Is he a Ken guy? escrita por Lets


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oiiii lindezas, tudo bem? Vim na hora certinha dessa vez! Hahahaha
Tenho algumas considerações para dar pra vocês, então não deixem de ler as notas finais!
Esse capítulo não ficou muito comprido, mas é crucial para a história, ok?
Atendendo pedidos, coloquei o narrador explicito antes, ok? Hahaha
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538440/chapter/7

POV Rafael Gutenberg

— Amor, não se meta nisso.

— Mas, Rafa, eu não posso deixá-los se separarem!

— Mari, você não tem nada a ver com isso. Deixa que eles se resolvem.

Ela bufou e fechou a cara, sentando de braços cruzados na poltrona de meu quarto. Ri de sua cara emburrada, fazendo-a me olhar mortalmente.

— Mari, nem todo mundo nasceu pra ficar junto. As pessoas se divorciam. Nossos pais são os perfeitos exemplos disso.

— Eu sei, mas... Sei lá, a Cintia era tão feliz com o Gabriel. Não sei o que aconteceu.

— Não sabemos o que eles passavam juntos, amor. Vai ver eles nunca foram 100% felizes um com o outro.

— E passaram 10 anos juntos por quê?!

— Sei lá. Não to na cabeça de nenhum dos dois pra saber.

— Eu só queria que todos fossem felizes juntos. A Cintia com o Gabriel, a Miranda com o Douglas e o Victor com a Bruna. É tão difícil assim?

— É. Não depende de você, Mari. Você já foi longe demais chamando a Bruna para ir ao jantar. Deixe-os se resolverem. Se for para ficarem juntos, eles vão achar um jeito.

A loira bufou e se deitou na cama de costas para mim. Deitei ao seu lado, passando meu braço por sua cintura, puxando suas costas para encostar em meu peito. Tirei seu cabelo de meu caminho e beijei atrás de sua orelha.

— Amor... — chamei enquanto beijava sua nuca

Percebi que ela se arrepiou, mas não me respondeu. Sorri e voltei a beijar sua nuca, até sua orelha. Dei uma mordida em seu lóbulo e ouvi um gemido baixo em resposta.

— Princesa, não me ignora. Por favor. Só quero seu bem.

Continuei beijando seu pescoço e apertando sua cintura enquanto a sentia relaxar contra meu corpo. Pouco a pouco Mari foi virando de frente para mim e seus lábios tomaram conta dos meus.

— Eu odeio quando você me demove de meus pensamentos desse jeito. — ela falou contra meus lábios

— Odeia?! — perguntei sarcasticamente

— Você entendeu. — nós rimos

Deitei por cima de seu corpo, apoiando meu peso em meus cotovelos enquanto suas mãos mexiam em meus cabelos, me arrepiando. Aproveitando que não tinha ninguém na casa da minha mãe, nos amamos em minha antiga cama, como se voltássemos a ser adolescentes.

POV Cintia Sanchez

Acordei com o sol batendo em meu rosto. Devo ter esquecido a cortina aberta. Me espreguicei, virando de barriga para cima. Abri os olhos lentamente, me acostumando com a claridade. Meu corpo estava coberto pelo lençol. Somente pelo lençol.

— Merda. — xinguei baixo ao me lembrar da noite passada

Ouvi um barulho vindo da cozinha, como uma panela caindo. Levantei rapidamente, me enrolando no lençol. Da sala já pude ver Gabriel ligando o fogão com uma frigideira em cima.

— Ãhn, bom dia? — me pronunciei

— Oi Cintia. Precisamos conversar. — ele se virou para mim e sua boca escancarou quando viu que eu estava enrolada somente no lençol

— Ta bom. Vou só colocar uma roupa.

Voltei ao quarto e me vesti com um shorts e uma camiseta básica, branca. Andei lentamente até a cozinha novamente, notando que Gabriel servia o café.

— O que você quer fazer? — ele me perguntou repentinamente

— Sobre o quê?

— Nós, Cintia. Sobre nós.

— Ainda existe um nós?

— Caralho, Cintia. Estamos casados, não estamos?

— Estamos, mas olha a filha da putagem que você ta fazendo comigo!

Estamos casados, mas não agimos como um casal! Muito menos como pessoas apaixonadas!

— Você ta apaixonada por mim?

— Cacete, Gabriel! Você sabe que eu sempre fui apaixonada por você!

— Então por que me traiu?

— Não traí, porra! — comecei a gritar — Eu estava conhecendo meu novo advogado, seu desgraçado estúpido!

— "Conhecendo" em um restaurante elegante? Ao lado do melhor motel de São Paulo? Me engana que eu gosto. — ele gritou também

— Me ouve, cacete! Você me viu beijando ele? Flertando com ele? Não, porra! E sabe por quê? Porque eu não fiz nada disso! — senti meu rosto vermelho e meus olhos lacrimejarem de raiva

— Não se atreva a chorar! Você sabe que eu não gosto quando chora!

Lágrimas escaparam de meus olhos sem que eu pudesse segurar. Sequei minhas bochechas com o dorso da mão, mantendo meu olhar no seu.

— Vá embora, Gabriel. E não volte mais.

Dei as costas e fui para meu quarto, fechando a porta atrás de mim.

— Não vire as costas pra mim, Cintia! — ouvi seus passos pesados atrás de mim e a porta se abriu, iluminando o ambiente

— Chega, Gabriel, chega! Quer se divorciar? Ta bom, eu te dou o divórcio com o maior prazer. Mas eu não aguento mais isso! Não aguento mais essa baboseira toda!

— Caralho, Cintia, eu só quero resolver isso!

— O que você quer que eu diga? Quer que eu fale que te traí? Então pode tirar o cavalinho da chuva, porque não vou me incriminar por algo que não fiz.

