New Beginning escrita por Lovely Dragon


Capítulo 7
Capítulo final - O último Amanhecer, o primeiro Adeus


Notas iniciais do capítulo

Sem avisos prévios, esse é o capítulo final...
Não tenho muito o que dizer aqui! Leiam as notas finais, por favor! Nos vemos lá embaixo =3



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O último Amanhecer, o primeiro Adeus.

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O Sol começava a nascer, a cena era realmente linda, a luz era um vermelho alaranjado, Riko descansava sua cabeça no ombro de Mary, como um ato de cansaço, apesar, viraram a noite conversando!

Por puro instinto, começaram a cantar novamente...

Se estar com você for um sonho...

Eu não quero acordar!

Não quero acordar...

Não quero acordar...

Não quero acordar...

Aquelas palavras rodeavam a cabeça de Mary.

A garota da Noite abria seus olhos lentamente, sua visão era muito turva e embaçada, não enxergava quase nada da sala que estava só pode ver três pessoas, que se vestiam de branco, sair correndo da sala.

Tentava focar sua visão, em alguns segundos, conseguia enxergar um pouco melhor, levou sua mão para cima, esticando-a, para poder vê-la.

Sua mão estava completamente branca, e muito fina, era uma coisa absurda, era possível ver suas veias pulsando, fracamente, mas pulsando.

Alguém havia entrado na sala. A visão da garota estava bem melhor, engolia o seco.

Um homem alto, cabelo castanho com olhos da mesma cor, vestia branco, tinha a feição do rosto muito preocupada.

Mary o olhou, o homem, por sua vez, se aproximou.

– C-Como está se sentindo? – Perguntou ele, com sua voz trêmula.

Mary não conseguia falar.

– Acho que é normal não conseguir falar nesse estado Mary... – Conformou-se o homem, indo de um lado pro outro, apreensivo. – Lucy, telefone para Riko, chame-a imediatamente para este hospital!

Aquele nome... Os olhos de Mary reviravam ansiosos, queria saber o que tinha acontecido, e o porquê de estar lá.

Dez minutos se passaram e a garota já tinha forças o suficiente para ficar sentada, e falar um pouco. Sentou-se na maca/cama e pediu para o homem que desse a ela um espelho.

Ele, um pouco hesitante, lhe entregou um espelho de tamanho médio.

– Só não se assuste... – Suplicava ele, tristemente.

Mary olhou-se pelo espelho, e se assustou imensamente com o que havia visto. Sua face estava totalmente magra e branca, como uma folha de papel, seus olhos estavam profundos e marcados por rigorosas olheiras, seu cabelo havia sido cortado, estava com um típico cabelo de garoto, jogado para o lado, totalmente bagunçado.

– O... O que aconteceu... Comigo? – Perguntava Mary, sua voz era trêmula, assustada, encarava o homem, com o olhar medonho.

Quando tinha terminado de falar, Riko entrou pela porta, sem ao menos bater, seu olhar e compostura mostravam animosidade, medo e alegria, sorria de uma forma um tanto quanto psicopática, ria e soava ofegante.

– M-Mary! – Chamou-a.

A garota da Noite a olhou, um pouco triste, lembrava-se daquela garota, mas tinha mudado tanto, de onde se lembrava, a garota Anjo era bem mais baixinha, havia crescido bons centímetros, seu cabelo ia até metade de suas costas, com uma franja bem cuidada, pernas longas e bonitas, seus olhos continuavam com aquele tom azul que fazia qualquer um delirar de tamanha beleza e mistério, suas sardas continuavam fazendo-a fofa e bela.

– O... O que aconteceu comigo? – Perguntou novamente, esperando, dessa vez, uma resposta.

– Bem... – Riko havia se aproximado, sentando junto de Mary. – Eu posso contar para ela Doutor? – Perguntou, com o olhar baixo.

O homem apenas fez um sinal de concordância com a cabeça.

