MESA DE SALOON escrita por D S MIRANDA


Capítulo 1
Começo do fim.


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou de volta com essa nova Fanfic, espero muito que gostem...Agora sem mais delongas bem vindos e boa leitura :3



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Edward

Eu estava mais uma noite afogando as minhas mágoas num copo, a cena daquela noite maldita vivia me atormentando com flashes de lembranças tão sórdidas que me davam nojo só de pensar, o ódio queria me dominar, mas a minha parte racional não me deixava ir à casa daquela vagabunda e explodir seus miolos, aquela vadia tinha transado com um suposto amigo meu, mas o que me incomodava não era a parte em que ela tinha me metido um par de chifres, o que me deixava puto era ela ter se deixado ser pega, aquela vagabunda queria realmente me ferrar... ela queria sujar o meu nome...

–Edward?- me chamou Emmett, o meu melhor amigo desde sempre - tá na hora de ir. - completou se levantando.

–Porra Emmett, me deixa! Essa é a minha despedida dessa merda de cidade, amanhã a gente some daqui e com fé em Deus eu consigo esquecer aquela cena maldita.

– Maninho... - falou Emmett impaciente, mas quase cedendo. Emmett foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, ele é o irmão mais velho que eu não tive e eu sou o irmão mais novo que ele não tinha, ou seja, eu dava a dor de cabeça e ele tentava me ajudar da melhor maneira possível. -te dou uma hora pra você arrumar uma garota e liberar toda essa tensão, se em uma hora você não achar, mil desculpas, mas você vai pra casa comigo... Certo? - falou Emmett serio, ou seja, ou era tudo ou nada.

– Certo- falei enquanto me erguia com certa dificuldade, realmente o álcool estava fazendo um baita efeito em mim, mas isso não ia ser o suficiente para me impedir.

Segui pelo salão em busca da minha “vitima”, nenhuma das garotas ali chamava a minha atenção o suficiente, eu já estava quase desistindo,quando chegou ao salão uma menina-mulher que me atraiu de imediato, ela tinha uma aura de confiança, um ar de menina e um corpo capaz de deixar qualquer homem louco de tesão, seus cabelos loiros contrariavam rigorosamente com os seus olhos escuros que eram destacados por uma grossa camada de maquiagem escura, seus lábios pintados de vermelho reluziam perigosamente, ela se dirigiu para o balcão tranquilamente, onde pediu uma dose dupla de whisky puro.

Quando matou o copo num gole só, eu me senti muito mais atraído, por aquela garota.

– Puta merda, é esse o meu tipo de garota- eu pensei animado, eu sabia que aquele tipo de garota era encrenca na certa, mesmo assim eu a seguia de longe pelo salão tentava chegar nela, mas ela sempre mudava de caminho, ela estava indo rumo à pista de dança movendo seus quadris no ritmo animado da musica, tomando a atenção de todos os marmanjos do bar, um piscar de olhos e acabei perdendo-a de vista, segundos depois eu me senti ser pressionado contra a parede por aquela que agora era o meu objeto de desejo.

– Por que diabos você está me seguindo? -perguntou a garota entre dentes com uma ira genuína na voz, como se eu fosse mais um daqueles bêbados que ficam enchendo o saco de garotas gatas como ela, mas sua respiração junto ao meu ouvido estava me deixando louco de tesão, era ela. Era essa a garota que ia me fazer esquecer Tânya Denalli.

– Calma moça, você pode me soltar? - falei cínico - pra gente... Conversar - falei enquanto a analisava de cima a baixo.

– Fala! - ela se afastou o suficiente para eu ver a sua expressão séria se amenizar um pouco, mas logo voltar a sua expressão dura de antes.

– Eu realmente estava te seguindo, não vou mentir - tentei contornar a situação.

–e... - falou impaciente

Bella

Eu tinha acabado de roubar o Primo’s Cassino, e droga eu precisava urgentemente me esconder.

