Algumas garotas são piores do que muitos monstros.

Se você está lendo isso, provavelmente você me conhece – eu fiquei, de certa forma, famoso depois que o escriba sênior do acampamento meio-sangue, o Tio Rich, publicou as minhas aventuras em uma série de livros de ficção – e, provavelmente, você leu esses livros. Mas você só conhece as aventuras que eu vivo no verão. Essa começou no ano escolar.

Veja bem, quando eu disse garotas,eu não quis dizer Annabeth, Clarisse, ou qualquer outra campista.

Essa história é da época em que eu ainda estudava no Internato Para Crianças Problemáticas Yancy, um pouco antes de Grover me achar.

Bom, você deve saber que Grover Underwood é o meu melhor amigo – e, provavelmente, você também deve saber que ele é um sátiro – mas o que você não sabe é que eu tinha um melhor amigo antes dele. Na verdade, amiga.

O nome dela era Julie. Ela tinha pele azeitonada e cabelos encaracolados castanho-escuros, mas seus olhos eram cinza tempestuosos, como os de Annabeth. Ela sempre estava de jeans escuros e um moletom roxo surrado. No geral ela era muito legal, embora às vezes desse alguns ataques de super inteligência. Ela desenhava bem, e vivia fazendo desenhos de batalhas gregas, como as que aconteciam no acampamento. Foi por isso que eu me aproximei dela.

Quando Grover entrou na Yancy, nós três andávamos juntos e estudávamos na mesma classe.

Mas, depois daquele incidente com a Sra. Dodds ela simplesmente sumiu. Do nada.

Mas eu a vi de novo

Olha, eu vou pular toda a história do primeiro e do segundo livro porque eu acho que você já conhece ela. Mas assim que eu voltei do Mar de Monstros eu a encontrei.

Bom, quando chegamos ao acampamento, ninguém nos deu muita atenção. Afinal, a missão era de Clarisse. Assim, foi fácil passar pela multidão.

Eu, particularmente, estava morrendo de fome. Então, fui direto ao pavilhão do refeitório, e lá estava ela, limpando as mesas.

– Julie? – chamei. – O que você está fazendo aqui?

– Percy? – Ela parecia tão perplexa quanto eu. – O que... Como você chegou aqui? – ela me olhou confusa. Depois, enrubesceu. – Não me diga que... Ah, meus Deuses! Você também? –