– Eu vou te explicar Mary... – Ela olhou pra cima, cruzando os olhares, tinha a aparência de uns 19 anos, ou mais. – Você... Entrou em coma. – Nesse momento, Mary arregalou os olhos, muito assustada. – Aos seus 14 anos, você foi viajar com seus pais, de carro, chovia muito, realmente muito forte no dia, vocês acabaram perdendo o controle, e batendo o carro em uma árvore perto da estrada, seus pais se recuperaram, mas você... Entrou em coma, por... Sete anos... Você tem 21 anos agora. – Fez uma pausa para pegar fôlego, Mary a olhava, com medo, assustada, não entendia muito bem. – Você cresceu tanto Mary... Eu vinha todos os dias aqui, pra ver se você tinha melhora, foi assim por sete anos, eu sofri tanto com isso! Senti tanto... Eu tinha medo de te perder! Mas... Mas... Você voltou! Finalmente voltou!

Mary estava perplexa, assustada, não sabia o que responder, seguindo seu instinto, levantou-se, desconectando todos os cabos que estavam eu seu corpo, escutando alguns gritos em protesto, ficou parada em frente de um espelho de corpo todo, seus braços, pernas, tronco, tudo, estava magro e finos, pálidos, extremamente pálidos, estava muito mais alta, esticada, seus ossos apareciam, tinha a aparência frágil como o vidro.

Havia entrado em coma... Caiu no chão, e começou a chorar muito alto, tudo o que tinha "acontecido" foi apenas sua imaginação, as únicas partes boas de sua vida tinham apenas sido uma grande farsa, uma ilusão, todos seus sentimentos que sentia, só foram correspondidos em sua cabeça.

– Meus pais... Como eles estão? – Perguntou, jogada no chão, como uma miserável.

– Eles estão bem, mas ainda têm algumas cicatrizes, eles sofreram muito com a sua "perda", eles vão estar te esperando amanhã em sua casa... – Respondeu o Doutor, colocando ênfase em "perda".

– Tudo o que eu senti... Tudo o que eu "vivi" nesses últimos sete anos... Foi uma farsa? – Perguntou Mary, banhada em lágrimas, com a boca rígida.

– S-Sim... – Respondeu Riko, um pouco incerta.

– Hey, Riko, você algum dia me amou? – Perguntou objetivamente.

– Mas Mary... – Tentava rebater.

– APENAS RESPONDA! – Mary perdeu o controle, começou a gritar.

– N-Não... – Respondeu a garota Anjo, abalada.

– Entendo.

Nesse momento a garota da Noite se levantou, lentamente.

– Tudo o que eu vivi, foi apenas uma farsa, eu não tenho motivos para viver...

– Mary... – Riko foi a sua direção, abraçando-a fracamente, a garota da Noite tinha a aparência muito frágil, parecia que ia quebrar, estava abalada emocionalmente e fraca fisicamente. – Não desista...

Riko passava da altura dos ombros de Mary, chorava um pouco, a garota da Noite, olhou para baixo, chorando igualmente, mas não tinha retribuído o abraço. Quando finalmente se separaram, Mary sentou-se em sua cama, olhando para os lados.

– Eu posso ficar um pouco sozinha?... – Pedia ela, seus olhos estavam sem vida, profundos e totalmente negros.

– Mary! Você precisa ser examinada! – Contradizia o médico.

– Eu posso ficar sozinha? – Repetiu a pergunta, com mais entonação.

– Bem, já está anoitecendo, creio que possa te dar uma noite sozinha... – Falava o médico, mais pra si mesmo do que pros outros, pensativo.

– Agradeço... – Agradecia com o mesmo tom de voz, assustado e trêmulo.

Antes de sair, Riko depositou um pequeno beijo na testa de Mary, tentando alegra-la, sem sucesso, pois Mary continuou com seu olhar frio, cheio de melancolia e ódio de si mesma.

Assim o médico e a Anja saíram da sala, deu para ouvir o doutor falando com as enfermeiras, para não entrar no quarto o resto da noite, que Mary se viraria sozinha durante esse meio tempo pós-coma.

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Aquela noite foi quieta, muito quieta, o barulho que o hospital fazia com a correria, parecia que não chegava até os ouvidos apurados de Mary, nada a incomodava naquele momento, observava o céu, não conseguia ver as estrelas por causa da poluição luminosa daquela era que acordou, apenas conseguia ver a Lua, estava amarela, mas estava um pouco maior de quando se lembrava, parecia que a gravidade não a impedia de chegar mais perto da Terra.

