontecia no quarto.

–Onde está a Isabella?- perguntou Primo entrando tempestivamente no quarto e pela primeira vez na vida eu vi nele o lado da violência velada que há três anos me fizeram ficar do seu lado naquele parque.

–ela fugiu.

–Como assim a Isabella fugiu? Como diabos você a deixou fugir? Me fala Sara como?

–desculpa Primo, mas eu não sei... Desculpa. - falou já com lagrimas despontando nos olhos

–Desculpa? Desculpa o caralho, você já deixou Renné fugir uma vez e com certeza está deixando a filha dela fugir também, você sabe o quanto eu dei duro pra poder ter essa menina aqui? Você sabe o quanto me doeu ter que cortar a garganta de Renné naquele dia sabe o quanto me doeu, você sabe? Você sabe que eu quase morri pra poder me vingar daqueles dois e você deixa a Isabella simplesmente fugir?

Sim Primo eu sei, eu sei sim e quer saber de uma coisa eu não vou deixar você fazer isso à menina, não vou, nem que isso custe a minha própria vida.

–Realmente vai custar sua vagabunda- falou dando lhe um soco no maxilar Sara caiu com tudo no chão, onde ele continuou com uma sessão de chutes e socos até que eu pude fitar o corpo de Sara sem vida... Jogada sobre o seu próprio sangue.

Ele estava descontrolado e murmurava:

–Droga! Eu vou te achar Isabella, eu juro que vou... E assim que eu te tiver em minhas mãos você vai sambar bonitinho, ah você vai sim, nem que seja a ultima coisa que eu faça na vida, mas eu ainda te faço virar a porra da prostituta que você é. Sua vadiazinha. - falou saindo do quarto.

–Adeus Sara, obrigada e desculpa por tudo.. sussurrei enquanto eu saia de lá.

Saí decidida a acabar de uma vez por todas com toda aquela porcaria e nem mesmo Mike seria capaz de me deter.

–Bella eu só deixo você ir se você levar o Edward. - falou Mike me segurando pelo braço.

–Mike, eu não vou envolver o garotinho nesse mar de lama, você e eu sabemos que isso aqui não é a praia dele.

– Dane-se se não é a minha praia Isabella, eu vou com você quer você queira, ou não. - seus olhos tinham um brilho diferente, algo que parecia... amor?

Não Bella isso não pode estar acontecendo, o garotinho não pode estar te amando não pode mesmo.

– O.k bando de chatos, mas garotinho você vai armado até os dentes e há de você se hesitar em mandar bala no primeiro infeliz que tentar te fazer de palhaço. - falei tocando de leve em seu maxilar - e Mike onde o desgraçado está?

–Não sei Bella, o Jacob estava na boca do inferno tentando descobrir, mas aquele rato maldito sabe esconder o rabo.

– Vai ser melhor assim, pelo menos eu já tenho um plano... Espero que o Jacob possa ajudar a um velho amigo – falei me lembrando da minha infância na gangue de Jacob.

Dirigi calmamente rumo ao bairro mais imundo da cidade inteira e modéstia a parte, eu conhecia cada beco escuro e cada túnel intrincado daquele bairro que me viu e me fez crescer.

–Bella tudo bem?- era o meu garotinho tentando me fazer voltar atrás, mas isso não ia ser possível, pois o único jeito de eu ser feliz era me livrando de uma vez por todas daquele que, mais me fez sofrer, daquele que matou a minha família inteira.

–melhor impossível - Menti mais uma vez em menos de 24 horas, sempre com um sorriso estampado no rosto. Não sei o que aquele garotinho achava que estava acontecendo, mas tenho quase certeza de que ele não pensava que a partir de hoje ele seria procurado por policiais e por bandidos e eu não queria de jeito algum que isso acontecesse. Respirei fundo, busquei toda a coragem que eu tinha e que eu não tinha.

– Menininho, você realmente sabe no que você está se metendo? Eu não quero te sujar com as minhas burradas. - falei freando o carro, eu queria olhar em seus olhos para ver se a resposta era ou não verdadeira.

–Bella, eu posso parecer idiota, mas eu não sou. Eu sei muito bem o que esse mundo reserva não se esqueça que eu sou filho de um policial, e que esse tipo de coisa faz parte do meu dia a dia desde sempre, além do mais estou mais do que convencido de que você é a mulher da minha vida, e eu não vou deixar que nada de mal te aconteça.

Sem palavras.

Sem Palavras foi como eu fiquei ao ouvir aquela declaração, eu não consegui encarar Edward por todo o percurso até o nosso destino.

