Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 101
Guerra - Cordeiro


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou eu. Desculpa pela absência, eu tirei uma folga de todas as minhas obrigações por uma semana e aconteceu (:P) de essa folgar incluir domingos, os dias que eu escrevo. Eu realmente precisava daquilo e mesmo assim eu acho que não foi o suficiente. De qualquer forma, eu devo começar a soltar um capítulo extra no meio da semana só para agitar um pouco as coisas. E eu também devo começar a postar uns poemas que eu já tinha escrito há um bom tempo. Enfim, boa leitura!



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Marwolaeth correu com todas as suas forças até Blut. Era possível ver a vida lentamente se esvaindo do corpo de Kurokawa e por isso, cada segundo era crucial. Blut que eliminava o último general que ousou entrar em seu caminho teve sua atenção atraída por um grito de Marwolaeth: 

—Eu achei o Kurokawa!!!!! 

Blut impiedosamente dilacerou seu último inimigo e dirigiu-se para Marwolaeth: 

—Mas ele está num estado crítico... -Continuou ela. 

Blut imediatamente percebeu algo estranho no corpo de Kurokawa mas decidiu não falar sobre isso agora: 

—De qualquer forma, você sabe o que aconteceu com ele? -Perguntou Blut. 

—Quando eu encontrei ele, ele estava prestes a ser morto por alguém muito forte, talvez um pecado. -Respondeu Marwolaeth. -Mas o pecado estava numa situação bem crítica, ele não deve ter ido muito longe. 

Blut levantou-se e lentamente sacou uma espada peculiar e vermelha: 

—Leve Kurokawa até a Micky, ela saberá o que fazer. -Disse ele. -Eu tenho assuntos a tratar... 

A temperatura a volta de Blut aumentou em dezenas de graus em instantes. Chamas começaram a consumir tudo enquanto formavam longas asas de fogo. Blut suspirou muito mais sério do que o normal: 

—Vamos...Armageddon... 

Suas asas flamejantes balançaram e Blut disparou na direção que Marwolaeth havia apontado. Seu fogo ia lentamente se dissipando e cobrindo toda aquela área com a energia, que Blut usava para detectar qualquer forma de vida. Voando numa velocidade absurda, não demorou muito para ele encontrar seu alvo. Blut observou Sodoma desmaiado no chão de longe. 

Ele concentrou energia em espada e desceu. Rasgando o céu com suas chamas, demorou menos de um segundo para Blut estar prestes a dilacerar Sodoma. Sua espada parou abruptamente: 

—Então ele não teve sequer a coragem de vir me impedir pessoalmente? -Perguntou Blut decepcionado. 

Gorman firmou sua espada no pescoço daquele homem sem hesitação: 

—Você está realmente superestimando seu valor. -Respondeu ele. -Você está muito longe de ser uma das prioridades de nosso chefe. 

Blut sentiu-se profundamente insultado pelas palavras cuspidas por aquele pecado: 

—Já que a minha vida é tão insignificante assim, o que me impede de troca-la pela vida de um dos pecados? 

Gorman riu: 

—Você está blefando. Você não vai tentar matar Sodoma. Eu pesquisei um pouco sobre você e, mesmo não encontrando praticamente nenhuma informação dos últimos anos, ainda consigo entender perfeitamente como você pensa. Você luta apenas por si mesmo. E mesmo que eu não tivesse nenhuma informação sobre você, eu ainda poderia saber o tamanho do seu ego baseado no fato de você se achar importante o suficiente para ser alvo do nosso líder. Você não quer morrer aqui. 

Por mais que odiasse ser subestimado, Blut sabia que Gorman estava certo. Morrer ali não fazia sentido algum. Ele afastou sua espada de Sodoma enquanto ia indo embora: 

—Pecado, você vai se arrepender desse momento. -Afirmou Blut. -Você perdeu a única oportunidade de me matar, a pessoa que vai destruir tudo aquilo que você tenta conquistar. 

Gorman manteve seu olhar frio habitual e se aproximou de Sodoma: 

—Eu sequer consigo imaginar o monstro que te deixou nesse estado... 

Ele aproximou sua boca daquele corpo sem consciência e arrancou um pedaço de carne com seus dentes. Enquanto mastigava lentamente, Gorman analisava a energia de Sodoma. Ele ingeriu aquilo e resmungou: 

—Que gosto horrível... 

Gorman após entender o funcionamento da energia de Sodoma arrancou um pedaço de sua carne e enfiou na garganta de Sodoma. Sua carne transbordando energia rapidamente fez o organismo de Sodoma começar a se recuperar. Ele abriu seus olhos lentamente enquanto tentava entender o que tinha acontecido: 

—Quantos dias se passaram? 