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Riko entrou na sala, já eram dez horas da manhã, seguia o Doutor, que se chamava Matt, o médico parou ao dar um passo dentro da sala, seus olhos se assemelhavam a pratos de tão arregalados que estavam. A garota Anjo se perguntava o que teria acontecido, olhando para o chão da sala, percebeu alguns cacos de vidro, e uma grande poça de sangue...

Não se conteve, soltou um grito de desespero e medo, empurrou o médico com uma força que não tinha, se deparando com a cena mais horrível, desprezível e nojenta possível.

O corpo morto da garota da Noite estava jogado no meio da sala, em todo seu braço e pernas, estavam cortes feitos com os cacos de vidro, em sua mão fria, tinha um grande pedaço de vidro, que deveria ter sido usado para cortar a artéria central de seu pescoço, lhe causando a morte por falta de sangue, torturou-se até a morte, na cabeça da pobre garota, deveria ser uma forma nobre de morrer, torturar-se...

Riko cobria sua boca, que perdeu toda a cor, com as duas mãos trêmulas, estava em desespero, chorava e soluçava alto, mesmo querendo, não conseguia mexer-se, estava em transe, seus olhos estavam cheio de lágrimas grandes e pesadas, chorava sem compromisso, estava assustada, com medo, sentia uma vontade grande de vomitar, a repulsa era grande em seu estomago.

– Não, não, não, não, NÃO! – Gritava e repetia a mesma palavra, chorava como nunca havia chorado antes.

O vidro da sala tinha sido quebrado com a mão, o corpo inteiro de Mary estava com sangue seco, uma poça se formou em sua volta, os cortes eram profundos, seus olhos ainda estavam abertos, tinha a expressão de tristeza, sua imagem dava medo, em alguns cortes, era possível ver seus ossos.

O médico olhava tudo aquilo com repulsa, nojo, estava abalado igualmente, mas era um doutor, tinha que trabalhar com casos como aquele.

Riko estava com as pernas bambas, ver Mary, jogada, sem vida, no meio daquele chão totalmente branco, sua imagem era impura, era quase que como um pecado...

Mary se tornou a Noite que nunca irá mais voltar!

– Mary... Mary... Por favor, Mary... Volte, apenas volte... – A garota Anjo estava se apoiando em uma das mesas que ficava ao lado da maca, remoendo a cena e chorando, quase que vomitando.

– Não fique assim, Riko, somos amigos faz tempo, não quero te ver assim... – Falava o médico, tinha vinte e cinco anos, era formado e conhecido em sua área, um grande médico, era novo e tinha um futuro esplêndido.

– Mas a Mary, ela... Não vai voltar, nunca mais... – Chorava, sua vontade era de gritar, mas não podia, aquilo era um hospital, seria expulsa se gritasse.

– Ficar remoendo o que aconteceu não vai mudar nada! Ela se foi! Ela nunca mais irá voltar! – Gritava o médico, fora de si.

– Vá à merda Matt! Seu grande filho da puta! Deixa-me em paz! – Gritou Riko, não aguentava aquela dor dentro do coração, chorava, gritava, remoía-se.

– Ora sua... – Matt encheu-se de raiva, avançando contra Riko, a mesma, saiu correndo de lá, daquele pesadelo de lugar que as paredes só guardam mágoas e histórias tristes.

Corria pelos corredores, empurrava os funcionários com uma força que não havia naquele momento, ainda chorava e o peso em suas costas não ia embora de jeito nenhum...

– Cuidado por onde anda garota! – Gritou um funcionário, provavelmente um enfermeiro.

Sua única resposta foi o silêncio, a garota Anjo continuou a correr.

Empurrando muita gente acabou saindo daquele inferno de lugar, estava de manhã ainda, corria pela cidade, atravessava ruas sem olhar para os lados, na cabeça de Riko, era uma forma possível de ficar junto de Mary novamente.

Ficou assim, correndo, até perder totalmente o fôlego, sentou-se num banco que ficava num parque um pouco afastado do centro. Ofegava, e ao lembrar-se da cena que havia visto no hospital, sentia vontade de vomitar, e acabava por ficar em prantos.

Ficou lá por dois minutos, até que percebeu que um homem se aproximava, tinha a aparência miserável, pobre. Era um mendigo, ele sentou-se ao lado da Anja.

– Por que está chorando, garota? – Perguntou ele, paternalmente.