O Primo’s Cassino é o lugar mais barra pesada de todo o lado norte dos Estados Unidos, o dono dele é o filho da mãe mais poderoso de todo o submundo do crime, ele manda nos tiras e nos bandidos.

Então por que eu cometi a burrada de roubar dele?

Essa deve ser uma pergunta que todo mundo vai fazer.

Eu quero que ele venha atrás de mim, por que há mais denove anos esse filho da mãe acabou com a minha família e eu jurei matá-lo.

–Onde melhor do que um bar de motoqueiros pra esperar o circo pegar fogo?-pensei comigo mesma enquanto estacionava o meu carro na parte mais escura do bar, meu carro estava agora cercado pelos mais variados tipos de motos e carros. Entrei naquele bar, ele parecia mais um Saloon do velho oeste do que qualquer coisa, tudo era feito de jeito rústico, as mesas de jogos mais variados se espalhavam por toda a sua extensão sendo intercalado por mesas comuns de bar

O ar estava carregado por uma névoa espessa de fumaça de cigarros, ali eu me sentia em casa, na verdade, eu já chamei de casa lugares bem piores do que esse. Fui até o balcão e pedi um whisky duplo sem nada, eu precisava me acalmar,pois se eu ainda não tivesse matado o Primo assim que amanhecesse, eu ia dirigir por pelo menos cinco cidades sem poder parar pra nada, então eu queria me divertir aos montes, eu não queria saber de mais nada , eu simplesmente queria me divertir e muito, foi quando eu percebi que eu estava sendo seguida pelos olhos curiosos de um carinha boa pinta, mas tinha algo nele que não se encaixava naquele lugar.

Não sei se eram os óculos de grau, o cabelo torturantemente penteado para trás embaixo de uma camada espessa de gel,oterno perfeitamente alinhado, ou o conjunto da obra, mas o que eu sabia é que ele não devia estar aqui.

–Será que o desgraçado é um tira?- pensei comigo mesma, enquanto eu me aproximava e afastava dele propositalmente, assimque ele deu uma vacilada e eu “desapareci”, enquanto ele estava distraído me procurando eu o prensei na parede e comecei a interrogá-lo, mas quando eu ouvi o espanto em sua voz percebi que nem em mil anos ele podia ser um tira, quando ele pediu para que eu o soltasse, eu vi no meio de suas pernas o motivo para ele estar me seguindo, mesmo assim voltei à minha postura séria exigindo que ele se explicasse.

Ele tentou, mas Sem sucesso. Quando percebi que ele estava sem palavras, eu vi em seus olhos o que ele ia fazer, mas eu não consegui reagir, eu senti os seus lábios contra os meus, sua mão foi até a minha nuca, sua língua pediu passagem e eu cedi, eu estava perdida naquele beijo, aquele homem despertou em mim uma parte a muito esquecida, ele trouxe à tona ao mesmo tempo a menininha envergonhada e a mulher decidida, o medo de todos aqueles sentimentos me fizeram tomar a decisão mais idiota da minha vida: O empurrei para longe e dei-lhe uma bofetada.

–Seu idiota... Nunca mais faça isso, eu não sou uma dessas vagabundas que você está acostumado a comer por ai não. - falei apontando para o seu rosto. – seu... Seu cretino - sai deixando o embasbacado encostado na parede, eu realmente estava decidida a ir embora, mas uma coisa me fazia querer voltar, eu realmente queria aquele homem na minha vida, eu queria tê-lo comigo nem que fosse apenas por uma noite, já que amanhã eu ia sumir dessa cidade e nunca mais eu ia vê-lo mesmo. que se dane tudo, eu vou saciar os meus desejos e o resto que se exploda