—Essa é a menor das suas preocupações, você usou o seu pecado e mesmo assim foi derrotado. -Respondeu Gorman. -E teria morrido se eu não tivesse chegado a tempo, sua vida não é sua, lembre-se disso. Sua vida é apenas outra peça nos planos dele. Vamos, não temos tempo para perder. 

Sodoma levantou-se com muitas dificuldades e começou a caminhar ao lado de Gorman: 

—Me diga uma coisa, Sodoma. 

—Fala... 

—O cara que te espancou, como ele era? 

—Aquele pirralho era definitivamente perigoso, com o devido treinamento e talvez alguns séculos ele conseguiria chegar no nível do líder. Eu diria que ele também veio de Masteam. 

—Outra pessoa de Masteam...eu soube que a pele das pessoas de lá ainda carregam a toxicidade do último Rei Demónio. Eu imagino qual deve ser o sabor... 

Blut caminhou lentamente de volta até o ponto de encontro: 

—Mesmo utilizando o meu poder total, eu não fui capaz de enfrenta-lo. -Resmungou. -Mesmo assim, aquele outro pecado foi quase morto por Kurokawa...o que aconteceu ali? 

Marwolaeth depois de procurar incansavelmente por Micky finalmente a encontrou. Ela tirou Kurokawa de seus ombros e falou em meio a sua fadiga: 

—Cure...ele... 

Micky que observava descontraidamente a luta de Edward contra alguns soldados virou-se lentamente: 

—Eu estou meio que ocupada agora. Volte mais tarde. 

Marwolaeth fez os pés de Micky deixarem de tocar o chão levantando-a por sua roupa: 

—Agora. 

Micky relutante mas não querendo sofrer acabou por aceitar. Ela aproximou-se do corpo de Kurokawa com diversas feridas e começou a tentar cura-las mas rapidamente percebeu algo estranho: 

—Esse cara...o sistema de fluxo de energia dele está todo destruído. -Afirmou ela. -Eu até conseguiria salva-lo, se eu tivesse os equipamentos e tempo necessários. Mas ele já está num estado terminal e estamos no meio do nada. 

Marwolaeth fitou-a com ódio em seus olhos: 

—Simplesmente...faça alguma! 

—Eu sei que é difícil aceitar mas eu...não posso fazer nada... 

Marwoaleth perdeu as forças em suas pernas enquanto aquela informação circulava pela sua mente. Era um vazio que palavras não podiam descrever. Uma sensação crescente de falta de ar e uma dor em seu peito inexplicável. Ela se aproximou lentamente de Kurokawa e fitou-o enquanto sofrimento escorria por seus olhos: 

—Tudo o que eu posso fazer é parar temporariamente a perda de energia dele, isso vai fazer com que ele recupere sua consciência por alguns minutos. 

Marwolaeth apenas consentiu sem dizer nada. Micky se aproximou e começou a realizar a operação. Aquele corpo foi lentamente abrindo seus olhos, Caim percebendo a situação em que se encontrava agarrou a mão de Marwolaeth: 

—Tire...o meu...sistema de circulação...de energia... 

Ela simplesmente não soube como responder: 

—Kurokawa...você já não tem como ser salvo... 

Caim levantou-se extremamente irritado mas ele não podia desperdiçar seu precioso tempo: 

—Me ouve...só tire...o meu...sistema de circulação...de energia...confie em mim... 

Marwolaeth vendo a confiança que queimava em seus olhos não podia recusar aquele pedido. Ela olhou para Micky e pediu sua ajuda: 

—Você não vai realmente fazer isso, certo? 

Marwolaeth manteve o seu olhar determinado: 

—Vocês são loucos... 

Micky se aproximou e começou a mostrar para Marwolaeth onde passavam todos os vasos do sistema de circulação de energia. Tão grande quanto o sistema circulatório, arrancar todos os vasos do sistema de circulação de energia seria extremamente doloroso. Porém, Marwolaeth não hesitou por sequer um segundo. Ela pegou em uma faca enquanto abria Caim cumprindo sua missão. 

Graças aos conhecimentos de Micky aquela operação foi o máximo indolor possível mas mesmo assim, Caim sentiu dores muito pior que a morte. Enquanto Micky guiava Marwolaeth por aquele corpo, Caim fazia o seu melhor para continuar vivo. Quase uma hora se passou e elas finalmente conseguiriam terminar. 

Sangue estava espalhado por todo o lugar. Caim que tinha parado de se mover há alguns minutos subitamente voltou a respirar. Micky se aproximou para tentar entender o que aconteceu e milagrosamente, aquele corpo tinha um sistema de energia novo e em ótimas condições: 

—Como isso é possível? 

