Primeiro e único amor de Sirius Black escrita por Atena Black


Capítulo 16
Cada um tem a sogra que merece


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente como vão?



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– Namorando?! – papai disse num tom histérico.

–Sim pai – respondi num tom tedioso. Eu estava sentada de pernas cruzadas no sofá da minha casa enquanto Coky estava repousada em meu ombro, eu acariciava sua cabeça.

– Bom um dia isso iria acontecer – mamãe falou “tentando” se auto convencer.

– Ia, mas por que acontecer agora?? – papai me olhou.

– Não tive escolhas pai, eu amo Sirius e ele me ama!

– Jorge, pelo menos Anna está com alguém que ela gosta isso é bom – Mamãe disse sentando-se ao meu lado.

– Não confio um galeão naquela família – Alfredo disse parado perto da porta da cozinha a iluminação deixava seu cabelo loiro mais claro e pude ver alguns fios de cabelo branco.

– Sirius é diferente! Que saco quantas vezes preciso dizer?

– Olha o jeito que fala mocinha – papai disse.

– Desculpa – disse emburrada.

– Então, entendemos que ele é diferente meu amor, mas temos medo do que pode acontecer com vocês dois – mamãe disse passando a mão em meu cabelo – Vamos respeitar a sua escolha, mas queremos o receber em nossa casa, tudo bem?

– Sim mamãe, eu digo a ele.

– Se ele fizer algo de ruim a você juro que o mato – Alfredo resmungou.

– Papai! – mamãe o censurou – Anna gosto do rapaz e tenho certeza que ele gosta dela também nunca faria algo de mal a ela!

– Não mesmo – retruquei e ele me olhou bravo.

– Bom vamos jantar? Papai por que não vai com Jorge comprar uma pizza? Enquanto eu e Anna arrumamos as coisas.

– Vamos – ele disse ainda olhando para mim, papai se levantou beijou minha mãe e deu um beijo em minha testa e saiu com Alfredo.

– Vamos levar suas coisas para cima? – mamãe disse se levantando. Eu levantei e peguei meu malão. - Então meu amor, me conte mais – ela abriu um sorriso – Ele é bontio??

– Se eu te contar que ele já foi eleito o mais bonito de Hogwarts – nós rimos.

– Eu não acredito! Minha filha, que potencial – ela brincou.

Chegamos à porta do meu quarto e ela deixou que abrisse a porta, quando eu abri veio o cheiro de lavanda que minha mãe passava quando ia arrumar os quartos. Meu quarto estava limpo e arrumado diferente de como eu havia deixado ele minha cama encostada na parede estava com os cobertores dobrados e com o lençol de estrelas, o criado mudo estava mais branco do que antes encima dele estava um vaso de margaridas e meu despertador, minha escrivaninha estava arrumada com os papéis organizados, minhas prateleiras estavam com todas as tintas e os livros em ordem, meu cavalete estava repousado ao lado do grande guarda-roupa branco que quase tampava a vista da porta do banheiro e a janela estava entre aberta o que fazia meu filtra sonhos balançar apenas ainda havia respingos de tinta no chão e as maiorias dos meus quadros estavam todos pendurados na parede junto com as diversas fotos penduradas em porta retratos.

– Que saudades – sorri e entre lentamente no quarto e me joguei na cama. Mamãe sorrindo também colocou meu malão ao lado da escrivaninha e sentou-se na cama.

– Eu o arrumei para a sua chegada – ela olhou cada canto do meu quarto – Sabe, seu avô faz toda essa pose de durão, mas as vezes eu o encontrava aqui parado olhando suas fotos e seus quadros. Ele sente saudades de você Anna.

– Eu sinto falta dele também e de todos vocês – levantei e a abracei.

– Meu amor, peço que tenha paciência com os dois, não vai ser fácil para eles aceitarem porque aliás você é a garotinha deles e ver a garotinha deles uma moça tão grande e impendente namorando não é fácil.

– Eu sei mamãe, prometo que vou ter paciência com eles – eu disse tirando meu all star e ficando apenas de meia.

– Mas eai faz tempo que vocês estão namorando?

– Não começamos hoje, nós tínhamos ficado algumas vezes, mas hoje oficializamos nosso namoro.

– Ah que linda! Tão grande – ela disse passando a mão em meu cabelo – Quero conhece-lo, ah já sei! Se ele e a família não se importarem ele podia passar o natal conosco!

– Acho que nenhum deles vai se importar, Sirius não se da bem com a família. Quando eu digo que ele é diferente da família eu falo sério.

– Mas, por causa do...

– Por causa desse motivo mesmo que você está pensando mãe.

– Deve ser triste para ele – ela disse enquanto mexia em meu cabelo e eu deitei no seu colo.

– É muito triste mãe, eu pude sentir um pouco o que ele sente. Mas enfim, como foi o trabalho esse tempo todo?

– Ah tranquilo como sempre – mamãe ao dizer tranquilo se referia “Foi uma loucura como sempre” – Menores executando feitiços, nada fora do normal o trabalho do seu pai e do seu avô que foi mais movimentado.

– O que aconteceu? – levantei imediatamente de seu colo.

– Você-Sabe-Quem parece que foi visto – mamãe disse séria e levantou-se da minha cama – Ele está tentando recrutar mais seguidores.

