The Seventh Zone escrita por Isa Chaan


Capítulo 3
Uma conversa intimidadora.


Notas iniciais do capítulo

(Deu um bug legal na nota final do outro cap, então aqui está a continuação)
Isa-chan: Quietinhos, leitores. Senão eles me descobrem. Sim... Eu ressuscitei. Obrigada anjinho do além! *3*
Anjinho do além: Não terá outra vez. *sai voando novamente*
Isa-chan: Nossa, tá bom então :<
Bem, eu estou nesse momento em um canto escuro do quartinho dos bastidores, torcendo pra que não me encontrem. Torçam por mim o/
Michael: Você não está ouvindo vozes?
Bianca: Acho que ouvi também.
Isa-chan: ‘-‘
*Michael abre a porta do quartinho*
Isa-chan: º-º
*Bianca aparece logo atrás com uma serra elétrica*
Isa-chan: ºxº
*Michael liga a lanterna*
Isa-chan: º0º
Michael: A MALDITA TA VIVA! PEGA ELA!
Isa-chan: (ºOº)/ LASCOOOOOOOOOOOOOU! FUJAM PARA AS COLINAS QUERIDOS LEITORES! (ºOº)/
...
Michael: Morreu?
Bianca: Morreu.
Michael e Bianca: Amém.
2º R.I.P Isa-chan
Michael e Bianca dois segundos depois: /o/ o /o o/ *dançinha paranaue*
Fantasminha da Isa-chan: Vão se arrepender pelo resto de suas vidas!!!!!!!!
Michael e Bianca: (ºOº)/ LASCOOOOOOOOOOOOOU! (ºOº)/



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Novo dia. – Atualmente. – Segundo dia

Acordei assustada. Havia tido um pesadelo. Ou melhor, o pesadelo. Minha respiração estava ofegante ao me recordar do mesmo. Toda vez era da mesma maneira, desde criança. Faziam-se muitos anos que ele não atordoava minhas noites, eu tinha superado este medo, mas com os últimos acontecimentos tudo voltava à tona.

Eu ainda era criança, e estava sentada no meu quarto, lendo novamente meu livro preferido. Eu terminava de ler a última página e saía do aposento, era neste momento que eu ouvia um grito. Corria pelos corredores até parar de frente à enorme porta do quarto de mamãe. Voltava a olhar para trás e o corredor havia sumido, como se o lugar de onde vim nunca existira. Consumido lentamente por uma sombra negra que se aproximava cada vez mais. Isso significava que só existia um caminho a seguir. Fitava a porta, no qual escorria sangue por debaixo da mesma, e em alguns instantes o sangue escorria pela maçaneta, e pelos vãos também. A cor vermelha encobria toda a tinta branca da madeira. Sujando a mão, abro hesitantemente, sempre me deparando com aquela cena, o corpo de mamãe caído no piso, esparramado no próprio sangue. Um homem estava bem a sua frente, de costas para mim, proferindo as palavras “Tudo o que se faz, há volta”. E no momento em que ele está prestes a virar seu rosto, bem neste instante, eu acordo, e nunca descubro a verdadeira identidade do assassino. É frustrante e aterrorizador.

Olhei ao redor. A fogueira já havia apagado e chovia fortemente fora da caverna. Suspirei, relembrando do dia anterior, o pesadelo era consequente disso.

— O que há com você… Layla? – Indagou com as orbes entreabertas.

Paralisei. O que ele havia falado? Eu escutei certo? Ele acabara de proferir o nome da minha mãe? Mas o que está acontecendo?

–- Responda! – Enfureceu-se.

–- C-como? – Gaguejei confusa. – Como sabe o nome dela?

–- Dela? Pare de blefar! Eu sei que é você, Layla. – Aproximou-se, puxando meu pescoço para cima, fazendo com que não pudesse respirar. – Eu perguntei uma coisa, e você não me respondeu. É melhor não tentar me enganar.

Não sabia o que fazer ou o que dizer. O ar dos pulmões se dissipava, era impossível falar algo mesmo se soubesse responder. Eu queria me debater, então porque meu corpo não se mexia? Aqueles olhos. Não conseguia encará-los nenhum segundo a mais. Eram apavorantes.

–- Ah! Já entendi. Eles te levaram para o lado deles, não é? Lamentável. – Lançou-me fortemente no chão, senti vontade de soltar um grito agudo de dor, mas a falta de ar impediu este.

