Acordei mais ou menos umas cinco da manhã, o quarto estava quente, mas lá fora, certamente o frio deveria estar enorme. Sai da cama arrastando meu cobertor pelo chão e sentei-me no chão frio e me enrolei no coberto fiquei olhando a neve cair lá fora, imediatamente olhei para o céu e pude reconhecer algumas constelações ursa maior, ursa menor e a hidra. O céu estava estrelado até. Era bonito ver aquela imensidão branca que iluminava a noite aconcheguei-me direito em meu cobertor e encostei as costas na parede. Sirius e eu provavelmente ficaríamos juntos, era bom. Eu gostava dele e ele, bom, parecia gostar de mim, mas... Algo dentro de mim estava errado. Algo não se encaixava, era para estar tudo perfeito, mas não tinha algo fora do lugar. Luke? Ele seria a o “algo” fora do lugar? Porra! Esse negócio de paixão é complicado.

Perdi-me nos meus pensamentos até que quando os fracos raios do Sol clareavam a terra branca, meus olhos foram se fechando e se fechando até que completamente partiram desse mundo para outro.

– Anna, acorde – Nora passava suavemente a mão em meu rosto – Esta fria.

– Hum, que foi? – perguntei num tom sonolento.

– Você, está fria. Está se sentindo bem?

– Uhum, estou sim – disse me levantando.

– Que ideia de trasgo foi essa de dormir no chão no inverno? – Tonks perguntava enquanto separava roupas no seu malão, pude perceber quais as roupas uma calça jeans escura, uma camiseta de manga comprida preta em que estava desenhado vários morceguinhos, um blusão cor de rosa e uma touca que tampava os ouvidos listrado de amarelo e preto.

– Eu perdi o sono e fui olhar o céu e ai cai no sono – respondi jogando o coberto na minha cama desarrumada e me espreguicei – Cadê a Rosa?

– Tomando banho – Nora respondeu amarrando o cabelo num coque alto na cabeça, pude ver também a roupa que ela havia separado uma saia de retalhos que sua avó tinha dado a ela, uma meia calça grossa que a mãe de Tonks havia feito ela era listrada de branco e cinza, uma camiseta de lã preta e um par de all star preto de cano alto – Arrume sua roupa logo, vamos sair ás 07:30.

– E que horas são? – perguntei abrindo meu malão para decidir com que roupa eu iria.

– 6:30 – disse Tonks olhando no relógio de pulso que seu pai avisa ganhado de um trouxa taxistas e que o pai de Nora havia arrumado. Arrumei minha roupa. Uma calça jeans, o moletom amarelo com as iniciais A e P que eu havia ganhado da mãe de Tonks, um blusão azul escuro que havia várias estrelinhas, uma touca preta simples e meus velhos all star vermelho. Rosa havia saído do banheiro, estava com calça de moletom vermelha e uma camiseta de moletom rosa bebê onde havia bordado várias rosas, estava com os cabelos trançados em duas partes onde caiam na frente de seus seios, ela usava uma touca listrada de amarelo, cinza e roxo que tampava os ouvidos e uma bota especifica para neve.

Logo Nora entrou no banheiro, depois Tonks e por último eu. Então ás 07:20 estávamos prontas, mas saímos correndo para o pátio onde seria a saída.

– Não tomamos café! – disse Rosa enquanto corria e tentava segurar a bolsa.

– Vamos nos entupir de doces e você quer café?! – Tonks disse ofegante.

– O café da manhã é a refeição mais importante do dia, e aliás, tem todos os nutrientes que temos que ter para passar o dia.

– Sem crise Zeller! – eu disse.

Chegamos ao pátio e quase perdemos a carruagem que era a última que saia de lá para nos levar até o trem que estava um pouco distante.

– Senhoritas, da próxima vez tenham pontualidade – disse a Professora McGonagall num tom ríspido.

– Desculpe professora – Rosa disse. Ficamos todas sentadas quietas enquanto a carruagem nos arrastava, arrastava nos cinco as meninas e a professora.

– Está um belo dia de inverno – ela disse passando a mão na neve em que estava na borda da carruagem – Espero tomar muitas xícaras de chocolate quente.

Olhei para Tonks que tinha a expressão do tipo “Ela quer beber chocolate quente?! Enquanto a uísques de fogos nos esperando?! Careta!” esbocei um sorriso, mas logo ele desapareceu. A carruagem demorou alguns minutos, mas logo nos aproximamos o trem em que avisa bastante barulho.

