The Seventh Zone escrita por Isa Chaan


Capítulo 17
Sombras.


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOO SWEET READERS! :D :D
I'M COME BACK OF THE ASHES!
Depois de um ano e onze dias, eu finalmente dou as caras! Asahsuahsu

Peço desculpas pela gigantesca demora, aconteceu de 2016 ser um ano bem difícil para mim, então espero que 2017 nos traga muitas coisas boas! E já começou bem, aliás, hein? Filme novo de Fairy Tail anunciado para a primavera, gosto assim Haha
Estou envergonhada de não ter respondido os comentários ainda, imensas desculpas! Saibam que eu leio todos eles e fico muito feliz de receber cada um! Já começarei a respondê-los já já!

Enfim, depois de ficar tanto tempo fora, era evidente que minha escrita mudaria, e de fato, mudou - Só espero que tenha sido para melhor e-e. Eu resolvi alterar o tempo verbal para o presente, já que a história promete bastante ação, e usar o presente é a melhor forma de explorar isto. Talvez vocês, leitores de longa data, nem teriam percebido a diferença depois de passar tanto tempo, mas já estou avisando, pois quem estiver caindo de paraquedas agora na fic, vai estranhar essa brusca mudança entre os capítulos.

E por favor, digam-me se a nova escrita agradam vocês mais do que a outra!
Escrever uma fanfic é um grande aprendizado, por ser bastante flexível quando a possibilidades e experimentos, desta forma, estou conhecendo minha escrita aos poucos, e vocês, leitores, serão meus grandes guias, nesta caminhada para a evolução. Obrigada a todos que fazem disso possível ;D

Espero que se divirtam com o capítulo! Trago a vocês um capítulo de 5.000 e poucas palavras só da Sétima Zona!

Até as notas finais!

Ps: Nas notas finais estarão os links de músicas que ouvi enquanto escrevi o capítulo, não sei se combina, mas sintam-se à vontade para escutá-las ao decorrer do capítulo ou logo depois, se desejarem.



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Recapitulação

Lucy, Tenente da base a sudoeste de Magnólia, viveu outra dolorosa tragédia em sua vida. Teve que abandonar os amigos e toda a base em que viveu por longos anos, em meio a erupção do vulcão Phoenix. O comandante Jellal confiou-lhe a urgente missão de avisar Erza sobre o despertar do filho do Dragão de Fogo. Ela percorre todo o trajeto, agarrando-se ao desejo de cumprir o último pedido do comandante.

Ela encontra uma albina durante o caminho que estava instalada em uma moradia precária no meio da floresta. As duas chegam num acordo, no qual ambos os lados sairiam recompensados. Lucy precisaria conquistar a confiança de seu terrível inimigo, Dragneel — quem havia matado todos os conhecidos de Lucy, e esta jurara vingança — e entregar a pedra misteriosa, que este possui, para a albina, Lisanna.

Tirando proveito do rosado, que de alguma forma conhecia Layla, a loira faz um trato de entregar a caixa que sua mãe guardara algo valioso, se ele a levasse até o outro lado do penhasco. Dias passam, e eles caminham lado a lado, a relação entre os dois continuava péssima, e os perigos que a garota passava só a deixavam mais exausta.

Os dois viajantes chegam até uma vila, denominada de Kondor. Lá, não são recebidos muito bem por seus moradores. Lucy não entende o porque, e continua sem explicações, mesmo após um loiro desconhecido, Sting, aparecer subitamente na taberna e mostrar ter desavenças e assuntos a acertar com o rosado. Assuntos estes mais sérios do que Lucy poderia pensar.

Todo o abalo emocional do incidente na vila não se extinguira por completo, mesmo após sete dias, e em meio essa explosão de sentimentos, por pouco não tentara enforcar o rosado, porém, com isto, acabara descobrindo uma marca similar ao número 7 atrás da nuca do rapaz.

 

No último capítulo:

Mesmo após um dia cheio, Lucy é despedida do trabalho na taberna, e enquanto despeja o lixo frente a uma velha moradia abandonada, escuta mais do que deveria. Sting, suspeitosamente, conversa com alguém, do qual, dirige como Primeira. Lucy agora está envolvida em planos desconhecidos a ela. E Natsu parece estar mais do que encrencado. Sting percebe os ouvidos à escuta, mas Lucy consegue escapar. Entre a chuva impiedosa que a castiga.

 

 

Seventh Zone.

(Sétima Zona)

Atualmente – Sétimo dia – Noite.

Coloque o som de chuva para melhores experiências. 