–- Eu também lhe fiz uma pergunta. – Tomei forças para rebater. – Como sabe o nome dela?

–- Vai continuar? – Revelou seus punhos em chamas.

–- Não sou Layla!

–- Ah não? Então, quem você é? – Sibilou.

–- Nunca direi meu nome a você. – Levantei-me. Minha perna continuava sangrando. Preciso atar o ferimento logo. Já planejava sair dali e continuar a procura de uma caverna.

–- Pare de fingir como se não me conhecesse. Isso me irrita. – Puxou meu braço, impedindo-me de sair. Só que sua mão estava em chamas, fazendo minha pele queimar. Por reflexo me desvencilhei rapidamente. – Você não quer se machucar mais, quer?

–- Já disse que não sou ela! Não estou fingindo! Não te conheço, e nem pretendo! Tudo o que sei é que te odeio, Dragneel!

–- Dragneel…? – Arqueou a sobrancelha. – Vai mesmo continuar essa encenação ridícula?

Ele continuava acreditando que eu fosse Layla, não importava o que eu falasse. Então, era melhor abrir o jogo.

–- Não é uma encenação. Sei sobre tudo que aconteceu em minha vida. Sei muito bem quem sou. – Estava de costas para ele até então. – Sou a filha de Layla. – Um silêncio se perdurou. Ele havia acreditado? Era bem capaz, afinal ser filha explicava a grande semelhança de aparência. Olhei por detrás do ombro para visualizar sua expressão.

–- Filha? Layla tem… Uma filha? – Seu rosto estava mais tenebroso do que antes, contorcido com ódio e confusão. – Saia…

Meu coração palpitou mais rápido.

–- SAIA DAQUI AGORA! – O fogo rodeava seu corpo mais uma vez.

Não me atrevi a ficar nem mais um minuto naquele lugar. Ele era realmente um demônio, conseguia ficar mais amedrontador do que já era. Eu não sei que tipo de ligação minha mãe tinha com o filho do dragão, mas não era algo que eu devesse me intrometer. Talvez, do jeito que ela era, conheceu-o sem nem mesmo saber do quão perigoso era. Ela sempre foi bondosa e acolhedora, até demais. Este mundo nunca foi ou será tão bondoso quanto, às vezes pode ser perigoso e injusto. E para alguém tão pura como ela, isso pode ser fatal. Pode ser? Não. Foi fatal.

Observei o machucado. Estava com a aparência bem melhor. Tinha o limpado com um paninho azul de seda que tinha na bolsa mágica, molhado com água da chuva, e outro para enfaixar. O céu ainda estava escuro. Deduzi que eram por volta de quatro da manhã. Não conseguiria dormir mais. Decidi me levantar e fazer alguns exercícios e aquecimentos, era bom pra começar o dia. Naquele momento, eu desejava mais do que tudo chegar o quanto antes em Magnólia. Poder salvar aqueles que vivem lá. Sentei, abraçada a meus joelhos. Era sempre assim. Todos os que me eram importantes eram apagados da página da vida, e eu ficava sozinha. Minha mãe. Meu pai. Levy-chan. Jellal. Loke. Todos os meus companheiros da base que vivi dez anos, Alice, Victor, Jane, Anthony, Tayler, Christopher, e incontáveis outros. Até o cachorrinho que ganhei dos meus pais, Plue, se foi. Lentamente meu nome vai se tornando solitário naquela página. Estava tão profundamente mergulhada em meus pensamentos que nem percebi a chegada de um intruso.

–- Ah, é você… – Fitei-o. – Desculpe, não tenho peixe.

Ele se aproximou e depositou a patinha no ferimento enfaixado.

–- Não se preocupe. Está melhor. – Acariciei seu pelo macio e molhado, sorrindo brevemente. –- Então, seu nome é Happy?

–- Aye. – Sentou-se ao meu lado.

–- Ele. É seu dono? – Indaguei, observando a chuva.

–- Aye.

–- E não tem medo? – Observei-o.

O gatinho não falou seu costumeiro “Aye” dessa vez e ficou em silêncio.

Peguei-o no colo. Tão puro e inocente quanto foi minha mãe. Uma lágrima deslizou pelo meu rosto, caindo sobre Happy.

Droga.

Enxuguei as bochechas.