Micky parou e começou a analisar a situação. Depois de pensar um pouco, ela chegou na conclusão mais óbvia: 

—Esse cara...tem a capacidade de criar um sistema de energia inteiro a partir do zero... 

Marwoaleth sentiu-se confusa: 

—Se Kurokawa realmente consegue fazer isso, porque ele pediu-nos para tirar o antigo sistema? 

—Provavelmente porque aquele estava danificado demais para ser possível recupera-lo. -Respondeu Micky. -Mas mesmo assim, eu não consigo acreditar que existe alguém capaz de criar um sistema de energia. Você não tem noção de quão absurdo isso é. 

—Isso é diferente de simplesmente curar feridas? -Perguntou Marwoaleth. 

—Você pode ser uma bárbara inculta que pensa apenas em batalhas, mas mesmo assim eu achei que você deveria ser capaz de entender o quão incrível isso é. -Respondeu Micky. -Para curarmos uma ferida, nós fazemos a nossa energia fluir para essa parte do sistema de energia e aceleramos os processos de cura. Quando até o sistema de energia de uma parte do nosso corpo é destruído, tudo o que temos que fazer é regenerar essa parte e o sistema de energia se regenerará sozinho. Caso a pessoa sobrecarregue o sistema de energia e ele não consiga mais se recuperar sozinha, a morte é praticamente certa. Pouquíssimos médicos conseguem concertar sistemas de energia. E agora eu te faço uma pergunta, qualquer tipo de ação é impossível se não existir um sistema de energia. Então como esse cara criou um sistema de energia? 

Marwolaeth ficava cada vez mais confusa: 

—Me deixe ser mais simples então, isso é um paradoxo. -Explicou Micky. -A energia precisa circular para se criar alguma coisa, mas nesse cara, não havia lugar para a energia circular porque nós tiramos o sistema de energia dele. Mas mesmo assim, de alguma forma, ele conseguiu criar um sistema de energia. Isso é absurdo. 

Marwolaeth apenas balançou a cabeça fingindo ter entendido: 

—Parece um paradoxo se você pensar que a energia só pode circular no sistema de energia. -Falou Caim. Quer que eu te explique o que fiz? 

Micky se aproximou interessada: 

—Como você consegue falar? Era para você estar morto neste momento. 

—Eu pensei que fosse morrer por alguns instantes também. -Respondeu ele. -O que eu fiz foi simples, eu conheço todos os componentes do sistema de energia e com base nisso, eu criei todos eles usando energia. 

—É impossível alguém conhecer todos componentes de um sistema, até porque alguns deles têm dimensões microscópicas. -Respondeu Micky. -E mesmo se isso fosse possível, ainda assim, você não teria onde circular sua energia. 

—É aí que você se engana, o que me impede de circular energia pelas minhas células? 

—Você está me dizendo que passou sua energia de célula em célula pelo seu corpo inteiro? -Perguntou Micky. 

Caim apenas manteve um olhar despreocupado em seu rosto. Aquele era o maior absurdo que Micky já tinha ouvido em sua vida, algo assim era muito mais que impossível. Mas mesmo assim, aconteceu na frente de seus olhos. Para conhecer todos os componentes de um sistema seria necessário estudar intensamente por dezenas de anos. Isso não era algo que um jovem seria capaz de fazer: 

—Eu preciso pensar um pouco... -Disse ela se afastando. -Falamos mais tarde. 

Marwolaeth estava mais uma vez petrificada. Seu vazio era preenchido por um calor aconchegante mas ela não sabia como se aproximar. Caim percebeu que Marwolaeth estava desconfortável e aproximou-se dela com um beijo. Ela quase deixou-se levar por aquele enganoso prazer mas ela sentia algo de errado. Mesmo a voz e rosto sendo os mesmo, a essência era diferente. Aquele não era o Kurokawa: 

—Então você estava preocupada? -Sorriu Caim. 

Marwolaeth imediatamente empurrou-o para longe: 

—Quem é você? 

—Parece que o sexto sentido das mulheres é realmente aguçado. -Gargalhou ele. -Quem diria que você perceberia tão rápido assim. 

Ele levantou-se enquanto ia se afastando: 

—Já que chegamos nesse ponto, eu adoraria que você me chamasse por Caim. 

Ela levantou-se também e aproximou-se dele: 

—O que você fez com Kurokawa? 

Caim aproximou sua mão do pescoço daquela linda mulher: 

—Não se exalte, eu posso estar nesse estado...mas mesmo assim eu consigo te causar bastante dor, e eu gostaria de não o fazer se possível, seria um desperdício cortar um rosto lindo como seu.


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Notas finais do capítulo

Welp...obrigado pela visita...volte sempre(?)...



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