– Quer saber de uma coisa?- falei me virando - dane-se! - Foi a ultima coisa que eu falei antes de me agarrar ao seu pescoço e grudar nossos lábios num beijo urgente, ele me prensou contra a parede, enquanto eu sentia o seu desejo à flor da pele, eu queria mais que tudo saciar o meu desejo e o dele, então fui o guiando para o andar de cima, onde ficavam os quartos do bordel, ele me ergueu pelas coxas, e eu enlacei minhas pernas em sua cintura, os nossos corpos queimavam de desejo, ele me guiou até um quarto que estava com a porta aberta, um sinal claro de que estava desocupado, entramos no quarto e trancamos a porta, ele me deitou na cama enquanto distribuía beijos que iam da minha boca ao meu pescoço, suas mãos percorriam incessantes o caminho das minhas curvas que ele já conhecia tão bem, me fazendo queimar como se me conhecesse há anos, senti os seus dedos abrirem o zíper do meu corpete, com sua ajuda eu me livrei da jaqueta e do corpete, eu podia ver em seus olhos o brilho de desejo que ele lançava para os meus seios, senti sua mão ir até o cós da minha calça, foi então que com um movimento de quadril eu me pus por cima, com uma perna em cada lado do seu corpo, tirei seus óculos e ai eu pude encarar seus olhos verdes, eles refletiam todo o desejo que estávamos sentindo naquele momento, me livrei da sua camisa, e deixei os meus dedos percorrem todo o seu abdômen definido, eu me perdia nas nuances daquele homem, fechei os meus olhos e deixei minhas mãos deslizarem até o objeto do meu desejo, eu o apertei por cima das calças e nesse momento eu o ouvi soltar um gemido alto, mesmo de olhos fechados de alguma maneira eu pude ver em seu rosto um sorriso safado se espalhar, ainda de olhos fechados, eu soltei o cinto, abri o zíper, e pude sentir o meu corpo ferver, depois que puxei sua calça um pouco para baixo, ele me puxou para o seu colo, e me deu um beijo mais do que intenso, eu cravei os meus dedos em seus cabelos acobreados, eu ouvia um gemido preso em sua garganta, comecei a me movimentar sensualmente sobre o seu colo, ele quase chegou ao ápice, mas para impedir que isso acontecesse, ele me deitou e desceu minha calça com a calcinha de uma vez só, se livrando da sua roupa também e voltou a me beijar ardentemente, eu o sentia queimar sobre a minha pele, pouco tempo depois ele me deliciava com um beijo intimo enquanto suas mãos percorriam o interior das minhas coxas, meu baixo ventre se contraia de prazer,enquanto isso minhas mãos procuravam uma camisinha na mesa de cabeceira, afinal nem as meninas do bordel nem eu não podíamos engravidar, assim que eu achei um pequeno pacote,passei uma para ele que entendeu de imediato o que eu estava querendo dizer, eu precisava dele dentro de mim, ou ia acabar enlouquecendo.

Ele vestiu a camisinha, se posicionou de uma maneira que podíamos nos olhar enquanto transássemos então com um único movimento ele se pôs dentro de mim, eu senti uma onda de prazer se espalhar por todo o meu corpoenquanto o acomodava dentro de mim, pouco tempo depois ele começou a fazer movimentos lentos e ritmados que me enviavam espasmos de puro prazer eu me movia no mesmo ritmo em que ele, nós aumentávamos o ritmo das investidas enquanto nos aproximávamos mais do nosso ápice, eu cheguei ao meu primeiro,mesmo assim não cessei até ele se saciasse também, foi quando ele caiu ao meu lado suado, eu senti um torpor pós-prazer imenso e então adormeci em seus braços, mesmo indo contra as minhas regras.

{...}

O dia já estava nascendo, droga, já era pra eu ter cascado fora.

Eu já estava fora da cama calçando as minhas botas, quando eu senti os braços daquele cara me envolver.

Eu podia me acostumar com isso

–Bom dia - falou ainda sonolento.

–Bom dia e adeus- falei sendo distante, por que essa a única maneira de eu não me enfiar de novo naquela cama e passar o resto do dia nela com ele.

– Serio?- perguntou olhando para mim de um jeito quase inocente.

– Serio sim menininho lindo - falei dando-lhe um selinho.

Eu já tinha dado as costas para um monte de caras nesses últimos anos, mas esse era o que estava me doendo mais, parecia que nós tínhamos uma ligação especial.