– Isso é impossível né? Assim, vai ser difícil ele conseguir não?

– Não minha filha, o poder do Lorde das Trevas cresce a cada dia e a cada dia a mais, mais e mais gente vira seu seguidor.

– Mamãe, você não acha que ele esteja querendo começar uma guerra não é?

– Eu tenho a certeza disso filha, tempos difíceis viram – ela disse colocando a mão em meu ombro e olhando seriamente nos meus olhos.

– A pizza chegou!! – papai gritou lá de baixo.

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Depois do jantar subi para meu quarto com a desculpa que estava cansada e precisava dormir, Alfredo ainda não tinha se acostumado com a ideia do meu namoro já papai estava mais conformado.

Eu cheguei ao meu quarto e deitei na cama, o vento soprava frio então me levantei e fechei a janela, fui tomar um banho quente e quando sai coloquei o pijama mais confortável que eu tinha uma calça larga branca com desenhos de gatos preto e uma camiseta de manga comprida preta com dois botões na gola. Pensei em Sirius, como eu queria que ele já tivesse me mandando uma carta.

– Ah Coky, eu fui burra deveria ter pegado o endereço de Sirius – eu disse colocando mais ração para Coky que estava em sua gaiola ela me olhava atentamente – Sim eu deveria ter pegado, que burrice a minha! Um motivo para a Corvinal não ser a minha casa. Eu sei como ele é, e eu ainda cai no papo dele. Anna sou idiota, como pode?!

Ela deu um piu braço beliscou a ração e se aquietou.

– Você quer dormir não? Bom, vou deixa-la boa noite Coky – ela piou.

Peguei um livro qualquer na prateleira e comecei a ler até cair no sono. Não sonhei aquela noite nem conseguiria eu estava cansada de verdade, na terceira folha já desabei no sono acordei a manhã seguinte com um barulho na minha janela.

– Mas que inferno – virei para o outro lado e os barulhos continuaram eu não liguei, mas logo ouvi um piu de uma coruja – Coky fique calada – o piu continuou me levantei irritada e vi que Coky estava de olhos fechados em sua gaiola e logo dei um pulo e fui até a janela ver o que acontecia uma coruja negra estava parada em minha janela, não era uma coruja tão amigável pois seus olhos me davam medo, abri a janela e fui retirar a carta que estava com ela abri num desespera quando vi o nome de Sirius e comecei a ler.

Oi minha Paixão,

Por enquanto estou vivo e espero que também esteja. Após nos despedirmos lá na Estação meus pais me encheram de perguntas sobre você e sua família, logo sei o porquê o interesse. Soube de coisas que preferia esquecer e apenas lhe digo que os dias de trevas estão chegando e nem sei se é melhor você ficar ao meu lado quando chegarem, mas enfim não escrevi está carta para tratar deste assunto. Meus pais querem que você venha jantar conosco na quinta-feira dia 23 eu tentei os impedir e dizer que não era necessário este jantar, mas não pude fazer nada. Fique tranquila, pois enquanto eu estiver do seu lado nada de mal poderá ocorrer a você. Mas como foi chegar em casa? Seu avô brigou muito com você? Estou com saudades. Eu te amo.

Sirius Black”

Eu não pude controlar meu sorriso que logo apareceu em meu rosto, fiquei olhando e olhando a parte escrita “Eu te amo” naquela letra ilegível, até que a maldita coruja de Sirius me tirou do transi quando bicou meu dedo, dei um gritinho leve e deixei três gotas de sangue caírem no chão.

– Maldita coruja! – disse a ela num tom de bronca ela piou brava – Espere que te mandarei uma carta a Sirius.

E quando olhei novamente a carta havia mais coisas escritas.

P.S: A coruja bica, tome cuidado”

– Tarde demais Almofadinhas – sorri. Sai da janela onde a coruja ficou analisando meu quarto e peguei numa caixinha no banheiro um bandaid com desenho de abelhas e flores, sentei na escrivaninha e peguei uma pena e um pergaminho.

“ Caro Almofadinhas,

Avisou-me tarde, pois sua (maldita) coruja já me bicou, mas fico grata, pois ela me fez usar meu novo bandaid de abelhas e flores. Agradecida. Meu avô quase enfartou junto de meu pai, que agora já se acostumou com a ideia, meus pais também querem o conhecer minha mãe deu a ideia de você passar o natal conosco, o que acha? Diga a seus pais e me mande à resposta. Espero que você esteja bem e espero também que não houve transtornos na sua volto para casa, sobre os tempos difíceis não vamos comentar sobre isso agora. Falarei com meus pais sobre o jantar, tudo bem? Também estou com saudades seu idiota, amo você.

Juba”

Coloquei a carta em um envelope e amarrei na pata da coruja.

– Pode ir já – ela me olhou com ódio e logo virou para a gaiola de Coky – Você é uma coruja folgada.

Voltei e peguei um pedacinho da ração de Coky e lhe dei.

– Você não merece, mas tudo bem – ela terminou de comer me olhou e saiu voando na janela e eu fiquei a olhando até a perder de visão. Mamãe logo depois entrou no quarto e juntas descemos para tomar café.

