51 Dom

- Alec,me ataca com o seu dom.- Pablo falou confiante.

- Para que?.- Todos da família assistia nossa conversa sem dizer nada. Talvez espantado por Pablo ser um vampiro.

- Anda logo.- Resolvi fazer o que ele me pedia,já que meu dom não machucava.- Vai!- Eu estava tentado,mas nada acontecia ele continua em pé me olhando.

- Estou tentado.- Continuei focalizado em derruba-lo,mas ele continuava me fitado como se nada tivesse acontecendo. Ate que desisti.

- Você tem um escudo igual ao de Bella?.- Perguntou Edward.

- Escudo? Não.- Pablo respondeu descontraído.

- Quando você começou a usar seu dom,não consegui mas ler sua mente como não consigo com a de Bella,pois ela tem um escudo que a protege.

- Não,o meu não é um escudo o meu é o poder da cura.

- Como assim?.- Perguntei meio confuso para entender dom dele.

- Os volturi me treinaram bastante para desenvolver meu dom. Como eu sou vampiro e não preciso do meu dom para me curar de ferimentos ou coisa do tipo,descobri que ele serve para curar o efeito do dom de outros vampiros em mim,assim, quando eu usei o seu não pegou em mim,pois eu estava me curando dele. Em humanos o efeito é ainda mas extraordinário,curo qualquer ferimento,qualquer doença seja ela qual for,não existe limites para meu dom curo qualquer coisa...- Ele iria continuar mas Edward o interrompeu.

- Não acredito.- Todos os olharam.- Ele cura ate o veneno de vampiro.- Eu o olhei perplexo.

- Isso é verdade?.- Perguntei

- Sim,consigo curar o efeito do veneno de vampiro Mas não sei ao certo ate onde,pois eu creio que curo e não ressuscito. Assim,quando um humano é mordido,ate o fim de sua transformação posso cura-lo,especificamente ate seu coração estiver batendo,mas se ele parar já com a transformação realizada,mesmo se eu curar o veneno, creio que ele não sobreviverá pois já estará morto.

- Não tentou?.

- Não,Aro não viu motivos para treinar minha cura sobre o veneno,pois ele disse talvez nunca seria usado. E também,eles acham que mesmo se funcionar em cima de alguém já transformado só pode ser com um recém-criado,pois ele ainda tem sangue e outras coisas que um vampiro antigo não tem. Por exemplo,se eu pegar e curar um vampiro de 300 anos,não sabemos os efeitos colaterais, ele pode virar pó,o seu corpo estará velho e seco,seus órgãos talvez não funcione por causa do tempo,já o de um recém-criado não,ele tem mas chances de viver. Mas eu tenho quase certeza que um vampiro já transformado cedo recém-criado ou não,morreria logo em seguida da cura do veneno.

-  Você consegue proteger outra pessoa? De outros dom?.- Jasper perguntou.

- Sim,mas só se eu estiver o tocando.

- Impressionante mesmo.- Carlisle disse sorrindo.

- Você pode curar meu filho?.- Nessei perguntou de cima da escada,era a primeira vez que ela saia de perto de Gabriel naquele dia.

- Esta tudo bem amor?.- Jake subiu rapidamente ate ela,a puxando pela mão,ela não deu ouvidos a ele foi diretamente em Pablo.

- Eu ouvi tudo,me diz, pode cura-lo?.- Pablo me olhou sem jeito e respondeu.

- Não sei,o que ele tem?.

- Vamos lá vê-lo.- Subimos,Pablo observou Gabriel por um tempo,com um olhar de negação.

- Ele não esta doente,esta?- Ele perguntou.

- Não.

- Contaminado,ferido?.

- Não,mas esta morrendo.- Nessie respondia a cada pergunta com precisão.

- Não posso cura-lo. Quero dizer,não posso curar uma pessoa que não tem nada.

- O que? Não esta vendo,claro que ele tem.

- Infelizmente não. Ele ta fraco,esta definhado,mas não é doença. Não tem nada o matando,um vírus, um veneno sei lá alguma ferida,nada que precise ser curado.

- Ai,pai ninguém pode salva-lo.- Nessie chorou nos braços de Edward.

- Me perdoe, eu queria muito pode ajudar.- Pablo falou com pena.

- Nós sabemos querido.- Esme o confortou.

- Micaella esta aqui.- Eu disse a mim mesmo,sentido o cheiro dela.- Pablo,você já sabe se controla?.- Perguntei preocupado.

- Claro,já faz mas de dez meses que você veio embora,já é tempo o suficiente para eu ter controle de mim mesmo e também eu treinei muito,to quase melhor que você.- Ele sorriu,e eu sorri de volta.

- Entre Micaella,vou chama-lo.- Ouvi Emmet dizer.

- Obrigado.- Ela respondeu.

- Essa voz,eu me lembro dela mas não sei de onde.- Pablo comentou.

- Conhece?. Perguntei desconfiado.

- Confesso que esqueci muitas coisas da minha vida humana,mas eu conheço essa voz de algum lugar.- Ele parou parecendo pensar.

- Não preciso dizer que sua namoradinha esta lá em baixo.- Emmet falou passando pela porta. Desci,para recebe-la deixando Pablo com seus pensamentos.

Pequena narração de Plabo

Eu Sabia que conhecia aquela voz de algum lugar,mas a maioria das minha lembranças foram levadas com minha vida. Eu já não sentia mas saudades de ninguém,já havia esquecido o formato de alguns rostos que um dia eu conheci. Mas eu não via nenhum deles,como poderia lembrar?Ttalvez se eu visse de quem era dona da voz eu me lembrasse.

- Posso descer?.- Perguntei a doce mulher que me consolava por não poder salvar  o bebê que morria.

- Tem certeza? Tem uma humana lá em baixo,não vai perde o controle?.- Ela perguntou gentilmente.

- Não,já sei me controla muito bem.E olhe,estou perto do bebê sem ataca-lo - Ela assentiu e me deixou ir. Andei lentamente,pelo corredor que dava a escada,ouvido aquela voz conversado com Alec.

- Por que não me ligou?.- Ela perguntou aflita,parecia que a conversa era seria. Eu só ouvia,sem coragem de descer.

- Me desculpe,tive alguns problemas.- Eles conversaram bastante,ate que eu tive coragem de expiar. E quando olhei,a reconheci de imediato,era ela sem duvidas. Todas as lembranças da minha vida com ela voltaram como bomba. E fiquei triste comigo mesmo,Como eu pude esquecer uma pessoa que eu amava tanto.