No dia anterior, enquanto Lizzy estava prestes a batalhar contra Narzo, Kurokawa tinha terminado de “estudar” e foi para as redondezas do evento para poder comprar informações.

Ele não fazia a mínima ideia de como achar um vendedor de informações, por isso só restou-lhe a opção de (N/A: Perguntar no Yahoo!) perguntar a conhecidos.

Mas foi nesse momento em que ele se deu conta que só conhecia duas pessoas, Sasu e Lizzy, ele não tinha o e-mail nem o número de Sasu, e também não queria perguntar para a Sasu. Com sua única opção excluída ele teve de pensar em um novo plano.

Depois de pensar ele teve uma ideia ligeiramente inteligente, ele apenas se sentou num banco, fechou seus olhos e começou a escutar atentamente as vozes das pessoas que passavam por ali:

–Vendedores de informações devem ser comuns, e como nesse lugar só há jogadores de IP, eu tenho certeza que pelo menos um dele irá comentar sobre isso. Pensava ele sentado de olhos fechado num banco em plena tarde.

Apesar da ideia de Kurokawa ser simples, executa-la não era fácil, considerando a quantidade de pessoas que transitavam naquele lugar, diferenciar um assunto especifico de demais era muito difícil. Uma grande concentração e instintos afiados eram necessários.

Depois de vinte minutos parado naquele sol escaldando ele tinha ouvido algumas palavras relacionadas a vendedores de informações mas nada especifico. Ele já estava quase desistindo quando dois jovens passam conversando:

–Parece que uns vendedores de informações bem interessantes apareceram nessa área. Disse um.

–Porque não passamos lá? Perguntou o outro.

–Pode ser então.

Kurokawa se levantou silenciosamente e seguiu-os, os jovens sequer perceberam a presença de Kurokawa e continuaram andando, depois de alguns minutos ele tocaram a campainha da porta e entraram numa apartamento bem normal.

Kurokawa ficou alguns minutos esperando na esquina até que os dois jovens saíram do apartamento, parecia que as paredes do apartamento possuía algum tipo de fortificação e por isso não era possível escutar o que eles estavam falando.

O jovem de cabelos negros sacou uma adaga de seu inventario, escondeu-a na calça e tocou a campainha, mas quem foi atender a campainha era um rosto conhecido:

–Bem-vindo…espera…você é o Bersek que surrou a gente antes!

Kurokawa não compreendia a situação, porque apesar de terem se encontrado antes, Kurokawa não tinha visto seus rostos já que os capuzes negros impediam, mas no momento em que o outro homem veio a junto da porta e falou tudo ficou claro:

–Essas vozes, esses caras são os jogadores que estavam matando os mercadores daquela feira!

Dando um grande pulo para trás, ele sacou sua espada e se preparou para a batalha:

–Espere!! Espere!! Não somos mais assassinos, agora trabalhamos como vendedores de informações! Disse um deles.

–É isso! Para recompensar o que fizemos com você antes, que tal vendermos algumas informações de graça dessa vez? Perguntou o outro.

Kurokawa não confia nenhum pouco no que os dois disseram mas mesmo assim, escutar as informações de graça agora era sua melhor opção. Ele se preparou para caso de haver uma traição e escondeu uma adaga em seu bolso.

Os dois foram na frente, entraram e um deles digitou uma espécie de código, a porta se abriu lentamente e um quarto totalmente bagunçado foi exibido. Kurokawa não se importou muito e apenas entrou, eles rapidamente tiraram as folhas de cima da mesa e do sofá. Kurokawa se sentou de um lado da mesa e eles do outro.

Sem perceber Kurokawa começou a pôr seus “estudos” em pratica, ele começou a observar atentamente os rosto dos dois e tentar adivinhar o que eles estavam pensando.

Um deles possuía um cabelo longo e prateado, junto de olhos frios e sem cor, um corpo ligeiramente alto e magro, ele olhavam para Kurokawa atentamente, ele aparentava ter cerca de 25 anos.