– Então, Sirius me mandou uma carta – eu disse cortando o bacon,

– O que ele disse? – papai disse não tirando os olhos do projeta diário.

– Seus pais me convidaram para jantar lá no dia 23.

– Não sei não - papai disse abaixando o jornal e olhando para mim – Nós sabemos como é a família dele.

– Ele jurou me proteger.

– Pois é Jorge, concordo com Anna ele ira a proteger e eles não fariam nada demais a ela, sem contar que iriamos leva-la e busca-la – mamãe disse arrumando seu lenço em volta do pescoço.

– Tudo bem, mas ficaremos atentos com ele – ele disse se levantando – Preciso ir, está pronta Katherine?

– Sim amor – disse mamãe e deu um beijo em minha testa – Sua avó logo aparecerá por ai.

– Okay mamãe, ah eu quero comprar algo de natal para Sirius.

– Amanhã vejo se consigo sair mais cedo do serviço e vamos das um volta no Beco Diagonal, tá?

– Uhum.

– Tchau Anna – papai disse me abraçando – Fique bem, eu amo você.

– Também te amo, amo vocês dois.

Continuei tomando meu café e eles aparataram na cozinha, a casa ficou quieta quando terminei de tomar café lavei a louça e fui trocar a água de Coky e depois me sentei no sofá e comecei a assistir os programas especiais de natal. Minha avó trouxa chegou logo em casa.

– Minha querida – ela me abraçou forte, ela era uma senhora adorável com os cabelos brancos na altura do ombro e os olhos castanhos brilhantes que eram guardados por um óculo grande e ela cheirava a canela. Ela era mãe de meu pai, ela era trouxa, mas sabia do mundo mágico.

– Vovó! Que saudades de você!

– Eu também estava com saudades minha cara, novidades? – ela disse se encaminhando para a cozinha e já separando as panelas para fazer o almoço.

– Hum, tenho uma sim – eu disse apoiada na pia.

– Oh, conte-me – ela disse não perdendo o foco em sua tarefa.

– Estou namorando – ficou um silêncio na cozinha e ela se virou para mim.

– Finalmente!

Ela disse e eu comecei a rir.

– Finalmente vó?

– Claro menina, você já está nos seus dezesseis anos já estava na hora. Uma moça tão linda quanto você não deve ficar sozinha. E me diga ele é um galã?

Eu ri novamente.

– Sim vovó, ele é um príncipe.

Ela abriu um enorme sorriso.

– Espero conhece-lo logo!

– Acho que ele passará o natal conosco.

– Ah melhor ainda! Vou preparar guloseimas maravilhosas para ele!

– Não existe uma vó melhor que a senhora! – a abracei – E me diga como estão indo os bailes?

– Ah uma loucura minha neta, imagina que o Frederico pediu a Marlene do 415 em namoro? Uma loucura só!

– Aquela das coxinhas de frango?

– Isso mesmo.

Passou-se o dia, minha avó havia feito várias guleimas para mim e eu em troca lhe contei tudo sobre Sirius e ela ouvia atenta a todas as partes.

À tarde Sirius e Rosa me mandaram cartas, abri primeiro a de Rosa.

“ Oi Anna,

Me diga exatamente tudo o que está acontecendo com você e Sirius! Minha mãe mandou lembranças a sua mãe.

Rosa Zeller”

E depois abri a de Sirius.

Minha Paixão,

Meus pais concordaram que eu passe o natal com você, pois eles terão outros planos para o natal (planos que eu particularmente não quero está incluso) espero que possa vir jantar aqui no dia 23, pois não aguentarei ficar tanto tempo longe de você. As coisas aqui não foram tão turbulentas como imaginei, só meu pai que faz várias perguntas sobre você e sua família como eu disse e minha mãe que não cansa de reclamar sobre mim, mas isso tudo vale a pena ao saber que terei você dia 23 e dia 24. Morro de saudades de você, eu te amo.

Almofadinhas”

Respondi a Sirius que iria no jantar e respondi a Rosa tudo que ela queria saber. Sai para fora de casa e brinquei que nem criança na neve eu deitava e fazia anjinhos na neve, fiz bonecos de neve e guerrinhas de neve comigo mesmo, a tarde entrei para tomar um chocolate quente e mais tarde resolvi estudar um pouco. Próximo das 16:oo vovó disse que iriamos precisar ir ao mercado para comprar as coisas para a ceia, então a acompanhei no mercado compramos tudo que devíamos e voltamos para casa ela dizia a mim tudo que pretendia fazer na ceia.

– O que acha de um pernil nem temperado? – ela dizia olhando o livro de receitas enquanto eu estava sentada na mesa da cozinha comendo algumas rosquinhas.

– Pernil é muito bom, e a senhora sabe fazer um que ninguém mais consegue fazer – eu disse de boca aberta.

– Olhe a boca menina – e ela deu um tapinha carinhoso em minha cabeça – Sim, pernil é uma boa pedida. Me diz como foi a escola?

– Foi normal, bom eu estou jogando no time da minha casa.

– Que interessante! Jogando o que? Aquele esporte que seu pai tanto gosta?

– Esse mesmo.

– Mas não é perigoso menina?! Quando ele me disse como se jogava fiquei uma pilha de nervos!

– Que nada vó, geralmente sou eu quem derrubo os jogadores.