Logo surgia os primeiros raiares, porém ainda chovia. Saí da caverna pronta para começar a caminhada em direção ao desfiladeiro. Ficava há oitocentos quilômetros, aproximadamente, para o sudoeste. Com a ajuda da localização do Sol, segui na direção correta. Adentrei na floresta novamente, ainda com o azulado no colo. Sentia-me tonta, já não comia a mais de vinte quatro horas, o azar foi tanto que perdi os peixes que conseguira. Enquanto seguia o caminho, notei que não estava sozinha. Estava sendo observada, e já deduzia por quem. Isso é um grande problema. Ele vai ficar me seguindo? Agora que descobrira minha presença, não estava mais segura. Parei, respirei fundo. Vamos lá, Lucy. Sem demonstrar pânico.

–- O que você quer? – Questionei.

–- Hum. Então sabia da minha presença. – Escutei sua voz arrogante, e logo olhei para a origem. No galho de uma árvore de grande porte, Dragneel permanecia sentado, observando-me com o canto dos olhos.

–- Quem não perceberia uma pressão mágica tão forte? – Falei de maneira óbvia, porém fria.

–- O que Happy faz com você? – Proferiu afiadamente, mudando o assunto.

Retirei o animal de meus braços e o coloquei no chão, já me distanciando.

–- Eu ainda não terminei. – Ouvi o impacto dele pulando do galho.

Parei novamente de andar, de costas em relação ao rosado.

–- Onde sua mãe está? – Por que ele insistia naquele assunto?

Continuei sem pronunciar um único dizer.

–- Diga. Eu pararei de lhe seguir.

Silêncio.

–- Posso até falar onde há comida. – Começou a ficar irritado sem minha resposta. – Eu não tenho muita paciência.

–- Eu falarei apenas se responder minha questão. – Conclui, virando para encará-lo.

Ele assentiu com os braços cruzados.

–- Apenas se você responder primeiro. – Condicionou.

–- Está bem.– Suspirei, sem ânimo para continuar rebatendo. – Layla… Ela…

A floresta estava quieta. Os pássaros, mudos. Os ventos, calados. Parecia que tudo estava atento ao que estava prestes a dizer. E o garoto-dragão me encarava sem piscar, esperando a resposta inquietamente.

–- Ela morreu há dez anos… Ainda assim deseja saber sua localização?

Fourth Zone.

(Quarta Zona)

Em meio às nevascas, e cordilheiras de montanhas congeladas, ficava o palácio de gelo. Inteiramente construído e detalhado a gelo. A transparência e delicadeza das paredes e colunas dava uma sensação de pureza e superioridade. Haviam várias estatuas de antigos governantes da zona, tal como decorações agradáveis ao governante atual. Um enorme lustre de quartzo e safiras dava alguma cor e luxuria ao lugar. Um tapete azul escuro seguia da entrada do salão até o trono feito de prata do décimo governante. O tinir dos sapatos no chão gelado, demonstrava a agitação dos empregados.

Sentado em seus aposentos enquanto refletia, não percebeu a chegada do mensageiro que logo reverenciou e relatou os fatos nada surpreendentes ao ver do moreno. Ele sabia que era apenas questão de tempo até os primeiros começarem a ameaçar suas terras. Esfregou a mão na testa, em uma tentativa esperançosa de pensar em alguma escapatória. Já não sabia em que lado ficar, contra ou a favor. Se continuasse onde estava, mais ameaças apareceriam, e de fato era preocupante, pois estávamos falando dos primeiros. E eram muito mais fortes. Mas estar do lado deles significava estar contra seu companheiro mais fiel.

–- E mais uma coisa, senhor. – Voltou a fitá-lo. – A Quinta veio lhe visitar novamente.

Suspirou, rolando os olhos.

–- Grato pelo trabalho. Pode se retirar. – Despejou o mensageiro, levantando-se, preparado para sair às pressas do salão e subir as escadarias em direção ao quarto, antes que a garota o visse.

Porém, ao subir o segundo degrau, já ouviu a voz fina e alegre da garota lhe chamar.

–- Espere! Gray-samaaa! – Sua voz ecoou pelas paredes do palácio, chamando a atenção de qualquer um quem estava por perto.

–- Juvia, já disse para não gritar enquanto estiver rodeada por paredes de gelo. – Falou desanimado por não conseguir fugir a tempo.

Não que não gostasse da moça, mas suas visitas eram muito frequentes, e o que mais desejava naqueles dias era estar sozinho para pensar em soluções. Fora que o moreno já reconhecia os sentimentos da garota por ele, e isso tornava o clima mais constrangedor e sufocante, pois ela nunca desistia.

