Le Cygne - HYATUS escrita por Luciana Vasconcelos


Capítulo 4
Au revoir, London


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite!!!

Eu sei que demorei muito, muito mesmo!!!
Eu passei por vários problemas esses dias...Vou explicar tudo agora =>

* Meus ensaios para minha apresentação do ballet começaram,
* Distendi minha coxa e tive que fazer fisioterapia,
* Perdi meu pen-drive, que tinha todos os capítulos e roteiros das minhas fics,
* Minha vó foi internada, ela tem Alzheimer,
* Minha mãe perdeu o emprego por causa do item acima,
* Minhas provas da faculdade começaram e tive que estudar,
* Levei bomba em algumas delas...

Resumindo meus dia foram um caos durante esses meses! Infelizmente, não posso prometer que vou postar com a frequência que eu postava antes, até porque ainda tenho que organizar o roteiro das minhas outras fics, por hora, só organizei dessa aqui e a Stolen Love... e organizar minha vida...

Eu espero que vocês, realmente, me entendam! :/

Espero que gostem!!!



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.:Natalie:.

Acomodada na poltrona do avião, que me levaria para a grande oportunidade de minha vida, eu pensava sobre tudo que já vivi em Londres e o que eu perderia e ganharia em partir. Na parte dos ganhos, a possibilidade de ter a carreira que sempre sonhei e a oportunidade de tentar “voar” com minhas próprias asas, mas em compensação eu perderia a companhia da minha protetora mãe, além de desconhecer o local onde eu iria por meus pés desse momento em diante.

Sem dúvida, o que mais doía era partir deixando a minha mãe inocente e gentil sozinha na nebulosa cidade de Londres. Na verdade, eu não sentiria falta de mais nada, pois eu nunca fui apegada a essa cidade. Apesar de estar triste por ter que partir e deixar aquela que fez tudo por mim sozinha, por outro lado meu peito estava inflado de felicidade. Eu tinha a oportunidade de realizar meu sonho, apesar de ter apenas 20 anos, a chance de me tornar Prima Ballerina de um grande teatro.

Ouvi as vozes dos pilotos informando que o avião estava prestes a decolar, instantaneamente senti minha barriga gelar. Desejei que tudo desse certo, que eu conseguisse realizar meu sonho, que minha mãe avoada ficasse bem... Fechei meus olhos para tentar dormir, pois seriam longas setes horas de voo para chegar em Nova York. Aos poucos, meu corpo caiu na inconsciência dando espaço para mais um de meus vividos sonhos.

− Dream on –

Vários bailarinos dançavam num estúdio de ballet amplo, era mais uma das sequencias de aula que fiz durante toda minha vida. Todos estavam fazendo movimentos iguais na barra, suaves a sua maneira pessoal. Eu me vi entre dois bailarinos executando os mesmos passos que os outros bailarinos. Parecia que estava feliz, apesar do semblante concentrado.

Logo as sequencias de centro começaram, era uma aula comum sem sapatilhas de ponta apenas para treino técnico. Começamos com um Adagio simples, apenas algumas elevações de perna, para terminar a aula realizamos um pequeno alegro, com alguns saltos pequenos.

https://www.youtube.com/watch?v=WAwWu-AVdwg

− Dream off

Acordei apenas quando o avião já estava em manobra para pouso, já era possível ver os prédios de Nova York. Tenho que confessar que um dos que mais apareciam, aos meus olhos, era a famosa Torre Vingadores. O chão foi ficando cada vez mais próximo do avião e a ansiedade me dominou totalmente.

− Natalie, seu momento chegou... – Falei para mim num sussurro.

...

..

.

Assim que saí do aeroporto, fui em direção ao ponto de taxi. Não foi difícil encontrar um, afinal eu falava o mesmo idioma que eles, apenas tinha um sotaque diferente. Em verdade, eu consegui dois taxis, pois o primeiro eu cedi para um casal de idosos que estava com dificuldades em conseguir um. Assim que os coloquei no carro, procurei um novo para mim.

− Por favor, me leve para esse endereço... – Estiquei o braço, mostrando o papel com o endereço do meu apartamento temporário para o taxista.

− A senhorita está aqui temporariamente? – Ele me perguntou gentil depois de um tempo.

− Eu espero que não... – Respondi sorrindo.

− Oportunidade de emprego? – Ele perguntou mais uma vez.

−Eu diria que é uma oportunidade de sonho! – Falei sorrindo calorosamente.

− Boa sorte, então, moça! – Ele falou assim que parou na frente de uma casa simples. – Está entregue...

− Quando custou? – Perguntei.

− U$ 30,00. – Respondeu.

Vi o táxi se afastar pelas ruas movimentadas da minha nova cidade, logo após ter pagado ao taxista pelo seu serviço. Andei em passos lentos, puxando minhas malas, até a porta da frente da pequena casa que eu tinha alugado. Assim como o proprietário disse, a chave estava em baixo do capacho de frente a porta.

A casa era simples, na verdade ela tinha uma decoração neutra, bem característica de casas de aluguel para temporada. Deixei as malas na sala e comecei a explorar os cômodos da casa, vi que ela era bastante aconchegante. Depois que olhei a casa, decidi tomar um banho para tirar a sujeira da viagem de meu corpo.

