Camp Half-Blood ~ Fic Interativa escrita por Little Avenger


Capítulo 21
Capítulo XX — Marissa


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem e POR FAVOR, leiam as notas finais...



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"Há um outro mundo, há um mundo melhor... Bem, deve haver" — The Smiths.

O encontro com Hécate não tinha sido tão ruim quanto eu esperava. Com todos os sorrisos psicóticos da mulher, eu não esperava que ela nos deixasse vivos até o fim da noite.

Mas para a surpresa de todos, ela tinha nos contado o que estava planejando fazer – nos fazendo fazer um pacto para que os planos dela não saíssem dali, um pacto bem estranho que envolvia um contrato com sangue – e no fim, nos deixou em segurança no acampamento, deixando conosco apenas as marcas do contrato e uma bênção que ela disse que nos serviria para a guerra que estava por vir.

Ela também ofereceu a Effy e a mim, a opção de se juntar a ela e se tornar uma feiticeira, mas nenhuma de nós duas aceitou. Acho que meu pai ficaria feliz se eu me juntasse a deusa da magia, mas eu não queria aquilo para mim, não mesmo.

Adentramos a casa branca, desanimados. Quíron nos tinha mandado para encontrar Hécate, descobrir seus planos e contar as coisas a ele para que juntos pudéssemos resolver tudo, mas não era bem isso que iria acontecer.

— E então, o que descobriram? — Quíron perguntou assim que nos acomodamos na sala de estar da casa grande.

— Não podemos contar — Leo se pronunciou.

Quíron nos olhou com a testa franzida, era de se esperar que o centauro não estivesse entendendo nada.

— Ela nos fez jurar com um pacto — Falei, dando de ombros.

— Um pacto de sangue — Effy completou.

A verdade era que tínhamos descoberto mais do que deveríamos, coisas que os deuses estavam fazendo e que tinha feito eu me sentir enojada por um momento. Semideuses estavam sendo mortos e seus corpos estavam sendo recolhidos juntamente com suas almas e a essência dos dois juntos iria dar poder a um feitiço que faria a maioria dos deuses ficar mais forte.

Mas nisso tudo havia um porém, os deuses só podiam usar as almas e corpos de seus próprios filhos mortos em batalha. Como eu disse: Muito doentio.

— Ela fez o que? — Quíron perguntou e ele parecia meio perplexo.

Juntos, Leo, Effy e eu mostramos a marca para ele. Em nossos pulsos, no lugar do pequeno corte que a deusa tinha feito, havia uma meia-lua com uma estrela com uma estrela na ponta. O símbolo era negro como os olhos da própria Hécate.

— E ela nos deu uma benção, também — Effy falou.

— É, ela disse que somos os escolhidos dela — Completei, concordando com Effy. A

gora querendo ou não estávamos ligados por Hécate, Quíron soltou um suspiro cansado e nos mandou ir descansar, já que não podíamos fazer nada no momento.

Eu só conseguia pensar nas coisas que Hécate tinha falado para nós. Era muita informação e carregar o fardo de ser marcado por ela era muito, também. Eu não ia conseguir dormir, não agora. Apesar de já estar tarde, mas me forcei a ir para o chalé, eu estava quase pior que um zumbi e precisava descansar.

Assim que adentrei o chalé encontrei Carolina, Nico e Aline me esperando.

— Não posso falar nada, estou presa por um pacto — Levantei o pulso para mostrar a marca da meia-lua.

Nem esperei que eles falassem alguma coisa, apenas peguei uma toalha, roupas limpas e me tranquei no banheiro.

[...]

Acordei com os malditos raios solares batendo em meu rosto e resmungando um pouco, resolvi levantar. Depois de tudo o que tinha acontecido resolvi reservar meu tempo livre para os treinos, já que Hécate tinha dito que uma guerra estava por vir, eu precisava me preparar.

Havia algumas semanas que eu tinha me interessado pela arma arco e flecha, e afim de aprender um pouco mais sobre a arma, comecei a ler alguns tutoriais de como usá-la. Meus irmãos ainda estavam dormindo, então eu fiz o mínimo de barulho possível ao me arrumar para sair do chalé.

