Ellie escrita por Khaleesi


Capítulo 3
Flowers.


Notas iniciais do capítulo

OEEEEEEEEE! O cap deve ta um bosta mas...nesse ep eu vou fazer vocês CHORAREM! Zoa zoa, se a pessoa tiver de tpm que nem eu talvez ela chore...ou não, talvez ela odeie a XXXXXXXX hehehe. Tenham uma boa leitura!



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Terminamos de tomar o café em silêncio, afinal, meu pai lia seu jornal sem desviar o olhar, e eu olhava para todo o canto, menos para ele.
Estaria bravo comigo por insistir tanto em usar o vestido? Espero que não.

– Com licença. - Sebastian entrou. - a carruagem está pronta.

Finalmente! Me levantei animada. Não são muitas as vezes que vou ao centro, normalmente é uma vez ao ano, ou seja, no meu aniversário. Era sempre a mesma coisa, eu era acordada por nosso mordomo, Meyrin me vestia com algo da minha cor favorita - ou seja, vermelho. -, nós descíamos, eu era recebida por uma montanha de presentes, depois do café íamos ao centro, comprávamos um vestido de minha escolha, voltávamos, eu me arrumava para a festa, descia cantávamos parabéns e ai eu ia ler algum livro,ficar no jardim ou pedia para Sebastian me levar ao túmulo de mamãe.
Mas esse ano, não iria ser uma simples festa particular, seria um grande baile, onde eu iria poder conhecer gente nova, e quem sabe até fazer amigos, e além de tudo, estaria usando o vestido da minha mãe.

– Então, vamos. - meu pai tomou um último gole do chá, era raro ele comer ou beber qualquer coisa junto comigo no café, e quando comia ou bebia, era um simples chá. E além do que, era a única refeição que fazia comigo, nunca pude deixar de estranhar isso.

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– Eu já disse que amo vir para cá? - perguntei a Sebastian, enquanto eu andava entre ele e meu pai pelo centro de Londres.

– Hoje ainda não. - ele riu baixinho.

– Eu amo vir para cá. - afirmei.

Andamos mais um pouco até pararmos em frente a uma padaria.

– Filha, eu vou ir comprar uma coisa, então vou lhe deixar com Sebastian até eu voltar certo? - meu pai me encarou.

– Mas...- desisti de pedi-lo para ficar comigo. - o que é?

– Uma surpresa. - piscou e me deu um beijo na testa. - até logo.

Então saiu apressado. Suspirei e encarei Sebastian.

– Vamos comer uma torta? Estou com fome. - pedi.

– Claro, vamos . - ele me ofereceu seu braço.

Entrelacei-o com o meu e entramos na padaria. Observamos as tortas que tinham e eu escolhi uma de morango acompanhada de um chá de canela. Me sentei em uma mesa para dois meio afastada esperando Sebastian fazer o pedido. Fiquei um tempo esperando até ele chegar com o que eu pedi em mão e um sorriso no rosto.

– Demorou. - resmunguei.

– Gomenasai. - respondeu, colocando a torta e o chá a minha frente e se sentando.

– Não pediu nada para você? - observei, logo depois comendo uma garfada do bolo.

– Estou sem fome. - respondeu.

– Como sempre. - revirei os olhos. - você e o meu pai nunca estão com fome, e nunca os vi fazendo qualquer refeição, além daquele chá que ele nem parece sentir o gosto, isso é muito estranho.

Sebastian não falou nada, apenas permaneceu me encarando, com um pequeno sorrisinho no rosto pálido. Bufei e voltei a me servir, ainda sentindo seu olhar sobre mim. O encarei de volta, parecia que estávamos em uma brincadeira na qual não podia piscar.

– Eu gosto dos seus olhos. - falei de repente.

Ele franziu a testa com a declaração.

– Por que você gostaria dos olhos de um mero mordomo como eu?

– Primeiro: é uma ordem, não fale assim de sí mesmo, está proibido. Segundo: Vermelho é a minha cor favorita, achei que sabia disso.

– Yes, my small lady. - ele fez sinal com a cabeça. - e obrigado.

Sorri e voltei a me servir, eu amo morangos, morangos são tão bons...e com esse chá de canela com leite quente é muito melhor, eu amo morangos, eu amo bolo de morangos.

– Eu também gosto dos seus olhos. - ele falou de repente, me retirando de meus pensamentos loucos. - verde também é uma bela cor.

Senti meu rosto esquentar e desviei o olhar, olhando para a xícara de chá, que diferente do prato, ainda estava um pouco cheia.

– Ari-Arigatou. - tirei minhas mãos de meu colo, as usando para contornar a xícara.

Sebastian retirou um relógio de seu bolso do bolso de seu fraque e me olhou sorrindo.

– Vamos, seu pai me deu ordens para encontrarmos com ele antes do almoço para irem a um restaurante, mas você não estará com fome, então provavelmente iremos a algum outro lugar. - informou, guardando o relógio novamente se levantando.