Contos de fadas não existem, ele não é o príncipe encantado no cavalo branco que vai ajudar você a sair dessa vida imunda.

Ele pode até ser, mas eu nunca vou ser a porra de uma princesinha delicada que precisa ser ajudada.

– Ok essa discussão de mim comigo mesma tá ficando estranha – murmurei sacudindo a cabeça pra espantar esses pensamentos loucos.

Assim que eu cheguei próximo à escada e vi um bando de policiais revistando cada centímetro do bar, me escondi atrás de uma pilastra de onde consegui ouvir enquanto eles perguntavam ao barman por mim, e droga, o desgraçado tinha me visto subindo na noite passada para um dos quartos com o garotinho e o pior é que ele disse que nós não tínhamos descido, o delegado mandou um monte de tiras revistarem a parte de cima do bar e não hesitar em atirar por que eu era muito perigosa.

Corri para o quarto, eu precisava sair dali e o pior eu tinha que tirar o garotinho daqui, eu não podia deixar a minha lama respingar nele.

– Garoto se veste, a gente tem que sair daqui agora!- falei pra ele que permanecia deitado na cama - anda garoto!- meio berrei e meio sussurrei enquanto eu travava a maçaneta da porta com uma cadeira.

–Calma poxa- falou enquanto ele punha as calças, jogueiacamisa pra ele, enquanto ele se vestia eu me dirigi para a janela onde eu procurava um jeito de sair daquele quarto, estávamos muito alto mesmo, mas por graça do destino eu vi do lado da janela um cano de ferro meio velho, mas acho que ainda aguentava o nosso peso.

– Garoto desce por aqui - falei abrindo a janela -anda garoto- falava um pouco mais alto que um sussurro.

–Mas pra que essa pressa toda? – falou com metade do corpo pra fora da Janela. - Hey por que estamos saindo pela janela e não pela porta? – falou percebendo a merda que estávamos fazendo

– Depois eu te explico, mas agora anda logo... Olha aqui, eu vou te explicar o plano, a gente vai descer por esse cano e depois que a gente sair dessa confusão é cada um pro seu lado ok?

–Ok, mas eu só vou descer quando você me explicar por que diabos a gente tem que sair assim parecendo dois criminosos? – falou já agarrado ao cano, mas se negando em descer.

–Por que eu sou uma criminosa procurada em mais de quatro estados, por assalto a mão armada e mais um monte de coisa e se você for pego comigo vai estar em maus lençóis- falei enquanto ouvia os passos se aproximarem

–Abram essa porta - berrou um dos tiras do lado de fora - abram essa porta ou eu vou por ela a baixo.

– droga, droga, droga. - o garoto praguejava enquanto descia, faltavam só dois metros para o chão quando a droga do cano soltou, eu tentei segurar, mas já era tarde demais e o garotinho foi com tudo pra o chão, enquanto isso a merda dos tiras já estavam quase pondo a porta abaixo a base de chutes

–Merda- praguejei baixinho enquanto olhava ao redor em busca de algo que eu pudesse usar para sair de lá, pensei em fazer uma corda de lençóis, mas naquele quarto só tinha o necessário, dois míseros lençóis, ou seja: Nada.

Os tiras já estavam quase conseguindo por a porta a baixo, eu podia ver as dobradiças se soltando, foi então que eu tomei a decisão mais louca da minha vida, peguei o colchão e o joguei janela abaixo.

–Parada Isabella Müller, ou eu atiro - berrou um dos tiras quando eu já estava em pé na janela, no instante em que eu joguei o meu corpo pra trás, eu ouvi o barulho do tiro e naquele segundo eu me vi morta, mas parece que o destino me queria viva, pois eu pude sentir o cheiro da bala quando ela passou reto por mim indo parar na parede do prédio ao lado. Assim que eu toquei o colchão, não tive tempo de processar nenhuma informação, sai correndo rumo ao meu carro, mas no meio do caminho, eu percebi que o garoto estava parado olhando fixamente para cima, agarrei o seu braço e o enfiei no banco do carona, pisei fundo no acelerador, e peguei a auto estrada a mais de 100 km/h.