– Anna Scrimgeour Paixão que coisa feia.

– Mas vó, é o jogo!

– Esse mundo é tão diferente – ela balançou a cabeça – Será que não era melhor para você viver nesse mundo?

Vovó tinha medo de que algo acontecesse conosco, pois meu avô que era casado com ela era um bruxo e se interessou por ela, uma trouxa, só que um pouco depois de eu nascer ele errou numa poção e assim faleceu e isso a deixava com medo de acontecer algo parecido conosco.

– Vó, sem neuras, nada a ver não vai acontecer nada. Lá é o meu lugar, nunca conseguiria viver aqui esse não é meu mundo.

– Bom o que for melhor para você princesa, mas tome cuidado tudo bem? – ela sorriu para mim e foi até meu cabelo e começou a desfazer minha trança.

– Eu tomo cuidado sim.

– E se puder evitar ficar longe dessas... Coisas perigosas eu agradeço. Não quero que me mate do coração, tudo bem?

Eu ri.

– Okay vovó, eu te prometo – “Na verdade vó, é quase impossível ficar longe dessas coisas”.

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No dia seguinte como prometido mamãe chegou mais cedo e fomos até o Beco Diagonal.

– Vamos aproveitar e comprar os presentes de todos? – ela disse segurando na minha mão enquanto me levava para a loja “Madame Malkin – Roupas para todas as ocasiões”. Ela estava com uma capa negra e um enorme chapéu pontudo estava uma bruxa típica e eu estava com um manto azul escuro e uma toupa que prendia um pouco meu cabelo.

Entramos na loja e quando ela olhava diversas roupas fui mais para o canto para ver um par de sapatos vermelhos.

– Ele se prepara para atacar – ouvi alguém sussurrando dentro de um provador, como não me contive fui mais próximo para poder ouvir melhor.

– Ele quem Morgana, diga logo! – uma voz rouca feminina disse um pouco alterada.

– O Lorde das Trevas – a outra pessoa dizia assustada – Eu o vi, eu o vi.

– Fiquei calma. Não conte para ninguém isso, devemos ficar em silêncio ou sobra para nós.

Eu ia cada vez mais próxima sem perceber.

– Temos que avisar a todos Lorri, ele está ficando mais forte.

– Fique quieta menina, vamos voltar ao trabalho não comente com ninguém isso...

Neste momento uma senhora gorducha e uma menina magrela com o cabelo espetado saíram do provador e as duas me encararam. A senhora tinha a pele morena e o cabelo preso a um coque, estava vestida com um vestido que parecia lhe apertar bastante e tinha uma verruga com três pelos perto de sua boca a garota estava vestindo uma saia comprida que lhe era bem frouxa na cintura, ela parecia ter uns dezoito anos, mas estava bem mal cuidada, tinha os olhos fundos e um rosto pálido, era ruiva com o cabelo bem espetado e tinha uma expressão de horror.

– É... – eu disse – A senhora poderia me dizer se tem um número maior deste sapato?

Agarrei os sapatos vermelhos que eu estava de olho e dei um sorriso a ela.

– Desculpe só a este modelo – ela disse rabugenta e saiu levando a menina nos braços. A garota saiu me olhando com uma expressão de temor.

– Anna? – mamãe colocou a mão em meu ombro o que me fez me assustar – Ei calma, tudo bem?

– Aham, tudo bem...

– O que acha desta camisa para seu avô?

– Combina com ele.

– Também achei, vamos levar. Ei, está tudo bem mesmo? Está pálida – ela me olhou atenciosa.

– Estou bem sim mãe, vamos ter que comprar muitas coisas ainda – fomos juntas pagar a camisa. A garota ainda não parava de me olhar ainda com a expressão aterrorizada.

Enquanto saíamos da loja, senti alguém puxando meu braço e virei-me para trás a garota da loja estava com lágrimas nos olhos e era ela quem me segurava.

– Está tudo bem? – mamãe perguntou a ela.

– Eu o vi - ela dizia me olhando fixamente.

– Você... Viu a quem? – eu disse tentando transparecer calma a ela.

– Você-Sabe-Quem... – ela disse roucamente – Eu sonhei com o que vai acontecer, você...

– Eu...

– Você terá um papel importante nesta batalha... Você perderá muitas coisas...

– Que coisas? – eu perguntei.

– Garota é melhor você voltar para a sua casa – mamãe disse receosa e colocou a mão encima da mão da menina que agarrava meu braço.

– Não! – ela encarou minha mãe e rapidamente ela segurou meus dois ombros e começou ame chacoalhar fazendo até minha touca cair.

– Você tem que está preparada! Ele vai transformar isso numa guerra! Você... Você terá que lutar!! Mas não morra, você não pode morrer...

Ela dizia gritando e minha mãe estava tentando faze-la me soltar, mas era em vão ela me segurava com tanta força que machucava meus ombros, eu a olhava fixamente querendo absorver cada palavra que ela dizia.

– Morgana!! – a senhora da loja veio correndo até nós e com um movimento brusco tirou Morgana de cima de mim e a segurou pela cintura ela começou a gritar.

– Sinto muito senhora – a senhora olhava para minha mãe que me ajudou a não cair com a forma que ela fez para tirar Morgana de cima de mim – Ela tem problemas, me desculpe, me desculpe.