 

Temia olhar para trás, mas depois de alguns minutos correndo pela extensa rua de pedras, encho os pulmões de coragem e arrisco uma olhada pelo ombro. Não havia nada além dos pingos vorazes de chuva. Quando volto a atenção para frente outra vez, agora um pouco mais tranquila sabendo que ninguém me assombrava pelas costas, tropeço os pés cansados e arranhados no solo rústico, enquanto vejo o mundo ir ao chão. Ralo os joelhos no ato. Não sobram forças para levantar. Panturrilha, pés e agora joelhos; minhas pernas já estão machucadas o bastante. Com a pressa, acabei esquecendo de pegar as botas, e isso explicava a ardência nas solas dos pés em contato com o chão. Os cortes logo infeccionarão se não os lavar rapidamente.

Agarro-me ao tronco que repousava uma das tochas – na qual sobravam somente brasas – para me apoiar, enquanto o peito sobe e desce incessantemente. Trovoadas dançam pelos céus vez ou outra, e eu já quase me rendo ao frio e aos limites que o corpo me impõe. Olho adiante para ter uma boa noção da distância até o beco, porém toda a sequência de casas enfileiradas e iguais me desorienta. E pensando melhor, com a tempestade, era bem improvável que o rosado ainda estivesse lá, então onde estaria? Talvez tenha voltado para a taberna para me importunar novamente.

Ergo-me com a ajuda do apoio e continuo prosseguindo, desta vez rastejando. A roupa gelada por baixo da armadura gruda em minha pele trazendo-me arrepios consecutivos, e até o barulho do bater de dentes me causa irritação. Desejo meu lar, a imagem da lareira quentinha e aconchegante da sala vem-me à cabeça; nas noites mais frias, eu me sentava no tapete felpudo em frente às chamas com a caneca do chocolate quente já entre as mãos, ao tempo em que viajava nas incríveis histórias de Anna Heartfilia, a primordial de nossa família. Minha mãe sempre contava-me suas aventuras, seu grande poder celestial, e sobre seu envolvimento com Una Magia. Lamentavelmente, muitas informações se perderam através dos anos, e as histórias tornaram-se incompletas e superficiais, ainda assim, amava ouvi-las até adormecer.

Por breves segundos, a recordação me faz esquecer do frio que me engloba como uma doma de gelo. Infelizmente, foram realmente breves pois, provavelmente, aquela queda de temperatura decorria de uma frente fria, vinda de Iceberg, ao nordeste, uma das regiões mais geladas do continente de Ishgar. Abraço-me, esfregando os braços com as mãos ao dar o primeiro espirro. Eu havia corrido tanto que agora preciso retornar muitos metros até o estabelecimento, e na velocidade de meu rastejo, talvez chegasse lá no dia seguinte.

— Eu acordei pensando que a casa desabaria, mas descobri que era só você espirrando.

Meu coração quase bate recorde dos cem metros rasos quando aquele timbre inconfundível vibra ao pé do ouvido esquerdo. Ergo o rosto, certamente incrédulo, para o segundo andar da casa ao lado e encontro-o debruçado sobre o parapeito da janela, observando-me presunçoso.

— O que você está fazendo aí?

— Bem, como você pode ver, estou nesta janela falando com você. – ironiza, a bochecha esquerda apoiada em sua mão, distorcendo levemente os traços faciais. Uma posição tão despreocupada, que eu imaginava se continuaria assim depois de saber do fato ocorrido minutos atrás.

— Há há. – forço a voz numa risada seca, e sem graça. – Desculpa dragãozinho, – sua expressão se irrita com a forma que me refiro a ele. – mas agora não é hora de gracinhas, eu tenho assuntos sérios.

— Hm, vai me dar bronca porque a cobra te despediu? – arqueia a sobrancelha, voltando a repuxar o canto dos lábios.

— Talvez um pouquinho mais sérios. – sorrio.

O rosado me analisa por completa, detendo-se por instantes nas áreas lesionadas do meu corpo e logo arrasta seus olhos profundos para os meus. Eles aparentam ter muito a dizer, mas sua boca se contém em apenas uma palavra, por hora.

— Suba.

É tudo o que diz antes de adentrar no quarto, desaparecendo entre as cortinas.

Sem nenhuma contestação, aproximo-me da porta. Ela possui uma grande e engenhosa tranca, diferentemente das outras casas; de qualquer maneira, a porta situa-se encostada, então não houve problemas em abri-la.

O interior é maior do que aparenta por fora; encontro uma sala e uma cozinha logo atrás. Uma escada de uns quinze degraus no canto esquerdo do cômodo leva ao piso superior, onde Dragneel me espera. Não reparo muito nos detalhes do local, até pela sua simplicidade, mas principalmente porque minha atenção é tomada por três pessoas presentes ali, bem atrás de um sofá marrom-escuro, encarando-me como uma suposta delinquente. Um homem calvo de meia-idade protege com os braços uma camponesa que segura a filha no colo. A mulher e a menina se abraçam fortemente fitando-me amedrontadas, enquanto o homem crava um olhar de repugnância sobre minha existência.

Quero pedir desculpas pelo sofrimento que o rosado está fazendo-os passar, explicar que eu não sou este tipo de pessoa; entretanto, tudo o que ouso dizer é um mero “Com licença”, e assim, finalmente sigo para a escada após ouvir o chamado impaciente de cima.