Sebastian caminhou até mim, me oferecendo o braço, que obviamente, aceitei, e saímos da padaria. Conversamos sobre coisas banais até chegar no destino, como livros em comum que havíamos lido, ou até sobre a aula de dança na qual segundo ele, eu puxei os pés da minha mãe para a dança, já que meu pai era uma negação em tal. Logo avistei meu pai com uma sacola em mãos, olhando em volta impacientemente, ele olhou em nossa direção, mas pareceu não nos identificar, então acenei sorrindo, e ele nos encarou. Fui mais rápido em direção ao mesmo, arrastando Sebastian.

– Olá. - sorri. - e ai, o que você foi fazer?

Sim, eu sou muito curiosa.

– Ainda é surpresa. - respondeu. - Sebastian! Carregue isto para mim!

Sebastian assentiu e segurou a sacola que antes meu pai carregava.

– Então pequena, está com fome? - meu pai me perguntou.

– Não, Sebastian e eu fomos comer bolo...eu amo bolo de morango...- murmurei a última parte, fazendo Sebastian rir baixinho e meu pai sorrir minimamente, acho que é o único modo que ele sorri.

– Então, por que não vamos fazer uma visita a sua mãe? - perguntou, entrelaçando nossos braços.

– Acho que seria uma ótima ideia. - respondi, com um sorriso amarelo nos lábios.

No caminho de volta para a carruagem, comprei algumas flores para dar de presente a mamãe, eram ao todo, cinco, comprei exatamente nesta ordem: Tulipa, Lírio, Rosa, Jasmin e Copo d' leite. Eram suas flores favoritas, e as minhas também. Pedi para a floricultora amarrar elas com um laço o mais fofo o possível, acho que mamãe vai ficar feliz.

– Chegamos. - ouvi a voz de Sebastian enquanto o mesmo abria a porta da carruagem.

Observei o enorme portão do cemitério da cidade, meu pai suspirou e desceu da carruagem, indo na frente. Desviei lentamente o olhar do cemitério para Sebastian, que mantinha sua mão esticada, esperando eu segurá-la. A segurei e desci da carruagem com sua ajuda.
Sebastian estava prestes a entrar no cemitério conosco mas...

– Sebastian, é uma ordem, nos espere ai. - ordenou meu pai.

– Yes, my lord. - se reverenciou e se direcionou novamente a carruagem.

Eu e meu pai fomos calados em direção a um túmulo mais afastado, porém era um dos mais bem cuidados, além de, por incrível que pareça, estar situado em um local agradável. Cheguei mais perto e me ajoelhei em frente ao túmulo.

"Lady Elizabeth Ethel Cordelia Midford

1875 - 1895

Esposa dedicada e mãe amada"

Depositei um beijo nas flores e as coloquei reencontradas no túmulo, senti a mão gelada de meu pai sob meus ombros.

– Por que não conversa um pouco com ela? - sugeriu.

Assenti.

– Bom mamãe...hoje é meu aniversário. - murmurei. - de certa forma, é o seu também não é? - permiti que algumas lágrimas salgadas escorressem pela minha bochecha rosada. - como sempre, está sendo um bom aniversário, desta vez até poderei usar aquele seu vestido especial, é bem...fofo, eu acho que essa seria a palavra. Pode parecer egoísta mas, eu também queria que você estivesse aqui. - disse entre um soluço. - não se esqueça que eu te amo, certo?

Conforme eu me levantava, o vento ficou um pouco mais forte, fazendo meus cabelos esvoaçarem um pouco, por um momento, pude jurar que ouvi uma voz feminina murmurar em meu ouvido: " Eu também te amo, minha flor. ". Caminhei até meu pai que estava um pouco distante, com a vista um pouco embaçada, ele me esperava de braços abertos, e assim que cheguei perto, o abracei.

– Papai. - solucei.

– Sim?

– A Mamãe...morreu por minha culpa não foi? - mais lágrimas desciam pelo meu rosto.

Meu pai quebrou o abraço, me segurando pelos ombros e me encarando.

– Ellie, nunca mais pense nisso, é claro que não é sua culpa minha filha, não se culpe assim, você acha que a sua mãe iria gostar de te ver assim? - solucei, e meu pai secou uma lágrima com seu dedo. - eu não gosto de ter ver assim também - murmurou meio relutante, ele não é muito de expressar sentimentos. - então sorria, certo?

Assenti.

– Vamos, sorria. - ele brincava com as minhas bochechas, tentando me fazer sorrir, e conseguiu arrancar uma risada, o que o fez sorrir levemente. - isso aí.

Começamos a caminhar de volta a carruagem, mas uma pergunta batucava em minha cabeça.

– Pai? - chamei.

– Sim?

– Por que você também não vai conversar com a mamãe? Ela deve sentir sua falta. - sorri, e senti meu pai ficar tenso por um segundo. - tudo bem, eu não conto para ninguém, vou estar lhe esperando.

Cobri a boca com o dedo indicador, indicando segredo, meu pai sorriu amarelo, como sempre, então, o observei caminhar de volta ao túmulo de mamãe. Ela realmente deve sentir saudades dele.


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Notas finais do capítulo

Gemt, Sebastian e Ellie, shippável ou não shippável? Eu chorei que nem uma doida escrevendo esse ep, pq minha tpm e foda, eu sou estressada, agressiva, chorosa, e carente tudo ao mesmo tempo, é pois é, vem tirar minha carência Sebas-chan...
MDS EU PRECISO DE UM MÉDICO MSM! BEZINHOS GEMT.



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