A Punição escrita por Bookworm


Capítulo 22
Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Tudo bem com vocês? Feliz ano novo!
Peço perdão por não ter postado nenhum capítulo semana passada, é que eu passei a semana de natal no meu tio e a internet e o teclado de lá eram muito ruins e ainda por cima tínhamos que dividir o computador (e eu demoro no mínimo 3 horas para escrever um capítulo).
Alguém conhece o app QuizUp? Estou viciada nele! Em 5 dias consegui entrar para os 10 melhores do mundo em mitologia grega o/
Espero que gostem do capítulo.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538307/chapter/22

Sábado

Poseidon vigiava o sono de Atena desde que ela acordou assustada por conta de um pesadelo. Simplesmente não conseguia fechar os olhos e dormir sabendo que ela poderia sonhar com aquele projeto malsucedido de mortal novamente. Ele estava ciente de que ficar acordado não faria com que ela não tivesse pesadelos, mas queria estar lá caso ela acordasse, dizer-lhe que está tudo bem e acariciar seus cabelos até que durma da mesma forma que fizera horas atrás.

Enquanto a observava dormir, ele organizava seus pensamentos sobre o jantar e tentava descobrir o que sentia. Obviamente ele não nutria nenhum sentimento negativo por ela e depois que a mesma disse com todas as letras que era apaixonada por ele, qualquer dúvida sobre esse assunto estava dizimada. Era incontestável que desde aquele beijo em Paris algo havia mudado entre eles. O velho Poseidon estaria mesmo de volta afinal?

***

Quando Atena acordou, a primeira coisa que viu foi o olhar terno de Poseidon. Ele ainda a abraçava e ao perceber que ela estava acordada deu um sorriso e apertou mais o abraço.

— Bom dia corujinha – disse antes de dar-lhe um beijo na testa.

— Bom dia pescador – respondeu e deu-lhe um beijo na bochecha. — Como se sente? – perguntou coçando os olhos.

— Bem – respondeu. — E você?

— Melhor.

— Fico muito feliz com isso, pois ver o estado em que você acordou só me deu mais vontade de enfiar meu tridente no estômago daquele cretino – disse alterando levemente a voz.

— Obrigada por cuidar de mim – agradeceu olhando-o nos olhos.

— Não precisa me agradecer – respondeu passando o polegar em sua bochecha. — É o que faço desde sempre não é mesmo? – colocou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.

Atena não disse nada, mas sabia que era verdade. Mesmo quando brigavam ele sempre cuidava dela quando ela precisava, era uma espécie de trégua que criaram e ninguém sabia. E era nesses momentos de trégua que Atena percebia que no fundo Poseidon ainda era o mesmo homem por quem ela fora (e ainda é) perdidamente apaixonada.

— É estranho para você também? – Atena perguntou depois de um tempo.

— O que?

— Descobrir que uma semana foi o suficiente para cobrir milênios de discussões e brigas – respondeu apoiando seu peso em um dos cotovelos.

— Não mais estranho que descobrir que milênios não foram suficientes para extinguir meus sentimentos por você – disse em um surto de coragem.

— Nossa cota de estranheza está bem alta então – comentou enquanto tentava ocultar um sorriso bobo.

— Posso saber a razão desse sorriso que você tanto tenta esconder de mim dona Atena? – perguntou sorrindo também.

— Não sei direito. Talvez seja porque o dia está lindo – respondeu.

— As cortinas estão fechadas – retrucou abrindo mais o sorriso.

— Dormiu bem? – perguntou em uma tentativa de mudar de assunto.

— Não dormi desde que você acordou aquela hora – respondeu.

— Você o que? – perguntou incrédula. — Está realmente me dizendo que só teve três horas de sono? Porque raios você não dormiu de novo Poseidon? Ficou maluco?...

Poseidon a interrompeu com um beijo, a vontade de aprofundá-lo era gigante, mas ele estava ciente do perigo que era beijá-la em uma cama, então separou seus lábios.

— Eu estou bem, ok? – assegurou olhando-a nos olhos.

— Você não pode simplesmente deixar de dormir toda vez que eu tiver um pesadelo, Poseidon! – exasperou-se.

— E você não pode me impedir de te ajudar Atena! – retrucou sentando-se de frente para ela. — Não faz ideia do quão impotente me senti ontem enquanto você me contava tudo o que passou e eu não tinha como amenizar sua dor, tirar essas lembranças ruins de você – disse abaixando mais a voz.