Na verdade, não havia o que explicar àquelas pessoas. Explicação nenhuma mudaria o fato que estou acompanhando um assassino, e nada poderia negar que eu não estou ali por minha própria escolha. Eu mesma decidira seguir junto dele. Eu tive a escolha de ir sozinha, e se não vivesse até chegar a Magnólia, pelo menos morreria de alma pura. Eu tive a escolha de ir com Sting, ele não me faria mal se escolhesse seu lado, e, com certeza, conhecia outra maneira de atravessar o desfiladeiro; minha vingança seria realizada do mesmo jeito.

Eu tive outras escolhas, e mesmo assim, escolhi estar aqui.

Não sou este tipo de pessoa? Talvez eu seja, afinal, depois do que quase cometi durante a manhã, já não sei mais do que sou capaz. Desejo vingança, e isto não me faz bondosa ou inocente. Portanto, qual argumento daria a elas? Por que não deveriam me olhar daquela maneira? Quem é a pessoa refletida em seus olhos se não minha própria imagem?

Não havia o que explicar.

Subo os degraus de concreto vagarosamente, sabendo que posso desabar a qualquer momento, e ao atingir o segundo andar, um corredor estreito leva a duas portas fechadas. A julgar por onde encontra-se a janela, certamente é a porta à direita. Adentro com um sentimento estranho de familiaridade. Há quanto tempo não entro em um quarto? Parecem décadas.

Revela-se um aposento de pequena dimensão com poucos móveis – uma cama de casal, um berço e um guarda-roupas – porém ainda assim, ajustados de tal maneira que tornam o ambiente espaçoso e confortável. O cheiro pesado e úmido de madeira molhada abafa o ar, e a lâmpada amarelada presa no teto fraqueja sua luz constantemente, sombreando vultos tenebrosos nas paredes.

Fecho a porta atrás de mim, e miro na figura com as pernas estiradas por cima dos lençóis, e as costas descansadas sobre a cabeceira da cama. Seus braços estão por trás da nuca como sempre, enquanto ele parece vaguear a mente em algum lugar, como se estivesse tão distraído que nem sequer nota a minha chegada. Contudo, basta um piscar, e seus olhos já estão cravados em mim. O susto que a presa leva ao ser atacada sem qualquer sinal prévio, é semelhante ao que acabo de sentir. Dragneel não se distrai facilmente.

— Deixe-me adivinhar. – rompo o silêncio, calma por fora, em desespero por dentro. – Aquele homem lá embaixo é o suposto líder que achei que já havia batido as botas, mas que está vivinho-da-silva porque alguém sossegado o bastante não está a fim de causar uma rebelião inconveniente. Desta forma, preferiu apenas ameaçá-lo de morte caso contasse algo para os moradores…

— Dedução sagaz, srta. Não-se-meta-onde-não-é-chamada.

— …enquanto aproveita-se de uma ótima hospitalidade. – termino a frase, incrédula com sua forma suja de jogar.

— Olha, se quiser ficar na chuva, à vontade.

Bufo. Por mais errado que fosse, certamente foi inteligente de sua parte arranjar abrigo.

— Eu só estou dizendo que você foi muito extremista e que poderíamos ter-

Ele corta minhas palavras, impaciente.

— Poderíamos ter o quê? Batido de porta em porta, pedindo encarecidamente que alguém nos abrigasse enquanto atirassem estacas em nossas cabeças a cada soleira?! Esse é o seu mundo politicamente correto e colorido? O quanto valeu? 100 ienes? – ele franze o cenho ao observar minhas mãos vazias e volta os olhos para os meus. – Afinal, onde está o dinheiro?

— Não o trouxe. – pronuncio firmemente, sem me sentir abalada com o descuido.

— O quê? Agora você faz trabalho voluntário? – zomba.

— Errado. Creio que não precisaremos mais dele.

Dragneel desliza os pés para fora da cama num sinal de alerta, precipitando o corpo para cima, os músculos rígidos. Seus cabelos róseos, caindo levemente sobre os olhos, sombreiam seu rosto de forma fantasmagórica sob a luz débil e piscante da lâmpada.

— Que assuntos tão sérios são esses que você veio tratar?

Receio mediante sua drástica mudança de tom, mascaradamente calmo.

— Que devemos partir o quanto antes.

— Devido…? – aproxima-se a passos cautelosos como um felino.

Encolho os ombros por um milésimo de segundo, ao perceber que a parede já se encontra em meu encalço, mas logo aprumo o peito antes de entoar a questão ao meu favor.

— Primeiro. – ergo o indicador. – Há uma condição.

Não serei a presa aqui.

Elevando o queixo e cruzando os braços, o rosado assente para que eu continue.

— Quero saber o que é o '7' tatuado na sua nuca.

