Madness escrita por Karoline L


Capítulo 2
Bom dia Percy!


Notas iniciais do capítulo

Somente uma manhã normal de um adolescente atrapalhado.



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"Hide my face again

Harbor in the shadows

Feel this weight of sin

Hammering away

Die with the guilt

Of a thousand AWOL soldiers

Die watch the scythe usher me astray"

–AH! AONDE FOI O TERREMOTO?! - gritei acordando em um sobressalto.
Que pessoa em sã consciência acorda com Avenged Sevenfold? Não é saudável acordar com essas músicas pesadas não, gente!

Pego meu celular, que já está no refrão da música, para saber o que está acontecendo. Eu não coloco Avenged no despertador.

–Magrelo maldito! - resmunguei assim que vi o nome do alarme.

"Caras másculos acordam com rock! - Bad boy supremo" Que porra de bad boy supremo? Tive certeza de que havia sido o Leo assim que recebi uma ligação do mesmo. Dessa vez tocou You Can Leave Your Hat On, ele desconfigurou todo o meu celular? Ainda para música de streap tease?

"Magricela gostoso pra dedéu (eu vou matá-lo): Bom dia Pequena sereia! Acordou bem hoje?"

"Ficarei melhor melhor assim que te esmurrar. Me aguarde quando chegar no colégio."– respondi com desprezo.

"Percy, sempre de bom humor! É melhor correr, pequena sereia... Você tá atrasado! muahaha"– isso foi a tentativa de uma risada maléfica? Como assim atrasado?

Leo desligou na minha cara, mas deixando uma mensagem:

"Pequena sereia, sempre tive essa curiosidade em relação as ruivas, é tudo ruivo?"– Leo Valdez quer morrer. Hoje mesmo enviarei uma foto dele para uma macumbeira e uma galinha preta junto.

Eu nem sou ruivo! Meus cabelos são negros. Esse é o preço que tenho que pagar somente por ter sido uma criança feliz que gostava dos filmes da Disney?! Só porque eu já fiz natação na minha vida, eu tenho que ser zoado eternamente?

Enquanto estava no meu dilema, ouvi minha mãe gritando para eu levantar.

–Percy! Já são 7:00, você vai perder a hora, menino! - 7:00? O Leo ainda atrasou o meu alarme? Pelo menos não adiantou para 3 da manhã como na ultima vez.

Levantei da cama correndo, com pressa e me arrumando rapidamente. A primeira coisa que encontrei foi uma camisa xadrez vermelha e preta, vai ter de servir. Pus uma camiseta branca com alguma coisa estampada nela e a xadrez por cima. Eu já desisti do meu cabelo há alguns anos, eles estavam desgrenhados como sempre, jogados para o lado em uma franja, não era emo mas mesmo assim, as vezes caía no olho. Mas quem se importa quando está atrasado?

Peguei minha mochila e desci as escarradas correndo, chegando na cozinha.
Avisto minha mãe ponhando ovos com bacon e panquecas na mesa. Toda comida era azul, minha cor preferida. Eu só amava minha mãe mais e mais por isso!

Ela é a melhor pessoa do mundo. Tem cabelos castanhos com alguns fios grisalhos e olhos verdes, não verdes como os meus, que eram identicos aos olhos do meu pai: verde-mar, com um toque azulado.

Fazer comida azul era como se ela dissesse que está tudo bem e que tudo é possível, mesmo apesar das dificuldades que já passou. Sally Jackson terminou a faculdade há poucos anos, ela teve que largar por causa da gravides, mas nunca me culpou por isso. E depois retomou a faculdade, com o próprio dinheiro do emprego. Antes ela trabalhava em uma doceria, eu amava quando ela trazia doces para mim. Atualmente ela escreve uma saga de livros, seguindo o seu sonho de ser escritora este sonho que nunca foi apoiado pelo meu pai quando eram casados.

–Bom dia mãe! - a comprimentei com um beijo na bochecha.

–Está atrasado. - sempre muito amorosa - Er... Percy, você tem certeza de que vai assim pra escola hoje, filho?

– Ué, qual o problema?

–Nada, sou à favor da liberdade de expressão. Mas não acho que é comum sair de casa sem calças por aí. E adorei a camiseta!

Merda. Eu estava de samba-canção, olha o que a pressa faz comigo! Quando olhei para minha camiseta foi ainda pior, era uma estampa de um hipopótamo fofinho escrito: Eu sou da mamãe! Aquela camiseta era velha, como coube em mim?

Subi as escadas correndo de novo até chegar no meu quarto, completamente bagunçado. Depois de 10 segundos tentando chegar no meu armário, passando por coisas jogadas no chão, consegui encontrar uma calça jeans escura com pequenos rasgos no joelho. Com a minha pressa eu não estou podendo escolher. Tirei aquela camiseta broxante e coloquei outra branca, dessa vez lisa.