Olhando pelo retrovisor vi que os tiras já estavam se aproximando, abri o porta luvas, e de lá tirei a minha bereta 6.35 e minha nécessaire de onde tirei uma taurus 9 mm

–Toma- joguei a Taurus no colo do garoto

–Mas... Mas o que é isso?- gaguejou espantado

Serio que ele não sabia pra que eu estava dando uma arma pra ele?

Uma bala mandada pelos tiras atravessou o meu pára-brisa.

– filhos de uma... Garoto dirige enquanto eu me livro dos tiras!

– Vo... Você vai matá-los? – me perguntou com os olhos marejados e com o medo estampado na voz.

–É claro. Por quê?- menti descaradamente.

– Me desculpa gata, mas não vai ser dessa vez, eu não posso deixar você matar o meu pai. - Falou tristemente.

– O que?Você é filho de um tira?- eu estava realmente indignada, com tantos homens no mundo, lá estava eu com um filho de um maldito tira, eu sabia que devia ter ido embora antes de me envolver com ele, mas agora já era tarde demais.

– Sou- falou todo cheio de si, mas ainda assim estava com medo de mim. Ou pelo menos do que eu podia fazer contra o seu pai.

–Então filhote de tira ai vai o plano, você vai dirigir, e eu só vou tirar eles da estrada, só dirige reto e o resto eu faço

Edward

Quando eu vi o meu pai ali no alto daquela janela, eu senti o meu mundo se dissolver diante dos meus olhos, na primeira vez em mais de dois anos que eu vejo o meu pai, mas ao invés de eu ir lá abraçá-lo eu tenho que fugir por que me envolvi com uma foragida. Quando aquela garota louca me entregou a arma foi então que eu entendi o que estava acontecendo comigo, agora eu era um cara fora da lei e nesse jogo eu estava contra o meu próprio pai, contra tudo o que eu pensei ser certo.

–Então filhote de tira ai vai o plano, você vai dirigir, e eu só vou tirar eles da estrada, só dirige reto e o resto eu faço- falou soltando o cinto

–ok, só não mate o meu pai. – balbuciei enquanto tomava o seu lugar na direção. Antes de abrir o teto solar, ela puxou um maço de cigarros do sutiã, e uma garrafa de gim do porta-luvas, seus cabelos loiros voavam soltos contra o vento, seus olhos castanhos tinham um brilho especial naquela manhã

–É hora do show!- falou ela engatilhando a Taurus - pé na tábua garotinho - berrou enquanto eu ouvia vários estampidos seguidos, olhando pelo retrovisor, eu pude ver os carros da policia simplesmente perdendo o controle devido aos pneus furados, aquela garota sabia o que estava fazendo.

Depois de aproximadamente três horas na estrada nós já havíamos atravessado umas duas cidades, eu já estava morto de fome, mas mesmo assim eu não queria parar a adrenalina que corria solta nas minhas veias.

Agora que eu sou a porra de um fora da lei, quem sabe assim o meu pai olhe pra mim.

– Olha menininho nós vamos ter que parar, eu acho que seu pai e os amiguinhos dele já conseguiram chegar à cidade.

–Concordo, mas se ele já chegou as nossas descrições já vão estar em todos os lugares, então não vamos ter por onde e nem pra onde fugir.

– Menininho esperto você,mas eu sempre penso nisso - falou indo para banco de trás enquanto eu continuava a dirigir, ela puxou os cabelos de um jeito esquisito foi ai eu percebi que ela estava tirando uma peruca, os seus cabelos castanhos caíam em cascata pelos ombros enquanto ela os sacudia.

– Para um pouco ali no acostamento – obedeci e então a vi retirar as lentes castanhas, e revelar um par de olhos azuis esverdeados, que me fisgaram com mais força ainda, aquela mulher era muito intensa, e ali eu vi que ela era a minha perdição, ela tirou toda a camada de maquiagem que ela usou na noite passada, e eu pude vê-la de cara limpa, tirou a bota, a jaqueta, o corpete, e a calça de couro, pondo um short curto, uma regata branca e por fim um par de óculos escuros.

