Passion escrita por Mari


Capítulo 48
Capítulo 44 - O que fazer?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538735/chapter/48

Eu estava desesperada porque sabia que minha mãe pretendia cumprir com a sua palavra e me afastar dele para sempre.
Ele me garantiu que não desistiria de mim e que nós daríamos um jeito.
Naquele dia dormi um pouco mais tranquila, com suas palavras ardendo em minha mente como se gravadas a ferro.
Para minha surpresa, no outro dia minha mãe confisca meu celular e meu computador. Durante essa semana, todos os dias em que fui para a aula, um armário ambulante me seguiu e não deixou ninguém se aproximar. Tentei várias vezes despistar ele, mas ele parecia uma águia e estava sempre atento.
Agora estou deitada no meu quarto, olhando para o teto e imaginando o que German está fazendo. Certamente ele sabe que eu não entrei em contato porque aconteceu alguma coisa.
Estou pensando em nossos momentos juntos quando escuto uma gritaria vindo de lá de fora. Escuto uma voz meu chamando.
– ANGIE.-
Reconheço essa voz, não acredito que ele está aqui.
Desço correndo as escadas e vou o mais rápido possível. Vejo German agarrado ao portão fechado, gritando.
Minha mãe está gritando para ele ir embora imediatamente.
Passo igual a um furacão por ela e me choco com o portão, segurando as mãos de German pela abertura das barras de ferro.
– German, meu amor. Senti tanta a sua falta.- Digo.
– Coração, também senti sua falta.- Nós damos um selinho desajeitado por entre as barras.
Sinto mãos fortes me puxando, olho pra cima e vejo o segurança que a minha mãe contratou para me vigiar. Eu tento resistir, mas ele é muito forte. Me agarro com toda força nas mãos de German, determinada a não me soltar dele.
– Leve ela para dentro imediatamente.- Escuto a voz fria da minha mãe falando.
– Sim, senhora. Vamos srta.-
Ele me puxa e eu me seguro nas barras e nas mãos de German.
– Angie, meu amor. Eu te amo, nós vamos dar um jeito de ficarmos juntos.- Ele diz começando a chorar.
– Eu sei, eu também te amo. Muito.- Digo também chorando.
Finalmente, com um pouco de violência, eu sou arrancada da grade. Minhas mãos deslizam pelas de German, sem conseguirmos nos segurar um no outro.
O segurança me arrasta para dentro de casa enquanto eu me debato, tentando me soltar de seu aperto de aço.
Choro, me debato e grito.
– GERMAN!-
– ANGIE!- Ele grita de volta.
– ANGIE, EU TE AMO. EU TE AMO!-
– EU TE AMO, GERMAN.- Grito o mais alto que posso.
– NÓS VAMOS CONSEGUIR. NÓS VAMOS FICAR...- Sua voz é abafada pela porta se fechando.
Já dentro de casa, o segurança me solta e eu tento correr para fora de novo, mas ele me impede.
Segurando fortemente meu braço, ele me guia até meu quarto e me joga para dentro, batendo a porta logo em seguida.
Abro a porta e dou de cara com seu peito musculoso.
– Estarei guardando sua porta até próximas instruções. Por favor srta Saramego, volte para dentro.- Sua voz é calma e profissional.
Bato a porta em sua cara e me jogo na cama. Chorando como nunca chorei em toda minha vida.
Não acredito nisso. Minha mãe não pode conseguir me separar de German. Ela não pode.
***
Mais uma semana se passou. Não vi, falei ou tive qualquer noticia de German.
É final de tarde e estou andando de um lado para o outro em meu quarto.
Toc, Toc, Toc.
– Entre.- Digo desanimada.
– Angie, a mãe da Cami está no telefone. Ela quer falar com você.- Mamãe me entrega o telefone sem fio e eu o levo até minha orelha.
– Alô, Bárbara?-
– Alô, oi Angie. Como você está?-
– Bem. Como está a Cami, ainda se recuperando?-
– Sim, ela está se recuperando muito bem. Olha, é por isso que eu te liguei. Eu queria saber se você pode vir até aqui em casa.-
– Ir na sua casa? Mas eu achei que...-
– A Cami está precisando muito de você. Sei que vocês ainda não estão se falando, mas...será que você poderia vir e oferecer algum apoio?-
Olho para minha mãe interrogativamente, ela parece ponderar sobre o assunto mas depois assente.
Sorrio.
– Ok, Bárbara. Estou a caminho.-
***
Entro na casa dos Kyle e o armário ambulante vem junto.
– Oi, Angie. Que bom que você veio.- Bárbara me cumprimenta. Quando ela percebe o homem gigante atrás de mim, fica sem jeito.
– É meu segurança. É só ignorar.- Explico.
– Ah sim, entendo.-
– Cami está no seu quarto?- Pergunto.
– Sim. Por favor, Angie, tente fazer ela falar. Ela precisa conversar com alguém sobre tudo isso.-
– Vou tentar, Bárbara. Espero que não tenha mais tanta raiva de mim.-
Chego na porta e bato três vezes, abro uma fresta e olho para dentro do quarto.
– Posso entrar?-
Cami está deitada em sua cama, ela me olha surpresa e não diz nada. Então apenas entro.
– Oi, vim ver como você está.-
– Estou bem, obrigada.- Ela responde num sussurro.
Olho seu rosto abatido e sua postura derrotada.
– Tem certeza?-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM @Violeteros_BR beijos Mari



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Passion" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.