A memória do número negro marcado em sua pele me intrigara durante todo o dia, ainda mais após sua abrupta reação quando a expiei, indagando a mim mesma, explicações plausíveis para o que quer que aquilo significasse. Além disso, este símbolo poderia ter alguma relação com as informações reveladas no casebre.

Ele, no entanto, permanece impassível, mas estou tão concentrada nos detalhes de seu rosto em busca de pistas que noto as linhas faciais de Dragneel se contorcerem minimamente.

— Espero que tenha em mente os riscos que assume. – expõe os caninos detrás dos lábios sorridentes. Engulo em seco. – A marca me define como o último Sétimo.

— Sétimo? – sibilo a palavra mais para mim mesma, fazendo conexão com Primeira, proferida por Sting anteriormente. Haveria então uma ordem cardinal dos números? Mas para quê? E se cada cardinal representasse uma pessoa, existiria alguém conhecido como Segundo, Terceiro, Quarto e assim por diante? A ordem se prolongaria em quantas posições? — E o que isto lhe representa? – pergunto, querendo abstrair mais.

— Representa como sendo este o meu território. Agora quer contar logo o tal assunto? – impaciência fluem de suas palavras, mas ignoro.

— Zona?

A palavra que o perseguia

Ele assente.

Balanço a cabeça, pensativa e assimilando todas as vezes que ele a citara, por hora, satisfeita.

— Certo. – inspiro profundamente, agora repassando em minha mente a ordem dos fatos da noite e medindo as palavras a serem usadas. – Logo depois de ser despedida – olho feio para o rosado – eu fui despejar o lixo perto de um casebre abandonado, quando ouvi vozes de lá de dentro e resolvi dar uma olhada. – ele me ouve atentamente, enquanto encaro seus olhos, esperando reação aos próximos dizeres – Certo alguém falava de você a uma tal de Primeira.

Como previ, as orbes negras ficaram nebulosas de ódio e ansiedade.

— Quem?

— Sting.

Soca o peitoril da janela.

— Sabia. – caminha até o outro lado do quarto, em direção a porta, e depois se volta para mim. Sua respiração é irregular e ele tenta manter a calma. – O que ele disse?

— Algo como C.P.D 7 foi ativado. O que significa?

Sua expressão se petrifica, a mandíbula se endurece, tensa. Por trás de seus olhos, seus pensamentos parecem vaguear em outro lugar.

Uma corrente elétrica eriça meus pelos, a preocupação perpassando todo meu corpo. A julgar pela forma como reagiu, não deveria ser algo muito prazeroso, especialmente por assustar o filho do dragão de fogo, a personificação do assustador. E eu agora pareço estar envolvida.

— O que significa? – repito, em urgência.

Ele sai do transe, e o olhar volta a se fixar no meu, parecendo avaliar se deve ou não responder. Por fim, acaba declarando.

— Sétimo Código Público de Destruição.

Deus, no que foi que eu meti?

Aproximando-se da porta fechada, ele encosta o ouvido na madeira, examinando os sons vindos do térreo, e acena para que eu feche as folhas de madeira da janela. Sigo seu comando com o coração retumbando dolorosamente para fora do peito. O perigo sibilando a melodia da morte em minhas entranhas.

— Temos que sair daqui.

A cortina d'água açoitando as ruas e residências junto ao chiado das ventanias ajudam a acobertar os sussurros firmes de sua voz, quando ele me puxa pelo pulso para perto.

— Diga-me algo que eu não saiba. – respondo no mesmo tom, irritada com seu aperto brusco, enquanto tento me soltar.

— Escute. – os ventos assobiam pelas frestas um canto de horror, chacoalhando a janela, e mal posso ouvir seu brado contido. – Minha imagem é pública agora. Não levará muito tempo até que me encontrem.

Estou atordoada e tenho que respirar profundamente para absorver as informações.

— Vão delatar minha posição.

Dragneel me encara sem desviar ou mesmo piscar, e o timbre é tão apreensivo que o meu primeiro pensamento é de estranheza. Nunca tinha visto o rosado tão seriamente cauteloso a ponto de abandonar seu espírito debochado. Isto apenas faz com que alarmes soem em minha cabeça: Perigo.

— À quem? – pergunto, tentando compreender a gravidade do assunto.

— O Conselho.

Sinto todo o sangue de meu rosto descer.

— O Conselho Mágico? – questiono, descrente. Como diabos ele se envolveu com o Conselho? Justo o Conselho?!

— Seus ratos virão para me caçar, ou melhor, – de repente, as folhas da janela irrompem para dentro, chicoteando as paredes. Levo um susto tão grande que quase agarro o rosado no ímpeto. – para me destruir!

— Deuses! – exclamo, e como se os deuses realmente respondessem, um forte clarão se espalha pelo quarto, vindo da janela, seguido de um trovão ensurdecedor. Um pouco mais cautelosa, sussurro com rispidez – O que você fez?