— Eu preciso que você entenda que não precisa sacrificar seu sono por mim, Poseidon – disse pegando sua mão. — Eu passei milênios me recuperando dos meus pesadelos sozinha. E agora que tenho o seu abraço como refúgio, fica muito mais fácil. Mas e quando voltarmos para o Olimpo? Já é amanhã, pescador. Eu não vou ter o luxo de ser acalmada por você o resto da minha eternidade – explicou enquanto o olhava fixamente nos olhos.

Atena pediu licença e foi para o guarda-roupas escolher algo para vestir enquanto Poseidon acompanhava cada movimento seu, e quando ela já estava próxima da porta do banheiro ele a chamou.

— Enquanto você dormia eu estive pensando e... – passou a mão nos cabelos demonstrando nervosismo. — Sei que irá achar que estou sendo precipitado, mas eu sou o irresponsável daqui e não ligo se me chamar de maluco.

— Direto ao ponto, pescador – pediu calmamente.

— Se você permitir, eu quero ser o homem que dorme e acorda com você. Que te conforta nas horas ruins e que fica feliz só porque você está feliz – andou até ela e pegou uma de suas mãos. — Como você mesma disse, quero te dar o luxo de ser acalmada por mim quanto tempo precisar. Passarei quantas noites em claro precisar para velar seu sono e te mostrar que sempre estarei lá para você, até que esse acontecimento não passe de uma lembrança ruim e que não assombre seus sonhos mais. Resumindo todo esse monólogo, eu quero dizer que percebi que você é a única mulher que já amei, que ainda amo, e quero que me dê a honra de ser minha noiva – disse quase sem pausar.

— Essa vai ser provavelmente a coisa mais louca que vou fazer depois de Vegas, mas... Sim, eu aceito ser sua noiva – respondeu abraçando-o.

— Não vai ter discurso sobre precipitação? – brincou.

— Não – respondeu sorrindo. — Vamos tomar café? – perguntou.

— Antes eu preciso fazer uma coisa muito importante – respondeu colocando as mãos em sua cintura.

E então ele selou o compromisso com um beijo. Quase instantaneamente Atena colocou uma mão nos cabelos dele e juntou mais seus corpos, porém quando o beijo deixou de ser calmo e passou a ser urgente ela logo separou seus lábios dos dele.

— Vou tomar banho enquanto você faz o café – disse com a face corada.

— Waffles ou panquecas? – perguntou sorrindo.

— Panquecas – respondeu antes de fechar a porta.

Poseidon saiu do quarto cantarolando Beautiful Day e quando chegou à cozinha rapidamente fez a massa da panqueca e colocou na frigideira. Atena desceu alguns minutos depois e o ajudou com a mesa.

Quando enfim terminaram de comer repararam no bilhetinho rosa que estava no balcão. Atena começou a ler e Poseidon foi tirar a mesa.

“Bom dia pombinhos!

Tudo bem? Como foi a noite? Espero que tenham gostado do jantar. Dos assuntos que falaram nele não posso dizer o mesmo, mas espero que isso tenha ajudado vocês a perceber que são feitos um para o outro *suspira*.

Este é o último bilhete da semana, pois amanhã vocês poderão retornar ao Olimpo a hora que quiserem e como sei que adoram essa casa a tarefa vai ser assistir um filme juntinhos. Parece que faz uma eternidade que mandei vocês fazerem isso *nostalgia*. O filme da vez é ‘E se fosse verdade’ porque eu sei que Atena ama esse filme e também porque Poseidon fala que meus romances são muito água com açúcar.

Divirtam-se e não façam coisas pervertidas no meu sofá.

Morta de curiosidade e torcendo por vocês,

Afrodite.”

— Nossa tarefa é assistir um filme – disse ao terminar de ler.

— Que gênero corujinha? – perguntou enquanto tirava o pano da mesa.

— Comédia romântica – respondeu entregando-lhe o papel.

— Vamos terminar de ver a temporada de CSI que começamos ontem? – perguntou depois de ler.

— Pode ser – deu de ombros.

— Então eu vou levar o aparelho lá pro quarto e a gente assiste na cama – disse sorrindo.

— Eu prefiro ficar aqui na sala, muito obrigada – retrucou dando-lhe um selinho em seguida.

— Não se pode ganhar todas... – murmurou puxando-a pela mão até o sofá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem *u*
Até o próximo!