— Cintia, eu sei o que eu vi.

— E o que você viu?

— Você e um homem em um restaurante elegante, ao lado de um motel, conversando e rindo.

— Você ta supondo que eu te traí porque um cara me fez rir? Sério mesmo?

— Cintia, é suspeito, entende? O que você faria se fosse o contrário?

— Primeiro, eu não te seguiria. E se eu o fizesse, ficaria puta, com certeza. Mas não pediria o divórcio, a não ser que visse você flertando, beijando ou transando com a mulher. Exigiria explicações, claro. Talvez fizesse um escândalo no meio do restaurante. Mas não tentaria tirar tudo de você. Se você quer o divórcio, tudo bem. Mas não seja hipócrita para falar que quer se divorciar porque eu te traí. Não crie motivos. Seja honesto comigo e consigo mesmo.

— Cintia, eu não... Não sei mais no que acreditar.

— E é isso que mais me magoa. Estamos juntos há dez anos e você não confia em mim. Não acredita em mim. Eu sei que de uns tempos pra cá você ficou mais inseguro e desconfiado do que era no início do nosso namoro. Mas isso não justifica.

— Claro que eu fiquei inseguro. Você já se viu no espelho? Já notou quantos homens te secam quando você sai na rua? Eu não aguento saber que você pode me largar pra ficar com outro mais bonito ou que te dá mais atenção.

— Gabriel, você é muito contraditório. Você tem medo que eu te largue, mas você está me largando. Diz que eu tenho admiradores, mas não vê as menininhas te olhando. Várias garotas com a metade da minha idade e o dobro do meu corpo te encaram por onde você passa. Vê a idiotice?

— Como assim? Garotas me olhando?

— Claro!

— Juro que não percebo.

— Assim como eu não percebo os caras me encarando. Que saco, Gabriel. O que você quer de mim?

— Eu quero que você seja só minha.

— Eu sou só sua. Mas você está me deixando ir. Por que essa contradição?

— Eu achei que meu medo tivesse se realizado... Sei que fui estúpido por não acreditar em você. Me desculpe.

Ficamos em silêncio, somente nos encarando. Por um lado, entendia seu pensamento. Por outro, não aceito que ele não tenha acreditado em mim.

— Ainda quer se divorciar? — ele me perguntou

— Eu preciso pensar, Gabriel. Você pode me deixar sozinha?

Ele abaixou o olhar para seus pés e assentiu, saindo do quarto e fechando a porta atrás de si. Desabei na cama e pus-me a chorar.

POV Gabriel Sanchez

Quis me socar ao ouvir Cintia chorar. Nunca quis machuca-la. Eu a amo, como sempre amei.

Nunca havia me passado pela cabeça que eu posso ter tantas admiradoras quanto ela tem admiradores. Para mim, ela sempre foi melhor, mais bonita, mais elegante do que eu.

Em que mundo eu, com essa proximidade dos 30 anos, estaria tão enxuto quanto ela? Merda. To parecendo uma menininha com toda essa insegurança. E agora, graças a essa papagaiada toda, magoei a mulher que eu amo.

O pensamento de perdê-la me assolou. Como eu pude ser tão estúpido? Desde quando Cintia me trairia? No que eu estava pensando quando entrei com aquele pedido de divórcio?!

— Ah! — gritei socando a parede da sala — Filho da puta! — xinguei ao ver sangue nas juntas de minhas mãos

Levei minha mão ao peito, apertando-a. Não jorrava sangue, mas escorria um filete, pingando no chão, sujando-o com o líquido viscoso vermelho.

Senti mãos delicadas puxarem minha mão machucada de meu aperto. Cintia não olhou em meus olhos, mas vi o reflexo de suas lágrimas em suas bochechas. Ainda sem me olhar, ela me puxou em direção ao quarto, me deixando sentado na cama enquanto ela sumia no banheiro. Voltou alguns segundos depois com uma caixinha de primeiros socorros na mão.

Pegou um algodão com álcool e limpou meu corte, me fazendo tremer com o ardor. Instintivamente, puxei minha mão de volta ao "abrigo", onde ela não arderia tanto.

— Seja homem, Gabriel. — Cintia falou, ainda sem me olhar nos olhos e puxou minha mão para seu colo

— Cintia, eu...

— Não. — ela me interrompeu — Eu estou exausta, Gabriel. Conversamos em um outro dia.

Assenti, não querendo força-la a nada. Conversaríamos e resolveríamos essa situação que minha insegurança nos colocou, certo? Assim eu esperava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai?? O que acharam?? ESTOU SENTINDO MUITA FALTA DE VOCÊS NOS COMENTÁRIOS!

Então, considerações: essa temporada não será muito longa. 10, 15 capítulos no máximo. Não que eu não goste dessa história. Vocês sabem que ISABG é minha vida! Mas não tenho muito o que colocar nessa segunda temporada e não quero alongá-la a ponto de se tornar cansativo. Além disso, estou começando um outro projeto que só vou começar a postar quando terminar este daqui. Mas mais pra frente eu falo sobre isso.
Bom, acho que era basicamente isso mesmo. Se vocês quiserem alguma cena especial, me avisem que eu coloco, ok?

GENTE, MAIS UMA COISA: me digam o que estão achando, por favor. To meio perdida, sem saber se vocês estão gostando ou não. Tenho minhas comentaristas fiéis (beijos, lindas), mas adoraria que vocês, leitores fantasmas, se pronunciassem também!

Twitter: @le_prior
Facebook: https://www.facebook.com/groups/923925350956442/
Grupo no WhatsApp: só passar seu número (com DDD) por MP

Não se esqueçam de comentar e recomendar!
Beijos, até a próxima