– Tudo... Bem – mamãe disse sem folego e a senhora saiu com a menina aos berros entre as pessoas que nos olhavam – Vamos embora daqui agora – ela disse nervosa.

– Mãe, mas e os presentes? – perguntei enquanto ela segurava na minha mão e me guiava entre as pessoas.

– Não vou ficar nem mais um minuto aqui com garotas loucas na puberdade agarrando minha filha dizendo que ela terá que lutar com sei lá o que! – ela disse.

– Mãe, mas não aconteceu nada demais! Temos que continuar a comprar as coisas.

– Hoje não Anna Scrimgeour Paixão – ela me olhou nervosa - Isso é um absurdo!

– Mãe para – soltei minha mão da dela e ela se virou para me olhar – Vamos continuar a comprar as coisas e fingir que isso não aconteceu.

– Filha, como você quer que eu finja que isso não aconteceu?! Uma garota louca te agarra e diz que você terá que lutar e que você vai perder coisas?! E mais, dizendo que você não pode morrer!

– Mãe a garota é uma louca!

– Anna, você não entende – ela colocou suas mãos em meus ombros – Eu estou com medo de que algo aconteça, não sei o que sinto que algum ruim vai acontecer e depois dessa garota dizendo isso meu medo só aumenta.

– Mãe – coloquei minha mão em seu rosto, estava gelado – Para com isso, nada vai acontecer comigo e com ninguém, aquela garota era louca e não sabia do que falava. Fica calma, vamos continuar a compra e sem neuras está tudo bem e vai permanecer bem.

Ela começou a chorar.

– Promete que vai ficar tudo bem?

– Já está tudo bem.

Continuamos a compra e nada mais foi dito sobre aquele assunto. Compramos um pequeno pé de Ameixas Dirigíveis a papai, uma camisa para Alfredo, livros para mim, algumas guloseimas para vovó e para Sirius compramos um canivete de múltiplas funções

– Mamãe, a vovó ia amar um elfo – eu disse enquanto entravamos no Caldeirão Furado.

– Que horror Anna – ela riu – Topa uma cerveja amanteigada?

– Sim! – sentamos numa mesa, lá estava quente então retirei minha touca.

– Você fica tão fofa coradinha do frio – mamãe disse e eu fiz uma careta.

– Boa noite meninas! – disse uma senhora – Vão querer o que hoje?

– Duas cervejas amanteigadas – mamãe disse.

– Dois quentes?

– Sim – mamãe concordou.

– Okay, já trago.

– Obrigada. Sabe Anna, não comenta nada com seu avô nem com seu pai sobre, o ocorrido.

– Tá bem – Não soube mais o que dizer.

– Acha que Sirius vai gostar do canivete? – ela perguntou tentando mudar de assunto.

– Ah com certeza vai – sorri.

– Aqui estão meninas – a senhora voltou com nossas cervejas amanteigadas.

Tomei um gole e mamãe também.

– É amanhã que você vai jantar na casa dele?

– Amanhã é dia 23?

– Sim – ela tomou um grande gole.

– Então é – a acompanhei no gole.

– Já sabe que roupa usar?

– Nem pensei nisso – ela riu.

– Que tal aquele vestido azul de frio que você ganhou no natal passado da sua avó?

– Uma boa idéia – respondi.

– Você está com bigode – mamãe riu.

– Ora, pois madame – ela riu.

– Palhaça. Tome logo para irmos temos que ver sua roupa – ela disse terminado sua cerveja amanteigada.

– Okay – tomei num gole só toda a cerveja amanteigada.

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Chegamos em casa por volta das 22:00, papai não estava em casa hoje ele e meu avô teriam que ficar até mais tarde no Ministério.

– Mamãe por que o papai ia ficar até mais tarde no Ministério? – perguntei.

– Os aurores iam ter reunião com o Ministro. Parece que teriam que tratar de um assunto muito sério.

– Hum – eu disse tirando minha capa e colocando em cima do sofá.

– Anna, venha cá – mamãe disse da cozinha. Fui correndo até lá, quando cheguei lá em cima da mesa estava um coruja negra a mesma que Sirius me enviou a primeira carta, ela me olhou e caminhou mais próxima de mim.

– Creio que está carta seja para você – mamãe disse meio assustada.

– Bom, provavelmente sim – fui até a coruja e retirei a carta dela e comecei a ler.

“ Meu amor,

Fico feliz que amanhã irei finalmente te ver, não sabe o quanto esta distância está me matando (eu falo sério, você me deixou louco). Bom, irei anotar aqui meu endereço só para você lembrar Largo Grimmauld n° 12 pode chegar aqui por volta das 19:00 imagino que seus pais vão querer acompanhar você neste jantar, não vejo problema me sinto até melhor com eles aqui. Acho que vou morrer até amanhã, mas enfim até amanhã. Amo você

Almofadinhas”

– Ele convidou vocês também – eu disse dobrando a carta e dando meu braço para que a coruja viesse até ele.

– Será uma honra e vai tirar um peso do coração de seu avô. Vai levar está coruja para onde?

– Lá fora – caminhei com ela até a entrada de casa e fui para fora o céu estava estrelado.