– Professora McGonagall – disse um senhor já de idade que ao ver a professora deu um sorriso e tirou o chapéu.

– Bom dia Charles! Um belo dia para um passeio, sim?

– Com certeza – ele respondeu docilmente – Bom dia senhoritas.

Respondemos juntas.

– Meninas vão se sentar, irei conversar com o motorista para ver se está tudo certo. Há vaga em algum vagão Charles?

– Oh, creio que sim, acho que no último vagão há apenas cinco alunos.

Agradecemos e nos despedimos dos dois e fomos andando rápido até o último vagão.

– Anna – Nora disse – Veja, Os Marotos estão aqui – voltei para trás e espiei na janela eles estavam lá mesmo, mas o vagão estava cheio, cheio até demais. Clara e Alice com seu namorado estavam lá, Lily por incrível que pareça havia dado o ar da sua graça lá e muitas garotas em que eu não reconhecia estavam lá, mas uma reconheci imediatamente, McKinnon estava com os cachos dourados de seu cabelo estavam caídos sobre seu ombro e via que ela estava deitada no ombro de sirius.

– Mas que vadia! – Tonks disse – Vou arrancar aquela cadela pelos cabelos! – ela disse arregaçando as mangas e pronta para abrir a porta do vagão quando de repente Clara Duff sentou-se no colo de Remo, Tonks arregalou os olhos e olhou para nós – Quem a filha da puta acha que é?! Eu vou tirar aquelas filhas de diabretes da Cornualha...! – seu cabelo passou de um azul bebê para o vermelho escaldante.

Rosa segurou seu pulso.

– Tonks melhor não.

– Melhor não?! Aquelas duas vadias estão de esfregando no Lupin e no Sirius que por sinal é meu primo!

– Meninas! Anna! – Sirius disse abrindo a porta, olhei na direção de Mckinnon e ela estava emburrada no canto, ouve um minuto de silencio até Remo perceber a presença de Tonks e ficar rapidamente com as bochechas vermelhas, clara gostou da situação – Podemos arrumar lugares pra vocês – disse Sirius feliz puxando minha mão, mas Tonks o impediu.

– Vai se comer com aquela cadela – Tonks apontou o dedo para McKinnon.

– Olha o respeito, sua ridícula! – ela disse.

– Parem de baixaria – James disse sério.

Tonks passou um olhar nervoso a Remo que se encolheu ao lado, ela cuspiu no tênis de Sirius e saiu andando e bufando entre o corredor segurando meu pulso.

– Porca! – veio Mckinnon gritando na porta. Na mão livre ela mostrou-lhe o dedo de meio e eu pude imaginar a afeição de nojo dela.

– Cadela miserável – ela resmungava baixinho.

– Pode soltar meu pulso? – eu disse calma.

– Eu mato aquelas duas, vadias.

– Meu pulso..

– Que é caralho?! – ela se virou irritada para mim.

– Você está machucando meu pulso – disse calma, mas séria.

– Ah desculpa – ela soltou.

– Vocês tinham que ver a cara dela! – veio Nora debochando atrás de nós.

– Vocês tinham que ver a cara dela quebrada por mim isso sim! – tonks resmungou mais uma vez.

Chegamos no último vagão, Tonks o abriu com tudo e se sentou no banco.

– Oi Tonks – ouvi a voz de Luke e meu coração parou.

– Oi – disse ela nervosa.

– Luke! Oi! – eu disse sorrindo. Ele estava sentado no banco direito com as pernas cruzadas lendo um livro e Tonks havia sentado ao seu lado olhando para a janela enfurecida. No outro banco estava garoto loiro, que era bem sorridente era bonito também, ao seu lado uma garota de cabelos castanhos claro enrolados e cheios que estavam presos por uma tiara preta, ela usava um óculos grande que parecia ser de grau forte, havia um nariz grande e uma boca fina era bonita além de tudo, um garoto ao lado dela que estava olhando com um óculos diferente ele tinha um ar de ser louco ele tinha o cabelo enrolado na altura do ombro e eram um loiro acinzentado, tinha um nariz reto, havia vários colares de pedra e usava um óculos diferente e havia também ao lado dele um garoto magro de orelhas salientes, seu cabelo preto era liso e seu nariz num tamanho grande.

Sentei-me ao lado de Lucas, Rosa sentou-se ao lado do diferente cara e Nora ao lado da garota.

– Meninas esse é o Xenofílio Lovegood – era o garoto estranho que Rosa olhava disfarçadamente – Sibila Trelawney – a garota – Quirinus Quirrell – o menino de orelhas salientes que ficou envergonhado com nossa presença – E Gilderoy Lockhart – era o garoto sorridente que não parava de sorrir.