— O que eu fiz?! O quê eles fizeram! – uma veia salta de sua testa, enfurecido com minha acusação.

— Eles, eles, eles! Estou cansada de só ouvir 'eles'! De quem estamos falando?! – meu peito se agita.

Os fortes ventos que adentram a casa, trazendo a chuva, envolvem-nos como um furacão. Meu cabelo se sacode, quando percebo que estou tremendo de frio. Quero fechar a janela, mas Dragneel está quase me prensando à parede.

— Se eu realmente soubesse quem são, acha que eu já não teria os torrado vivos?! – indaga – A questão é que alguém está tramando contra mim, e este alguém está infiltrado entre os Governantes e recebendo uma ajudinha descarada do Conselho!

— Governantes? – pergunto, impaciente e confusa com o termo. Eu só quero fechar esta maldita janela!

—Os Governantes das Zonas, garota! – ele ruge como se fosse óbvio. – E você quer parar de fazer perguntas e escutar o que eu vou dizer?!

Reviro os olhos, mas fico quieta.

— Vamos ter que mudar nossa direção e chegar até Magnólia pelo mar. – seu tom se abaixa para um murmúrio, deixando claro a confidência de suas palavras. – Um caminho mais longo, porém mais seguro. As tropas, com certeza, virão pelo caminho mais curto, fora o fato de não existirem portais pelo mar. – tenho vontade de questionar o que seriam tais portais, mas seguro a língua. – Se alguém perguntar, diga que está indo ao desfiladeiro, você me entendeu?

Assinto.

— Ótimo. – exala, mais tranquilo.

Quando estou prestes a pedir que feche a janela, a tênue lâmpada, chacolhada pela ventania, rompe de vez com seu brilho vultuoso, deixando por conta apenas da enigmática luz cinzenta da lua – advinda detrás das massas escuras de nuvens – para moldar nossos corpos e objetos.

O quase breu não me permite ver os olhos ônix penetrantes, mas sei que está me encarando.

— Vamos sair logo após a chuva. – termina, antes de se afastar e realizar meu desejo interno, acalmando o quarto em uma escuridão que apenas permite a luz debilitada não se infiltrar muito além das frestas. – Até lá, bico fechado. – joga-se na cama, deixando claro que dormiria antes da partida e não estava a fim de interrupções em seu sono.

 

.    .    .

 

Nossos passos vibram as poças d'água sob nosso pés, mesmo com o maior dos cuidados, enquanto nos esgueiramos pelas sombras da noite. Não tenho ideia do horário, mas imagino que estejamos no meio da madrugada, por volta das três horas da manhã, quando a tempestade finalmente deu uma trégua. Dragneel caminha alguns metros a frente, atento, analisando cada ruído discordante do ecoar de nossos calcanhares na rua e das goteiras das calhas. Meus dedos nus congelam na água fria – um arrependimento crescente de ter abandonado as minhas botas no beco – e eu respiro languidamente diante do silêncio sinistro que reina os ares estáticos, como se até os ventos tivessem fugido de alguma entidade maligna que rondasse as ruas de Kondor.

Absorvo as novas informações, enquanto observo a silhueta escura do rosado locomover-se furtivamente entre casas. O Conselho Mágico está atrás de nós e teremos que mudar nossa trajetória para não sermos pegos numa emboscada. Maravilha. Quantos dias esse desvio pode acrescentar em nossa viagem? Arrependo-me de não ter fugido em quanto tive a chance, agora que fui vista junto do encrenqueiro, não ficaria surpresa se começasse a ver cartazes com meu rosto espalhados em todas as cidades de Fiore. Uma vez que o Conselho tem em mãos a sua imagem, jamais dará folga.

Durante minha vida inteira nunca escutei muito sobre o que acontecia lá dentro, que assuntos tratavam ou mesmo o que faziam com os prisioneiros depois de capturados. A única frase frequentemente ouvida e que todos os habitantes do reino conheciam como lei irrefutável é: Jamais se envolva com o Conselho Mágico. Quase queria rir agora, eu tinha me envolvido apesar dos avisos e este não parece ser qualquer caso pequeno de roubo.

Percebo o rosado olhar pelo ombro para mim como se para conferir de que era eu ali e não outra pessoa. Ele declarava ser alvo de uma artimanha articulada pelo Conselho e por alguém das tais Zonas. Pergunto-me se algo tão grande e aparentemente perfeito como o inabalável órgão mágico poderia agir tão corruptamente a ponto de cometer fraudes. Porém, esteja Dragneel mentindo ou não, não mudará o fato de que ele é perseguido, e eu estando no meio disso tudo, duvido que alguém ouvirá uma palavra a meu favor.

Estou tão absorta em minhas observações que mal noto o híbrido parar bruscamente de andar, e antes de eu pensar em questionar qualquer coisa, atirar-se para cima de mim, empurrando-me para um beco sombrio e silenciando o meu grito contido na garganta.

