Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 20
Retornando


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma grande pausa, aqui estamos nós, fiquei duas semanas sem internet e varios dias com preguiça.



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Eu ajustei minha respiração, expurguei todos os pensamentos desnecessários de minha mente e foquei-me inteiramente no que estava acontecendo em minha frente. Ao se preparar para o combate, aquela leve sensação de nostalgia percorreu o meu corpo, a quinze dias atrás nos tínhamos realizado o mesmo procedimento.

Mas hoje o resultado seria diferente:
–Hoje eu irei triunfar!

–Preparados? - Perguntou o tio- Então vão!

Nós dois disparamos a correr na mesma direção como projeteis e numa questão de segundos, o primeiro contato foi feito. Mesmo sendo o início da luta, Lizzy já tinha cometido o seu primeiro erro, anteriormente nossas forças eram quase as mesmas.

Ela conseguia bloquear ataques meus sem se esforçar muito mas o mesmo não se repetia agora, havia uma diferença notável de força entre nós e o resultado foi o esperado. No nosso chocar de punhos Lizzy sofreu danos consideráveis enquanto eu sai ileso.

Mas apesar de tudo eu perdi uma grande oportunidade, Lizzy é astuta e eu tenho certeza que ela se certificaria de não cometer o mesmo erro novamente. Ela recuou alguns passos mas eu não me poderia dar o luxo de perder essa distância e ser massacrado novamente.

Eu segui seus passos continuamente e me certifiquei de não deixar a distância entre nós aumentar novamente, enquanto fazia isso, eu também desferia alguns golpes que eram esquivados por pouco por Lizzy.

Com o sentimento de que o próximo acertaria ficando cada vez mais forte eu decidi apostar, concentrei um pouco mais de força e velocidade do que o normal mais o balanço de meu corpo num soco arriscado. Lá ao longe uma conversa se iniciou:

–Mas pai, parece que a Lizzy realmente está sendo pressionada! –Exclamou Sasu aflito.

–Não se preocupe, essa é uma técnica minha, dando a impressão de que você está desviando por muito pouco você faz o seu inimigo criar mais aberturas. –Respondeu o tio –Espera, você me chamou de pai seu moleque?

Sasu sorriu e deu um passo atrás:

–Seu pivete não me diga que… -Gritou o tio.

E a situação estava acontecendo exatamente como o tio havido dito, no momento em que eu desferi um soco um pouco mais forte, eu cometi o meu primeiro erro.

Lizzy mudou sua velocidade de rápida para cinco vezes mais rápida, num segundo ela pegou duas adagas e aproveitando de minha abertura cravou-as várias vezes em meu estomago. Eu concentrei toda a minha energia para ativar a pele de ferro em meu estomago por isso os danos foram mínimos mas a situação tinha começado a ficar problemática.

A quantia de energia que eu havia gastado para evitar esse dano foi insana, eu estava praticamente sem energia e Lizzy acabava de mostrar que ainda tinha cartas na manga.

Eu cessei o uso de energia totalmente em meu corpo e me preparei para combater usando apenas habilidades físicas, eu me aproximei de Lizzy e usei uma sequência de chutes e socos que foram infelizmente desviados:

–Droga, ela está insanamente veloz. –Comentei eu.

Eu peguei um impulso no chão e avancei em sua direção com força máxima, lancei um soco com minha mão esquerda que ela se esquivou, desferi uma rasteira na zona de seus tornozelos que ela se esquivou saltando.

Eu já estava ficando um pouco frustrado e resolvi fazer apenas uma última investida antes de ter de usar medidas drásticas, nesse momento Lizzy pensava em algo:

–Porque ele não estava usando a Eclipse?

Eu corri com meu corpo inclinado para frente de forma que minha cabeça beirasse o solo, passei minha mão no chão e quando estava se aproximando de Lizzy, me inclinei para trás e deslizei por baixo dela.

Ela num impulso acabou por saltar, nesse mesmo momento eu lancei as pedras que eu havia pegado antes com todas as minhas forças. Em circunstancias normais seria impossível desviar, já que seus movimentos são limitados no ar, mas ela com certeza não é normal.