Passamos a viagem assim Luke e eu conversávamos animados sobre vários assuntos, Lovegood falava sobre seu óculos estranho para captar Nargolés, o que é isso não sei, acho que nem ele próprio sabe e Nora conversava com Trelawney e Lockhart enquanto Tonks bufava baixinho olhando para a janela.

Chegamos logo até o trem parar e decidimos esperar a movimentação sair, saímos calmamente sem ninguém nos corredores. Todos estavam lá fora ouvindo o comunicado da professora McGonagall.

– Então ás 18:30 quero todos aqui neste lugar, compreenderam?

“Sim, professora”.

– Ótimo, estarei andando próximo aos alunos do primeiro ano, qualquer emergência me procurem.

“Sim, professora”.

Após isso ela saiu com um monte de crianças do primeiro ano.

– Hum, gente vou ir ali com o Lovegood – disse Rosa envergonhada.

– Hum Zeller fazer o que? – Nora cutucou-a com o cotovelo.

– Ele vai me mostrar os Nargolés.

– Que porra é essa? – perguntei.

– Sei lá! Estou indo porque...

– Porque você quer come-lo – Nora disse e eu e Luke rimos.

– Vai se ferrar, nos encontramos meio dia para almoçar.

– Ele é gente boa Rosa, um grande cara – Luke disse debochando.

Ela o olhou feio e saiu e ficamos ali parado rindo. Logo Lockhart, Trelawney e Quirrell saíram e ficamos apenas eu, Luke, Nora e Tonks com seu ótimo humor.

– Querem fazer o que? – perguntei passando o braço por Luke que ficou vermelho.

– Hum, vocês que sabem.

– Poderíamos primeiro tomar nosso café da manhã que não tomamos! – Rosa disse ríspida.

– Vamos Zeller, vamos.

Paramos no Café Madame Puddifoot que era o lugar mais frequentado por casais de Hogwarts e já havia vários aquela hora.

– Ah que lindo, estou sem o Ed num lugar tão romântico – Nora disse tristonha se sentando-se à mesa.

– Cadê ele? – Tonks perguntou sentando-se emburrada na cadeira.

– Nos íamos nos encontrar na tarde da parte para passearmos juntos. Bom eu e Tonks somos um casal e vocês são outro – ela disse a mim e Luke e ficamos um pouco sem graça.

Pedimos café e alguns bolinhos e comemos bastante logo saímos e fomos dar uma volta por Hogsmeade à neve estava branca como nunca e havia corais cantando devida ser quase véspera de natal, quando já era mais um menos 11:30 estávamos no Dervixes e Bangue olhando as coisas e saímos segurando algumas sacolas, quando andávamos tranquilamente ouvi uma voz um pouco distante de mim.

– Ed, por acaso cê sabe da Anna?

– Não sei não cara, ela teve estar com as meninas e... Ah, olha a Nora lá.

Tonks virou a cabeça lentamente.

– Merda ele tá vindo, não quero encontrar com ele, ele vai me encher o saco! – eu disse tentando me esconder de qualquer forma.

– Me da às sacolas – Nora arrancou da minha mão as sacolas – Tonks, você sabe o que fazer.

– Sei – ela disse e puxou eu e Luke para um canto – Se agarrem.

– Oi? – perguntei pensando não ouvir direito.

– Se agarrem logo, ele vai achar que é um casal qualquer!

– Mas... – Luke foi dizer algo.

– Façam o que eu falo! – ela me empurrou para os braços de Luke e saiu em direção a Nora que ele já estava perto.

Abracei Luke, minhas mãos estavam entre seu pescoço e suas mãos repousavam em minha cintura.

– Ér... Desculpa... – ele subiu um pouco a mão.

– Não tudo bem, desça as mãos, desça – eu disse e coloquei sua cabeça em seu ombro e ele ficou imóvel – me diz o que esta vendo – sussurrei em seu ouvido esquerdo.

– Ele esta conversando com as duas, ele esta olhando em volta.

– Ai merda, isso não vai dar certo.

– Calma vai sim, ele virou a cabeça para cá – ele colocou a cabeça no meu pescoço e fez um pouco de cosquinha e eu me mexi – Desculpa. Ele tá olhando pra cá e falando com as meninas.

Concentrei-me na conversa dos três tentando esquecer o barulho.

– Mas, aquela não é a Anna? – a voz impaciente de Amos.