Desci novamente correndo, não sem deixar de cair na metade da escada e terminar o resto rolando, nesse momento percebi que é saudável amarrar os cadarços do meu All Star. Coloquei o máximo de bacon e panqueca na boca. Despedi da minha mãe com um aceno e peguei meu skate.

Saí em disparada pelas ruas de Manhattan. Isso aí, sou nova-iorquinho e hoje é o segundo dia de aula depois das férias de verão. E logo ontem teve toda aquela confusão. Pelo menos minha mãe não reparou no leve inchaço na sobrancelha sobre o meu olho esquerdo, o gelo ajudou bastante ontem.

Se New York já é movimentada, imagine um garoto skatista atrasado no segundo dia de aula. Devo dizer que assustei senhorinhas tentando atravessar a rua, levei buzinadas de mostoristas estressados que mandam sinais obcenos com as mãos e quase atropelei um porco.Isso mesmo, um porco! Cidade estranha. Quem anda com um mini pig por aí?

Me acalmei ao avistar a enorme e bela construção do prédio de arenito. Goode High School, um ótimo colégio cheio de riquinhos. Fiquei aliviado ao perceber que a aula havia começado a 10 minutos. De acordo com a lei, eu ainda poderia entrar. Se não deixassem, eu armaria um barraco! Tenho meus direitos.

Correndo- venho fazendo isso bastante hoje- atravesso os corredores e vou para minha aula de história com o professor Quíron, ele era um senhor de meia-idade e um paizão. Meu professor prediléto, mesmo assim não deixa de ser rígido aos horários.

Tento entrar sorrateiramente na sala enquanto ele escreve no quadro-negro. Quando percebi que ele iria se virar para a classe, James Bond se encanou em mim e agradeci mentalmente por todos os filmes de espiões que já assisti. Antes de Quíron se virar, me atirei para a frente da mesa de madeira do professor, de forma que os alunos me viam, mas Quíron não. Eu me sentia um criminoso e a galera não ajudava em nada dando risadas.

–Hey, quietos crianças. Sei que é o segundo dia de aula, mas abaixem esse fogo. - ordenou o professor.

Avistei os irmãos Stoll, Travis e Connor foram adotados pelos pais de Luke. Os garotos sempre foram muito travessos, mas eles me ajudariam nessa. Travis fez um sinal dizendo que estava tudo limpo, Quíron deveria estar escrevendo no quadro novamente. Todos na sala estavam quietos.

Confiei em Travis, levantei ficando diante da classe, querendo correr para alguma carteira vazia antes que fosse descoberto. Todos olhavam para mim quietos, tentando segurar o riso. Menos Leo, ele nem disfarçava, estava rindo baixo no fundo da sala. Nico parecia estar fazendo uma reza, como se orasse para eu escapar vivo e Luke me encarava com um sorriso zombeteiro, do tipo: Cara, você está ferrado. Antes de dar sequer um passo em direção ao meu lugar, ouvi uma carranca atrás de mim.

–Pelo visto, o senhor Jackson resolveu se juntar a nós. - virei-me somente para avistar Quíron de braços cruzados, com um sorriso vitorioso no rosto.
–Sr. Brunner! A quanto tempo! Como foram as férias uh? - eu sou cara-de-pau, eu sei.

–Muito boas, obrigado. Mas não se safou Percy. Chegou atrasado, terá que responder uma pergunta. - odiava quando ele fazia isso - Me diga o nome de um deus olimpiano, seu símbolo de poder, qual sua função, filiação e um semideus filho dele. Agora.

Essa foi pra foder. Sério, não são nem oito horas da manhã e o cara já chega com pergunta difícil? Eu não funciono direito de manhã!

–Sério Sr. Brunner? - engoli em seco, a sala aguardava em expectativa - um deus olimpiano? - então me lembrei de algo óbvio, como não pensei nisso antes? - Poseidon! Ele é deus do mar e seu símbolo de poder é um tridente, é filho do Titã Cronos com Réia. - estava indo em direção ao meu lugar me sentido foda quando Quíron me chamou.

–Sr. Jackson, acho que se esqueceu de uma coisa. Um semideus decendente de Poseidon, vamos, diga o nome de um herói.

Droga, esquece a parte do foda. Pensei seriamente em dizer Aquaman ou algo a ver com a pequena sereia.

–Er... Perseu?! - respondi relutante.

–Quase conseguiu em Percy. Te peguei nessa. Perseu era filho de Zeus.

–Claro que não, senhor! Sou Filho de Poseidon Olympus. - eu sei, foi tolo, mas eu estava desesperado. E o nome do meu progenitor realmente é Poseidon.

A sala explodiu em gargalhadas, até Quíron não se segurou, foi algo tão idiota que ele resolveu me perdoar e me mandar sentar. Mas não fui sem antes dar um pesco-tapa em Travis por ter me enganado. Estava pensando que eu era suas negas é?!


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Notas finais do capítulo

Capítulo descontraído né? OBS: A camiseta do hipopótamo. É, eu já tive. E também quase fui pra escola com a calça do pijama, se minha mãe não tivesse avisado.



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