— Alguém nos observa. – é tudo o que diz.

Congelo por alguns instantes, meus ouvidos atentos a qualquer som que delatasse a presença de um intruso. No entanto, o silêncio é absoluto e nem mesmo grilos ou corujas se atrevem a quebrá-lo. É então que eu compreendo. Talvez tal ruído seja tão mínimo que ouvidos humanos não sejam capazes de detectá-lo. Analiso a feição de Dragneel. Mesmo sob a luz enfraquecida do luar, seus traços não mentem: as sobrancelhas juntas, os lábios comprimidos em linha reta, a cabeça levemente inclinada, ele ouve algo. Contudo, a confusão transparente em seus olhos também revela que não consegue interpretá-lo.

De súbito, franze o cenho e sua expressão se ilumina. Parece que encontrou a resposta.

— Mas é claro! – olha para os pés. – As sombras.

— O quê? – minha voz sai num fio.

— Onde houver luz, haverá sombras. Não é mesmo… – ele me puxa para um espaço mais amplo, longe do beco, e um círculo de fogo surge, rodeando-nos. – Rogue? – pronuncia, fitando a escuridão adentro do beco, onde as chamas não podem iluminar.

Então, como dançarinas da noite, as sombras começam a se locomover sozinhas, aderindo às mais diversas formas. Posso ver silhuetas de ratos, morcegos e aranhas enquanto outras são apenas manchas indistinguíveis. Elas tentam se aproximar do círculo de fogo sorrateiramente, mas tão logo o fazem, retornam, atônicas, para as trevas, como se queimadas pela luz alaranjada das chamas.

— Você não poderá possuir nossas sombras. – diz Dragneel, inflexível.

Numa fração de segundos as pequenas e aterrorizantes sombras andantes saem da negritude e se unem umas às outras em uma sombra maior, até que eu possa assimilá-la à silhueta de um homem. A figura se esboça nas paredes de uma casa próxima e, de repente, ao se movimentar, paira, deitada, na rua de pedras, brincando com a forma com que a luz se projeta nas diferentes superfícies.

Como se não bastasse as sinistras sombras se movendo sozinhas para me provocar calafrios, uma voz vinda do contorno negro do homem ressoa, macabra.

— Não há para onde fugir, filho do Phoenix.

Mais sombras surgem ao redor do fogo, agora parecendo lutar contra as chamas. As últimas arredam alguns centímetros, o brilho tremeluzindo, assustado, pelos vultos obscuros. Estou prestes a entrar em pânico. E pensar que eu achava Dragneel o ser mais assustador existente. O homem das sombras, com certeza, ganha em disparada.

— Não saia do círculo. Em hipótese alguma. – o timbre do híbrido é austero e autoritário.

Não me atrevo a questionar. Eu não sairia daqui nem se me pagassem. O fogo é o meu melhor amigo no momento, revela-nos onde as sombras se escondem e nos protege contra elas.

O rosado atravessa as chamas, afastando-se e em seguida mergulha na escuridão, antes que eu possa sequer perguntar se ele é louco ou algo assim.

— Hey! – grito – Volte aqui!

As labaredas parecem se enfraquecer ainda mais sem o seu criador perto delas. Encolho-me, abraçando a mim mesma. Ouço sons de combate, mas não faço ideia de onde venha, até que vejo um luzir amarelado nos fundos de uma moradia a algumas casas a frente. Reconheço o lugar, é o casebre abandonado de antes. Não tenho coragem para sair correndo até lá, mas as chamas logo se extinguirão. Ah, se eu mato esse cara.

— Natsu Dragneel! Volte já aqui! – berro mais uma vez, numa pilha de nervos. Um misto de raiva e medo.

Subitamente, o muro do casebre se estraçalha, lançando tábuas de madeira partidas e pontiagudas em várias direções. Só tendo sido possível enxergar graças as chamas que envolvem o rosado quando ele é atirado para o outro lado da rua, chocando-se com o tronco das tochas. Ouço o estralo vindo de suas costas e o gemido entre seus dentes. Ele, no entanto, se levanta – apesar de o rosto se contorcer pela dor – antes que duas figuras se aproximem. Uma envolta em luz, a outra embebida pelas sombras. A primeira eu reconheço como Sting. A outra, a julgar pelos cabelos e vestes negras, deve se tratar do homem das sombras, Rogue – como indicado pelo híbrido.

Os dois homens saem do território do casebre, pulando os destroços e caminhando tranquilamente até Dragneel. Eles o rodeiam como predadores conhecendo sua presa. Mas o híbrido não recua, em vez disso, rosna com os caninos à mostra.

Dois contra um. Que covardia.

Num piscar de olhos, os três corpos se chocam. É clara a desvantagem para Dragneel. Ao que aparenta, os dois opostos têm grande compatibilidade e já lutaram lado a lado inúmeras vezes. Entretanto, o rosado parece conhecer suas táticas pois, mesmo recebendo vários golpes, também acerta várias investidas em retorno.