Mesmo se defendesse era provável que quebrasse alguns ossos, então ela nesse ínfimo momento teve uma ideia, ela habilmente se apoiou na pedra lançada e usou-a como base para dar mais um salto. No momento em que ela ia tocar o solo, sem ficar surpreendido eu desferi um chute exatamente em sua cintura.

Isso tornava-o um ataque impossível de esquivar já que mesmo que se abaixasse ou levantasse o golpe seria acertado na mesma, mas novamente ela me surpreendeu, no mesmo momento em que minha perna ia tocar seu corpo ela colocou a pedra de antes no local do impacto.

Resultado: o dano foi diminuído consideravelmente e ela teve apenas alguns arranhões:

–Lizzy, você realmente ficou forte! –Disse eu num tom de desanimo.

Ela sorriu e respondeu:

–Eu agradeço o seu elogio!

–Mas eu também.

Eu abri meu inventario e saquei a peculiar e conhecida Eclipse:

–Hikari, modo reluzente!

–Sim, sim.

Uma luz branca foi emanada pela espada e foi correndo por todo o meu corpo formando linhas e escritas reluzentes que brilhavam fortemente. Eu levantei minha espada e ao balança-la disse:
–Corte do amanhecer!

Um raio branco e incrivelmente veloz foi lançado junto de meu movimento, uma linha cortou tudo num raio de quinhentos metros e as marcas de uma fina e mortal destruição ficaram estampadas nas rochas.

O raio havia passado a alguns poucos centímetros de Lizzy como se fosse uma espécie de aviso que dilacerava cabelos, ela ficou imóvel com um olhar assombrado em seus olhos me encarando.

Eu apenas guardei novamente minha espada e deixei as luzes de meu corpo sumirem, o tio ao longe disse que a vitória era minha e todos logo se juntaram a minha volta enquanto enchiam-me de perguntas:

–Que droga foi aquela, Kurokawa?

–Foi um raio de energia concentrada na forma de luz amplificado pela Eclipse, mas especificamente pela Hikari.

Todos fingiram que entenderam e voltaram sua atenção para o estado de Lizzy, ela apenas respondeu que estava bem, eu me contentei com aquelas palavras e perguntei para o tio:

–Então agora o Sasu e o Takeda lutam, certo?

–Não, deixe para a próxima, estou cansado. –Respondeu ele bocejando.

–Você só queria testar a minha força, né?

Ele sorriu e foi voltando para a sua casa, Sasu fez um intromissão:

–Mas a Lizzy pode voltar conosco?

–Vocês já ficaram fortes o bastante, acho que vocês já conseguem permanecer ao seu lado. –Respondeu ele entrando em sua casa e fechando a porta.

Sasu tentou segurar sua alegria e nós voltamos andando para casa.

Tudo a seguir disso procedeu normalmente, na manhã seguinte Takeda bateu cedo em minha porta para me convidar para explorar alguns locais. Numa ocasião normal eu teria simplesmente ignorado, mas depois do que passamos juntos, acho que ficamos mais amigos.

Eu fiz o que tinha que fazer e sai de casa, na pressa acabei por esquecer a Eclipse em cima da mesa da sala:

–Então, onde vamos?

–Vamos num lugar muito interessante. –Disse ele sorrindo.

Eu fiquei desconfiado mas continuei seguindo-o.

Lizzy tinha acabado de acordar nesse momento e depois de perceber que eu não estava em casa foi para a sala, onde encontrou a Eclipse em cima da mesa:

–Isso me lembra que ele quase não usou ela ontem, o que será que aconteceu? –Perguntou ela.

–Quem sabe o motivo.

–É, quem sabe. –Disse ela –Espera, a espada falou?!

–É claro que eu falo!

Depois de alguns minutos de conversa, Lizzy finalmente pode se acostumar com a espada falante:

–Mas então você sabe porque ele estava evitando te usar ontem?

–Eu não tenho nenhum motivo exato, mas mudando de assunto, você sabe qual é a diferença de equipamentos vivos e equipamentos normais?

–Não

–Equipamentos vivos possuem uma energia própria.

–Ele disse alguma coisa do gênero mesmo.