Caminhei pelo acampamento com o arco na mão e uma aljava com algumas flechas nas costas, fui até o local onde tinha arrumado tudo para treinar, um lugar no meio da floresta e eu tinha desenhado alguns alvos numas árvores ali. Ignorando os pequenos animais que me observavam ali, comecei a me preparar, estava determinada a acertar todos os alvos. Imaginei uma linha de tiro, que era a linha que ficava entre eu e o alvo e afastei minha perna de modo que a linha imaginária ficasse entre elas, como meu olho dominante era o direito segurei o arco com a mão esquerda.

Deixei minha postura reta e relaxada, tentando ficar confortável, mas firme. Assim, formei um “T” com meu tronco e ombros, apontei o arco para o chão e encaixei a haste de uma flecha que eu tinha pegado na aljava em minhas costas na rabeira do arco.

Manti meu dedo indicador acima da flecha e os dedos médios e anelar abaixo, como sempre fazia, estava concentrada no que estava fazendo quando um barulho me chamou atenção, levantei os olhos e vi um coelho na frente de uma das árvores que eu tinha desenhado um alvo, meus lábios se curvaram num pequeno sorriso, eu não gostava muito de matar animais, mas seria mais interessante se eu acertasse ele, tentei fazer o mínimo de barulho possível para que o lindo coelho branco não fugisse.

Levantei e posicionei meu arco, mirando no coelho que parecia não saber o perigo que estava correndo ali, já que estava de costas pra mim e manti meu braço que estava segurando o arco em direção ao alvo, deixando meu cotovelo paralelo ao chão, suspirei duas vezes com calma e puxei a corda juntamente com a flecha em direção ao meu rosto e sem pensar duas vezes, deixei meus dedos relaxarem, fazendo com que a flecha atravessasse o local em direção ao lindo coelho branco.

Mais uma vez um pequeno sorriso se formou em meus lábios quando vi os pelos branquinhos do coelho ficar vermelho sangue, eu tinha acertado bem na cabeça do pobre coitado, mas até que tinha sido melhor assim, pelo menos tinha o poupado da dor.

Deixei o coelho pra lá e peguei outra flecha da aljava, a ajeitei no arco, mirei no alvo que tinha na árvore perto do coelho morto, suspirei calmamente duas vezes e deixei meus dedos relaxarem, escutei o zumbido da flecha indo em direção ao alvo e me arrepiei, não sabia como, mas aquele barulho me deixava meio agoniada.

Novamente tinha acertado o alvo, sorri, satisfeita comigo mesma e mudei de posição, girando para o lado direito e pegando outra flecha da aljava, encaixei a haste da flecha no arco, mirei e soltei, a flecha fez o zumbido que fez eu me arrepiar novamente e foi direto para o alvo. Aquilo estava ficando entediante, então resolvi procurar coisas vivas para atirar. Peguei as flechas que estavam agarradas nos alvos e a que estava no coelho morto e fui andar pela floresta.

Não demorei muito para encontrar alguma coisa para atirar minhas lindas flechas, primeiro, encontrei um pobre esquilo perto do lago, não demorei muito em posicionar a flecha no arco, mirar no esquilo e atirar, mas parece que eu não me concentrei o bastante, pois a flecha passou de raspão pelo esquilo que saiu correndo e foi parar numa árvore do outro lado do lago, soltei um suspiro pesado, uma flecha perdida, pelo jeito eu deveria ter ficado só nas árvores mesmo.

Depois de algum tempo decidi parar de tentar matar bichinhos inocentes, sentir a vida se esvaindo deles me deixava meio fraca. Voltei ao local que estavam as árvores marcadas, peguei mais uma flecha, posicionei no arco, mirei e atirei, acertei mais um alvo e decidi que já bastava por aquele dia, eu poderia voltar mais tarde se quisesse. Peguei a flecha que estava agarrada na árvore e saí caminhando de volta ao acampamento.

Ainda tinha que dar algumas explicações aos meus irmãos, querendo ou não.


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Notas finais do capítulo

Então... Nesse houve algumas explicações do que houve na missão com Hécate, eu vou deixar tudo beeeeem mais claro ao decorrer da fanfic. Bem, eu sempre falo que vou postar num dia e nunca posto, então não vou dar um dia certo, não sei quando vai sair o próximo, mas não vou demorar tanto já que agora estou de férias ~AMÉM~.
Até o próximo, amores ;*