– Minha amiga... Amiga não, ela é como uma irmã, ela cometeu suicídio após acordar de um coma, eu... Não consigo me conformar, ela se foi, e eu não disse adeus! – Ela soluçava, e mudava o tom, mostrando sua indignação.

– Pobre garota... Olha para mim! Perdi tudo, minha família, dinheiro, casa, tudo! Mas ainda sim, consigo sorrir! – Ele olhava para Riko, sorrindo.

Seus dentes eram podres, exalavam um cheiro insuportável.

Riko sorriu de volta, em meio às lágrimas.

– Então garota... – O papo do mendigo mudou, sorria medonhamente, de uma forma desprezível, colocou a mão sob o ombro de Riko. – Que tal fazer esse pobre homem, que perdeu tudo, um pouco feliz?

A Anja levantou-se em um sobressalto, assustada.

– Só tem gente medonha nesse mundo?! – Gritava, alterada, estava com medo e nojo daquele homem.

– Vamos garotinha... – Ele também levantou, apalpava o ar com suas mãos sujas.

– Sai de perto de mim! Seu homem sujo! – Gritava ainda alterada.

Seu fôlego voltou, começou a correr para se esconder daquele monstro, correu e se escondeu entre as árvores que ficavam em um bosque perto de sua casa, sentou-se abraçando os joelhos, já deveria ser três horas da tarde, descansaria na sombra daquela árvore por um tempo, para depois voltar para sua casa, que ficava algumas quadras de distância.

Ficou lá por meia hora, encostada naquele tronco formoso, de uma cerejeira, uma das únicas que restaram, tinham sorte de ter uma das poucas na cidade.

Lembrou-se do dia que ficou a tarde toda conversando com a garota da Noite naquela mesma árvore, a cerejeira resistiu todo aquele tempo.

Aquelas lembranças tão doces... Eram as únicas coisas que restaram da garota da Noite.

Riko levantou-se, com a dor no olhar, estava subindo a rua, mas sua casa era descendo.

Seu destino? A antiga casa de Mary.

Oito anos atrás, Riko exigiu uma cópia da chave da casa de Mary, tem essa preciosa chave até hoje, poderia "invadir" a casa da garota a qualquer momento, e é o que faria nesse momento.

Subindo as ruas, chegou a casa 13-22, seu aspecto era antigo, era uma casa estilo alemã, paredes e muros antigos, porém, de alguma forma, a casa era muito bonita e conservada.

Girando a chave na porta, escutou o costumeiro rangido, os móveis estavam todos em seus lugares, estava tudo calmo, em questão do que havia acontecido no mesmo dia...

Ela andou em passos silenciosos até um dos móveis, onde tinha alguns retratos da família, havia um, que era apenas de Mary, ela estava sorrindo, com seu uniforme, sorria como uma criança, Riko pegou o retrato, e o abraçou, pressionando-o com força contra si mesma, as lágrimas já corriam por seu rosto novamente.

Soltou um grito de dor, todas suas emoções estavam confusas, suas lembranças da garota da Noite vinham todas à tona. O grito ecoou pela casa inteira, era tão alto e doloroso... Não sabia o que deveria fazer.

Seguiu seus instintos, e um ato de profunda dor e mágoa, jogou o retrato no chão, quebrando o vidro que protegia a foto, respirava pesadamente, não iria conseguir se controlar...

Em poucos minutos, a garota Anja perdeu totalmente seu controle, quebrava tudo o que via pela frente, seus pés, joelhos e a área da canela estavam todos cortados, sangrando, e nem por isso parava, continuava gritando dolorosamente e quebrando tudo.

Subiu as escadas, seguia para o antigo quarto de Mary, entrou, estava tudo limpo, a mãe dela deve ter limpado enquanto ela "dormia". Vasculhou um pouco, estava mais calma, ao lado da cama arrumada havia uma mesa de escritório, para estudar, provavelmente.

Nessa mesa, tinha uma gaveta, estava sem tranca, por pura inocência abriu...

Tinha alguns papéis, mas o que havia chamado atenção era uma coletânea de papéis avulsos, que o primeiro estava escrito “Algum dia entregar para Riko-chan”

Riko ficou pasma, pegou os papéis, sentou-se na cama e começou a ler.

Bem, como você sabe, sou uma pessoa muito tímida, resolvi escrever essas cartas, pretendo te entregar algum dia, talvez...

