It girl escrita por lillil


Capítulo 17
Mais fotos e um casamento


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curtinho porque as grandes tretas vão vir no próximo!



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P.o.v Ambre

O mais já havia chegado ao fim o que significa que fotos novas chegariam, onde será que o fotografo estaria dessa vez?

Ouvi o barulho do carteiro saindo, então me levantei do sofá (onde aguardava atenciosamente) o mais rápido o possível e corri para a caixa do correio para pegar as fotos.

...

Escolhi um bom lugar para me sentar nos sofás da sala, calmamente abri o envelope azul em que as fotos vinham, eu já havia decorado tudo o que ocorria quando chegavam às fotos, rasguei a parte superior do envelope e peguei as fotos, dessa vez eram cinco ao todo, uma bela paisagem em Estocolmo (sei a localização por causa do selo no envelope), uma foto de duas casas com cores extremamente coloridas, uma mulher ruiva com os cabelos na altura dos ombros com os braços envoltos nos ombros de alguém, mas esta pessoa havia sido cortada da foto, atrás da foto com a mulher havia penas o nome Célia talvez esse fosse o nome da bela ruiva, uma capela de arquitetura gótica (muito bonita por sinal), e por fim possivelmente Célia sentada em um banco de costas para a câmera.

Senti algo leve cair em meus pés descalços, parei de olhar as fotos para checar o que havia caído, era mais um envelope dessa vez dourado com branco, não era comum vir algo mais com as fotos... Será que o fotografo havia deixado algo cair no envelope?

Abri o envelope que pelo seu design e cor parecia ser extremamente frágil, era um convite, um convite que me deixou com um misto de emoções.

Célia & Nathaniel

“Amor verdadeiro é aquele que o vento nunca leva e a distancia por mais que seja longa, nunca se separa”- Autor desconhecido.

09-09-15

Local: Catedral de São Nicolau (Storkyrkan)

Guarde e aguarde esta data, ela mudara tudo!

Eu fiquei chocada, Nathaniel estava noivo.

Olhei dentro do envelope do convite de casamento para ver se tinha algo, e tinha, uma folha de caderno mal dobrado, com uma letra extremamente caprichosa, reconheci rápido até demais, era a letra de Nathaniel, o bilhete possuía um pedido breve: “venha para Estocolmo o mais rápido o possível, e, por favor, não traga os SEUS pais”. - era o que estava escrito.

Levei certo tempo para digerir aquilo, o pseudo-mistério havia sido resolvido, o fotografo apenas um pouco misterioso teve sua identidade revelada, ele tinha razão de não querer meus pais lá talvez minha mãe não seja a culpada, mas do quarto dela era possível ouvir os gritos de socorro e desespero do meu irmão, talvez ela se fingisse de surda e cega ou talvez apanhasse também. Por mais que já tivessem se passado seis anos para mim era como se fosse seis horas ou seis minutos, eu ainda moro com meus pais, eu sinto a falta do Nathaniel. Eles não. Se eu entrar em seu quarto seu perfume ainda vai estar lá e sua cama vai continuar bagunçada. Vamos concordar que eu o azucrinei, mas que irmã não faz isso?

Ainda sentada no sofá tentando entender tudo aquilo notei que a nossa empregada havia chegado.

– Bom dia senhorita!- ela possuía um belo sorriso no rosto

– Cala a boca Consuelo!- fiz um olhar arrogante

– E-eu não sou porto-riquenha e me chamo Joana e nem todas as empregadas são latinas.

– Ah, foda-se, você trabalha para mim, ninguém liga, por mim você podia nem ter nome- fui em direção ao balcão da cozinha e peguei uma maçã- Me diz ai Consuelo como foi atravessar a fronteira ilegalmente?

Não sei se ela ficou triste ou não, apenas segui para meu quarto fazer as malas.

P.o.v

...

–Eu apanhava deste tipo de garota na escola- Célia diz com um belo sorriso e um sotaque deitada em meu ombro

–Ela não é tão má assim!

–Acredite Connies nunca mudam!

–Connies?- perguntei

–Sim, Connies, desde a pré-escola até o ensino médio três garotas que coincidentemente tinham o mesmo nome me perseguiam, roubavam meu dinheiro, me batiam e etc.- ela olhou em meus olhos.

–Querida, minha irmã não é uma Connie... Eu espero afinal eu não a vejo desde o ensino médio

–Guarde o que digo: até o final do casamento o bolo vai estar envenenado- Célia dizia em um tom brincalhão- acho que tenho que ir trabalhar- Célia me dá um breve beijo e desvencilha-se de mim

Enquanto ela caminha pelo quarto recolhendo as roupas do chão, pude ter uma bela imagem de seu corpo nu, ela era linda, estonteante, lábios finos, pela clara e as características sardas de pessoas ruivas espalhadas pelo seu rosto e até mesmo costas, uma tatuagem de pena em seu pulso. Sou um cara de sorte.

Célia é o tipo de mulher engraçada e brincalhona, às vezes sem papas na língua, mas isso não a transformava naquelas pessoas insuportáveis que parecem sempre estarem bêbadas, ela era séria quando queria, esperta e com uma lógica incrível, seu trabalho era olhar as estrelas, astrofísica e com um belo doutorado exibido na parede de seu escritório.

–O que está olhando?- ela pergunta quando percebe que estou olhando para ela

–Eu te amo- me levanto- e se pudesse me casaria com você aqui e agora- a seguro em meus braços e nos beijamos de forma apaixonada

Célia... A mulher que me ama por inteiro, até nas cicatrizes que habitam tranquilamente em meu rosto por causa do “incidente” da soqueira.


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Notas finais do capítulo

Connies nunca mudam! (exceto a Jess porque ela é uma diva exceção) u.u