Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 7
Primeiro dia de trabalho


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Essa semana foi mais folgada pra mim deu pra eu postar rapidinho o próximo capítulo, aproveitem. Obrigada por tudo, comentário, curtidas, e desculpem qualquer erro. E boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537901/chapter/7

O dia já havia raiado na vila de Santa Fé e Gina e Ferdinando acordaram juntos como o canto do galo Bené.

_ Olá, menininha.

_ Oi, frangotinho. Ih, vamo logo, temo que ir trabaiá.

_ Carma, vamo descer tumar café, ocê que já ta perto do vosso trabalho ta cum mais pressa que ieu.

_ Craro, meu pai já deve de ta me esperano.

_ A essa hora ele deve de ta é tomano o café dele, fique carma, meu amor, vem cá. Disse Nando abraçando-a pela cintura,, por trás, a virou e lhe deu um beijão. _ Fique tranqüila vai dá tudo certo,menininha, ieu vô lá pra fazenda do meu... Coronér Epaminondas e vorto pra armoçar coces.

_ ieu to carma, ocê que fique carmo e num vá brigá com vosso pai.

_ Ieu num vô brigá com ele.

_ Ispero que num brigue mermo. Agora que nois já nos arrumamo vamo logo tumar café que ieu to cheia de fome.

_ Tá bão, menininha.

Os dois desceram as escadas de mãos dadas, mostrando para todos o carinho dos dois, até chegarem a mesa de jantar. Eles comprimentaram Seu Pedro e Dona Tê e sentaram, Gina do lado direito de seu pai e Ferdinando ao seu lado.

_ Ocês tome logo esse café que já ta quase na hora de nois ir pra lida.

_ Tá bão pai.

_ E ocê fio, vai mermo trabaiar pro vosso pai?

_ Sim, Seu Pedro. Ieu vô salvar o pomar dele, mas ele vai me dar um salário de Engenheiro agrônomo, ieu vô escrever uma espécie de contrato, pra me dar garantia de que ele vai mesmo me pagar, Seu Pedro, agora que ele ta brigado comigo ieu tenho que fazer isso.

_ Acho que numcarece disso não fio, aqui a gente resolve tudo no cuspi mermo.

_ Da onde ieu venho seu Pedro, isso num serve, faço isso pra garanti nosso futuro, se fosse cum senhor tudo bem, mas ieu conheço meu pai, sei que ele num deixa por menos não, prefiro fazer isso pra garanti meu futuro e da Gina.

_ Ocê que sabe, mas ieu lavo minha mões. Vamo logo Gina! Disse Seu Pedro pegando o material de trabalho dele e da filha.

_ Tá bão pai, já to indo. Disse Gina tomando o último gole de café e dando alguns selinhos em Ferdinando.

_ Bão, ieu também já vou minha sogra. Disse Ferdinando se levantando, tomando o último gole de café, dando um carinhoso beijo de despedida na sogra. _ Ieu vorto pro armoço, tudo bem?

_ Craro, vamo esperar o senhor.

_ Ah, Dona Tê, num carece de ficar me chamando de senhor, ieu agora sô seu genro.

_Tá bão, Nandinho.

_ Tchau, Dona Tê.

_ Tchau, Nandinho.

*

Ao chegar as terras de Epaminondas, Ferdinando foi direto para o pomar, verificar como estavam as árvores, chegando lá constatou que as pragas já estavam já se espalhando por tudo o pomar, e a primeira providencia foi pegar uma pazinha e um pequeno pote para recolher amostras das pragas para mandar para um laboratório na capital analisar, e assim poder escolher o melhor produto para eliminá-las de vez, mas por enquanto irá utilizar um remédio para todos os tipos de praga, porém é necessário um remédio mais eficaz. Quando Nando estava quase terminando de recolher as amostras, Epaminondas aparece e lhe chama a atenção.

_ Oi, Doutor Engenheiro Agrônomo, como estão os meus pomar?

_ Oi Coronel, seu pomar está bem danificado, preciso mandar essas amostras para um laboratório lá na Capital para que ieu possa aplicar um remédio mais eficaz, para o tipo de praga.

_ E enquanto isso as pragas continua se estaiando?

_ Não Coronel, ieu vou aplicar um remédio, mas que talvez num seja o suficiente para eliminar as pragas por completo.

_ Já to inté vendo que num vai terminar o que começo, ou num vai fazê direito, e ieu ainda vô te que pagar.

_ Ieu vô terminar, o senhor pode ficar tranqüilo, purque ieu termino as coisa que ieu faço, i sua terra vai ficar mior que antes o senhor fique tranqüilo, Coronel.

