Camila? A vampira que sempre vi agarrada em Bruce... Ela na verdade era uma guerreira.

–Katy. –Chamou Bruce vendo que Katy não prestava a atenção a sua frente.

Os dois corriam em direção ao portão principal para defender a frente, mas sua melhor guerreira estava perdida em pensamentos, pensamentos que a deixavam a mercê dos inimigos assim.

A vampira parou olhando o vampiro.

–Por que esta com esse olhar?

Katy desviou o olhar, não tinha coragem de contar ainda mais depois de saber de tudo de Camila, ela não era apenas uma guerreira, era a vampira que se casaria com Bruce em poucos dias.

–Você esta assim por causa de Camila, não é? –Disse ele colocando dois dedos em seu queixo fazendo a mesma fita-lo nos olhos. Bruce sorriu divertidamente enquanto olhava fundo aqueles olhos. –Não se preocupe, eu irei proteger você, apenas você.

Katy abriu a boca para falar algo, mas desistiu.

Os lábios de Bruce selaram os seus.

–Eu sempre protegerei você.

–Não deve fazer uma promessa assim, o destino muda. –Katy sorriu passando por ele. –Quem sabe um dia eu não o protejo.

Bruce sorriu.

[...]

Luiz olhava os vampiros que chegavam perto do castelo, seria difícil enfrentar todos eles. Grupos chegavam enquanto os soldados e guerreiros atacavam os Unides, Luiz cerrou os dentes.

Seria impossível de ganhar nesse ritmo, perderia a metade de seus vampiros além de perder a guerra. Seus olhos foram até Katy que se aproximava dos portões, a vampira olhava para seu rei que não estava gostando nada daqueles resultados. Luiz voltou a olhar para a guerra tentando esquece-la.

–Luiz. –Chamou Katy chegando às muralhas, o mesmo olhou para a vampira que pulara aquela altura para falar com ele? –Pelo visto a situação esta piorando.

–Sim, nosso plano se foi e não temos um plano B. –O vampiro olhou para os vampiros que eram massacrados, os que estavam dentro das muralhas escoltavam vampiros comuns para alojamentos seguros.

Bruce olhou de cima para seu povo, estavam em apuros, estavam com medo, estavam morrendo... Ele precisava fazer alguma coisa, precisava lutar.

–Onde vai? –Perguntou Katy vendo Bruce se preparara para pular a muralha. –Lutar, não deixarei meu povo lutar sozinho.

–Também vou.

–Não! –Rugiu Bruce. Katy arregalou os olhos. –Você fica, não quero que você se machuque.

–Isso não é hora para isso! Quero te ajudar!

–é perigoso...

–Não me importo! Se você se machucar quem vai me proteger? Lembra de sua promessa?

Bruce desviou o olhar suspirou.

–Eu sempre irei te proteger. –Bruce pulou a muralha deixando Katy para trás.

–Por que ele é tão teimoso! –Gritou a vampira.

–Seria mais fácil você ter ido atrás dele sem falar nada, ele sempre ganha na discussão. –Riu Luiz que olhou de relance para Katy que sorriu.

O vampiro levantou uma sobrancelha não entendo aquele sorriso.

–Esta afim de uma dança em um campo?

Luiz olhou para o campo de batalha sorrindo.

Os dois pularam juntos pousando na grama que era amarelada, os mesmos foram recebidos com vampiros vindos em sua direção. Katy sorriu fazendo uma espada surgiu em sua mão, os vampiros pararam vendo os dois vampiros sorrindo vitoriosos.

Katy e Luiz não deram tempo para seu adversário atacando todos de uma vez, a vampira passava por eles com uma velocidade não dando chances nem para os mais experientes. A vampira olhou os vampiros desabando no chão.

–Nada mal, matou mais que eu. –Disse Luiz estralando os dedos.

–Deveria usar seus poderes. –Disse Katy de costas para ele. Luiz desviou o olhar. Katy o olhou por cima do ombro estranhando.

Uma coisa era verdade, nunca o vira usar seus poderes... Mas por quê? Ele era um vampiro com poderes por que não usava? Katy se virou encarando o mesmo que fitava o chão com agonia.

–Você não sabe usa-lo?

–Não é isso. –Disse ele fechando os olhos. –Da ultima vez que os usei eu matei pessoas inocentes... Não eram simples vampiros, era minha aldeia, minha família.

Katy arregalou os olhos.

–Eles não me culparam... Falaram antes de morrer que aquilo não era minha culpa, eu deveria usar essa força sempre... –Luiz cerrou os punhos firmemente. –Mas eles estão enganados!

–Por que eles estão enganados?

–A culpa é minha por eles terem morrido! Eu os matei! Minha... Minha culpa. –Luiz olhou para a vampira que tentava se aproximar.

Seus olhos se encheram de lagrimas, nunca tinha contado isso a ninguém, nem sua irmã tocava no assunto, mas também nunca disse que o culpara pela morte de seus pais e de sua aldeia.

–Não foi sua culpa! –Katy se aproximou do vampiro. –Eles culparam você?

–Não.

–Então para de se culpar! –Luiz olhou para Katy. –Sua aldeia morreu eles eram sua família, mas agora você reconstruiu tudo que perdeu! Você tem uma nova família! Esse povo que esta contado com Você é sua família, deixara eles morreram também?

