How Soon Is Now? escrita por Ride


Capítulo 3
Culpa e Confusão


Notas iniciais do capítulo

POIS É! ADIVINHA QUEM VOLTOU O/
Gente, desculpa mesmo por ter passado mais de duas semanas sem postar, sério. Tenho motivos para isso: ESCOLA.
Passei essa semana toda só fazendo trabalho, organizando papéis e varias outras coisas.
Mas eu to aqui né!
OBRIGADA A Sra Jackson Mellark, AO Yubi Iukimura, A Sleepyhead e A Gloria ( EU AMO VCS GNT ♥ )
Leiam aí e espero que gostem ♥
PS: Esse cap foi bem mais puxado para o drama. Se quiserem chorar, vou deixar o link anexado aí da musica.
PS²: GENTE EU TO É MORTA, COM DOIS CAPITULOS 90 VISUALIZAÇÕES, UM FAVORITO, 5 ACOMPANHAMENTOS E 6 REVIEWS *O* AMODORO VCS PQ VCS LACRAM (porém, fantasminhas, comentem por favor ;-; quero amar vcs tambem)



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Com Luke Castellan me atormentando o resto de todas as restantes 6 aulas, foi um tanto difícil prestar atenção em algumas delas. Sendo o primeiro dia de aula, não poderia deixar a matéria acumular, e cá entre nós, eu sou uma nerd incubada.

Não sou do tipo nerd mesmo que adora HQ’s, ou que ama jogar vídeo – game e tal. Eu só tiro notas boas. Tá, meio que minha vida é jogar videogame, e de HQ só gosto de Batman.

As aulas do primeiro tempo acabaram mais rápido do que eu achava que aconteceria. No intervalo, sentei em uma mesa com Annabeth e foi aí que percebi que ela tinha sim alguns poucos amigos. Eles, pareciam ser interessantes e tinham uma personalidade bem diferente de cada um.

Nico Di Angelo, era um garoto por quem eu ficara bastante curiosa. Ele gostava de algumas bandas que eu também curto e acabamos por nos entender. De fato, parecia um emo/gótico ou algo parecido. E não só nos gostos musicais que a gente era similiar, na aparência também. Leo, um carinha engraçado que também era amigo da Annie, até fez um comentário idiota do tipo “Ué, o Nico resolveu se vestir de mulher de novo?”. Tão besta como eu era, acabei por espirrar coca-cola pelo nariz de tanto rir. Como assim “de novo”?

***

Musica.

“E poderia viver um pouco melhor

Com os mitos e as mentiras

Quando a escuridão rompeu

Eu simplesmente quebrei e chorei

Eu poderia viver um pouco

Quando a mudança se foi

Quando o impulso se foi

Perder o controle

Quando aqui chegamos”

Mesmo um dia como esse, não tão pior quanto todos os outros até agora, não serviu para acalmar minha alma. O peso de culpa ainda pairava sobre mim e eu precisava de sossego. Um momento comigo mesma, era tudo o que eu queria e necessitava, já que era a única que me entendia. Tudo o que eu fui capaz de fazer foi ir embora sem falar com ninguém, e ir para a praça de sempre.

A brisa doce de primavera batia no meu rosto e era incrível. O aroma de flores viajava por cada canto da praça e passava uma ideia tranquila e serena. Sentei no banco, de frente para o lago e abaixo de um pinheiro isolado que havia visto no dia anterior.

Colocar os fones era a única opção viável e fechar os olhos e chorar eram as únicas coisas que poderiam esvaziar minha alma. Não o suficiente, claro, por que se esvaziasse totalmente era capaz de morrer bem ali mesmo. Morrer afogada nas minhas próprias lágrimas ou engasgada com o meu próprio choro.

Baixo e impossível de se ouvir, era uma ótima forma de morrer. Não no meu caso.

Mas não foi isso que eu fiz. Não por que eu não queria, sim por que eu não devia. Aquele era um lugar publico e não desejava que chegasse alguém de repente me perguntando coisas como “O que você tem?”, justo por elas simplesmente só perguntarem por perguntar. Não havia sentimento em perguntas como essa. Além do mais, nunca pensei em suicídio. Na verdade era algo considerado como loucura na minha cabeça.