_ Ieu posso saber o que que o senhor começa e termina, purque inté agora ieu só vi ocê começar as coisas e num terminar.

_ O que que ieu num terminei.

_ Uè, ocê já se esqueceu? Ocê foi pra Capitar pra se formar em dotô adevogado, vorto engenhero gronomo, ocê se candidato a prefeito e arrepio carrera, disse preo que ia morar aqui cum nois e agora nada, ieu já to inté vendo, o senhor diseno que num vai terminar o trabaio aqui.

_ Fique o senhor sabendo que ieu num ia me formar numa coisa que ieu num gostava só pra lhe agradar, quanto a ieu ser candidato, ieu nunca que quis isso, num concordo cum muita coisa, e falando nisso, o senhor tumbém arrepio carrera, i ieu nunca que lhe dei certeza se vinha morar aqui cocê e o senhor pode ficar tranqüilo que ieu vô salvar vossa terra, ieu num saio daqui enquanto num fizer isso, mas isso vai depender se o senhor cumpri o que prometeu e assinar minha carteira de trabaio e me der todos os meus direitos.

_ Mas que história é essa agora Ferdinando?

_ Simplesmente meus direitos, ou o senhor acha que ieu vô trabaiar de graça pro senhor agora que ieu sô tratado mar por ocê? Ocê num me trata nem como fio mais, intão ieu num vô lhe tratar como pai.

_ Intão se é assim que ocê qué, passe lá no meu escritório amanhã. Agora ocê vai ter que tratar não só do pomar, vai ser de tudo, ocê agora vai ser apenas meu impregado.

_ Ieu posso inté trabaiar, mas como Engenhero Agrônomo, como ieu ahavia lhe dito.

_ Tá bão, mas ocê vai ter que me respeitar, senão lhe mando embora.

_ Tudo bem. Agora tenho mais o que fazê, com licença, senhor Coronel.

Ferdinando foi andando em direção celeiro, Epaminondas continuava no mesmo lugar e indignada com cada palavra de Ferdinando.

_ Esse moleque acha que é quem pra me infrentar assim? Vamo ver se ele vai conseguir mesmo eliminar essas praga. Vô ficar de oio nele.

*

Ao chegar no celeiro, Ferdinando encontra com Zelão, seu grande amigo, que logo percebe a cara triste do amigo e questiona.

_ O que que houve patrãozinho?

_ Num houve nada, Zelão, é que agora ieu num sô mais vosso patrãozinho, ieu sô que nem ocê, um empregado dessa fazenda.

_ Mas como assim, patrãozinho?

_ Num me chama mais de patrãozinho, ta? Ieu briguei com meu pai, ele num me considera mais fio dele, ai ieu to trabaiando aqui como um empregado iguar a ocê, nem tão iguar, purque ieu sô agora o engenhero agrônomo daqui, e to trabaiando no pomar.

_ Tá certo, patrão... descurpe, Ferdinando. Num fique assim, vai sê iguar daquela veiz que o senhor saiu daqui, ocê logo fizero as paz de novo.

_ Num sei não, Zelão, meu pai agora está decidido, e ieu também num quero, pelo menos por inquanto vorta a falar cum ele como filho. Ele só ta um reiva purque ieu num quis morar cum ele na casa grande, quis morar numa casinha só minha e da Gina.

_ Mas ele está bravo cum senhor só por isso?

_ Sim.

_ Ah, mas se é só por isso ocê tem razão, a mior coisa é morar o que é só nosso, ieu to é muito feiz morando na minha casinha.

_ Ih é, Zelão, nem lhe perguntei, como anda sua vida de casado, na vossa casinha?

_ Ah doto, ta bão demais, ieu Mao muito a Perfessora Juliana. E o senhor com a Gina, tão feiz?

_ E muito Zelão, a Gina é uma muier encantadora, me dexa feliz a cada dia.

_ Que bão, doto, agora ieu tenho que i, ieu vô pra casa armoçar, qualquer dia desse aparece lá por casa pra nois prosiar.

_ Tá certo meu amigo. Disse Ferdinando levantando e dando um abraço no amigo, que logo em seguida foi embora deixando um Ferdinando pensativo, ele pensava ainda nas palavras que seu pai dissera. “Ocê se candidato a prefeito e arrepio carrera”.

_ Ah é, Coronel, vamos ver quem é que arrepia carrera.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que o Ferdinando vai aprontar? Sei que vocês imaginam, mas como será que vai se desenrolar essa história... Vamos esperar. Beijos e até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Felizes para sempre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.