Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 56
Ele - Um Inimigo Para Compartilhar Segredos


Notas iniciais do capítulo

Eai!!!! Não tem muito o que dizer então...boa leitura!!!



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Após vários momentos não muito agradáveis, eles finalmente alcançaram aquele lugar. Era um pouco diferente do esperado. Uma cidade não tão próspera mas não havia sequer uma pessoa com um olhar descontente. Todos pareciam aceitar as condições em que viviam sem reclamar:

–Ei...Supostamente, o Blut seria um governador tirano, correto? -Perguntou Kurokawa.

–Com certeza ele é...eu suponho que a felicidade dessas pessoas venha de ilusões ou até de mesmo de manipulações... -Respondeu Marwolaeth.

–Você está sugerindo que o Blut está usando magia para controlar a mente das pessoas daqui?

–Claro, ninguém em sã consciência iria querer morar no domínio dele! -Gritou Marwolaeth.

Suas palavras ditas altas e em bom tom acabaram atraindo maus olhares de todos os moradores por perto. De um segundo para um pedaço de fruta foi atirada em Kurokawa:

–Vão embora... -Disse uma criança.

Ele surpreendeu-se mas os insultos não pararam:

–Porque vocês têm de vir aqui? -Perguntou outro de longe.

–Isso mesmo! Vão embora! -Gritava um.

–Parem de incomodarem o Sr.Blut!

–Isso é incomum...esse feitiço deve bem forte... -Comentou Sasesu.

Marwolaeth indignou-se:

–Vocês não entendem? -Gritou ela. -O Blut está manipulando vocês! Ele é uma pessoa muito cruel! Se nós derrotarmos ele, nós iremos libertar vocês!

As vaias apenas se fortificaram:

–Ninguém pediu a vossa ajuda!

–Vocês que são os vilões aqui!

Ela não pode conter sua raiva:

–Como vocês não entendem isso... -Bufou Marwolaeth.

A multidão foi calando-se ao pouco inexplicavelmente, até que uma figura saiu do meio desta como qualquer outra:

–Se não são os meus convidados! -Sorriu Blut. -Perdoem os meus cidadãos, às vezes eles se equivocam!

Era uma pessoa diferente do que Kurokawa havia imaginado, não possuía músculos gigantes, uma cara de mal ou até mesmo uma presença intimidante. Era apenas um jovem ruivo portando roupas dignas de um modesto rei. Ele caminhou até o encontro de Kurokawa normalmente e prosseguiu:

–Então, poderiam me seguir até a nossa arena...

Blut se demonstrava muito amigável e de certa forma até mesmo tímido, no caminho, ele conversa tão normalmente que todos aparentavam ser amigos de longa

–Sinceramente, eu não me lembro de termos marcado um duelo mas eu não queria te desapontar, por isso decide lutar mesmo! -Sorriu ele. -Eu não entendo a diversão dos duelos, eles são brutais e apenas trazem dor, e cá em entre nós, quem gosta de sentir dor?

Kurokawa aproximou-se de Marwolaeth e sussurrou:

–Sério? É desse cara que eu deveria ter medo?

–Ele é uma pessoa muito estranha, ele deve estar provavelmente fingindo para te deixar de guarda baixa. -Respondeu Marwolaeth.

–Mas prosseguindo! -Disse Blut. -As pessoas me consideram forte mas eu não me acho realmente forte...várias pessoas me desafiam e no final eu acabo ganhando...é um tanto estranho...

Ele subitamente mudou de assunto:

–Vocês repararam no lindo reino que eu estou construindo? -Perguntou ele. -Sim, ainda é pequeno mas no futuro será do tamanho de Euler ou até mesmo de Kepler!

O resto do trajeto foi repleto de monólogos de Blut sobre a cidade, seus habitantes e até mesmo sobre ele mesmo:

–Finalmente chegamos à minha arena! -Sorriu ele.

–Sério...esse cara...é saco...-Reclamou Kurokawa.

–Ele me lembra bastante você, Ike. -Brincou Sasesu.

–Que maldade, Sasesu! -Respondeu Ike. -Ele é uma boa pessoa.

–A partir desse ponto, somente eu e você podemos passar! -Afirmou Blut. -Me ensinaram a não me expor muito a seus inimigos, sabe...

–Se você está com medo de suas técnicas serem reveladas, então eu posso junto de vocês, certo? -Perguntou Marwolaeth. -Afinal de contas, eu já até mesmo lutei contra você!

–Um bom argumento... -Respondeu Blut. -Sendo assim, venha connosco Marwolaeth!

Blut abriu a gigantesca porta de metal da arena lentamente e os três adentraram aquele novo ambiente:

–Eu me sinto excluído... -Reclamou Sasesu.

–Acho que no final nem ajudamos muito... -Reclamou Ike.

–Não tem problema, só pelo fato do Kurokawa ter deixado-nos vir, isso significa que ele está mudando! -Sorriu Lizzy.

Do outro lado do portão, Blut se distanciava de Kurokawa e preparava-se para a luta:

–Sabe, minhas memórias sempre estão muito embaralhadas...isso é um pouco aterrador para mim. -Sussurrou Blut. -Eu até mesmo nem sei porque não escondo minhas técnicas, eu sinto que alguém me mandou fazer isso...mas quem poderá ter sido?

–Sério...esse cara... -Reclamava Kurokawa.

–Não fique viajando! -Advertiu Marwolaeth. -Apesar de parecer fraco ele dará bastante trabalho para nós!

Marwolaeth que se encontrava em posição de batalha sentiu uma mão tocar levemente suas costas:

–É...só eu vou lutar... -Disse ele com uma mão apoiada nas costas de Marwolaeth. -Meio que...eu fui convidado...não você...