– Não vai falar nada Bella? Será que eu sou tão mau partido que a simples menção de um relacionamento mesmo que platônico comigo é tão repulsivo ao ponto de te fazer calar a boca?... Fala qualquer coisa – me manter em silencio diante daquela declaração de amor e adoração era uma espécie doce de tortura.

– Garoto, cala a boca – falei o puxando para um beijo, não sei bem o que me deu, mas eu sabia que depois de mandar o Primo para o inferno, eu ia mudar totalmente de vida, eu sei que pode parecer um pouco egoísta, mas esse era um tipo de pessoa com a qual eu gostaria muito de me reerguer. - agora vamos que a noite é uma criança e bem, eu quero por um ponto final nessa historia com o Primo.

–Antes de a gente ir, você pode me contar um pouco da sua história com esse tal de Primo?

– Garotinho a história é um pouco longa e aquele rato me escorrega pelos dedos a mais de quatro anos, ou seja não posso perder nenhum segundo, mas resumindo, ele matou a minha família inteira há aproximadamente nove anos, e a partir daí ele jurou me por como puta num de seus bordeis e eu jurei mandá-lo para o inferno, em resumo nós nos caçamos há muitos anos entendeu? Agora vamos- falei saindo do carro num beco escuro, depois de uma sequência de três assobios um vulto se projetou na parte mais afastada do beco, eu sabia que eles estavam analisando pra ver se eu e o meu novo parceiro éramos tiras ou informantes dos mesmos, ainda bem que pra minha sorte, eu tinha “fantasiado” o menininho de um cara normal, mas aqueles infelizes continuavam a analisar, o menininho irradiava cheiro de tira por cada poro.

–Jacob Black aparece agora, ou eu juro que eu te tiro da toca pelo saco. – berrei perdendo de vez a paciência.

– Billy- falou Jacob me agarrando pela cintura e me erguendo no ar. – porra eu tava pra morrer de saudades de você seu filho da mãe.

Edward

Billy?

Será que eu estava ficando louco ou Bella era... Uma transexual?

– Calma cara. A Bella é menina desde que nasceu- falou o tal de Jacob por cima do ombro de Bella como se estivesse lendo os meus pensamentos – é só que pra mim ela sempre vai ser o velho Billy, que é só um nome de rua pode ficar despreocupado.

Soltei o ar que eu vinha prendendo mesmo sem perceber eles me olharam com um misto de alegria velada.

–Jacob, eu adorei te reencontrar e toda aquela ladainha que você sabe que eu estou sentindo, mas hoje o assunto aqui é trabalho, eu quero saber onde o filho da mãe do Primo está. - falou Bella assumindo a sua postura mais dura

–Billy tira essa ideia fixa da cabeça, caralho foge de uma vez por todas, falsifica um documento e vai viver a porra da sua vida, mas caso você não queira se salvar vai se foder, por que eu não vou te entregar numa bandeja de prata pra o Primo te transformar num brinquedinho daquele bordel, mil perdões Billy, mas eu não vou me envolver, por que se der alguma merda, eu não vou querer ter nada a ver com isso.

– Ok. Jacob, eu acho que depois de tudo o que a gente viveu esse é um direito seu, mas não me pede pra eu deixar o meu destino pra trás, eu só vou ser feliz no dia em que o Primo não puder fazer mal pra mais ninguém.

O silencio se instalou entre nós

–Porra Billy, você é a pessoa mais cabeça dura que eu já conheci... Essa é a ultima vez que eu vou te ajudar se você não mandar ele pra o inferno, me desculpa, mas eu vou lavar as minhas mãos.

– Certo, agora me diz onde ele vai estar.

–O Primo vai estar no Zeta em busca de garotas para um bordel grego, e você é sempre o tipo de garota que eles querem.

– Obrigada Jacob, agora eu quero que você me ponha lá dentro, por que do jeito convencional, eu nunca vou poder entrar com a minha arma.

Bella

Uma hora depois eu já estava dentro do bar, Jacob e Edward assistiam a minha chegada eu cheguei junto com as outras garotas, fomos colocadas no palco pra o leilão, o bar inteiro fedia a cigarros e álcool, olhei pra onde os monarcas da prostituição estavam escolhendo suas novas “funcionarias” eles as tratavam como simples objeto sexual, analisavam seus dentes, olhos, cabelos, apalpavam e tocavam-nas das maneiras mais sórdidas e desumanas que se pode tocar uma pessoa, enquanto isso as outras garotas olhavam para aquela cena com um misto de medo, e ansiedade, eu me mantinha impassível no alto do palco, estava quase na hora de eu ser levada para o teste, meus olhos analisavam o ambiente, eu procurava pelo Primo, minha arma de estimação estava escondida no bolso interno da jaqueta e no momento certo ele ia saber quem o mandou de vez pra o inferno.