–Menininho tira as fitas da placa- falou saindo do carro e indo rumo à parte de trás do carro.

–Pronto - berrei quando terminei - e como eu vou passar despercebido? Com certeza eles me viram.

–Ok me deixe resolver isso garoto- falou bagunçando o meu cabelo que estava meio penteado meio bagunçado - huum assim tá bem melhor, agora arregaça essas mangas e deixa o paletó no banco de trás. - falou tirando a minha gravata

{...}

Agora era a menina-mulher quem dirigia

Chegamos ao fim da tarde em uma oficinazinha mecânica mequetrefe, eu não pararia ali por livre espontânea vontade nem em mil anos, mas a menina mulher chegou lá como se fosse uma velha conhecida. Ela deu um assovio alto em menos de 30 segundos a porta se abriu

–Mike - gritou enquanto se jogava nos braços de um homem de aproximadamente 45 anos - oh minha pequena Bella. - falou enquanto a rodava. -ah Mike esse é o... -falou enquanto estalava os dedos tentando lembrar o meu nome,só ai que eu percebi que nós não havíamos nos apresentado.

–Edward Masen- falei meio encabulado

–Prazer Edward - falou me puxando para um abraço apertado.

– Então Mike, eu estou metida num apuro, um daqueles que você já sabe quais são, quero saber se você pode me ajudar?

–Isso lá é pergunta que se faça? O Velho Mike aqui nunca vai deixar um bando de tiras por a mão em você e nem nesse seu novo amigo ai, qual identidade você sujou dessa vez Isabella?

– A da Müller. -Falou puxando uma identidade falsa que parecia mais verdadeira que a minha.

– Vamos ter que fazer outra identidade pra vocês poderem sair daqui em paz.

–Só precisa fazer a minha, pra ele não vai ser preciso-falou Bella secamente- o garoto vai voltar para casa amanhã cedo. falou olhando pra o tal de Mike- além do mais eu não quero e nem vou te envolver nas minhas confusões, são minhas merdas e só eu posso pagar além do mais eu não quero que você seja preso pelas mãos do seu próprio pai.- Falou olhando bem no fundo dos meus olhos- assim que amanhecer eu vou te levar pra casa. - me deu um selinho e entrou na casa

–Entra garotão, ela vai mudar de ideia, e você vai precisar mesmo de algumas identidades falsassim, vamos lá embaixo pra eu preparar uma leva para essa viagem de vocês dois.

{...}

Já eram quase meia noite e nada de Bella descer, algo não estava certo, não sei bem o que era, mas algo no meu intimo me fazia querer ir atrás dela.

– Mike eu vou ver se Bella está bem, o.k?

– vai lá rapaz, com certeza ela está no telhado, um pouquinho de paz não faz mal a ninguém.

Bella

Eu olhava para o céu estrelado e ele me trazia lembranças muito boas dos meus tempos de criança, mas também trazia à tona os maus momentos, momentos esses que me fizeram ficar assim, uma mulher, fria, dura e triste, mas acima de tudo forte, enquanto o ar frio da noite apaziguava os meus sentimentos, deixando que minhas lembranças mais doces me tomassem tornando aquele telhado o meu lar pelo menos nessas poucas horas, deixei os meus sentimentos aflorarem como nunca, eu olhava para o deserto a minha frente, logo após aquele mar de areia se encontrava a minha casa... O meu verdadeiro lar.

Meu pai e eu tínhamos acabado de voltar de uma pescaria, na qual eu tinha pegado o maior peixe da minha vida, estávamos tão orgulhosos, que eu mesma decidi ajudar a minha mãe a prepará-lo, enquanto o peixe assava, eu esperava na nossa varanda e brincava com oTobby o meuursinho de pelúcia, foi quando eu vi um grupo de homens mal encarados descerem de um carro preto, eles empunhavam armas dos mais variados tipos, assustada eu entrei em casa em busca da minha mãe e do meu pai, que já empunhavam suas armas também.