–- Perdoe-me. É que o senhor estava subindo tão apressadamente que Juvia achou que não a ouviria. – Lamentou um pouco envergonhada.

–- Está bem, só não faça novamente. – Voltou a subir os degraus.

–- Espere! Onde está indo? – Segurou o casaco do mesmo, com olhos suplicantes.

–- Desculpe, mas estou muito cansado para conversar. Vou para o meu quarto, peço que venha outro dia.

–- Por favor, fique comigo apenas alguns minutos! Não quero voltar para casa... – Abaixou o rosto, escondendo a face com os cabelos azuis ondulados.

O rapaz respirou fundo.

–- Você não devia sair tanto da quinta zona, suas terras ficam vulneráveis.

–- Eu sei, mas... Por favor... – Segurava fortemente o delicado vestido azul que longamente descia arrastando-se pelo chão, lembrando propositalmente uma cachoeira. O Quarto logo notou, devido às roupas, que a mesma escapara de alguma festa, provavelmente organizada pelos pais rígidos, e cedeu.

–- Apenas alguns minutos.

Seventh Zone.

(Sétima Zona)

–- Morreu…? Dez… Dez anos? – Surpreendi-me com sua reação. Suas palavras falhadas, e seus olhos arregalados revelavam uma expressão incrédula.

–- Agora, responda minha pergunta. – Agi cautelosamente. – Como a conhece?

Dragneel apenas trincou os dentes e cerrou os punhos, já se virando para ir embora.

–- Ei! Você não respondeu! – Insisti. Ele estava planejando ir embora sem mais nem menos?

–- Cale a sua boca. – Encarou-me novamente, rosnando as palavras. – Não me lembro de dizer algo sobre responder agora. Se você preza por sua vida, então não me irrite, loirinha.

Depois disso, nada proferi. Minhas pernas estavam trêmulas, mas minha boca queria reclamar, repreendê-lo. Meu sangue borbulhava por dentro. Ele agia como se me tivesse na palma de sua mão. Isso me irritava profundamente. Por outro lado, desejava estar na cidade o mais rápido possível. Não aguentava aquela frieza em seu olhar, como se a qualquer momento fosse atacar sem hesitar igual um lobo faminto, o medo me corroia. Todos esses sentimentos opostos se abalavam, me fazendo querer gritar.

O que minha mãe tinha haver com ele? Ela sempre foi tão misteriosa. Nunca contava os detalhes, sempre mudando de assunto e disfarçando. Seja o que for, agora eu sentia o dever de descobrir, e isso eu faria.

Retomei a caminhada, mas dessa vez, era hora de caçar. A fome já atingia ao limite para mim. Retirei da bolsa mágica um arco de madeira e algumas flechas, colocando-as nas costas. Já havia parado de chover, e agora minha pele coçava freneticamente, devido aos pernilongos que faziam a festa com meu sangue.

Alguns minutos mais tarde, encontrava-me puxando a corda do arco, mirando em uma lebre, atrás da alta grama verde. Ao atirar a flecha, que pegou em cheio no alvo, ouvi um grito assustado. Olhei ao redor a procura da origem. Era uma voz feminina e não estava muito longe. Aproximei-me da lebre, guardando-a, quando notei a presença da mulher.

–- Ah! Desculpe o grito que eu dei. É que não há muitas pessoas nesses arredores. – Deu uma risadinha. – Ninguém se arrisca.

Permaneci quieta, tentando absorver as palavras da garota, confusa com sua presença naquele lugar. Era uma albina de olhos claros.

–- Ai, que modos os meus. Pareço até uma suspeita sem me apresentar. – Sorriu. – Meu nome é Lisanna. E o seu?


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Notas finais do capítulo

E aí? Estão gostando? Por favor, comentem, elogiem, deem críticas construtivas e quem sabe até idéias. Tudo é bem vindo. Onegai nee. Preciso saber o que acham x.x
Se você é um leitor fantasma, acho melhor comentar, hein? Senão eu chamo a Bianca. Ahsuaususauashuahs Brincadeira amiguinhos, eu não seria tão má ^-^
Bianca: Comente por pura e espontânea pressão ;)
Isa-chan: Falando no demôn--*Olhar mortal para Isa-chan* Ok, ok! Tchauzinho amigos leitores! Até mais! Fui o/ *Sai correndo*
Bianca: Ué, mas ela é um fantasma... *Dá de ombros* É doida.



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