– Você não é tão assustadora – eu disse a ela e me pareceu que ela piscou em resposta ao o que eu disse – bom, até logo. Ela bateu as asas e saiu em meio à escuridão e eu fiquei lá olhando as estrelas depois entrei em casa e logo subi para o meu quarto. Escrevi algumas cartas para as meninas e pedi a Coky para levá-las. Então fui separar alguma roupa para o jantar.

– Posso entrar? – mamãe disse entrando no quarto.

– Claro – eu disse sentando na cama e deixando várias roupas caírem no chão – Eu desisto, vou nua. Ela riu.

– Trouxe alguns biscoitos para você e vamos anime-se eu vou ajudar você – ela colocou o prato com biscoitos de chocolate em cima da minha escrivaninha e caminhou até meu guarda roupa – O que acha do vestido que falei?

– Uma boa opção, mas não o acho! – eu disse irritada.

– É esse aqui? – ela disse olhando para mim debochada e segurando o vestido azul frio.

– Como você..? Ela riu.

– Ele e uma calça meia preta está ótimo e aquela sapatilha que seu avô lhe deu – ela disse colocando o vestido em cima da cama.

– Sim, vai ficar ótimo – eu disse pegando as roupas do chão e enfiando no guarda roupa.

– Você tem que arrumar este guarda roupa – ela disse se levantando.

– Algum dia eu arrumo – eu respondi deitando na minha cama.

– Boa noite meu amor – ela beijou minha testa.

– Boa noite mamãe

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– Meu Merlin! Iremos nos atrasar! – gritou mamãe da sala.

Eu estava no meu quarto penteando meu cabelo. Olhei novamente minha aparência no espelho e sim eu estava bonita o vestido que era um pouco acima do joelho caiu bem no meu corpo ele tinha as mangas compridas e um pequeno decote, a meia calça preta também avisa dado um bom reparo em minhas pernas e a sapatinha preta no pé para dar um toque maior coloquei meu colar de pedra, uma pedra azul anil.

– Pelo amor de Merlin, vamos logo! – gritou de novo mamãe.

– Só um momento estou colocando meus sapatos – papai gritou do quarto ao lado do meu.

Meu cabelo estava liso e enrolado nas pontas, joguei ele para o lado e ele ficou muito bom para ser meu cabelo.

– Filha vamos? – papai disse parado na minha porta.

Ele parecia está nervoso, estava com uma calça jeans e uma camiseta social azul claro, seu cabelo negro enrolado estavam arrumados com gel e seus sapatos sociais brilhavam.

– Uau seu Jorge – eu disse rindo.

– Uau digo eu menina, onde acha que vai toda emperiquitada deste jeito? – ele disse.

– Pai menos – ri e sai apagando a luz do quarto – Estou normal, nem vem sem contra que vamos para a casa do meu namorado.

– Ah sim verdade, a casa é do seu namorado.

Desdemos as escadas e vimos mamãe sentada no sofá. Ela estava com um vestido preto comprido e de mangas compridas e seu cabelo estava preso num coque.

– Meu amor, você está linda – papai deu um selinho na mamãe.

– Okay, okay sem pegação. Vamos?

– Estou aqui a mais de horas não vem reclamar mocinha.

– Está com o endereço Anna?

– Sim, papai.

– Então vamos.

Saímos de casa e entramos no carro e papai foi até o Largo Grimmauld. Chegando lá procuramos a casa n° 12, a rua era escura e sem muito movimento. Quando avistamos paramos o carro enfrente a casa e saímos.

– Uou – papai exclamou.

Havia alguns degraus de pedra onde levavam a uma porta negra onde sua maçaneta era uma serpente da cor prateada.

– Que estranho não tem nem caixa de correio e nem buraco de fechadura – mamãe disse nos olhando seriamente.

– Bom, vou bater então – subi os degraus e bati na porta.

Ouvimos alguns barulhos vindos do outro lado da porta e num instante a porta se abriu, dentro dela estava um elfo doméstico de orelhas pontudas, um nariz grande caído para baixo, um queixo afinado de cor acinzentada e de um olhar não muito amigável.

– Entrem meus senhores lhe esperam – ela abriu mais a porta para que pudéssemos entrar.

Agradecemos a ele que resmungou e andamos num enorme corredor que havia alguns quadros pendurados, quando passamos por outra porta entramos num cômodo grande revertido com papéis de parede, uma escadaria grande que levava aos outros cômodos da casa, havia também um enorme lustre, que, assim como os vários castiçais daquele lugar tinham o formato de serpente e havia mais outros quadros.

– Sentem-se, meus senhores logo viram – o elfo disse e saiu da sala.

– Esse lugar me da arrepios – papai disse se sentando.

– Xiu Jorge – mamãe sentou-se ao seu lado.

Eu fiquei em pé analisando todos aqueles quadros.

– Ora, ora vejo que a mocinha gosta de arte? – uma voz masculina disse de cima da escada me virei rapidamente para ver e lá estava o Sr.Black, ele estava vestindo um termo negro e seu cabelo cacheado lhe caia o ombro e lembrava muito o cabelo de Sirius.