– Lógico que não, talvez seja uma corvina – Tonks disse e pelo jeito Nora não dizia nada.

– Mas, aquele não é o amiguinho corvino dela?

– O Light? Ah, olha é mesmo, ah aquela menina é corvina mesmo. Nora não é a Caroline Dimitre?

– Carolina o qu.. – provável que Tonks havia a chutado – Ahh, sim a Caroline Dimitri a peguete do Light! Sim, ela mesmo.

– Ela parece a Anna...

– Tá cego Amos? Nada haver!

– Nunca ouvi falar dessa Caroline.

– Ela é meio extrovertida.

– Bom me deixa dar uma oi pro casal – ele disse num tom desconfiado e bravo.

– Não! Você não tá vendo que eles estão no maior clima? Você vai mesmo atrapalhar?!

– Depois eles voltam de onde pararam – ouvi passos.

– Luke me beija.

– Oi..? – ele disse imóvel, mas não repeti a pergunta coloquei minhas mãos sobre a superfície fria do rosto dele e encostei meus lábios no dele, foi um selinho apenas. Desliguei-me do mundo e não ouvi mais nada só podia ouvir o uivo do vento, separei-me de seus lábios e olhei fixamente para seus olhos castanhos escuro que brilhavam e novamente levei meus lábios até o dele e depois de algum tempo eles se separaram novamente. Ele olhava-me imóvel e eu fiquei igualmente sem ação, até que ele mexeu suas mãos a colocou em minhas bochechas e a levou até seu rosto e seus lábios se abriram como uma flor para os meus, no começo foi meio desengonçado um beijo atrapalhado, mas depois foi como se fossemos os maiores beijoqueiros do mundo, meu rosto passava de um lado para o outro e minhas mãos encontravam-se na nuca dele, seus lábios abriam e devoram os meus. Foi um misto de prazer e paixão, aquele beijo era verdadeiro não malicioso como o de Sirius, mas apaixonante. Não que o de Sirius não fosse. Luke abaixou uma das mãos e empurrou minha cintura levemente para ficar mais próximo ao seu corpo e logo a outra mão passou pela minha nuca e parou em minha bochecha e enfim nós nos separamos numa vontade angustiante de voltarmos a aquele ato de puro amor.

Não tive coragem de virar-me para trás e o abracei novamente. Pode imaginar a cara das meninas, Caramba e se alguém tivesse visto? E contado pro Sirius? Estava muito ferrada. Respirava agora todo o ar que podia como se ainda meus lábios fossem encontrar os dele, não tinha folego para falar, aliás, quem imaginaria que um garoto nerd daquele jeito poderia beijar assim. Mas tive que saber se ele havia ido embora e a minha verdadeira vontade era que não, que Amos ainda estivesse lá para que eu pudesse beija-lo novamente.

– Ele... Ainda está ai? – perguntei.

– N-não – ele disse.

Então me separei rapidamente dele.

– Obrigada pela ajuda – disse limpando minha roupa.

– N-não f-foi nada – ele disse meio gago sem saber o que falar.

– Merlim tem poder, o que foi aquilo?! – Tonks veio correndo até nós – Que beijo de cinema!

– Gente que fofo vocês! – Nora veio – Querem repetir a dose eu e Tonks saímos daqui?

– Eleanora! – eu disse – Tem certeza de que ninguém viu? – olhei para Luke e ele, provavelmente, se sentiu magoado por eu ter falado aquilo.

– Por que ninguém podia vê-la me beijando Anna? – ele perguntou entristecido.

– Não, tudo bem! É que Sirius seria ruim ele ver.

– Anna, ele é um babaca. Você vai mesmo ficar se importando com ele?

– Luke, pare ele não é tudo isso!

– Não é? Eu canso de ver ele te fazendo mal!

– Ele não me faz mal!

– Não?!Pergunte a suas amigas o que elas acham.

Ele saiu andando.

– Luke! – ele não se virou – Filho da mãe! Me esperem.

Corri atrás dele, ele não podia me beijar daquele jeito, mexer com meus sentimentos e sair assim, bravo comigo.

– Luke Light! Luke Light! – gritei e ele parou e se virou para mim- Não vou deixar você sair assim!

– Anna, isso não importa pra você. O que apenas lhe importa é ele!

– Anna! – ouvi uma voz conhecida atrás de mim, virei-me e era ele, o próprio Sirius Black – A procurei em Hogsmeade inteiro! – ele veio até mim e deu-me um selinho – Hum, olá Light – ele disse educado até.

Luke bufou e se virou.