Dragneel luta com seus punhos em chamas como em uma dança ensaiada. Joga seu corpo para cima de um dos oponentes – tudo é tão rápido que mal posso discernir quem é, mas presumo que seja Sting – queimando-lhe o rosto com o máximo de socos consecutivos que pode descarregar. O outro oponente por sua vez, se esgueira e lhe dá uma rasteira. Dragneel cai de cara no chão, enquanto Sting cambaleia alguns passos, recuperando-se de seu atordoamento. Vultos negros começam a embalar seus braços e pernas, mas o rosado queima-lhes tão logo o tocam.

Num impulso com os braços musculosos, já está de pé novamente. Seus olhos ônix lampejam ódio enquanto Sting e Rogue saltam em sua direção. O loiro dissemina uma forte luz branca pelo redor, criando variados formatos de sombras, facilmente manipuláveis pelo seu amigo. Quando a luz cega o rosado por alguns instantes, essa é a oportunidade perfeita para as sombras o enlaçarem. O filho do dragão de fogo se contorce, tentando escapar.

Aturdida com a luta, demoro a notar a adrenalina pulsar em minhas veias. Estou suando frio. O círculo continua a murchar, e as manchas negras encurtam a distância entre mim e elas. Elas parecem rir do meu pânico. Não, elas não parecem, elas estão rindo. Um zumbido agonizante.

Volto a olhar a briga. Dragneel se arrasta, ainda com as sombras o prendendo, e ruge fogo em direção a Rogue, mas o moreno desvia facilmente, deslizando pela negritude. Em um urro esganiçado de raiva, o rosado atiça seu corpo em enormes labaredas, derretendo até mesmo as pedras em que pisa. As sombras que o seguravam se esvaem. Mas a paz dura pouco. No momento seguinte, uma névoa clara o abraça e vultos escuros voam como fantasmas tão rápidos quanto a luz e acertam-lhe um atrás do outro, cortando-lhe a carne. O híbrido solta grunhidos de dor.

Preciso fazer alguma coisa ou não vai ser só Dragneel que ficará em picadinhos.

Olho ao redor e não vislumbro uma alma penada sequer. Tenho certeza que todos ouviram a luta e sabem que estamos aqui fora, mas algo me diz que estão do lado de Sting e Rogue, e que já sabiam desta luta muito previamente.

Há uma tocha acesa próxima de meu alcance, apenas pouco passos fora do círculo de fogo. Se eu conseguir pegá-la, posso me deslocar pelas sombras sem que peguem. Ameaço sair, levantando a perna, – tenho medo de me queimar com as chamas que batem até metade da canela – mas perco o equilíbrio – minhas pernas são varetas tremendo – e caio. Em chamas normais, já estaria cheia de queimaduras, porém, estas, por algum motivo, não me queimam.

Dragneel repara meu movimento num relance de olhar e brada entre os ataques que recebe.

— Não saia daí a menos que você queira que sua própria sombra a engula viva!

— Não tenho muitas opções, sabe! – retruco na mesma intensidade.

Receio ter despertado a atenção dos dois oponentes para mim, entretanto se eles me veem como ameaça não demonstram. Estão mais preocupados em contar quantos golpes acertam no rosado.

Adoro quando me subestimam, sempre facilita o meu deslocamento em campo.

Respiro fundo, tentando alavancar minhas energias. Vamos fazer um pequeno teste. Já que as chamas não me queimam, apenas abro caminho e, de repente, estou fora delas, mas, então, tão veloz quanto um raio, já estou de volta, protegida por seu tremeluzir quente e vermelho. As sombras sequer notaram meu ligeiro movimento, pois não se moveram um milímetro para me apanhar. Acabo de descobrir a fraqueza do inimigo e confirmar minha suposição. As sombras não enxergam. Elas são orientadas por Rogue, que agora está muito ocupado brincando com o híbrido. Elas não serão ameaça, enquanto ele não me ver. Se eu estiver errada, perco a vida, apenas. No entanto, confio em minha intuição e saio novamente dos limites das chamas. Meus músculos estão tensos com o medo de ter agido erroneamente. Porém, elas não se mexem. Perfeito.

Uso da negritude ao meu favor e me esgueiro furtivamente, silenciosa como um gato. Algo bom em estar com os pés descalços. Além de que, qualquer ruído que eu possa vir a fazer, será acobertado pelos altos grunhidos que rasgam a garganta do rosado.

Alcanço um pedaço de madeira pontiaguda – que uma vez pertencera ao muro do casebre – do chão. Seguro-o firmemente nos dedos. Eu só terei uma chance. Perfurar um dos dois pelas costas. Dragneel deve dar conta do outro.

