Novamente eles estavam correndo na bicicleta vermelha indo mais uma vez tentar estragar o encontro dos pais, como aqueles dois eram amigáveis e gentis um com o outro, isso chegava a dar náuseas.

– Ah, eu não acredito que do nada um monte de pipoca voo na gente – ela ria abraçada a ele que a abraçava.

– Nem eu, Anji diria que eram fantasmas. – eles riram ainda mais

– Sabe, agora que parei para pensar ela deve ser a imagem escarrada da mãe não é mesmo?

– Pior que sim, ainda bem que a personalidade não...

– Sim, mais não se sente um pouco estranho olhando para ela e se lembrando da sua antiga esposa?

– Não, por que eu não vejo a Cristal eu vejo a Anji. Ela pode ter a aparência da Cristal, mais não é como a Cristal ... ela é só a Anji.

– Desculpa, as vezes faço perguntas bobas...

– Não, você me pergunta coisas que mais ninguém tem coragem... todos pensão que perguntar sobre a minha ex-esposa me afeta, mas não é bem assim. Eu não sinto nada por ela nem nada em relação a ela. Não é só por que nos separamos que significa que nos odiamos... Gosto das suas perguntas! – a voz dele era tão suave e gentil que ela se derreteu por dentro olhando para ele que estava de perfil.

– Então vocês são amigos? – ela sentiu uma pontada de ciúmes e ele riu.

– Não, mal nos falamos. Isso acontece uma vez por ano e é sempre no aniversário da Anji. Digamos que só nos damos bem longe um do outro.

– Ela não se interessa pela Anji?

– Não, pelo que eu posso dizer dela ela não tem uma estrutura para ser uma mãe. Ela não teve então não deve saber como agir e o melhor do que falhar em resolver o problema é se afastar dele. Castiel e Anji são completos estranhos para ela.

– Castiel? Ele e a Anji são irmão?

– São meio irmãos! Castiel nasceu primeiro e depois Anji... ela foi mãe cedo então se casou cedo e estava assustada na época. Porém o Castiel não é meu filho.

– Ele é filho do primeiro casamento dela?

– É ... eu e o pai dele nos damos muito bem.

– Você disse que ela estava assustada, quantos anos ela tinha?

– 15. Carlos foi o primeiro namorado dela...

– Então ela tinha dezessete quando teve a Anji?

– Exatamente... ela tinha se separado a um ano e éramos amigos de infância e depois de bebermos muito deu no que deu... o bom disso tudo foi que de presente ganhei a Anji...

– Se ela tinha dezessete, quantos você tinha?

– 19... não tinha juízo algum. Mais isso mudou e muito... Olha chegamos, o melhor restaurante da cidade!

Depois de Anji e Kentin chegarem antes deles se esconderam na mesa que provavelmente ficaria perto da de Jonah e Kate, eles tentaram sabotar o jantar também, mais nada saiu como o que eles haviam imaginado. Bom ainda teriam que aprontar no bar com eles ou então de nada adiantaria. Jonah e Kate se divertiram com os acontecimentos estranhos que aconteceram no cinema e no restaurante. Será que poderia chover chiclete para eles adoçarem ainda mais a noite deles. Eles andavam conversando e rindo, Kate tinha tantas pergunta para fazer a ele que nem sabia por qual começar.

– Quer me perguntar mais alguma coisa?

– Eu? Não nenhuma! Mais se quiser pode me perguntar agora.

Ele sorriu e entraram no barzinho para beberem um pouco. Eles estavam sentados conversando e bebendo. Ela nunca havia bebeido então estava tentando não parecer uma completa idiota perto dele que parecia experiente em beber como em qualquer coisa.

– Bom minha vez... – ela sorriu nervosa esperando a pergunta dele – Quando se casou?

– Hum, eu deveria ter uns 18...

– 18? Então tinha acabado de se formar no colégio?

– Sim, eu namorava a uns quatro anos com o pai do Kentin, e quando soube que eles iria se alistar no exército decidimos fazer uma promessa...

– Deixe-me adivinhar, ficarem justos mesmo à distância? – ela riu

– Não só isso, nos casamos, só que eu já estava gravida dele. O bom que conseguimos convencer a todos da cidade de que foi depois de nos casarmos e não tive problemas com os meus pais... – ela disse bebendo um gole de cerveja gelada.

– Hoh! ... Cristal não teve essa sorte... bom se você tinha 18, onze anos depois ... você tem 29 anos... juro que achei que você tinha uns 25 e o Kentin era adotado! – Brincou inocentemente com um sorriso galanteador e ela riu pela brincadeira dele.

– Pelo visto é bom em matemática. Sinto por ela...

– Obrigado... não sinta, ela sabia o que estava fazendo – Kate sentiu amargura na voz dele por míseros segundos.

– Com você falando desse jeito até me parece que tem ressentimentos dela ...

– Não, que nada. Só estou dizendo a verdade... – ah, ele tinha, tinha um grande ressentimento dela.

[...]

– Droga, nada do que fizemos durante toda a noite não adiantou... – Anji disse irritada chutando uma pedra

– Pelo menos eles não se beijaram, um ponto pra nós!

– Ah, coisa que um ponto vá fazer diferença...

– Ei, um único grão de arroz pode alterar o peso, assim como um único homem pode decidir uma batalha entre a vitória e a derrota. E um ponto para nós é melhor do que nada não acha?

– Bom, eles já vão embora é melhor voltarmos é perigoso a Yuno-chan estar acordada nos procurando... – ela disse se aproximando da bicicleta.

Ele concordou e subiu na bicicleta e ela na garoupeira se segurando nele que saiu correndo com a bicicleta. Ela foi sentindo as pálpebras pesarem e os olhos querem fechar, o corpo ficar mole e cansado. Ela foi fechando os olhos lentamente se encostando nas costas de Kentin.

– Ara, que sono ... humm... – ela murmurou com um suspiro cansado. A voz sonolenta passou a imagem de uma garotinha indefesa, o que fez Kentin querer rir, nunca viu ela assim ...

Quando ele chegou em frente à casa dela teve que tomar cuidado para tira-la da bicicleta sem acorda-la então carregou ela para dentro de casa colocando ela deitada no sofá se sentando ao lado dela enquanto ligava a TV. Ele também foi pego pelo sono. Quando Yuno acordou viu os dois dormindo no sofá encostados um no outro dormindo como bons meninos. Ela sorriu e arrumou a pouca bagunça que fizeram. Quando ela se sentou e suspirou Jonah e Kate entram eles sorriram ao ver os dois dormindo encostados um no outro como se fossem amigos. Jonah pagou para Yuno e conversou por um longo tempo com Kate, até que decidiu leva-la para casa e claro levar o garoto que dormia pesadamente. Ele havia colocado Anji para dormi no quarto então não teria problema. Depois de deixar Kentin no quarto dele ele desceu Kate acompanhou ele até a porta e então depois da longa noite e de várias vezes interrompidos Jonah finalmente pode roubar um beijo dela.

– Que tal um piquenique no domingo? – sussurrou ele contra os lábios dela

– Dessa vez levamos as crianças para brincar no parque ... – ela sussurrou para ele roçando os lábios

– Combinado...