– O que vou com o Corvino atrapalhado do... – o olhei severamente – Sinto muito, costume! Mas que bicho o mordeu?

“O bicho Anna Paixão”, pensei.

– Vou ver o que ele tem, fique ai.

– Ei – ele segurou meu braço delicadamente – Não demora muito tá?

Sorri e ele soltou meu braço corri rápido entre a multidão e o vi virando a esquina.

– Luke! Luke Light! Pare se comportar como uma criança! – eu disse e o segurei pelo braço, o que por sorte ele não era tão forte.

– O que você quer?!

– Você não vai sair desse jeito, depois daquilo!

– Daquilo o que? Foi apenas um fingimento para você.

– Não, você sabe que não – o soltei e apontei o dedo para ele.

– Você não sabe o que é ver a pessoa quem você ama se fazendo mal.

Fiquei imóvel com o dedo no ar.

–... Se fazendo mal...?

– Você se faz mal, você é mais uma das garotas do Sirius Black, não seja então uma das, seja a garota.

– Luke..?

– Fique com ele se deseja isso, mas peça a ele pra ser única.

– Mas...

– Anna – ele colocou a mão em meu rosto – Quando você sorrir ao lado dele isso ira alimentar meu coração de felicidade, por algum tempo vai.

Coloquei minha mão em cima da dele.

– Mas, você...

– Apenas peço que não o deixe lhe fazer sofrer.

Não sabia o que falar.

– Vamos esquecer isso, e continuar sem que isso impeça nossa amizade! – eu disse.

– Ver você sem poder toca-la é um castigo para mim, é... Preciso de um tempo pra pensar, pode me dar isso?

– Tá – abaixei a cabeça.

Ele tirou sua mão do meu rosto e saiu andando.

– Luke... – ele se virou e tirei minha touca e joguei a ele, ele olhou a toca sorriu e saiu -... Eu, você mexeu comigo.

Ele havia sumido da minha vista. Eu estava perdida em sentimentos e pensamentos, ele me amava era ele o “algo” não resolvido na minha vida, e o fato de eu ser apenas umas das? Eram real mesmo? Sirius me amava, mas não me pedia em namoro, mas quem sabe iria pedir? Hoje, amanhã ou semana que vem? E ele saiu assim, sem beijos apaixonados, saiu apenas com a dor do coração partido minha vontade de ir atrás dele o beija-lo novamente e faze-lo com que deitasse em meu colo enquanto eu contava alguma história para ele, mas ao mesmo tempo minha vontade era de correr para Sirius e o abraça-lo forte e dizer que ele era o amor da minha vida, e que eu queria ficar sempre com ele.

– Anna? – Sirius veio chamando meu nome e me achou lá parada sem nenhuma expressão no rosto – Está tudo bem? Está fria. Cadê sua touca?

Demorei a falar.

– Em?

– O vento levou...

– E você não pegou sua boba? – ele riu e debochou da minha cara – Vem cá – ele me abraçou – Esta fria vamos tomar uma cerveja amanteigada para esquentar? Ah e aquilo no vagão foi um grande mal entendido Clara a convidou para ir no mesmo vagão que o nosso.

– Tá, tudo bem – saímos abraçados – Você me ama?

– Lógico que a amo! Que pergunta – ele riu e passou a mão por minha cintura.

– Por que não me pede em namoro?

– Você adora estragar as coisas não? Deixe isso quieto que este dia não está longe – olhei para ele – que foi? Esta estranha? O Light te falou algo?

Eu derramei-me em lágrimas.

– Anna, que foi? – ela dizia com as mãos em meu rosto enxugando minhas lágrimas – Ele fez algo? Eu mato aquele...

– Não, não – o abracei – Eu te amo Sirius, não sei viver sem você – coloquei minha mão em seu rosto e fitei em seus olhos azuis brilhantes.

– Eu te amo também, não quero vê-la chorar isso me mata por dentro – ele também colocou suas mãos em meu rosto – Não chore mais.

– Não, não chorarei – limpei uma lágrima que corria e puxei seu rosto para mim – Com você ao me lado não chorarei.

– Então não chorara jamais – ele colocou suas mãos em minha cintura e deixou que nossos lábios se tocassem com um só, seu beijo foi apaixonante também. Não houve desengonça mento no começo, foi perfeito desde o começo. Nossos lábios eram ímãs que imploravam a união. Após algum tempo nos separamos e ele pegou-me no colo e fomos até onde as meninas estavam. Eu ainda estava confusa. Não sabia por quem meu coração palpitava.