–An?? -Gritou ela empurrando-o para trás. -Não me venha com essa! Você está tentando morrer?

–Eu sei que é arrogante da minha parte ter dito isso mas eu prometo! -Falava ele com convicção. -Eu não vou perder!

Ela continuava desejando o mesmo:

–Cale a boca! Como se eu fosse deixar você ir e morrer só por causa do seu orgulho! É claro que isso não vai acontecer! -Pensava ela.

Quando ela tentava transformar seus pensamentos em palavras, seu olhos vislumbravam a convicção de Kurokawa e sua boca falhava. Mesmo sabendo que o pior podia acontecer, ela não conseguia relutar contra aquela chama que queimava em seus olhos:

–Apenas...vença... -Disse ela fingindo não se importar.

–Obrigado! -Sorriu Kurokawa. -Eu sabia que você aceitaria!

–Não me olhe com esse sorriso... -Pensava ela. -Não me faça pensar que eu fiz a opção correta...

Blut avançou na direção de Kurokawa:

–Então você vai vir sozinho? -Perguntou ele. -Tanto faz, vamos acabar com isso logo e tomar alguma coisa juntos!

Kurokawa também:

–Alguma coisa tem me perturbado, desde que eu cheguei aqui. -Disse ele.

Kurokawa e Blut chocaram-se e os dois foram mandados para trás devido ao impacto:

–Porque você está sendo tão gentil assim?

Kurokawa recuperou seu equilíbrio muito mais rapido que Blut e usou esse intervalo de tempo para aproximar-se dele:

–É meio difícil conversarmos com você me atacando nessa velocidade... -Respondeu Blut.

Blut previu para onde Kurokawa iria e preparou-se para atacar ali:

–Porque você não está lutando sério? -Perguntou Kurokawa aparecendo nas costas de seu oponente.

–Rápido demais!!! -Pensou Blut.

Blut tentou esquivar-se do ataque de Kurokawa mas falhou e foi arremessado para longe com um soco:

–Ou essa é realmente toda a sua força?

O ruivo levantou-se e mostrou-se bastante ferido:

–Eu apenas penso que você que é forte demais... -Respondeu Blut.

Kurokawa não cessou seu ataque e imediatamente avançou em seu oponente com um chute. Blut foi atingido totalmente desprevinido e arremessado com muita força contra a parede da arena, ele chocou-se contra a parede e expeliu sangue por sua boca:

–Você nunca teria derrotado a Marwolaeth apenas com essa força... -Gritou Kurokawa. -Lute sério!!!

Blut levantou-se cambaleando:

–Eu já disse...eu estou lutando...

Kurokawa enfureceu-se:

–Então você acha que eu não sou forte o suficiente para isso...Então eu não tenho outra escolha senão te forçar a lutar sério!

Ele concentrou uma boa quantidade de energia em seu punho e avançou para cima de seu oponente com sua velocidade máxima. Num segundo ele desferiu um poderosíssimo soco que abriu uma cratera no chão. No meio desta cratera encontrava Blut, esmagado como uma formiga e deixando sangue escorrer por todos os seus orifícios:

–Ei, você só pode estar de brincadeira comigo...foi realmente só isso? -Gritou Kurokawa indignado.

Ele conteve seu ódio, deu as costas para seu inimigo e falou para a Marwolaeth:

–Vamos embora...Parece que no final o famoso rei era apenas outro plebeu...

Marwolaeth estava sem palavras, afinal de contas ela tinha certeza de que Blut não era fraco:

–Droga...eu me lembrei de uma coisa muito importante!! -Pensou ela.

Ela abriu sua boca com toda sua pressa mas já era tarde demais. Quando suas palavras começaram a ser emitidas, ele já estava de pé. Kurokawa ouviu os barulhos vindos da cratera e voltou para trás. Na sua frente, de pé, coberto de sangue sorria uma figura:

–Bu!

Ele rapidamente afastou mas ao olhar em sua volta ele não pode ver nada:

–Me procurando? -Sussurrou aquela figura em suas costas.

Ela virou-se imediatamente para trás e novamente nada estava lá:

–Suas reações são tão engraçadas!!!! -Gargalhava a figura já no outro lado da arena.

–Quem é você? -Perguntou Kurokawa.

A figura era fisicamente idêntica a Blut mas seus olhos, gestos, sorriso e aura eram macabras e aterrorizantes:

–Eu? -Sorriu ele. -É claro que eu sou o Blut!

Kurokawa manteve-se calado:

–Vamos Kurokawa, você deveria entender isso muito bem! -Disse a figura. -Afinal de contas você também divide seu corpo com outra pessoa!

–Você...do que está falando?

–Pare de se fingir de bobo Kurokawa! Só que no meu caso...eu acho que sou o que vocês chamariam de mau... -Afirmou Blut.

Marwolaeth intrometeu-se:

–Eu sabia! Existia algo estranho naquele Blut! Então me diga Blut, por que você matou o Narzo?

–Conversamos depois Marwolaeth! Agora eu estou mais interessado nele...

Blut avançou rapidamente na direção de Kurokawa e arremessou-o longe com um soco. Sem dar descanso, antes de Kurokawa ter tempo para levantar-se, ele pisou as costas de Kurokawa com uma monstruosa força e criou uma cratera abaixo de seus pés. Ele pegou o corpo ferido de Kurokawa e levantou-o por seu pescoço:

–Vamos brincar...Kurokawa...

Kurokawa manteve indefeso contra Blut...


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Notas finais do capítulo

Luta bem chata, né? Espera que melhora...



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