Eu sentia o meu estomago se revirando em mil e uma voltas, mas o meu alvo ainda não estava lá, não sei o que me deu pra eu acreditar que o primo ia estar lá, ele era a pessoa que todo mundo queria matar, foi então que eu percebi o quão burra eu tinha sido, com certeza ele não ia estar lá embaixo no meio das pessoas comuns, o filho da mãe estava no camarote, cuidando de tudo na maior segurança, era hora do “plano b”

Comecei a fazer hiperventilação, algo meio perigoso, pois eu podia ter uma parada cardiorrespiratória, devido à queda repentina de pressão, mesmo assim continuei, essa era a minha única chance em anos de pegar aquele desgraçado, comecei a me sentir tonta e as pontas dos meus dedos começaram a ficar dormentes, agora era só “desmaiar”. Fui com tudo pra o chão, assim que perceberam o meu “desmaio” o escarcéu começou... Fui levada para um quartinho que estava servindo de enfermaria por hoje.

De olhos bem fechados me mantive deitada na mesma posição que o pessoal da segurança me deixou por um bom tempo.

Agora eu vou atrás de você Primo, o seu fim vai ser da minha maneira, e sem ajuda de ninguém.

sai do quartinho, meio desconfiada, um passo atrás do outro, o meu sangue fervia nas veias, estava quase na hora de eu acabar com o Primo

– Oi docinho- falou um dos seguranças do Primo ao me ver chegar perto do camarote - qual a sua graça?- falou enquanto enfiava suas mãos nas minhas coxas, e o nariz no meu pescoço, me causando um asco imediato.

– O... oi... meu nome é Miriam.- murmurei enquanto me afastava um pouco, eu gostava de manter contato visual sempre.

– E o que você faz por aqui?- perguntou me olhando fundo nos olhos, seus olhos eram como duas pedras cor de âmbar e me fizeram acreditar que ele podia ler a minha mente.

–Me disseram pra eu procurar pelo Primo. - pela primeira vez em anos eu estava, com medo de o meu plano não sair como eu queria.

– o que você quer com o Primo docinho? - sua mão já estava quase chegando à minha intimidade, eu mordia a parte interna da bochecha para controlar a vontade de enfiar uma bala no meio do crânio desse segurançazinha de merda.

– Eu quero que ele me leve pra fora do país, pra eu arrumar a minha vida, eu não aguento mais trabalhar o mês inteiro e receber uma miséria, eu quero vencer na vida – errei um pouco no tom de voz, mas eu acho que isso me ajudou em convencê-lo

– Certo docinho, eu acho que o Primo vai adorar mesmo te levar pra fora do país, agora vamos.- o segurança me arrastou escada acima, o meu sangue começou a gelar nas veias, o meu estomago começou a revirar, eu queria enfiar o rabo no meio das pernas e fazer o que Jacob tinha me aconselhado, mas eu não podia eu tinha que mandar o Primo para o inferno de uma vez por todas.

Assim que a porta se abriu eu vi o homem de estatura mediana sentado numa cadeira digna de um grande executivo, seus olhos me fitaram, neles haviam tudo de maligno, algo que me feria, aqueles eram os olhos do cara que matou a minha família inteira, aquele era o homem que eu vinha procurando há anos, e agora estávamos ali, frente a frente.

– Saia e tranque a porta. - ordenou sem erguer sequer o olhar das papeladas que estavam na sua mesa. - sente-se Isabella - Aquilo realmente tinha em pegado desprevenida, como ele sabia quem eu era se fazia anos que nós não nos víamos e eu já tinha mudado muito.

–Acabou primo, chegou a hora de você ir pra o inferno- falei sacando a arma já com o dedo no gatilho.

– Isabella abaixa essa arma. - Falou se levantando, ele mantinha os olhos presos nos meus. - ou eu mato o Mike, o Jacob e o seu novo amiguinho.

– Eu vou te matar seu porco imundo – falei descarregando a minha arma em seu peito, ele tombou pra trás e então uma alegria imensa me dominou a ponto de eu cair de joelhos no chão.

–obrigada Deus por ter me dado a chance de matá-lo- eu agradecia enquanto as lagrimas lavavam o meu rosto.

–Não conte com isso sua vadia- falou o primo me chutando as costelas, eu senti um filete grosso de sangue escorrer por entre os meus lábios enquanto minhas costelas latejavam, o ar se negava a entrar nos meus pulmões – sabe o que é isso Isabella? É castigo divino por tentar matar o próprio pai- falou me puxando pelos cabelos, fazendo com que eu fixasse o meu olhar em seus olhos, a dor daquelas palavras me acertou como um soco no estomago, eu não sabia nem o que pensar que dirá o que fazer.