– Ah sim, gosto bastante – sorri a ele quando ele descia as escadas – Está encantadora está noite senhorita Paixão – ele disse beijando minha mão, naquele momento tive uma pequena repulsão, mas a controlei ele me olhou marotamente, como seu filho geralmente me olhava, mas com uma única diferença, seu olhar havia maldade. Logo ele se virou e cumprimentou meus pais.

– Encantadora sua casa Sr.Black – mamãe disse sorrindo.

– Obrigada Sra. Paixão, tentamos manter a arquitetura do século XIX – ele disse – Espero que goste de uísque de fogo Sr. Paixão?

Papai riu.

– Mas é claro Sr.Black – papai disse tentando esconder seu nervosismo.

– Anna... – ouvi uma voz dizer da escada e logo me virei. Era Sirius e ele estava encantador aquele dia, uma coisa estava diferente ele estava de terno o que era surpreendente ele desceu correndo e abraçou-me – Você está linda! – ele segurou em minha nuca para beijar-me, mas lembrou-se de que havia muita gene nos observando.

– Ér... Boa noite Sr e Sra Paixão – ele me deixou e foi cumprimenta-los.

– Boa noite Sirius – mamãe sorriu – Não me surpreende o porquê Anna o escolheu, é muito bonito.

– Obrigado – ele disse sem graça.

– Prazer Sr Paixão – ele sorriu para meu pai.

– O prazer é meu rapaz.

Caminhei até Sirius e segurei na sua mão ele sorriu para mim.

– Boa noite a todos – uma voz fria veio de cima da escadaria. A Sra. Black estava lá com Régulo o irmão de Sirius que era muito parecido com ele ela desceu lentamente a escada e quando chegou ao último degrau me olhou com indiferença. Ela não cumprimentou meus pais como o Sr. Black apenas deu um pequeno aceno. Ela nos encaminhou até a sala de jantar onde havia uma enorme mesa com várias cadeiras.

Sentei-me ao lado de minha mãe e de Sirius, ele devagar colocou sua mão em minha coxa e sorri a ele.

– Fico feliz que meu filho tenha encontrado uma garota tão encantadora com a filha de vocês – o Sr. Black disse. Ele me elogiou bastante naquela noite, mas eu percebia que todos aqueles elogios não passavam de mentiras.

– Ah obrigada – eu disse.

– Ficamos felizes também por ela ter encontrado Sirius, um garoto tão educado e pedimos novamente para que o deixe passar o natal conosco, se não for de seu incomodo – papai disse.

– Imagina, creio que será melhor até para ele – Sr. Black lhe passou um olhar profundo.

O jantar logo fora servido e estava maravilhoso, Sr. Black e papai com mamãe conversaram sobre diversos assuntos, de vez enquanto a Sra. Black dizia algo, Régulo ficou calado o jantar inteiro e eu e Sirius ou conversávamos entre nós ou nos intrometia na conversa deles. Logo após o jantar nos retiramos e ficamos na Sala de Visitas.

– Bom, peço desculpa a todos, mas tenho que repousar – a Sra. Black disse se levantando.

– Ah, estamos indo já também – mamãe disse.

– Não precisa, fiquem mais – ela sorriu, foi a primeira vez que a vi sorrindo.

– Gostaria que Anna acompanhasse-me até meus aposentos – ela sorriu para mim, mas um sorriso ameaçador o que fez minha espinha gelar.

– Ótima ideia, assim poderão conversar mais – ele sorriu.

Olhei para mamãe, papai e Sirius e estava claro em seus olhos que eles não gostaram da ideia. Levantei-me.

– O que for de seu desejo senhora – sorri.

– Ah, mãe, deixe ela aqui – Sirius disse.

– Meu querido, quero conversar com sua nova namorada – ela sorriu de novo – Uma conversa de mulher para mulher – ela deu um risinho – Vamos.

Ela passou sua mão cheia de anéis sobre meu pulso e levou-me até a escadaria, me assustei ao ver cabeças de elfos domésticos penduradas. Ela levou-me entre um corredor onde haviam várias portas fechadas, subimos mais um lance de escada e novamente andamos entre um corredor e lá no fundo havia uma porta senti minha varinha apertar meu quadril ela me soltou e abriu a porta.

– Entre minha cara – ela disse.

Entrei no quarto, era um quarto normal com um guarda roupa e uma cama.

– Sabe você não é o tipo certo que planejava para Sirius – ela disse se sentando numa poltrona que havia – A raça mais nobre que há é o sangue puro, que pelo que sei a senhorita não tem.

– Sou mestiça senhora.

– Sim, sim como eu imaginava. Então, esta raça não é de meu agrado entende?

Fiquei muda.

– E você não é uma boa influencia ao meu filho, quero que se afaste dele. Ele não é da sua laia, Sirius carrega junto de si o sobrenome Black e não quero que ele suje seu sobrenome com uma mestiça.

– Senhora, creio que Sirius já não tem a honra de carregar este sobrenome.

– Sirius é apenas um adolescente meio rebelde nada que algumas munições não o mude.

– Munições..?

Ela riu.

– Querida, não vamos fazer rodeios nesta conversa, estou realmente cansada e quero terminar logo. Quero a senhorita longe de meu filho você não garota para ele, a senhorita ao lado dele estará apenas o atrasando.

– Não acredito que o amor atrase alguém.

