Passava uns dois dias, e eu ainda estava no hospital. Leon, como sempre estava comigo, e me fazia rir. Com certeza, meu pai não sabe disso. Ele não me ligou. Ramalho conhece meu pai, e sabe muito bem, como ele reagiria.

– Oi dois merdas . - chega Maxi. - Inacreditavel.

– Eu sei, sou linda de mais. - diz Leon, com irônia, mas pra mim não. - Nem eu acredito de como sou tão bonito assim.

– HA-HA. - diz Maxi. - É vocês não se conhecem nem uma semana, e estão namorando.

– Apenas, apaixonamos. - eu falo pra ele.

Silêncio. Será que realmente Leon está apaixonado por mim, ou só ficou comigo, para eu não julga-lo? Ninguém gosta de ser julgado.

– É Maxi, apenas apaixonamos. - diz Leon. Ele tirou um pouco da minha dúvida, mais ela ainda existe.

– Vilu. - vem meu médico, e fica do meu lado. - Amanhã, você já pode ir embora.

– Graças a Deus. - digo. Que alivio.

– Ah, que bom. - diz Leon, com um sorriso maior que o meu.

– OOOOOHHHHH. - diz Maxi, com cara maliciosa. - Prevejo sexo.

– CALA A BOCA ANIMAL. - grito.

– Vilu, silêncio. - diz o médico. Ah, entendi, as pessoas podem irritar, mas não, podemos revidar. - Tem gente pior que você.

O médico pega a ficha que está ao lado da cama, e ao chegar na porta fala:

– Ah, casal, tem camisinha lá no balção.

Olho para ele com uma cara de espanto, e olho para o Leon. Finalmente, damos uma gargalhada.