Bruce caminhava pelos corredores enquanto Katy o seguia, ele estava com os braços para trás, Katy falava alguma coisa sobre querer outra luta com ele, Bruce sorriu, adorava a força de vontade dela. Uma garota guerreira, a primeira a dar o exemplo a todos.

Luiz os viu no corredor enquanto conversavam, ele se aproximou fazendo Bruce se virar. Katy parou de falar para ver o que ele olhava. Ele se aproximou de seu príncipe se curvando numa reverencia.

–A fujona estava dando trabalho, mestre? –Perguntou Luiz olhando para Katy que mostrou a língua para ele.

Ele balançou a cabeça rindo.

–Não. –respondeu Bruce analisando Luiz enquanto olhava Katy. –Foi bom ela me tirar do meu quarto, precisava.

Luiz arregalou os olhos ao ouvir aquilo, era impossível. Katy tinha entrado no quarto do vampiro mais perigoso de Atena, e ela tinha entrado em seu quarto sem sua permissão. Katy cruzou os braços.

–Me desculpe, mestre. Deveria ter ficado o tempo todo com ela. –Luiz se curvou pedindo desculpas. –Ficarei mais atento.

Bruce riu. Luiz levantou o olhar.

As mãos de Bruce foram à cabeça de Katy e bagunçaram seus cabelos, ela ficou brava e tentava o fazer parar, Bruce caiu na gargalhada. Ela começou a resmungar cutucando ele no peito.

–Não precise se desculpar, como eu disse é bom ter alguém que o desafia e o enfrenta.

–Quero a minha revanche! –resmungou ela cruzando os braços.

Ele sorriu e assentiu.

Luiz piscou não entendendo nada ali, nunca virá seu mestre fazer isso com nenhuma fêmea, nenhuma. Nem mesmo para seus soldados mais fieis. Mas aquela que fazia três dias que chegara já o enfrentava e adentrava seu quarto sem permissão sem sofrer nenhuma consequência. Luiz voltou-se a olhar para Katy que ainda resmungava para Bruce. Ele baixou o olhar.

–Se vossa alteza me der licença, me retirarei.

Bruce assentiu e voltou a bagunçar o cabelo de Katy que agarrou seu braço. Ele riu ainda mais quando a girou e a prendeu em seus braços.

Soldados passaram de armaduras vermelhas passaram por Luiz que levantou uma sobrancelha, eram os guardas reis do rei vampiro. Ele olhou em direção a Bruce que já levantava o olhar. Eles pararam na frente dele se curvando e falaram alguma coisa fazendo Bruce segui-los rapidamente.

Katy não entendera nada, apenas ficou ali os vendo sumir no corredor. Luiz se aproximou dela enquanto ela pensava no que tinha escutado.

–O que aconteceu?

–Eles falaram alguma coisa sobre o rei querer falar algo muito importante, sobre ele. –Luiz piscou não entendo também.

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Bruce adentrou a sala grandiosa dourada com branco. Os guardas se curvaram diante dele como se ele fosse o rei. Logo eles se retiraram ficando apenas uma vampira, Camilla a vampira que naquele dia estava beijando Bruce. Ela estava agora toda de preto.

Bruce parou a frente de seu pai, ele estava acariciando a barba branca comprida, seus olhos azuis analisaram o filho enquanto ele suspirava, ele parecia muito bem. O rei se levantou e ficou frente a frente de seu filho.

–Recebi noticias que os Unides estão se aproximando. –Disse o velho baixando o olhar. –Sabes o que significa.

–Que vou ter que esmagar vampiros idiotas? É sei disso. –Bruce falava casualmente como se isso fosse fácil de mais. Mas para ele era.

O homem a sua frente balançou a cabeça, Bruce era conhecido por ser teimoso. Mas não era aquilo que ele queria. Queria que Bruce não mostrasse seu outro lado para a população.

–Eles estavam vindo com um exercito... Muito poderoso. –Falou o velho olhando para seu filho. –Eles têm um inimigo em comum de você e quer vingança.

Bruce cruzou os braços se lembrando de quais de seus inimigos. Ele não dava a mínima para isso, sempre os esmagava como baratas.

–E o que queres que eu faça, meu pai.

–Eles sabem o que você é e mostraram; você tem poder para destruir toda Atena, cuidado. –O velho olhou para o trono. –Talvez esteja na hora...

–Não.

O homem olhou para Bruce com a sobrancelha arqueada.

–Ainda não é hora. –Ele se virou se retirando da sala.

O homem suspirou.

A vampira se aproximou do homem que nem tinha dito todos os assuntos que queria.

–Quem é que pode muda-lo? –Disse ele rindo sem humor. –A vampira que fizer isso precisa de um premio.

–Eu cuidarei bem dele, sabes disso. –A vampira disse olhando para porta que Bruce tinha saído. –Eu serei sua fêmea que amara seu macho.

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Katy limpava sua espada enquanto via seu reflexo em sua lamina. Ela estava sentada nos degraus das portas que levavam para o jardim, era um verdadeiro jardim. Flores brotando, rosas de varias cores, orquídeas... Entre outras plantas lindas.

Ela olhou para o sol que estava glorioso naquele dia. Katy voltou-se para sua espada levantando para vê-la na luz do sol. Ela sorriu.

Sua espada refletiu um reflexo de alguém que passava apressadamente pela sala. Katy olhou para trás vendo Bruce olhando para o chão. Ele estava pensativo e nem estava prestando atenção em sua volta. Ela piscou não sabendo o que fazer, mas foi até ele chamando sua atenção.

Bruce levantou o olhar se virando. Ele viu a garota com a espada na mão o analisando, mas não para um combate, e sim preocupada. Ele sorriu para ela.

–Aconteceu alguma coisa? –Ele a olhou, Katy arregalou os olhos. –Não que seja da minha conta, já que você é o príncipe. –Falou atropelando as palavras com vergonha.

–Muitas coisas. –Respondeu ele. Katy ficou aliviada que não levara uma advertência, mas se Luiz estivesse aqui, levaria. –Mas é bom ter você aqui.

Ela levantou o olhar franzindo o cenho.

–Hã?

Ele sorriu para ela enquanto acabava com o espaço entre eles.

–Ninguém nunca pergunta se estou bem, no que estou fazendo, ou outra coisa casual.

–Talvez seja por que você é o príncipe, e isso seria como se estivesse se metendo em sua vida. –Respondeu Katy mexendo numa mexa de seus cabelos.

Ele sorriu sem humor enquanto pegava a mexa dos cabelos dela em seus dedos. Ela arregalou os olhos ficando corada.

–Mas você perguntou e não foi para se meter em minha vida. –Ele a olhou sorrindo em vê-la corada. –Você estava preocupada.

Ela piscou não prestando atenção em suas palavras, só encarando os olhos azuis esmeralda de Bruce. Aqueles olhos que entravam em sua alma. Katy olhou para seus dedos que acariciavam seus cabelos.

–Obrigado. –Disse ele.

Katy arregalou os olhos. Ele se aproximou de seus lábios e a beijou sem se importar se alguém passasse ali. Sua espada caiu no chão fazendo barulho forte ao dar o impacto. Seus dedos foram para seus cabelos e os dele par sua cintura prendendo-a mais com seu corpo enquanto o beijo doce com uma mistura selvagem continuava.