–Mas eles criam essa energia se alimentando da vontade, desejos e emoções de seu usuário. Mas esse é um processo muito lento que leva anos e até mesmo décadas, mas algo mudou em mim e nele depois do incidento do parque aquático. Eu sinto que estou absorvendo mais coisas e mais rapidamente.

–E isso é muito mal?

–Sinceramente eu não sei, eu não tenho ideia do que isso pode provocar, parece que o Kurokawa percebeu isso e decidiu não ficar arriscando muito.

–Mas independentemente do que aconteça eu estarei aqui para ajuda-lo, apesar de tudo ele já me ajudou várias vezes. Agora vamos devolver você para ele.

Não muito longe dali, eu e Takeda tínhamos atingido nossa objetivo. Um bar de aparência estranha e duvidosa com membros de todo o gênero e sexo:

–Takeda, o que nós viemos fazer aqui?

–Claro, que paquerar algumas garotas e se divertir.

Eu me sentia meio fora de ambiente habitual mas resolvi prosseguir nas aventuras com Takeda:

–Então para começar, está vendo aquela mesa com várias garotas bonitas ali do lado Kurokawa?

–Sim.

–Chega na mesa e fale: Querem dançar, gatinhas?

Eu fiquei meio desconfiado mas seguiu o conselho de meu amigo, eu me levantei da mesa e fui seguindo para a mesa ao lado:

–Ah, isso vai ser hilário, eu preciso gravar, desculpa Kurokawa mas você é muito ingênuo! –Pensava Takeda usando todas as suas forças para não rir.

Eu me encostei na mesa, passei a mão em meu cabelo, fiz um rosto sedutor e disse:
–Querem dançar, gatinhas?

No mesmo segundo Takeda não pode conter o riso e disparou a rir descontroladamente:

–Não acredito que ele fez mesmo isso!!! –Pensou ele evitando que Kurokawa escutasse sua risada.

As garotas olharam-me com um olhar estranho e responderam:

–Claro, porque não?

No mesmo segundo a risada de Takeda parou e lagrimas começaram a escorrer em seu rosto:

–Seu desgraçado sortudo!! Isso é maldade comigo! Eu te desprezo!!!!

Eu segurei a mão da senhora e nesse momento uma dúvida surgiu em minha cabeça:
–E agora o que eu faço? Tenho que perguntar para o Takeda.

Eu chamei a atenção de Takeda e perguntei:

–O que eu faço agora?

–Morre, seu desgraçado! –Respondeu Takeda se afogando em lagrimas.

Eu não entendi e fiz apenas o que tinha que fazer, dançar, que por infortúnio de Takeda, era uma coisa que eu sabia fazer muito bem.

Eu dancei com algumas outras pessoas e Takeda chorou por algum tempo, nós logo em seguida saiamos daquele lugar e fomos voltando para casa:

–Isso foi bem divertido, devemos fazer mais vezes!

–Não, isso não foi divertido, seu desgraçado popular!

Logo em seguida nós dois nos encaram e demos muita risada, em nosso caminho acabamos por encontrar Lizzy que trazia a Eclipse enquanto me procurava:

–Até que enfim te achei! Preciso te devolver sua espada!

–Não se preocupe Lizzy, eu não preciso. –Recusei eu.

–Não se preocupe, Kuro-san. Eu já sei de tudo e independente do que aconteça, eu te ajudarei!

Eu forcei um sorriso e peguei minha espada:
–Eu agradeço então!

Lizzy rapidamente tomou o caminho de volta para casa e eu e Takeda ficamos sentados conversando:

–Então, para onde vamos agora?

–Porque não vamos para algum calabouço? –Respondeu Takeda. –Eu conheço alguns bens interessantes.

No momento em que eu iria responder, uma figura interrompeu:

–Receio dizer que isso será impossível, porque nós vamos tomar sua cabeça Kurokawa! –Disse o sujeito –Depois de humilhado dezenas de membros de nossas Guilds de assassinos, a única coisa que te espera é a morte!

Eu e Takeda nos levantamos e nos preparamos para lutar:
–Porquê será que não podemos apenas relaxar durante um dia inteiro sem ser atacado por outras pessoas? –Reclamou Takeda.

–Eu também queria saber!


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Notas finais do capítulo

Kurokawa o pegador kkkk
Comentem e façam uma pessoa feliz!!!!



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