–você não é o meu pai, meu pai é e sempre será Charlie Swan- berrei com o máximo das minhas forças, o que não era muito.

–Acabou o showzinho Isabella, agora é hora de você pagar caro por ter tentado me matar- falou enquanto me arrastava firmemente pelos cabelos escada a baixo, as minhas costelas ardiam de tão grande que era a dor, mesmo assim eu parei de choramingar e passei a calcular maneiras de me livrar dele, mas não havia maneiras de fugir, então era hora de eu tentar pelo menos ganhar tempo.

– Primo antes de você me mandar pra o inferno só me diz uma coisa, por que você matou os meus pais?- falei chorosa, e dessa vez não era mentira a dor dos meus ferimentos, e a dor de cogitar que ele pudesse ser meu pai, me fizeram realmente querer saber disso.

– Por que Isabella? Você quer saber por que Renné e Charlie morreram? então eu vou te contar, eles morreram por que eles se amavam, eles morreram por que Renné fugiu de mim pra ficar com aquele filho da mãe, ainda fugiu do bordel grávida de mim, ela esperava você quando ela fugiu, o pior aquela vagabunda ainda se matou só pra não ficar comigo, ela pôs fogo na casa com todo mundo dentro e eu quase morri também.

Aquela noticia tinha realmente me pego em cheio, eu nunca podia imaginar que tudo isso pudesse ter acontecido, tudo parecia um sonho tão distante.

– Mas se você realmente é o meu pai – aquelas palavras queimavam na minha garganta – por que então você queria me prostituir?

– Por que você é uma puta de nascença e isso não vai mudar. Agora acabou vamos lá eu tenho uma lição a dar, faz tempo que o Primo não faz uma aparição com demonstração de poder, é hora de você me ajudar a firmar o meu reinado- falou me agarrando outra vez pelo cabelo e me levando pra cima do palco.

A musica tocava de modo ensurdecedor lá embaixo, mas assim que o primo se deixou ser visto tudo caiu no mais absoluto silencio, algo que me fez gelar a espinha.

– Não é com muita honra que eu reapareço depois de muitos anos, pois o motivo que me traz aqui não é o mais... Digno.

Eu estou aqui para executar Isabella Marie Swan que por um acaso também é minha filha - o silencio se quebrou e então centenas de cochichos se alastraram como uma praga, olhos assustados nos fitavam, ele gargalhava ao observar a cacofonia que se formou com a noticia. - sabe por que eu vou executar essa piranha?- falou me erguendo pelos cabelos me fazendo ficar de pé, o gosto metálico do meu sangue junto aos olhares invasivos da plateia estava me enjoando – por que ela tentou me matar- falou num tom de piada – acreditem se quiser essa putinha que hoje eu chamo de filha queria me matar, mas vocês vão ver hoje uma demonstração de que eu não perdoo ninguém nem mesmo o meu próprio sangue- ao falar isso eu o ouvi sacar uma faca da sua cintura, o barulho me gelou o sangue, ao sentir a lamina fria de encontro à minha pele eu sabia que naquele momento sim eu estava morta

Mas o que aconteceu em seguida foi pra lá de impressionante ele simplesmente caiu por cima de mim, sem vida, com uma bala cravada no meio da testa, e olhos fixos.

Estava acabado.

Um tiro e então minha vida entrou nos trilhos.

Quando eu olhei na direção do tiro, eu vi Edward; ele mantinha a Taurus em posição de tiro, o que eu devia ter feito era correr até Edward e agradecer imensamente por tudo me fez e era o que eu estava prestes a fazer quando uma bala vinda sabe lá de onde inferno me acertou o lado esquerdo do peito, a dor que me atingiu foi tão grande que eu não consegui fazer nada menos do que cair e deixar que a dor e a inconsciência me levassem.

Ficar deitada naquele chão frio doía, a dor não era por causa do tiro, não doía por que o chão frio me levava para o tempo que eu era uma simples menina de rua.

O que doía era que no meu ultimo momento de vida, eu descubro que tudo não passou de uma amarga mentira, que a minha vida inteira era apenas um conto de farsas, no qual o mocinho não pode ajudar a mocinha a derrotar o vilão.

No meu caso o vilão nunca foi o Primo, o vilão sempre foi a morte que me negou o seu abraço quando eu mais queria e precisava, mas que ao me ver feliz com a vida sente um ciúme indescritível e me arranca como uma plantinha de um vaso.

Tudo se tornou uma massa disforme de sombras...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Amores deixem os seus comentários, opiniões e etc.
e deixem um autor feliz :D



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