Calmamente, passo atrás de passo me aproximo dos três homens. Vejo uma pequena poça de sangue se misturar com a água da rua. Os inúmeros cortes na pele do híbrido floreiam, salientes e sangrentos, enquanto o líquido rubro desliza até seus pés ou respinga pelo ar, junto ao suor, na sua defesa desesperada. Sinto até certa piedade por alguns instantes, mas balanço a cabeça, afastando os pensamentos desmiolados. Só estou do lado de Dragneel no momento, porque temos um acordo e dependo dele para isto.

Quase lá, quase lá.

Apenas cinco passos e será o momento que definirá a vida ou a morte. O corpo mais perto é o de Sting.

Ligeira, Lucy. Seja ligeira.

Contudo, a sorte não parece estar a meu favor. No momento em que me preparava para acertar-lhe profundamente na carne, o loiro se vira, os olhos arregalados de surpresa. Estou prestes a ser lançada pelos ares pelo seu punho brilhante, masligeira é o meu segundo nome, e mesmo que não tenha sido o planejado, consigo perfurar-lhe a coxa, com vontade, antes de voar para os destroços da casa abandonada. A dor da pancada é agonizante e não consigo reprimir um grito.

— Maldita! – berra Sting de joelhos.

Rogue também se vira para me olhar e logo as malditas sombras estão se aglomerando sobre mim, desta vez sem a proteção, estou totalmente vulnerável. Preparo-me para o fim e aperto os olhos, sentindo os toques gelados e obscuros me cobrindo.

Então, sinto as partículas do ar se agitarem. A calidez de um rugido de fogo. Abro os olhos a tempo de ver Dragneel saltando por trás dos oponentes distraídos. Sim. Eu os mantive distraídos pelo tempo suficiente para o rosado contra-atacar. O fogo vermelho e brilhante os embrulha, com leveza, e então eles disparam para longe como um foguete, sumindo de vista.

O cheiro de queimado me desperta do deslumbre da cena e me vejo enrascada, minha própria sombra está me sugando para baixo, ao mesmo tempo que as outras prendem meus braços. Estou debatendo-me descontrolada, fazendo-me afundar mais.

— Pare de se debater. Vai afundar mais. – diz o rosado, aproximando-se, o rosto pingando de suor e sangue.

— Diga-me algo que eu não saiba! – lágrimas de frustração escorrem pelas minhas bochechas, enquanto paro de me sacudir.

Ele coloca o pé em brasas sobre minha sombra para queimá-la, só funcionando por alguns segundos, quando ela decide me afundar mais rápido. Sem hesitação, Dragneel muda o alvo para as sombras em meus braços, queimando-as com as mãos. Funciona, e sinto meus pulsos livres.

Ele se agacha enquanto eu enlaço meus braços em seu pescoço com firmeza. Os seus rodeiam minha cintura e eu o escuto balbuciar algo como “para me segurar bem porque vai doer”. Aperto ainda mais os braços, em resposta, e ele me puxa com uma força assombrosa. Minha sombra-viva torna-se apenas sombra e somos arremessados, caindo no outro lado da rua.

Respiro com dificuldade, uma dor latejando da cintura para baixo. Estou exausta e com frio, devido minhas roupas ainda estarem molhadas, mas um calor envolve meu corpo, confortavelmente, e apesar de ter sido arremessada, não sinto a dor da pancada. Tudo o que sinto é estar protegidamente embalada e aquecida. Tenho vontade de fechar os olhos e dormir assim mesmo. No entanto, assim que escuto uma respiração pesarosa fazer cócegas em meu ouvido, as lembranças emergem e afasto-me bruscamente do corpo quente, desenlaçando-me do abraço.

Da distância que estou, posso fitar suas órbitas negras, levemente arregaladas, Não entendo, porém, se a surpresa vem do jeito como o abracei ou da forma brusca que o distanciei. Mas isso realmente não importa. O que me deixa, alarmada, é a maneira como me senti segura em seus braços e como desejei que – mesmo que por uma fração de segundos – este momento se tornasse eterno. Tranco qualquer pensamento igualmente incabível nas profundezas da mente depois disso.

No desespero fazemos e sentimos coisas inimagináveis. 


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Notas finais do capítulo

Links:
Música 1. https://www.youtube.com/watch?v=im1neMgl9Ek
Música 2. https://www.youtube.com/watch?v=LnxjMZwFn90

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E então, gostaram?
Espera, espera! Detectamos um NaLu no ar? Finalmente surgindo? Simmmm! ♥
Quando vai ter o próximo capítulo? Deus sabe x-x
Se eu me esqueci do Happy? A resposta é não. Ele resolveu dar umas voltas por aí. xD
Onde a Bianca está? Foi viajar, aquela ingrata. Deus sabe² pra onde. Clima de férias é isso aí.
Se ela vai voltar para as notas? Não sei, está tão bom assim, sem interrupções desagradáveis. -u-
A menos que vocês queiram que ela volte, aí eu vou ter que ir atrás dela. kkk

Enfim, até mais queridos leitores! ;*



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