Luiz olhou para as muralhas...

–Usei seu pecado para trazer a luz, você não é um assassino, Bruce nunca aceitaria um assassino em sua equipe, apenas um cavaleiro branco querendo proteger sua família.

–Você gostaria de ser um guerreiro?

Luiz olhou para o vampiro a sua frente, seus cabelos negros balançavam com o vento daquela tarde, suas maçãs quase caiam de seus pequenos braços. O pequeno olhava aquele homem que mesmo o vendo roubar não estava interessado, estava fazendo outra pergunta.

–Você gostaria de ser um guerreiro? Proteger aqueles que precisam, cuidar do reino e lutar ao meu lado?

O pequeno olhou para suas maçãs, sua única comida era roubada... Por que ele aceitaria um ladrão como guerreiro.

–Majestade, por que esta perto desse garoto de rua, ele é apenas uma criança imunda! –Disse o guerreiro de armadura metálica perto deles.

Bruce se levantou aos poucos fazendo o pequeno baixar o olhar, ele tinha razão, ele era apenas um garoto de rua roubando. Luiz olhou o vampiro jogando o soldado longe.

–Nunca mais o chame assim, você o enxerga pela aparência, quando o enxergar pelo seu coração intenderá.

Todos a volta olharam para os dois vampiros que brigavam.

–Ele é um guerreiro, é um herói. –Bruce tocou em sua cabeça bagunçando seus cabelos. –Não é verdade?

Luiz sorriu animado. Ele assentiu com confiança.

Um herói...

Luiz cerrou os punhos com força.

–Eu não perderei outra família... Bruce cuidou de mim, acreditou em mim.

–Então esta na hora de você acreditar em você, domine.

Vampiros corriam em sua direção, Katy preparou sua espada para mais uma dança. Os vampiros pararam vendo a vampira sorrindo. Os mesmos arregalaram os olhos quando uma corrente de fogo acertou-os sendo arremessados longe. Katy arregalou os olhos olhando para Luiz.

Seu braço direito era composto pela mesma corrente de fogo que rodeava o mesmo, seus olhos eram negros como a noite. Katy sorriu quando o mesmo parou ao lado dela.

–Vamos dançar. –Brincou ele acertando mais um grupo de vampiro.

Bruce olhou em direção aos vampiros que fugiam daquela corrente que virou um tigre, o vampiro arregalou os olhos vendo aquele poder atacando sem queimar ambulantemente nada.

–Parece que o cavaleiro branco acordou. –Sussurrou Bruce. –Ou melhor, o cavaleiro de fogo.

Bruce corria em direção a sua equipe atacando todos que se atreviam passar a sua frente. Um vampiro em especial parou a sua frente, ele estava sem armadura, usava uma roupa de algodão negro com vermelho. O mesmo sorria enquanto seu olhar era fixo no chão.

–Você deve ser o cavaleiro negro, o rei vampiro. Bruce Waycheming. –Disse o vampiro levantando o olhar.

Bruce arregalou os olhos ao ver aquele rosto familiar.

–Não falara nada para seu velho amigo?

–Uni.

O vampiro sorriu.

–Por isso Unides... Uni você criou o clã Unides?

–Exato. –Sorriu o vampiro. –Como irei destruí o reino real e você, velho amigo.

Bruce semicerrou os olhos pegando sua espada.

–É o que vamos ver.

–Mas você não viu? –Ele olhou em sua volta, um verdadeiro campo de batalha, corpos jogados no chão, vampiros lutando, seus guerreiros atacando com força. –Vocês já estão vencidos, nem aqueles dois guerreiros que usam a magia cavaleira e fogo podem vencer tantos vampiros.

–Não os subestimem.

Uni riu da decisão de Bruce.

–Eles iram cair, e você vera a morte de todos, principalmente da garota. –Uni olhou em direção a Katy que enfrentava três vampiros. –Ela ira cair diante de você, é uma pena. Adoraria ela para mim.

Bruce cerrou os dentes avançando contra Uni que desviou de seu golpe, Bruce avançou com raiva, ninguém teria sua garota, ninguém a mataria. O vampiro se esquivava dos golpes da espada de Bruce com velocidade, Uni era um original, um vampiro cujo poder era a eletricidade, mas era muito veloz.

–Morrer, morrer... –gargalhava ele. –Todos vão cair, até sua garota. É uma pena... A menos que você use aquilo.

Bruce parou de ataca-lo enquanto Uni ria.

–Quero ver o que seu poder é capaz de fazer, lendas não são nada, quero eu mesmo ver. –Gargalhou ele. –Ou esta com medo que todos o julguem pelo que é? Seu lindo povo que luta o deseje morto...

Bruce cerrou os punhos em volta de suas duas laminas, queria acabar com aquele vampiro e logo. Uni foi acertado em cheio do estomago fazendo o mesmo rolar no chão.

–Não adianta fazer isso, golpes assim não ira me matar. –Riu ele. –Será que sua garota concorda.

Uni olhou em direção a Katy, Bruce arregalou os olhos vendo a vampira cair e ser pegue por um vampiro o dobro de seu tamanho. Uni gargalhou...

–É o fim para o reinado de você Waycheming.

Katy... Me desculpe.