– Aprenda uma coisa querida – ela se levantou – Vontade de comer algumas garotinhas não se chama amor. Acredita mesmo que meu filho amaria alguém? – ela riu.

– Você não conhece seu filho – o ódio subia pela minha cabeça.

– E você acha que o conhece? – ela se aproximou.

– Sim, eu o escutei eu o acolhi. Se a senhora tivesse a decência de uma mãe de verdade daria a atenção necessária aos seus filhos ao invés de se preocupar com coisas ridículas.

– Você não me diz como devo criar meus filhos – ela disse nervosa.

– Não aguenta ouvir a verdade minha sogra?

– Garota insolente você realmente não sabe quem eu sou, nem com quem ando – ela segurou apertou minha bochecha.

– A senhora acha mesmo que isso me importa?

– Deveria importar, você sabe não é uma garotinha trouxa qualquer.

– Não tenho medo nenhum da senhora e fique sabendo que eu não vou me afastar de Sirius.

– O que faz pensar que Sirius é diferente que nós? - ela riu – Ele é mais um dos Black!

– Ele pode ser mais um dos Black, mas escolheu seguir um caminho mais digno do que de todos vocês – ela virou-se rapidamente para mim e colocou sua varinha no meu pescoço o que me machucava.

– Você é uma tola! Não tem medo de perder um familiar não querida? Seu papai tão extrovertido, gostaria de ver se ele é extrovertido assim sendo torturado.

Ela olhou-me surpresa, pois sentiu minha varinha contraindo sua barriga.

– Não ouve falar dos meus pais.

Ela riu.

– Não é tão insignificante quanto eu pensei – ela me olhou com aqueles frios olhos verdes – Será boa em duelo também? Teria o sangue frio de matar a própria mãe quando enfeitiçada?

– Cala a sua boca – eu respondi e apertei mais minha varinha. Ela riu.

– E Sirius, aguentaria vê-lo vendo torturado por milhares e milhares de comensais da morte até finalmente implorar pela morte?

Ela viu o terror em meus olhos.

– Eu posso fazer tudo isso se tornar realidade – ela sorriu.

– Então, tente fazer isso se tornar realidade, mas antes terá que passar por cima de mim.

– Não será tão difícil – ela riu.

Não em controlei e quando dei por mim minha mãe estava pronta para dar um tapa na Sra. Black ela deu uns bons passos para trás e estava com a mão em sua bochecha onde estava uma marca vermelha.

– Sua vadiazinha – ela olhou furiosa para mim e apontou a varinha. Eu apontei a minha para ela.

– Vai em frente me ataca – eu disse – A sra não é uma Black? Chega de falar tenha atitude!

Ela tremia de ódio.

– Está com medo? Um auror está exatamente lá embaixo com seu marido e não vai ser tão difícil ele o enviar para Azkaban depois disso.

– Sua mestiça imunda como ouça – ela ficou vermelha a cada palavra.

– Vou falar de novo, não vou me separar de Sirius por causa da sua vontade e fique longe de nós ou vai ser pior para a senhora.

– Acha que terei medo de uma chantagem de uma menina de 16 anos? – ela riu.

– Você vai – eu disse firmemente – Acho que nossa conversa acabou.

– Então fique com aquele maldito, mas não reclame das consequências que isso pode te trazer – ela abaixou a varinha e eu fiz o mesmo – Não sabe como é ter uma Black como inimiga garotinha.

– Não sei, mas nem temo isso. Tenha uma boa noite senhora.

Eu disse saindo imediatamente e descia as escadas correndo quando cheguei na escada principal tentei controlar minha respiração e fingir que tudo estava bem.

– Anna, por que demorou tanto? – mamãe perguntou.

– Eu e a Sra. Black estávamos tratando diversos assuntos mamãe – menti.

Despedimo-nos e o Sr. Black e Sirius nos levou até a saída.

– Obrigada Sr. Black estava delicioso o jantar – papai disse.

– Eu que agradeço a vocês – ele disse e virou-se para mim – Espero vê-la novamente – ele sorriu maliciosamente e eu sorri sem graça a ele.

Abracei Sirius, um abraço forte e ele sussurrou em meu ouvido.

– Não aconteceu coisa boa né?

– Está tudo bem.

– Não está.

Eu olhei para ele e lhe dei um selinho.

– Te espero amanhã – disse num tom alto – Se quiser pude dormir em casa.

– Ah claro – mamãe disse colocando sua mão no ombro dele – Será bem vindo.

– Sim, dormirei lá – ele sorriu.

– Foi ótimo te conhecer Sirius – mamãe o abraçou.

– O prazer foi meu Sra. Paixão agora já sei de onde vem a beleza de Anna.

Ela riu.

– Até amanhã rapaz – papai disse.

– Boa noite – dissemos a todos e saímos pela porta.

– Está tudo bem Anna? – mamãe perguntou.

– Sim, sim está tudo bem – eu disse nervosa e olhei novamente para a casa e numa janela lá no alto pude ver uma figura feminina negra que nos olhava pela janela e quando percebeu que eu a vi ela chegou as cortinas.


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Notas finais do capítulo

Eai gente o que acharam da família Black? E a Sra. Black será que ela é uma inimiga perigosa? Digam oq acharam seus lindos, beijos



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