Como você sabe, eu já me declarei algumas vezes, mas eu realmente gosto de você, ninguém nunca despertou tanto assim o meu senso de proteção, sinto que eu devo te proteger, de todos os males desse mundo sujo, quero que se sinta bem comigo, em meus braços, quero que minhas palavras te alcancem, não quero que sofra por nada, as pessoas que já fizeram você chorar, são piores que lixos! Inclusive eu...

Só seus elogios me deixam realmente feliz, só sua presença alegra meu dia, só tuas palavras, me fazem ser salva do fim, me sinto abismada com tudo o que sinto, queria poder descrever tudo em apenas “Te amo”, mas isso é impossível.

Essas cartas foram feitas de coração! Não é muita coisa, mas é o suficiente...

Terá um dia que eu não estarei mais aqui, só me prometa que não vai antes que eu, só não vá antes...

Minha existência ficará sempre em seu coração que sei que ainda vai poder amar novamente

Riko desabou em lágrimas depois de ver a data daquelas cartas, elas foram escritas sete anos atrás, um pouco antes do coma...

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Ao lado da cerejeira que aguentou a barra do tempo, estava algumas pedras, uma maior, e algumas menores formando um circulo em volta da maior, tinha uma pequena placa de madeira, que estava escrita.

Aqui jaz Tatsuya Mary, a garota que mudou o meu jeito de suportar a dor.

Naquele dia fresco, levemente nublado, Riko saia de sua casa para levar flores para Mary, como fazia todos os dias, ao colocar as rosas brancas perto da árvore e da placa, deixou uma lágrima solitária escapar.

– Mamãe! – Chamava uma pequena criança.

– Venha cá, Teru! – Chamava Riko.

A criança se aproximou, parando ao lado da Anja, que agora era uma mulher feita, bem de vida, uma família formada, praticamente, venceu na vida.

Aquela era uma data especial, aniversário da garota da Noite...

– Trinta anos, em maninha? Você cresceu... Nunca irei me esquecer de você, seu lugar agora é um mundo que não posso alcançar, mas sei, que alguma parte sua sempre estará em meu coração que pode amar novamente... – Dizia Riko, com uma mão coçando o longo cabelo azul, sorrindo de forma abobalhada, segurava-se para não chorar.

– Mamãe, quem é Mary? – A criança chamada Teru, sete anos, se aproximava da placa para poder ler, perguntava curiosa.

– Uma pessoa que mudou o meu mundo... –Respondia Riko, sorrindo para sua linda criança.

– O que aconteceu com ela? – Perguntava.

– Um dia eu irei te contar! – Exclamava, animadamente.

Olhou para os lados, e por alguns segundos, jurou que pode ver ela mesma e Mary, aos doze anos, no dia que brincavam perto daquela cerejeira, o sorriso inocente de ambas, os gestos, o carinho e o amor, era tudo tão perfeito na época.

Desviou o olhar, direcionando-o para a árvore novamente, por breves momentos, pode sentir o toque leve e frio de Mary, sentiu a mão da garota da Noite sobreposta em sua bochecha rosada, deslizando, em pouquíssimo tempo, a sensação foi embora.

Uma voz distante, porém feliz, pode ser escutada.

Hanashi Riko...Obrigada.

Pode existir um amor unilateral em um mundo que não existo?

Esse é o novo recomeço

A vida continua, nunca desista.

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Notas finais do capítulo

Esse é o fim da melhor fanfic que eu já fiz! Me diverti demais fazendo-a, ver como as pessoas estavam gostando dela, me faz sentir tão bem! Quero trabalhar mais e mais na minha escrita, mas tenho que agradecer imensamente todos aqueles que leram essa fanfic, por ler até o fim, você é uma pessoa que merece um lugar no meu coração! Foi realmente muito bom ter escrito tudo isso, fico feliz em saber que alguém se animou, se alegrou com um capítulo dessa simples fanfic... Mas, tudo tem o fim, não é mesmo? Agora trabalharei em outras fanfics minhas e em projetos, espero, imensamente, que tenham gostado dessa fanfic! Agradeço de coração todos aqueles que leram!
Tive uns problemas pessoais com a garota que eu retratei nessa fanfic, então, por motivos pessoais eu mudei os nomes e as características das personagens.



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