O outro era um homem de altura média e um corpo bem estruturado, nem magro, nem muito forte. Ele era careca e transmitia uma aura intimidadora, apesar que seus olhos também sem cor passavam um impressão de uma pessoa simples (N/A: Quando eu digo sem cor, é tipo prateado, porque quando eu coloco a cor prateada nos olhos dos Chibis, fica meio sem cor.).

De acordo com o que Kurokawa tinha aprendido até agora, ele sabia que podia relaxar porque aqueles dois falavam a verdade:

–Eu sou Rum, prazer em conhecê-lo, e me perdoe pelos projeteis que eu disparei em você anteriormente. Disse o mais alto.

–Foi como eu pensei, o mais alto é o atirado e o mais baixo o outro Bersek. Pensou Kurokawa.

–Eu sou Lum, espero que possamos lutar novamente, você é muito forte mesmo sendo apenas um pivete! Disse o mais baixo.

–Eu sou Kuro.

–Agora que as apresentações já acabaram, você quer informações sobre o que ou quem? Perguntou Rum.

–Eu quero informações sobre a rainha vermelha! Respondeu Kurokawa.

–Rainha vermelha? Você tem um bom gosto!

Rum abriu um gaveta que estava perto e começou a folhear alguns documentos:

–Rainha vermelha, um membro da realeza, seu nível é 100, mas essa informação pode estar desatualizada. Ela é conhecida por rainha vermelha pelo fato de fato de sempre mutilar seus inimigos com um grande machado, todos pensam que ela é uma Paladin mas eu posso afirmar que ela é uma Aizan. Uma raça baseada em velocidade, apesar de ser uma Aizan, ele coloca suas características em força, dando uma combinação de um incrível velocidade e uma força devastadora. Acho que isso é tudo. Disse Rum.

Kurokawa já tinha conseguido a informação que necessitava mas mesmo assim, ainda sobrava uma dúvida:

–Vocês possuem informações sobre GMs? Questionou Kurokawa.

Dessa vez quem falou foi Lum:

–Você realmente tem um gosto interessante. Vamos ser bonzinhos dessa vez e contar de graça.

Kurokawa continuou com seu olhar convencional e respondeu:

–Não espere agradecimentos.

–Nunca um GM foi visto, mas como você sabe há pessoas que depois de matarem jogadores se tornam criminoso certo? Se você matar até cinco pessoas nada acontece, depois de cinco, você passa a ser procurado e tem uma recompensa muito baixa pela sua cabeça, depois de vinte pessoas mortas, você vira um criminoso de duas estrelas e tem sua recompensa aumentada. Depois de quarenta pessoas, você é um criminoso de três estrelas e tem uma recompensa alta, e assim por diante. Mas quando um jogador começa a matar humanos normais a recompensa dele sobe imediatamente para uma quantia absurda e ele se torna um criminoso de seis estrelas. E GMs começam a te caçar, não houve muitos criminosos de seis estrelas, mas apenas um dele não desapareceu depois de algum tempo.

Kurokawa estava totalmente interessado nesse assunto e resolveu perguntar:

–E onde eu poderia encontrar esse jogador?

–Ele não desapareceu, mas isso não significa que ele está vivo, ele morreu depois de algum tempo mas muitas testemunhas disseram que virão um jogador de nível 201 matar ele. Respondeu Rum.

–201? Como assim? Perguntou Kurokawa intrigado.

–Boatos dizem que os GMs são nível 201. Disse Lum.

Antes de Kurokawa fazer a próxima pergunta, Rum interferiu:

–Suas informações acabaram por hoje, poderia se retirar Kuro?

Kurokawa apenas assentiu com a cabeça e foi embora, ele continuou seu treinamento até a noite que foi quando Sasu e Lizzy apareceram e os acontecimentos anteriores aconteceram.