–Renné e Bella sumam daqui, vão embora e deixa que eu cuido deles. -berrava meu pai mais do que angustiado, eu via seus olhos rasos de lágrimas, eu queria muito me agarrar a ele e não sair dali nunca, ao ouvir isso minha mãe com o rosto já lavado em lágrimas me arrastou até o porão.

–Mamãe quem são aqueles homens lá em cima?- perguntei com medo da resposta. -Não importa Bella. O que importa... É que seu pai e eu a amamos mais que tudo nessa vida e é por isso que hoje eu peço pra você ser mais forte do que o mundo inteiro, e que fuja sem olhar para trás- falou me dando um beijo na testa- mas antes de eu sair de lá elasussurrou–vai em paz e que a santíssima trindade te guie e te guarde- fez o sinal da cruz antes de subir as escadas e me deixar de vez para trás.

–Bella?- era Edward que tinha acabado de chegar e me arrancando de vez dos meus devaneios.

–Oi- respondi secando as lagrimas que ainda caiam por meu rosto.

– O que aconteceu Bella? Por que você está chorando?

– Garotinho, eu só estava pensando no meu passado, nas minhas escolhas, nas minhas merdas, mas não se preocupe, vai ficar tudo bem- menti descaradamente - agora vamos jantar e dormir, porque amanhã cedo eu vou te levar para casa!

–Ok. Mocinha!- falou Edward dando-me um selinho, e enlaçando seu braço na minha cintura.

Edward

O jantar correu como um jantar devia correr, comemos, bebemos e conversamos, Mike olhava para Bella com um amor paterno incrível, era quase palpável a união deles, acho que nem se eles fossem pai e filha de sangue a união seria tão forte.

– Gente eu vou fazer um cafezinho, vão colocando um filme pra gente ver. –falou Mike indo para traz do balcão, o telefone tocou, Mike atendeu com um sorriso estampado no rosto, aquela era a visão de uma família feliz, e isso era o que eu queria para a minha vida.

–Como assim Jacob? -ao falar isso o sorriso de Mike e de Bella desapareceram de uma só vez. -tchau depois a gente se fala.

– O que aconteceu Mike?-falou Bella se erguendo num pulo.

– Nada Bella, não foi nada - falou Mike assumindo um jeito frio e quase mecânico, ele estampava o mesmo sorriso largo de antes, porém em seus olhos eu via uma inquietude que me gelou a espinha.

–Mike, não adianta mentir, eu sei que aconteceu alguma coisa, eu sei e não adianta mentir.

–Bella eu já disse que não foi nada. - Mike falou aumentando a voz em uma oitava. Os olhos de Bella ficaram rasos de lágrimas, mas com um brilho diferente, era algo que beirava o selvagem, então um sorriso sádico irradiou-se por todo o seu rosto.

–O Primo está na cidade- sussurrou mais pra si do que para qualquer um que estivesse naquela sala. -é hora da caçada.

–Isso mesmo Bella o Primo está na cidade, e eu te imploro pra que você não vá atrás dele.

–Por que Mike? Me diz por que você quer proteger tanto aquele desgraçado? Me diz... Você ainda nutre alguma amizade por ele?

–Isabella, eu não quero que você se suje com o sangue daquele crápula... Pelo amor de tudo o que há de mais sagrado, não faça essa merda, por favor...

Eu me mantinha parado como um telespectador de todo aquele circo de horrores que aquela discussão virou.

(Continua...)


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Notas finais do capítulo

Amores já tenho boa parte da fic feita, só falta atar alguns nozinhos aqui e outros ali e assim que eles forem atados eu posto mais. Deixem seus cometários, sugestões, criticas e etc, por que só assim eu vou saber se estou agradando e se posso melhorar em algo.Caso achem alguma falha podem me falar que eu corro para arrumar... agora gente bjkos e até o próximo!:3



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