Como é a vida não é? Em um dia você é a garota mais popular no outro ninguém mais olha na sua cara.

Já faz duas semanas que estou na quimioterapia e o resultado de tudo isso é que agora meu cabelo esta um pouco mais curto (eu resolvi corta-lo), mas isso não significa que eu não esteja com pouco cabelo (MEU LINDO CABELO ROXO!), agora as toucas fazem parte do meu guarda-roupa, e sobre doador: não, nenhum. Eu prefiro pensar que isso por um lado seja bom sabe... Está bem eu não tenho nenhum argumento valido.

A escola ficou uma droga, aquela idiota da Bia contou para todo mundo sobre a minha “condição” e agora por onde eu passo escuto os cochichos das pessoas.

–Olha é essa garota que esta com câncer-cochicha uma garota, eu tento fingir que não escuto, mas é difícil, antes de ir tirar satisfação com a garota o garoto que seria meu par para o baile chega na minha frente e diz

–Escuta... Eu não sei como dizer isso-diz ele coçando a nuca-Eu não vou mais ao baile com você... Desculpa não é nada pessoal- ele vira as costas e sai então o sinal toca em questão de segundos o corredor se torna um deserto, eu ainda não havia ido pegar meu livro no armário então eu estava indo para lá. Quando cheguei vi que Castiel estava um pouco longe, mas ele me olhava de um jeito estranho é claro que eu não estranhei afinal todos estão me olhando desse jeito ultimamente.

Na aula

Se concentrar se tornou algo impossível, às vezes por causa da quimioterapia eu ficava Castiel, Lysandre e Nathaniel estavam trocando bilhetes e o professor Faraize viu ele pegou o bilhete, ele foi lê-lo em voz alta, mas paralisou e ficou em silencio sua expressão ficou seria e ele simplesmente devolveu o bilhete para Lysandre.

–Eu quero conversar com vocês três depois da aula- disse o professor serio e eles assentiram com a cabeça

A aula então se passou em silencio os garotos apenas trocavam olhares. A aula então acabou e todos saíram exceto os três eu admito que fiquei muito curiosa para saber sobre o que eles iriam conversar e parecia um assunto serio.

No intervalo eu fui para o clube de jardinagem e me sentei em um banco que tem lá. Era estranho não estar com Ambre e as garotas ela me julgou tanto sobre assunto do câncer, mas se pensar bem foi ela que causou tudo isso afinal quem no dia das eleições quem põem fogo em uma parte da escola? Eu sinto que perdi tudo, que voltei à estaca zero eu sinto que é como se eu estivesse de novo no primeiro ano e a Ambre me odiasse (acho que a única diferença entre isso é que agora eu já estou no terceiro ano) e... Eu paro de ter esses pensamentos quando percebo que há alguém me olhando atrás de uns arbustos, levanto-me do banco e vou ver quem eu imagino que seja Peggy fazendo algumas especulações para colocar no jornal da escola, mas quando chego perto dos arbustos consigo ver o topo de uma cabeça com os cabelos roxos como os meus só que mais escuro era aquela tal de Violette quando ela me viu ficou cabisbaixa e corou não pude deixar de perguntar a final ela estava me espionando.

–O que você esta fazendo?-perguntei

–... –ela não respondeu ficou apenas em silencio

–Você é surda por acaso? Me responde garota-digo indignada

–V-você uma vez me disse para eu nunca te responder- ela continua cabisbaixa

–Okay essa regra não vale mais então me diga o que você estava fazendo?- pergunto já estressada

–É... Que onde você estava sentada a luz pegava em seu rosto e você ficava bonita... - ela deu uma pausa- M-mas eu não estou te chamando de feia e... - ela voltou a ficar cabisbaixa e agora estava corada então eu sai.

O resto do dia passou anormalmente (sim anormalmente), isso tudo começou quando saiu o jornal da escola e por incrível que pareça eu não era a capa claro que eu estava achando isso bizarro (não que seja estrelismo da minha parte), mas era algo estranho porque muitas pessoas têm falado sobre mim ou talvez seja só neura talvez ninguém ligue para esse assunto o que é algo bom não quero que sintam pena de mim enfim... La estava eu pela primeira vez prestando atenção no ridículo jornal da Peggy esporte, tirinhas, piadas, colunas e depois uma longa extremamente longa entrevista da Ambre resolvi ler e metade daquilo ela falava sobre mim metade daquilo era falsidade.

“Acho que chocou a todos nos de Sweet Amoris esse assunto sobre minha melhor amiga Jessie ela é extremante importante para todos nos e em nosso grupo eu sei que ela é a mais importante. Todos nos ficamos extremamente chateados quando descobrimos por fontes anônimas que minha melhor amiga estava doente e eu juro que eu faria de tudo por ela nessa fase tão complicada...”.

Essa garota é ridícula e falsa “fontes anônimas” essa fonte se chama Bia B-I-A. Não pude deixar isso passar é claro que eu fui tirar satisfação com ela afinal ela se aproveitou da minha doença para se fazer de boazinha. Como ainda faltavam alguns minutos para o intervalo acabar eu sabia onde ela estava fui em direção à biblioteca e lá estava ela em um dosa corredores se agarrando com Castiel eles não haviam percebido então os separei empurrando Castiel com tanta força que quando ele bateu em uma estante acabou fazendo um forte estrondo.

–Ei!-disse ele enfurecido, mas não dei a mínima me virei para Ambre e ela fazia uma expressão misturada com susto e raiva.

–Como pode fazer isso Ambre? Se aproveitar do meu problema para que os outros lhe elogiem você é louca!-disse da forma mais fria o possível

–Primeiro eu não sei do que você esta falando e segundo não faça mais isso-ela tomou o jornal de minhas mãos e leu uma pequena parte da noticia- Nossa... Que foto horrível minha que escolheram-diz ela de um jeito extremamente fútil

–Que merda Ambre para de ser fútil desse jeito você primeiro me diz que não quer um câncer ambulante com você e seus cães, mas depois vai e diz que faria de tudo por mim. Se quiser fazer de tudo para me ajudar me doe seu rim!

–O que eu danificar minha saúde por você nem morta!-diz ela enquanto Castiel apenas nos observa.