Coloquei uma roupa simples, um vestido básico, e calcei uma sapatilha. Eu não havia trazido muitos pertences para Nova York, afinal eu talvez nem ficasse morando aqui, tudo dependia do teste que eu teria amanhã cedo. A casa já estava limpa e, portanto, não precisei a limpar, apenas tirei alguns itens que eu mais uso das malas.

http://www.polyvore.com/63/set?id=131574019

Depois de pôr minhas bolsas de viagem no quarto que escolhi para dormir, decidi sair um pouco para conhecer a cidade e comer algo. Peguei apenas uma bolsa pequena para colocar minha carteira, documentos e celular e saí em direção à rua. Andei por bons minutos, admirando a vida noturna nova iorquina. Realmente as pessoas daqui eram bastante agitadas, elas não paravam um segundo sequer. Ora estavam falando, ora comendo... Bastante diferente dos londrinos, mas acho que posso me acostumar.

O encanto com a agitação da cidade me fez preferir comer algo na rua mesmo, eu não queria parar de ver as expressões das pessoas. Desde de pequena que eu tenho o costume de observar os diferentes comportamentos e reações das pessoas ao meu redor, não seria diferente em NY.

A medida que o tempo passava as ruas ficavam cada vez mais vazias, a correria dava lugar a uma certa calmaria. Apesar de tudo ao meu redor estivesse sereno a ansiedade não me deixava relaxar. A cada minuto que passava, o teste ficava mais próximo e como consequência eu ficava mais nervosa.

Andei lentamente pelas calcadas até avistar a famosa área verde a da cidade, o Central Park. Continuei meu caminho por dentro das ruas do parque, não me surpreendendo por ele não estar mais agitado que a cidade ao meu redor. Parei numa parte do parque que formava um círculo perfeito onde várias ruas se encontravam. Uma ideia passou pela minha mente no momento que me coloquei no centro do círculo.

Toda vez que eu me sentia nervosa, ansiosa, ou até mesmo triste eu costumava dançar e era o que eu faria... Dessa forma a tensão da audição que mudaria minha vida seria suavizada. Coloquei minha bolsa em um canto da calçadinha e escolhi umas das várias músicas clássicas que tinha em meu celular. A música escolhida foi correspondente a variação do primeiro ato do ballet Giselle. Assim que ouvi os primeiros acordes da música soar comecei a dançar.

Inicialmente, apenas senti os meandros das notas musicais que me levavam para um outro mundo. Neste momento eu era apenas uma camponesa feliz executando pliés, arabesques, penchées, petit battements, dèboulès, pirouettes... Eu era Giselle, desde o momento que comecei a dançar a coreografada variação. A medida que a música chegava ao fim, os passos também chegavam e junto com o termino deles a calmaria começou a tomar conta de minha mente.

Com a pose final, a última nota da música soou, mas não tive tempo de sentir meu coração mais leve. O som de palmas vinha de algum lugar entre as arvores me assustando. Semicerrei meus olhos na tentativa de ver a origem das palmas, mas tudo estava escuro na região das arvores. Aos poucos a silhueta de um homem que andava em minha direção podia ser vista.

Eu não conseguia me mover, parecia que estava pregada ao chão. Minha mente formulava várias maneiras distintas de fugir, mas meus pés não obedeciam ao comando de minha mente. As palmas ficavam cada vez mais próximas de onde eu estava e era possível ver mais claramente o contorno do corpo do homem que estava me aterrorizando.

− Você dança muito bem... – Ouvi a voz do homem se direcionar a mim me fazendo o encarar assustada. Ele era loiro, alto, olhos azuis e forte... Eu estava encrencada, pois com aqueles músculos ele passaria por um lutador de boxe fácil. – Desculpe se a assustei, mas não pude deixar de a cumprimentar! – Ele continuou a falar. Passei a observar os movimentos dele, não parecia que iria fazer algo contra mim, mas ainda assim passava a impressão que era perigoso.

− Você não me assustou! – Falei tentando o convencer.

− Acredito... – Ele respondeu sarcástico, provavelmente não acreditando que eu não tinha me assustado. – Me chamo Clint Barton! – Se apresentou esticando a mão em minha direção.

− Natalie... – Falei meu nome e segurei sua mão.

− É um prazer te conhecer, Natalie... – Ele falou me fazendo corar.

− Bem, Clint... – Comecei a falar. – Foi um prazer te conhecer, mas eu preciso ir... – Falei enquanto pegava minha bolsa no chão.

− Se importa se eu lhe acompanhar? – Ele perguntou me olhando fixamente.


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Notas finais do capítulo

Notas finais =>

1. Prima Ballerina => Primeira bailarina
2. Adagio => Sequência de passos lentos na barra ou no centro, desenvolvendo o equilíbrio e a força do bailarino (a)
3. Allegro => Sequência de passos rápidos no centro
4. Plié, Arabesque, Penchée, Petit Battement, Dèboulè, Pirouette => Passos de ballet.


Comentem!!
bju



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