Eu não entendia minha mente de jeito nenhum. Tudo era muito confuso no meu pequeno e caótico universo paralelo da minha mente. Por um momento, eu me encontrava feliz e até rindo com pessoas que eu mal conhecia. Outrora estava triste e inconsolável, me culpando por uma morte trágica e súbita o que atordoava cada vez mais meus pensamentos. E tudo por culpa dela. Ou por culpa minha.

Ashe. Mesmo depois de morta me deixando com a droga de um peso na consciência que tirava minhas noites de sono.

E se ao menos eu houvesse prestado mais atenção em como cada vez mais ela afundava em um lago de infinita profundidade talvez nada acontecesse. Se tivesse a impedido ou ao menos não ter ligado para ela naquela noite. Mas a burra da Thalia Grace só se importava consigo mesma. Só se importava com o seu admirável mundinho de porcelana, que por acaso, despedaçou-se em minúsculos fragmentos.

Coloquei a cabeça entre as mãos, que por sua vez estavam apoiadas nas minhas pernas. “ Pare de chorar, Thalia. Não interessa o que você sente, o mundo não te dará um tempo. E você sabe que a culpa é sua. Chorar não vai te livrar dela.” – tentava convencer a mim mesma. Levantei quando as lágrimas cessaram e coloquei a mochila nas costas com a alça em um dos braços. Comecei a andar de volta para cassa, cabisbaixa para que ninguém percebesse os meus olhos inchados ou o meu nariz vermelho.

O caminho era relativamente distante, para alguém preguiçosa como eu. Andando pelas ruas da cidade eu via de longe Nico e Annie, caminhando e falando sobre algo que parecia tão interessante que me deu vontade de correr até eles, mas sentia que iria incomoda-los. Eu definitivamente não queria infesta-los com problemas ou pesos que só cabiam a mim. Aspirava tristeza e esse é um ar sufocante. Visivelmente estava óbvio que eles não queriam ser incomodados, porque o sombrio garoto olhava para ela com um olhar terno.

Às vezes eu queria saber amar como eles. Às vezes eu desejava ter alguém por quem chamar se precisar. E sim, estranhamente eu queria ter alguém que olhasse daquele jeito para mim, por mais clichê que fosse.

Só que tudo é baseado no sofrimento, não é mesmo?

Era a ultima coisa que eu precisaria.

Quase tarde demais, percebi que os seguia, e então virei no beco da rua de trás, um atalho que havia descoberto para casa. Jason já deveria estar em casa, não queria deixa-lo sozinho lá. Infelizmente, minha morada infernal me aguardava.

Caminhei rápido, pelo lugar aparentar ser muito estranho. Tinha cheiro de cigarro e bebida e fazia parte de um subúrbio. Quando ia me aproximando me deparei com uma surpresa inconveniente. Era Drew, a asiática que me olhara mais cedo com um olhar mortal.

Ela não estava sozinha, haviam garotas diferentes dela a rodeando e pareciam estar esperando alguém. Duas das garotas eram fortes, e tinham um olhar frio. Estavam uma a cada lado da menina, como se fossem seguranças dela. Pensei mais de uma vez à respeito de passar por aquele caminho. Ou atravessaria por ali mesmo ou teria que andar mais uns cinquenta metros até em casa, por outra travessia.

Eu me encontrava realmente cansada, após tudo aquilo, então atravessei rápido de cabeça baixa e braços cruzados. Tudo que eu queria era chegar em casa o mais rápido possível. Que ironia.

Quando me aproximava delas uma das garotas duronas me empurrou. Olhei para ela e falei com indignação:

–Mas que porra é essa?

–Olha como fala, Grace.-Tanaka, que estava encostada na parede feito uma prostituta que esperava o cliente, me direcionou a palavra.- Você está em desvantagem aqui. Não enxerga?

A outra garota tentou me agarrar pelos pulsos. Só tentou mesmo. Graças á minhas aulas de Muay Thai, sabia muito bem como me defender. Me soltei rapidamente e tentei continuar o meu trajeto. Tentativa falha.

Mais um empurrão.

–Olha, Drew, não to afim de arranjar problema com ninguém.

– Já arranjou.


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Notas finais do capítulo

Ansiosos para a treta? Reviews? Criticas? Elogios? Batatas? Não pera.
A partir do próximo capitulo, Thaluke começa.
Tchauzinho ♥